# #

Foda-se se ele é meu irmão – Cap. 3

3023 palavras | 1 |4.62
Por

Acordei muito agitado e Dan me olhava de sua cama, o que me deixou extremamente preocupado. Preocupado porque eu sonhei que beijava meu irmão, porque eu sabia que falava dormindo, e porque agora ele me fitava com um olhar estranho. Eu estava apavorado com a possibilidade de Dan ter ouvido algo que não deveria, então fiz a melhor coisa em que consegui pensar, fechei os olhos novamente e fingi que havia voltado a dormir até ele sair do quarto.

Era sábado e meu irmão não iria trabalhar, mas eu sabia que ele logo sairia até a padaria, como sempre, e só após isso me levantei, indo diretamente para a casa do Will. Antes que eu batesse na porta, sua mãe, que estava saindo, abriu-a. Ela disse que o filho ainda dormia, mas que eu podia entrar e esperar na sala ou no quarto dele, se quisesse. Preferi a segunda opção, onde não correria o risco de ver ninguém seminu como aconteceu da última vez que esperei no sofá. Na verdade, acabei vendo um corpo seminu de qualquer forma, mas pelo menos dessa vez foi alguém com quem já estava acostumado.

Quando entrei no quarto dele, Will dormia de boca aberta e até babava um pouco, esparramado em sua cama apenas de cueca. Tentei evitar olhar para sua bunda, muito marcada na cueca, mas foi em vão. Imaginei o que ele diria se me pegasse olhando-o assim. Pensei em ler uma de suas revistas em quadrinhos enquanto esperava, mas nunca fui muito fã de HQ’s, então me sentei em frente a seu computador e o liguei, porque sabia que Will não se importaria. Logo percebi que ele havia trocado a foto de um super-herói qualquer de sua área de trabalho por uma nova, que me fez abrir um grande sorriso involuntário. No novo papel de parede, ambos sorríamos abraçados pelos ombros, eu exibindo covinhas tímidas e ele seus dentes brancos perfeitos. A foto havia sido tirada há uma semana atrás, na varanda de sua casa, não porque fosse um dia especial, mas porque Will amava selfies.

– Espero que não esteja vendo meus nudes – disse uma voz atrás de mim, quase me fazendo cair da cadeira.

– Você quer me matar de susto, é? – falei, após me recompor. – Há quanto tempo está acordado?

– Acabei de acordar. Por quê? Está aí há muito tempo?

– Não. Cheguei há pouco na verdade.

– E quem te deu permissão para entrar no meu quarto e mexer no meu computador? – ele fingiu desaprovação.

– Se quisesse que ninguém entrasse, a porta não estaria destrancada, e se não quisesse que eu mexesse no seu computador, não teria me dado a senha.

– É, agora você pegou. Não tenho como argumentar contra isso – disse ele, em tom de brincadeira.

– Gostei do novo papel de parede, embora eu esteja com uma cara horrível, como sempre.

– Na verdade você está lindo, como sempre – Ele fez questão de enfatizar o “como sempre”, me deixando sem graça. – Não como eu, mas lindo.

Will se levantou, pegou uma bermuda em seu guarda-roupa e se vestiu.

– Que horas são? Estou atrasado para o futebol? – ele perguntou.

– Não, faltam umas duas horas.

– E o que faz aqui tão cedo?

– Nada, eu só… não queria esperar em casa.

– Por quê? Não vai me dizer que os irmãos perfeitos finalmente se desentederam.

Eu queria contar para o Will o que estava me preocupando em relação ao Dan, e sobre o sonho que tive, mas então lembrei um pequeno detalhe: no início do sonho, era Will que eu beijava em sua cama. Então, me limitei a dizer o que ele mais escutava de mim:

– Deixe de ser idiota, William.

Naquela manhã, tomei café junto à família de Will, como fizera tantas vezes quando meu irmão chegava tarde da academia onde trabalhava e me deixava dormir ali. Os pais dele sempre foram muitos gentis e afetuosos comigo, seu irmão bebê acabara de aprender meu nome e sua irmã um ano mais nova já não me tratava com distanciamento após três anos do nosso “término”.

