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Descobrindo o Novo Mundo 6

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Por

Chegou a manhã de segunda-feira, aquele 6 de abril de 1579 havia amanhecido de céu azul, eu acordei mais cedo e fui passear um pouco na praia, admirei a beleza daquela humilde vila à beira mar, os dias que eu ali havia passado tinham sido marcantes em minha vida, jamais eu imaginaria que conheceria o amor do outro lado do Atlântico, muito menos que seria um jovem índio que iria conquistar o meu coração, quem diria, logo eu que nunca entenderá como dois homens poderiam ter sexo ou amar um ao outro, imaginar que há poucos meses em Portugal eu deitava-me com uma prostituta e jamais havia pensado em deitar-me com um homem, muito menos tomar um jovem índio como minha mulher, pois é, a língua é o chicote do rabo
Neste novo mundo descobri como era bom ser amado verdadeiramente, também descobri o meu lado selvagem no sexo, e descobri o quanto eu desejava aquele jovem índio, eis que o novo mundo trouxe-me uma nova vida

A tropa já estava a preparar-se para dentro de algumas horas partir, Porã e sua mãe comia aipim frito e frutas, sentei-me a eles e fui comer juntos, conversamos um pouco sobre a viagem, no dia anterior Porã e sua mãe havia trago suas coisas de sua maloca, após comermos fomos despedir-se do pessoal, Gonçalo Gonçalves despedia-se amistosamente do cacique Arariboia, era-lhe muito grato pela estadia na Vila de Praia Grande de Nicheroy, vila essa fundada por aquele cacique
O Sol levantava-se ao céu, rumamos com a tropa para uma caravela, colocamos tudo o que tínhamos ganhado em nossa estada ali e às 9 horas partimos para dentro da Baía de Guanabara, Porã entusiasmado ficava surpreso com aquele barco grande, sua mãe com olhos arregalados observava a paisagem e cada detalhe que havia na caravela e assim seguimos vagem
Avistamos a entrada do Rio Imboassú, e ali aportamos, todos descemos e fomos caminhando pela beira do rio terra adentro, uma caminhada de duas horas carregando nossas coisas, o peso, o calor, a sede, tudo era exaustivo, mas fazia parte da vida de conquistador e colonizado
Encontramos um descampado as margens do rio e uma leve elevação de terra acima do rio, ali Gonçalo Gonçalves apontou e gritou a todos que ali iríamos parar, observamos o local com atenção e eis que Gonçalo Gonçalves decide fundar a vila ali por ser um local terra adentro e mesmo assim não muito longe do litoral, era o local ideal
Sentei-me numa pedra, peguei meus papéis e pus-me a escrever tudo o que Gonçalo Gonçalves pedia, redigi dois documentos que seria um enviado a Portugal para comprovar com detalhes a fundação da Vila de São Gonçalo, e outro para a vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, maior vila da região, após terminar os documentos assistimos a missa feita pelo padre que nos havia acompanhado durante a viagem, a missa proferida em latim reverenciava o beato São Gonçalo de Amarante, beato esse da predileção religiosa de Gonçalo Gonçalves a qual ele era justamente da cidade de Amarante, próximo ao Porto
Terminadas as cerimonias religiosas começamos a construir tendas onde iríamos nos abrigar e já no dia seguinte começar a levantar casas, choupanas e principalmente uma pequena capela em homenagem a São Gonçalo de Amarante e assim vimos que teríamos muito trabalho por fazer

Um ano havia se passado, era o mês de maio de 1580, a Vila de São Gonçalo completava 1 ano de existência, havia a pequena capela em homenagem ao beato São Gonçalo, 30 casas, destas 30, 25 eram casas de barro, casas estreitas, porém compridas cujo telhado era feito de bambu partido ao meio revestido de barro e as colunas das paredes de troncos grossos, as outras 5 casas eram bem mais encorpadas de madeira e barro, numa destas casas vivia Gonçalo Gonçalves e sua família, já eu decidi ter minha própria casa, uma pequena casa de barro simples que ficava a pouco mais de um quilômetro afastado da vila, Porã e sua mãe foram viver no centro da vila, entretanto em pouco mais de 3 meses Porã deu um jeito de arranjar um namorado para sua mãe, um índio que tomava conta do pequeno cemitério indígena que havia por trás de uma ladeira, ladeira essa de frente para a capela de São Gonçalo, assim a mãe de Porã engatando namoro com o índio foi viver com ele numa casinha próximo a esse cemitério indígena e Porã veio viver comigo pois além de sua mãe que agora está muito bem casada tem eu que sou seu tutor, Porã utilizou bem dessa desculpa para vir viver comigo
Naquele ano de 1580 as notícias vindas de Portugal não eram boas, as Cortes de Almeirim foram iniciadas em 11 de janeiro, no dia 13 do mesmo mês o Cardeal Rei interrogou Febo Moniz, representante do Povo, o mesmo exigia que o trono luso fosse ocupado por um português, porém o Cardeal Rei não via com bons olhos D. António, Prior do Crato, além do mais, o Duque de Osuna tinha vindo de Espanha representar Felipe II, estando o rei espanhol subornando a todos.
No dia 31 de janeiro o Cardeal Rei D. Henrique I morria sem deixar uma decisão final, então assumiu uma junta de governadores, três destes apoiantes de Felipe II, um neutro e o outro fiel apoiador de D. António, Prior do Crato, no dia 30 de abril convocou-se uma assembleia em Santarém, estava óbvio que a sucessão ao trono seria dada a Felipe II e já prevíamos uma União Ibérica

Num dia cinzento de maio, num fim de tarde, Porã e eu voltávamos da vila onde tinha eu redigido alguns documentos à pedido de Gonçalo Gonçalves para despachar no dia seguinte para São Sebastião do Rio de Janeiro, preparávamos para fazer a viagem no dia seguinte até lá, durante à noite jantamos e bebemos um pouco de vinho, Porã ficava super foguento quando bebia vinho, já eu ficava brincalhão com ele, gostava de correr atrás dele fingindo caçá-lo, quando cansava deitava-me na rede e ele cheio de tesão deitava comigo na rede, vinha por cima e rebolava em meu pau, eu o agarrava e o enchia de beijos, ele seduzia-me, abraçava-me com fervor e beijava-me com vontade, da rede rolávamos para o chão, ali eu o agarrava por cima e olhava em seus olhos, ele sorria maliciosamente já alto pelo vinho e eu me entregava a seus braços com loucura, chupava seus mamilos, mordia levemente seu peitoral e subia para o pescoço, ali mordia, beijava, chupava, ele me abraçava e gemia de tesão, falava algumas coisas em sua língua em meu ouvido a qual eu não compreendia o significado mas sabia que eram palavras de prazer
Ele subia em mim e cavalgava sobre meu calçolão, e eu com fúria tirava minha roupa despindo-me rapidamente e colocando pra fora meu pau duro, rijo e babando desejando aquele jovem índio, ele deitou seu rosto em meu ombro e disse-me baixinho ao pé do ouvido:

Porã – Foda-me, sou tua mulher ou não sou

Eu – Claro que és minha mulher, minha indiazinha safada, adoro teu corpo, tua boca, quero devorá-lo

No sexo Porã gostava de tratado como fêmea e quando eu o chamava no masculino dava-me um tapa na cara e dizia para eu chamá-lo na intimidade por nomes femininos, ao qual eu às vezes esquecia por estar levemente bêbado, quando ele batia-me na cara eu enfurecido xingava-o de puta, vagabunda, vadia e apertava-o com minhas mãos na sua cintura sacudindo ele, Porã adorava
Com suas mãos ele posicionava meu pau no seu cu, e aos poucos entrava, aquele cuzinho já estava acostumado a minha rola, mas ainda assim ele soltava uns gemidinhos quando o pau entrava, por ser um pouco grosso na hora de entrar ele gemia
Porã gemia de tesão enquanto cavalgava na minha rola, eu segurava sua cintura apertando com desejo, ele rebolava e cavalgava, às vezes sentava fazendo um barulho gostoso de vai e vem, as batidas do rabo dele na minha virilha, e delirava de prazer sentindo os espasmos que o cu dele dava em meu pau, apertava o cu na minha rola e isso fazia-me delirar de prazer e Porã sabia muito bem que eu adorava isso, sua cuceta apertava minha rola, e podia sentir as paredes do seu cu úmidas pressionando minha pica dentro dele
O vinho deixávamos loucos de tesão um pelo outro, não que não houvesse sempre um fogo entre nós, entretanto o vinho ressaltava essa chama de paixão dentro de nós, e no meio desse fogo eu gozei de prazer leitando aquele cuzinho, soltando jatos de porra dentro dele
Após a nossa foda notei que ele não havia gozado, então tive uma ideia maravilhosa, pedi para ele lavar o cuzinho pois ainda estava recheado de minha porra, ele prontamente foi se lavar, meus olhos brilhava de malícia, e também de boas intenções, quando terminou de lavar-se eu o agarrei e disse que faria uma surpresa pra ele, coloquei-o deitado e de imediato fui chupá-lo o cuzinho, ele sempre amou as minhas linguadas em seu cu e logo começou a gemer, naquela hora derramei um pouco de vinho em seu cu e chupei seu cuzinho junto com o vinho, seu corpo arrepiou-se ao sentir o vinho escorrer em sua bunda, minha língua entrava com desespero em sua cuceta, chupava seu cuzinho com desejo e aos poucos bebia o vinho que lhe derramava na bunda