Fomos para a quadra de futsal do bairro no carro de Will alguns minutos antes do horário marcado para o início da “pelada”, e cerca de 14 rapazes já se encontravam lá.
O mais novo deles tinha 16 anos; o mais velho deveria ter por volta de 30. A maioria deles era do nosso círculo social, embora, diferente de Will, eu raramente conversasse com eles. Meu irmão estava sentado ao lado de Roberto, um amigo do trabalho, negro, alto e forte, e com a cabeça raspada. Ele não fez nenhum sinal de que tinha me visto quando cheguei.

Aquela pelada ocorria todos os sábados, quase sempre com as mesmas pessoas e um ou dois rostos novos, embora eu participasse com muito menos frequência. Depois de dividirmos os primeiros times, cada um com cinco rapazes, eu fiquei sendo adversário de meu irmão e Will ficou de fora esperando sua vez de jogar.

Mal começou o jogo e eu percebi que não deveria estar ali. Eu não era ruim, definitivamente. Arriscava dizer que era um dos melhores jogadores presentes, mas não estava num bom dia. Vez ou outra fazia uma falta mais dura por desatenção, errava passes por muito e dava chutes mais sem direção ainda. Numa dessas, não percebi um adversário logo atrás de mim, e para impedir que ele fizesse o gol ao receber a bola completamente sem marcação, dei-lhe um carrinho por trás que o jogou ao chão, segurando a perna e gritando palavrões.

– Carrinho por trás na pelada, Eduardo? Tá maluco? – gritou um de seus companheiros.

– Não foi por querer, foi mal aí – respondi.

– Quer dizer que tu dá carrinho por acidente agora? – disse o cara que eu havia derrubado.

Era um baixinho atarracado com cara de poucos amigos, e era a segunda falta dura que eu fazia nele.

– É melhor ficar mais esperto, se não quiser sair do jogo, ou algo pior.

Achei melhor não retrucar, visto que eu estava errado, mas pude ver meu irmão dar uma olhada nada amigável para o rapaz que se levantara, embora Dan tivesse se mantido calado.

Meu time perdia e já estava quase dando lugar aos que estavam esperando quando aconteceu outra vez. O mesmo rapaz que eu derrubara vinha em direção ao gol quando eu cheguei até ele um pouco atrasado e com força demais. O resultado foi um pisão que quase torceu seu calcanhar e o fez pular num pé só guinchando de dor. Quando fui até ele pra me desculpar ele me deu um empurrão tão forte que me jogou de costas no chão. Tentei me levantar rapidamente, mas não foi o suficiente para me defender antes que ele me desse outro empurrão que me jogou sobre as grades da quadra. Porém, antes que ele pudesse chegar até mim de novo, embora nem tivesse tentado, meu irmão foi mais rápido que todos, se pondo em minha frente e acertando um soco forte em sua cara que o fez cair desnorteado.

– Tá louco, cara? Não precisa disso! – exclamou Roberto, que se colocara na frente de meu irmão, impedindo que ele avançasse sobre o rapaz novamente.

– Ele que começou. Se não aguenta levar uma falta, nem deveria jogar futebol – disse Dan, com a voz calma, embora eu soubesse que era preciso irritá-lo muito para que ele reagisse daquela forma.

– Uma falta? – O rapaz baixinho estava nervoso, mas não ousava se aproximar novamente. – Esse otário está me perseguindo desde que começamos a jogar, parece mais um cavalo!

– Ele está certo, Dan – disse Roberto. – É melhor ir para a ducha com seu irmão para ver se ele esfria um pouco a cabeça.

E foi assim que eu deixei a pelada mais cedo, com meu irmão atrás de mim. No caminho até o vestiário, eu o repreendi.

– Você não precisava fazer o que fez lá. Eu posso me defender.

– Sei que pode. Ele te machucou?

– Ele só me deu um empurrão, Daniel, vou sobreviver – respondi de forma mais seca do que eu gostaria.

– Dois empurrões – ele corrigiu. – E não precisa falar assim. Eu só estava fazendo meu papel de irmão. É meu dever te proteger.

– Eu não sou mais uma criança.

– Eu sei – ele se limitou a dizer.