Eu – Gostas de sentir minha língua dentro de ti minha indiazinha safada?

Porã – Agora deu para beber vinho no meu cu seu português safado

Eu – Pois claro, nada melhor do que unir as duas coisas que mais excita-me, vinho e sua cuceta, tu és a minha fêmea, minha mulherzinha, quando não te fodo com o pau te devoro com minha boca

Porã – Devora-me todo, você sabe que adoro sentir tua língua dentro de mim

Naquele momento coloquei-o de lado, continuei chupando seu cu com vontade e iniciei nele uma gostosa punheta, agarrando seu pau e masturbando-o para fazê-lo gozar, queria fazer minha fêmea feliz, é um deleite para mim seus gemidos de tesão e seus gritinhos de prazer e dor na hora da penetração
Porã gemia igual uma menina, seu corpo suava de prazer, minha língua dançava dentro de seu cu, minha boca mordia-lhe suavemente as carnes de sua cuceta, fazendo meu jovem índio delirar de prazer em ter minha língua em seu cu e minha mão masturbando seu pau, apertando com sutileza e sentindo ele latejar enquanto ouvia Porã gemer igual uma puta
Aumentei a frequência da punheta nele, sentia seu cu piscar em minha boca, ele continuava gemendo de prazer até que, com seus gritos de tesão anunciou que estava gozando, pude sentir os espasmos de seu saco e ele gozando de prazer, enquanto ele Porã gozava ele empinava a bunda na minha cara, isso fazia-me delirar de prazer
Fiquei realizado em ter feito meu Porã gozar de tesão, nunca me agradei gozar e deixá-lo sem se aliviar, até mesmo para um passivo tão submisso ele tinha suas necessidades masculinas, mesmo que durante o sexo gostava de ser tratado e chamado por nomes femininos

Ao amanhecer acordamos agarradinhos, com uma leve dor de cabeça devido aos excessos de vinho, mas nada como um aipim frito e umas frutas não melhorassem meu dia, após a refeição da manhã fomos até a casa de Gonçalo Gonçalves, lá busquei os documentos que iria levar para a Vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, além de escrivão era eu despachante oficial de Gonçalo Gonçalves
Com os documentos em mãos e as recomendações dadas partir junto com Porã até a foz do Rio Guaxindiba, lá havia alguns pequenos barcos que pudessem levar-nos pela litoral da Vila de São Gonçalo até a Vila de Praia Grande de Nictheroy, de lá partiríamos num barco maior até o outro lado da Baía de Guanabara
Antes de chegarmos ao nosso primeiro destino, demos uma parada numa praia que havia acima do Rio Maruhí, a parada não era planejada, Porã perguntou-me o porquê da parada, eu o olhei maliciosamente e ele de imediato entendeu o que eu queria, levei-o para a praia, lá o abracei e beijei-o, ele entregou-se em meus braços, olhou-me nos olhos e disse:

Porã – Eu te amo muito sabia, te amo com todas as minhas forças

Eu – Eu também o amo muito, quero-te para sempre em minha vida, agora tenho um pedido muito especial para fazer-te

Porã – Nossa!! É o que eu estou imaginando? Que emoção, você não imagina a felicidade que estou

Eu – Nunca o vi tão feliz assim, mas tenhas certeza que vais gostar

Porã – Vai amor, peça logo o que você quer, estou explodindo de emoção

Eu – Amor, chupa minha pica

Ele revirou os olhos, senti que ele esperava outra coisa, mas de imediato ele ajoelhou-se, baixou meu calçolão e começou a mamar meu caralho, segurei seus cabelos lisos e negros e apertei, fui movimentando sua cabeça e fazendo-o chupar com mais força, queria foder aquela boca, com as mãos ele acariciou meu saco, gemi de tesão, meti com prazer na boca dele e anunciei que iria gozar, ele segurou minha cintura e deixou que eu gozasse no fundo da sua garganta, gozei jatos quentes de porra na sua boquinha, acariciei o rosto do meu jovem índio, ele deitou o rosto em minha mão, parecia um gato pedindo carinho, naquela hora me ajoelhei junto a ele e beijei sua boca, senti o gosto da minha porra na boca dele, olhei para ele após beijá-lo e sorri, ele olhou-me nos olhos e disse:

Porã – Você é muito inocente, mesmo sendo safado e dominador, você é inocente em suas atitudes e eu aprecio isso, sei que me ama, mas às vezes você é meio ignorante nos sentimentos

Eu – Ignorante, eu? Jamais! Sou letrado, escrivão e despachante, já fui auxiliar de um corregedor em Braga, posso não entender muito de sentimentos, já expliquei para ti que estou a aprender a ser mais sentimental contigo, pois a vida sempre foi muita dura comigo, mas eu esforço-me para deixar a frieza do passado e entregar-me a ti

Porã – Oh meu rico português, rico de amor no coração e tão inocente nas palavras! Você não entendeu o que eu esperava com o seu pedido, eu esperava outra coisa, mas ora ou outra você entenderá o que eu esperava e nem venha perguntar-me o que era, descubra sozinho

Pensei cá com meus botões, o quê Porã queria dizer com aquilo, o quê ele realmente esperava de mim, quê atitude tomar?
Rumamos de barco até a Vila de Praia Grande de Nichteroy, ao chegar lá o cacique Arariboia mandou chamar-nos, de pronto atendemos o pedido do velho cacique a qual respeitávamos imensamente
Entramos em sua maloca e lá nos acomodamos, o velho Arariboia dirigiu-nos um largo sorriso e disse:

Arariboia – Fico muito feliz em vê-los juntos, vejo que você escrivão é um bom tutor e irmão para Porã, soube que é despachante da Vila de São Gonçalo, e surgiu-me uma ideia, queria que você fosse despachante desta vila, que viesse cá duas vezes na semana para redigir documentos e por ventura levá-los até o outro lado da Baía de Guanabara, pois o governador-geral Lourenço da Veiga anda muito ocupado reprimindo o contrabando no Cabo Frio e precisamos deixar tudo o que ocorre nas vilas documentados

E – Com certeza irei auxiliá-lo nessa missão, conte comigo para ajudá-lo, virei em vossa vila duas vezes na semana e irei redigir e despachar tudo o que a mim for solicitado

Arariboia – Não se preocupe que você será recompensado, tomei a liberdade de falar com o governador-geral quando aqui aportou em fevereiro, pedi a ele que solicita-se a corte um pagamento mensal para um escrivão e despachante para as duas vilas do leste da Guanabara, ele trouxe a resposta mês passado, disse que o encarregado da missão por mim indicado poderia buscar mensalmente um pagamento de 2 contos na vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, hoje mesmo pedirei a você para redigir o ofício para que no próximo mês você já possa receber seus 2 contos, sei que é muito pouco mas já lhe serve para comprar algumas coisas vindas de Portugal

Eu – Sou imensamente grato a confiança em mim depositada, farei o meu melhor e não me importarei com o baixo ordenado de 2 contos, para mim é o suficiente, agora mesmo irei redigir o ofício

Arariboia – Aprecio sua humildade em receber tão só 2 contos, ouvi dizer que as damas da corte ganham 10 contos mensais, e elas não fazem absolutamente nada

Eu – Infelizmente é normal isso acontecer, aqui é Brasil, somos colonos e por isso recebemos um ordenado menor

Arariboia – Depende, há gente em Salvador e aqui mesmo em São Sebastião do Rio de Janeiro que recebe acima de 10 contos mensais, basta ter padrinho