Embora eu tivesse acabado de completar 18 anos, Dan ainda me tratava como seu irmãozinho indefeso às vezes. Não vou mentir e dizer que eu não gostava de todo esse carinho e atenção em grande parte do tempo, mas  não me agradava que ele saísse aos socos com as pessoas por causa de um empurrão.

– Ele só estava estressado e eu passei mesmo dos limites. Não precisava do soco, ele já estava até recuando. Mas valeu por me ajudar, de qualquer forma.

– Por nada, e desculpa também. Mas o que deu em você hoje? Você está desligado. Muito desligado.

– Também não sei o que deu em mim – menti.

Será que ele não sabia mesmo? Eu achava que ele tinha notado como eu fiquei quando ele me tocou durante o exercício na noite anterior, por causa do clima estranho que ficou no jantar. E depois teve o sonho no qual nos beijávamos; ele poderia muito bem ter me escutado dizer algo comprometedor, já que eu sempre falei dormindo. E ele me fitava diferente quando acordei…

– Foi o sonho? – ele perguntou, de repente.

– Que?! – sobressaltei-me.

Havíamos acabado de entrar no vestiário, que estava vazio. Meu coração quase saiu pela boca com a confirmação de que ele sabia do sonho. Não havia nada que eu pudesse dizer e minha vontade era correr dali e não ter de olhar para ele nunca mais. Mas por que ele não demonstrava raiva ou nojo de mim? Algo estava errado…

– Você teve outro pesadelo essa noite, não teve? Vi que tentou esconder de mim, mas você estava muito aflito.

Então eu percebi que ele não sabia com o quê eu tinha sonhado e me senti como se um caminhão tivesse sido tirado de cima de mim.

– Sim, sim, eu… tive outro pesadelo. Com… com nossos pais de novo – menti. – Mas está tudo bem, de verdade.

– Pode falar comigo sobre isso sempre que precisar – ele mostrava novamente aquele tom fraternal.

– Eu sei.

Terminada a conversa, Dan começou a se despir para entrar no chuveiro. Já havíamos tomado banho na frente do outro várias vezes, mas aquilo estava se tornando cada vez menos natural para mim. O motivo disso, obviamente, é que eu não estava vendo-o mais apenas como um irmão, embora teimasse em não admiti-lo.

Quando Dan entrou no chuveiro completamente nu, tive que desviar meus olhos para não olhar para o corpo dele. Principalmente naquele momento onde eu também precisava ficar nu perante ele, não podia me arriscar a ter uma ereção, o que não era fácil, já que só o fato de saber que ele estaria se banhando ao meu lado me deixava excitado.
Entrei no chuveiro ao lado do dele, também nu, e comecei a me ensaboar imediatamente, virado de forma que eu não podia vê-lo. Tentei fingir que eu estava sozinho, mas então ele começou a cantar uma música da banda Scalene. Dessa forma, pelo menos pude me concentrar apenas em sua voz, já que eu sempre adorei ouvi-lo cantar. Meu irmão tinha uma voz grossa, firme e imponente, mas que sempre se aveludava quando ele cantava, e às vezes quando conversava comigo, sozinhos.

– Passa o shampoo, por favor, Dudu – ele pediu, e depois voltou a cantar.

É claro que ele poderia deixar para lavar os cabelos em casa, mas para alguém que tomava vários banhos ao dia por não gostar de estar sujo, aquilo era de se esperar. Estiquei as mãos para pegar o shampoo a minha frente, e depois levei os braços para trás e entreguei-o sem me virar. Ele desligou o chuveiro e começou a esfregar os cabelos. Olhei de relance e vi que ele estava de olhos fechados, então decidi me virar um pouco e o observei.

Seu corpo cor de caramelo era musculoso na medida certa (ao meu ver, é claro). A água descia por seus ombros largos, pelo peitoral farto e quadrado, pelo seu tanquinho trincado… lavando seus pelos do peito e aquele caminho da felicidade muito bem delineado, que levava a outro conjunto de pelos ralos e muito bem aparados, acima do seu membro de 19 cm, mais claro que o resto do corpo, bem reto, com a cabeça grande e algumas veias. Talvez eu não estivesse pensando em coisas tão erradas assim. Talvez fosse normal ver um pau tão lindo como aquele e ter vontade de senti-lo, não só nas mãos… Principalmente agora, que ele estava incrivelmente duro e ainda mais apetitoso.