Após rirmos da situação, redigi o ofício solicitado, agradeci a oportunidade e fui junto com Porã de barco até São Sebastião do Rio de Janeiro, uma travessia de barco lenta mas enfim chegamos, de lá andamos até o centro da vila, vi que a vila tinha crescido e as casas eram até melhores que na Vila de São Gonçalo e na Praia Grande de Nichteroy, o poder político da região estava ali
Levei os documentos a pessoa responsável, após uma pequena burocracia tudo deu certo, no mês seguinte iria receber meus merecidos 2 contos, o padre pediu para conversar comigo, quis notícias da Vila de São Gonçalo, já que somos do recôncavo da Baía de Guanabara ele não poderia ir com frequência na vila por desprender muito tempo, entretanto, marcou de em breve fazer-nos uma visita e ver como estava a nossa pequena capela em homenagem ao beato São Gonçalo de Amarante, após uma longa conversa amistosa saí da igreja e fui procurar por Porã, onde estaria Porã?

Desnorteado caminhei pelas estreitas ruas da vila, não encontrava Porã de forma alguma, perguntei as pessoas que estavam no local e nada, então dirigi-me a uma pequena tenda onde havia um conterrâneo que vendia carne de porco fresca, um homem de meia idade, de aparência sofrível, com educação dirigi-me a ele:

Eu – Boas tardes meu senhor, sabes dizer-me se viste ao pé da igreja um índio jovem, magro, de calças brancas e camisa de algodão azul, ele sentou-se ao pé da igreja assim que eu entrei

Vendedor – Boas tardes meu jovem, vejo que és um reinó e que vives aqui pouco tempo, és do Minho não é certo?

Eu – És o senhor talheiro ou adivinho? Adivinhaste até minha província, pois sim, sou reinó, nasci no Reino, mas estou cá a viver há um ano, vim para cá viver, vim na comitiva de Gonçalo Gonçalves para a fundação da Vila de São Gonçalo

Vendedor – Eu sou de Bragança, lá de Trás os Montes, reconheço bem um minhoto, gente muito boa, e já ouvi sim dizer dessa vila, de lá da Vila de São Gonçalo vem boas laranjas e goiabas. O tal índio que procuras sentou-se ao pé da igreja quando o senhor lá entrou, ficou meia hora sentado até que passou um índio tibira a vender roupas, ele chamou o tibira e ficaram a conversar um tempo, depois foram os dois em direção aos cais do porto

Eu – Agradeço-lhe as informações meu senhor, és o povo de Trás os Montes muito prestativo e laborioso, com sua licença, vou ao cais do porto agora

Rapidamente retirei-me sem antes não deixar de levantar o chapéu e acenar agradecendo ao trásmontano, senti saudades de Portugal e principalmente de nossa tradicional boca miúda, o nosso nível de observação torna-se um verdadeiro mexerico
Aproximei-me do cais do porto, olhei para todos os lados, meus olhos caçava Porã, que raios era um índio tibira? Eu deveria ter perguntado ao trásmontano, talvez seja algum índio forte e guerreiro, alguém que tenha qualidades iguais as minhas ou até superior, meu peito queimava de ciúmes, pela primeira vez senti tão forte este sentimento, o ódio e a loucura tomava conta do meu ser
Ao longe avistei Porã, estava a conversar com um índio mais alto que ele, magro, com penas coloridas amarradas ao cabelo, este índio carregava um pequeno carrinho de mão com uma espécie de mesa e alguns tecidos amontoados encima
Escondi-me atrás de uma árvore, não queria ser avistado por ele, quis eu descobrir até onde iria aquela conversa, pois se estavam no cais ao redor de várias pessoas nada teria acontecido, usei da situação para testar o Porã, será que ele estava desejando aquele índio, uma rápida conversa e já o teria ganhado, não sei, várias ideias consumia o meu ser, então vi Porã retirar de seu bolso alguma coisa e dar na mão do tal índio tibira, não imaginei o que era até ver o dito tibira contando e logo vi que era dinheiro, será que Porã estava pagando por sexo? Puta que pariu, fodo com ele todos os dias praticamente, será que ele estava pagando para comer alguma mulher? Será o tibira uma espécie de cafetão? Será que o tibira vai comê-lo? Mas que caralho, essa inquietação não deixa-me em paz, sinto meu peito queimar
Tibira segurou os braços de madeira de seu carrinho e saiu andando e Porã ao lado dele caminhando junto, decidi segui-los as escondidas, podendo observá-los ao longe e em segurança, vi quando os dois entraram num caminho de terra estreito, minha desconfiança foi a mil, pelo meio do mato fui seguindo os dois sem ser notado, após uma caminhada por entre o caminho de terra vi quando os pararam numa grande árvore, agachei-me e fiquei a espreita observando tudo o que acontecia
Porã foi para detrás da grande árvore e lá se despiu de suas vestes, ficando unicamente de tanga, o dito tibira procurava no carrinho alguma coisa, então aos pouco fui me aproximando, notei que ambos conversavam na língua deles, e eu nada compreendia até que uma palavra soou-me muito conhecida, Porã tinha falado meu nome para aquele índio, no meio de tantas palavras numa língua a qual eu não conhecia eis que ouvi o meu nome ser citado, na hora pensei que Porã devia estar dizendo que tem algum relacionamento comigo, contando para o tibira o nome do pobre infeliz que será traído num ato de infidelidade selvagem, meu sangue ferveu naquele momento, então vi o tal tibira levar para atrás da árvore um embrulho, um embrulho muito bem decorado por sinal, na hora pensei que seria o lençol que eles estenderiam ao chão para foder ali mesmo pois não notei nenhuma mulher no local

Peguei minha faca afiada, ajustei o meu mosquetão e sorrateiramente aproximei-me dos dois, vi que eles estavam de costas a mim, Porã abria o embrulho e dali retirava um tecido branco, não me importei o que era, naquela hora segurei por trás o dito tibira e pressionei a faca em sua garganta, mas sem penetrar, vociferei palavras cheias de ódio no ouvido do dito tibira, eis que o índio soltou um grito de desespero, um grito agudo e histérico, Porã na hora gritou meu nome e implorou para eu parar, nem reparei, segurei com mais força o tal tibira e disse:

Eu – Tu és o maldito que está a seduzir o meu amor, ele está a pagar por sexo contigo, diga, maldito

Tibira – Não, você entendeu errado, não é nada disso

Eu – Saibas que eu sou o único macho deste índio que vês a tua frente, sou o homem dele, sou o marido e ele é minha fêmea, unicamente minha, tás a seduzir a pessoa equivocada, quem és tu tibira, algum dominador de jovens índios?

Tibira – Você é o Rodrigo Afonso, não é, sei quem você é, não me faça mal, eu apoio vocês dois, eu quero o bem da minha família

Eu – Mas que caralhos é isto de família, não sou teu parente muito menos tu carregas o meu sangue, tu queres roubar o meu Porã, queres seduzi-lo só para si

Porã – Por favor, não faça nada com ele, eu imploro, pare com essa loucura, eu te amo e jamais iria traí-lo

Eu – Pensas que sou parvo, tu não me enganas, estás de tanga e sem tuas roupas, óbvio que irias estender esse lençol branco e foder com esse índio aqui mesmo na sombra desta árvore, tás buscando um macho do teu povo não é Porã

Tibira – Pela luz e força de Tupã, não me mate, eu sou tibira, você entendeu mal, eu sou tibira e primo de Porã

Eu – O teu nome eu já conheço, sei que te chamas Tibira, agora inventas que é primo de Porã, tás a mentir e eu vou degolá-lo, diga-me agora o nome da mãe dele, agora ou eu arranco a tua goela

Aos prantos o tal tibira grita chorando, Anahí, Anahí, Anahí irmã de Juciara, tribo dos itororós, Anahí cujo marido morreu na guerra contra os franceses, Anahí índia que foi viver longe da praia no fina do Rio Maruhí com medo da guerra, Anahí e Porã são meu sangue, eu imploro, não me mate, você está cometendo um engano, pare antes que aconteça alguma desgraça
Fiquei espantado, o tal tibira falara a verdade, só mesmo um parente bem achegado a família saberia informações tão particulares, então perguntei o porquê de Porã estar nu, só de tangas e que tecido branco era aquele, chamei-o de tibira indagando que ele me respondesse, ele riu alto e na hora vi que Porã também riu