Sem abrir os olhos, Dan ligou o chuveiro e começou a enxaguar os cabelos. “É agora ou nunca”, pensei.
Num ímpeto, me ajoelhei na frente dele, ou melhor, na frente daquele caralho gostoso que apontava para cima, e abocanhei o máximo que eu pude. Ele levou as mãos para baixo, assustado, e tocou minha cabeça, mas eu segurei sua cintura, mantive-me firme em minha posição e comecei a chupá-lo de forma bem desajeitada. Comecei a recuar um pouco sem tirar a boca do pau, para depois avançar engolindo um pedaço cada vez maior da sua rola, e ele logo passou a gemer. Subi um pouco e comecei a mamar a cabeça da pica dele, dando beijos, mordidas com os lábios, lambendo seu contorno e passando a língua pela glande. Arfando, ele segurou minha cabeça e começou a mexer os quadris para frente e para trás, fodendo a minha boca. Eu babava, perdia o fôlego, meus olhos começaram a lacrimejar, mas eu só queria aproveitar o máximo possível da rola do meu irmão. A água do chuveiro caía como chuva sobre nós, carregada de shampoo, e ele arfava tanto que parecia tão sem fôlego quanto eu. Os gemidos foram ficando mais urgentes, os movimentos também, seu pau começou a pulsar e eu soube o que viria, mas nenhum de nós dois se mexeu quando ele começou a derramar seu leite em minha boca. Pelo contrário, engoli cada gota da sua porra como que para matar a sede de uma vida inteira.

Imaginar isso já fez meu pau começar a se erguer e precisei me segurar para realmente não me abaixar e começar a mamá-lo ali, mas era melhor que tudo isso ficasse apenas em meus pensamentos. Eu continuava em pé, admirando-o, observando sua pica ereta e com água na boca, até que subi os olhos e vi que ele olhava fixamente para mim, parecendo constrangido. E deveria estar mesmo, já que acabara de me pegar olhando para o membro dele como se fosse um pedaço de carne.

Me virei de costas novamente, mal terminei meu banho e saí do chuveiro. Vesti minhas roupas mesmo estando todo molhado e saí do banheiro sem dizer uma única palavra para Dan. Ele havia me pegado admirando-o no banho e eu não teria desculpa para isso, então só fui o mais rápido que pude para o carro. Meu irmão chegou poucos minutos depois e também não disse nada até chegarmos em casa, quando foi direto para o quarto. Eu também fui para o quarto, mas para o de meus falecidos pais, e me joguei na cadeira giratória.

Eu não queria pensar, então peguei meu material de desenho e comecei a rabiscar descontroladamente até adormecer, após mais de uma hora.
Quando acordei, fui ao banheiro lavar o rosto. Olhei pela janela quando voltei para o quarto e parecia ser meio de tarde. Me sentei na cadeira em frente a mesa de desenho e comecei a reparar no que eu havia feito. Um rapaz de olhos pretos penetrantes e feições duras me fitava por trás de seus óculos. Seu queixo era quadrado, sua boca carnuda, testa fincada, e era possível ver até as covinhas que se destacavam no seu sorriso. A barba era curta e bem feita, e o cabelo, também curto, era cacheado. Dava para ver que ele era alto pelo desenho, já que era de corpo inteiro. E que corpo… Passei a mão pelas curvas, tentando senti-las, mas não foi possível. Embora o desenho fosse um retrato fiel do modelo, ainda era um desenho. Comecei a rasgar a folha, mas acabei parando antes de chegar na parte rabiscada. Não, era muito lindo para ser jogado fora assim… Resolvi guardá-lo em meu portifólio por ora, e deixei o quarto, ignorando o fato de eu ter desenhado o meu irmão completamente nu.

Meu e-mail: [email protected]

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,62 de 13 votos)

Por # #
Comente e avalie para incentivar o autor

1 comentário

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder nnz ID:w72w07v3

    que conto perfeito mn vsfd