Tibira – O meu nome não é tibira, tibira não é nome, tibira é a mesma coisa que Porã é, tibira é o que vocês brancos chamam de sodomita, ou melhor, travestido em vossa língua, alma de mulher num corpo de homem

Os dois começaram a rir novamente, nesse momento a faca já estava no chão, então eu perguntei o porquê de Porã está só de tanga e com um tecido branco nas mãos, os dois pararam de rir na hora, e eis que agora o tibira, primo de Porã respondeu:

Tibira – Eu vendo tecidos, roupas e panos para costura, meu primo me chamou na porta da igreja, mostrei a ele o que eu vendia, conversamos sobre a família e ele falava o quanto te ama, pediu uma roupa especial, cobrei a ele metade do preço do valor da peça, viemos aqui neste caminho afastado para que ninguém visse a roupa que ele iria vestir, seriámos mortos se alguém visse ele com tal roupa, já ouvi horrores da inquisição, tenho medo de quando chegar aqui

Eu – Pois bem, já que está tudo explicado, que raio de peça de roupa é essa que ninguém pode ver por ser perigoso?

Porã – É um vestido de noiva, veja você mesmo, olhe com teus olhos, eu comprei com meu primo pela metade do preço

Eu – Mas para que raios um vestido de noiva?

Porã – Lembra-se quando estávamos naquela praia que você foi-me fazer um pedido especial, pois bem eu pensei que você iria pedir-me em casamento, fiquei explodindo de alegria, até que descobri que seu pedido especial nada mais era que uma chupada na tua rola, fiquei triste mas vi que você é inocente demais e não fez por maldade, eu sempre invejei as índias que casavam, o vestido delas, o casamento nas capelas, eu queria fazer igual, casar com você pois eu te amo e você é o meu homem

Eu – Meu bem, como que iremos casar na igreja, para eles somos um pecado abominável, é impossível isso acontecer, infelizmente, e eu te amo, te desejo mais que tudo, não precisa um casamento para afirmar o meu amor

Porã – Não iremos casar na igreja, sei que é impossível, porém meu primo conhece um cacique do interior que ainda faz casamentos em nossas tradições, numa aldeia lá na terra dos Goitacazes, lá ainda é permitido, mas é escondido, queria ir para lá com você e casarmos, é o meu sonho

Eu – Bom, se podemos casar dentro de suas tradições, não vejo mal nenhum, irei juntar um pouco de dinheiro para bancar nossa viagem até lá pois a terra dos Goitacazes fica depois do Cabo Frio e lá ainda está em guerra com os corsários, ainda há franceses na região do Cabo Frio, por isso as caravelas de viagens vão para o alto mar para evitar guerra, podemos ir pra lá, casar e assim realizar teu sonho

Porã veio até mim, deu-me um abraço apertado, sorriu para mim, acariciou meu rosto e deu-me um tapa forte na cara e disse:

Porã – Caralho, você quase matou o meu primo com uma faca no pescoço por ciúmes de mim, duvidou de mim e de minha fidelidade, seguiu-nos as escondidas e quase me matou de susto, você é um filho da puta

Tibira – Primo, perdoa o coitado, ele fez isso tudo por ciúmes de você, ele te ama e ficou consumido pelo ciúme, aliás, você também é ciumento possessivo com ele, as coisas que você me contou, tudo o que você já fez por ciúmes dele

Porã – Tudo o que eu fiz foi por amor, inclusive o ciúme possessivo que tenho dele

Tibira – Hoje ele provou que é tão ciumento e obcecado por você do que você por ele, ele provou que te ama, claro, não foi de uma forma amistosa, já que tinha uma faca em meu pescoço quase me degolando, mas eu entendo ele, sei que foi por amor a você Porã

Porã voltou a me abraçar com carinho, mas disse que eu mereci o tapa na cara, mesmo assim acariciou meu rosto, beijou-me e voltou a abraçar-me
No fim daquela tarde já havíamos chegado a Vila de São Gonçalo, o dia tinha sido exaustivo, porém estávamos explodindo de amor um pelo outro, após um bom banho ficamos nu deitados em nossa rede, um de frente para o outro, nossos olhos se encarando com ternura, seu sorriso era lindo, quanta emoção e carinho, suavemente ele acaricia meu rosto, passa os dedos em meus lábios e lentamente aproximou seu rosto do meu, beijou-me com delicadeza, na hora eu retribuí o beijo e desci para seu pescoço, mordi devagar e beijei, fiz ele sentir minha respiração ofegante em seu ouvido, ele abria a boca e suspirava em delírio
Desci até seu mamilo, mordisquei, beijei e baixei a sua cintura, ele arrepiou-se quando sentiu minha respiração em sua cintura, na hora sua mão veio de encontro ao meu pau que estava duro e babando, ele começou a masturbar-me num vai e vem gostoso, minha pica grossa brilhava de tanto que a mão dele espalhava a baba, então ele passou a mão em seu peito e me chamou:

Porã – Vem chupar o peito da sua indiazinha, quero que você me devore

Eu – Quero devorá-lo meu curumim, quero sentir o teu cheiro, teu calor, quero-o para mim

Porã – Na cama sou tua fêmea, quero que me chame no feminino, vou ser oficialmente tua mulher em breve

Eu – Em setembro iremos casar, mas desde que te vi pela primeira vez já o fiz de minha fêmea, agora quero que sentes com o rabo na minha cara, rebole esse cu na minha boca, quero sentir teu rabo na minha cara, quero chupar seu cuzinho

Ele posicionou-se, ficou de bruços por cima de mim, sentou suavemente com a bunda na minha cara, dei dois tapas nas carnes da bunda, abri com as mãos sua bunda morena e lisa e pude ver seu cuzinho piscando pra mim, coloquei um dedo em eu cu e comecei a dedilhar, ele ficou empurrando a bunda pra trás, eu colocava o dedo e passava a língua em seu cuzinho, depois comecei a chupar aquela cuceta com vontade, mordisquei sua bunda, dei tapas até que ele começou a cavalgar com a raba em meu rosto
Levantei da rede cheio de tesão, o pau rijo como rocha, segurei meu indiozinho no colo abraçando, coloquei-o deitado na rede e me posicionei para fazer um delicioso frango assado
Porã colocou as pernas sobre meus ombros, beijei suas pernas, sua pele macia, morena e cheirosa deixava-me ainda mais excitado, ele olhou em meus olhos e disse:

Porã – Me fode, sou tua meu macho

Eu – Vou estuprar o teu cuzinho sua vagabunda safada

Porã – Me arregace seu filho da puta

Segurei suas pernas com força, lancei um olhar de malícia sob os olhos dele, na hora penetrei a cabeça do meu pau naquele cuzinho e de imediato ele soltou um gritinho igual uma moça
Tive dó dele, não queria ser violento no sexo igual eu já tinha feito antes, deixei que seu cuzinho aos poucos engolisse minha rola, e assim se fez, minha rola foi deslizando lentamente para dentro do jovem índio, seu cu apertava minha pica dentro dele, senti os espasmos do seu cu se abrindo e fechando devagar, apertando meu pau, sua bunda morena brilhava com o suor de nossos corpos
Fui aumentando as estocadas nele, ele gemendo feito uma puta, seu cuzinho engolia toda a minha pica, meu saco batendo na sua bunda e o barulho que fazia era delicioso
Ele me olhava fazendo uma careta enquanto eu socava meu pau dentro dele, segurei suas pernas apertando suas coxas dando leves beliscões e soquei com mais força
Segurei o com força, ele masturbando-se feito louco disse que iria gozar, ele soltou um gritinho e gozou em sua barriga, naquela hora meti com mais força, urrei de tesão e gozei jatos esguichados de porra quente e grossa dentro dele, nos deitamos na rede suados e nos abraçamos, ficamos nos beijando e assim passamos uma belíssima noite.

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4 Comentários

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  • Responder Edson ID:gqawlfr8k

    Cadê essa continuação homem?!
    Impossível ler o texto completo sem bater no.minimo 3 punha…

  • Responder TALES ID:mujlcf18k

    So hoje consegui ler esta continuaçao dos seus contos como sempre amei e fiquei de pau duro para deleite do meu namorado estamos esperando ansiosos a continuaçao

  • Responder Danone ID:19p1jmkmq

    Tô doida pra ver esse casamento slk

  • Responder Danone ID:19p1jmkmq

    Aaaaaaa que lindos meu coração não aguenta