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Vingança

1821 palavras | 4 |3.30
Por

O Espírito Lunar

As meias me apertavam as coxas, eram pretas, como mandava o regimento da escola. A saia deixava minhas pernas atraindo olhares de alunos e professores. Até a professora de biologia me deu um olhar estranho. Não era comum, bom, era comum que outras meninas viessem de saia, mas não eu, a representante de classe, a melhor aluna da classe, ou, ao menos, era o que eles pensavam.

Nunca tive muitos amigos. Aliás, nos últimos anos não tive se quer um amigo. Muito por meu pai ser o desgraçado que sempre foi, me buscando e levando na escola, proibindo toda forma de contato com outros até online.

— Você é minha. Sempre será. É minha filha, minha puta, meu banheiro de porra. Deus te criou para me servir. Não matei a puta da sua mãe por nada. Foi para ficar com você que matei aquela desgraçada. E mato você também, se me deixar. Se te ver com outro, eu mato o outro, torturou e destruo você, te viro do avesso. O quanto você pode sangrar antes de morrer? Me responde biscate! Olha para mim sua piranha… — e então ele me fodia, e continuava xingando, e batendo, isso desde meus sete anos, quando minha mãe morreu num acidente nunca esclarecido…

Nunca esclarecido para a polícia é claro…

Eu sabia muito bem o que tinha acontecido com ela, o que temia acontecer comigo…

Imaginei que sempre seria o mesmo, e amaldiçoei Deus durante a maior parte da minha vida, mas, eu estava enganada…

Não só tudo mudaria…

Eu me encontraria com Deus…

Schad…

Flashback: O Último Dia De Escravidão

Tudo começou normalmente. Despertei na cama do meu pai, pois sempre fodíamos até ele cansar. Aquilo me enojava, eu só fazia por não gostar de apanhar. E ele sempre batia no mesmo lugar, na altura das costelas, para ninguém perceber. Mesmo anos depois eu ainda lembraria dos socos seguidos quando eu me negava, ou não fazia o combinado.

Como ele havia me adestrado, levei a mão direita até sua rola mole, e fui para debaixo do edredom. Eu tentava não olhar, imaginar outra pessoa, um namorado fictício, ou algum menino da escola. A punheta começava leve, e logo eu colocava aquele caralho na boca, chupando sem vontade, o que parecia deixar o maldito ainda mais excitado. E com as sugadas e a saliva escorrendo no pinto endurecendo ele acordava. As mãos do meu pai logo estavam na minha cabeça, com ele fodendo minha boca com a rola, usando as duas mãos para forçar meu rosto contra seu corpo.

Eu nem precisava me esforçar, o pinto batendo no céu da minha boca logo estava com o tesão necessário para poucos minutos depois despejar aquela imundície perto da minha garganta. Eu era proibida de cuspir, e ele me lembrava sempre:

— É o leite matinal que toda criança devia tomar, engole. Eu sei que você gosta. — eu nem era criança, já tinha quatorze anos, e ele continuava falando o mesmo de quando eu tinha sete.

Não respondia, era pior quando falava. Só mamava, do jeito que ele me ensinou por tanto tempo. A porra vinha, eu engolia, com o que ele nomeou de expressão morta no rosto, o que costumava deixar a rola dele dura sem muito esforço, então eu aproveitava o edredom para me esconder, engolir, e só sair de baixo após limpar o caralho com a boca, sem uma expressão definida no rosto, quase como se aquilo fosse o normal.

— Quer gozar mais? — ele me mandava perguntar, sempre, era um tipo de regra para o depois de qualquer gozo.

— Sempre, mas você tem que ir para aula. Vai tomar um banho, e vê se lava esse cheiro de porra. Você está fedendo. — e de quem era a culpa? Minha boceta estava escorrendo esperma, nas coxas ainda tinha marca de porra seca, isso da última noite, ou tarde? Minha boceta sempre estava sensível, de modo que quase não conseguia me tocar para lavar por dentro, será que as namoradas transavam tanto quanto eu? Eram duas, três, até cinco fodas diárias…

Fora as gozadas na boca pela manhã…

O apartamento era amplo, meu pai era um investigador da polícia federal. Ele ganhava bem. Sua profissão também impedia qualquer possibilidade de alguém me ajudar, ou era o que ele falava. Nesse tempo eu já não sabia se era verdade, ou algo inventado para me manter calada. Dentro do que ele me dizia, seus amigos sabiam que eu e ele transávamos, e muitos desses amigos também fodiam às filhas, eles trocavam vídeos, e fotos…

Essas pessoas trabalhavam por toda a cidade, se eu contasse para o policial errado, já era, ele contaria para o meu pai, e eu ia me foder ainda mais, só que dessa vez igual a minha mãe…

De qualquer forma, meu pai tirava fotos, e fazia vídeos, era incomum, mas acontecia, ele devia ter umas mil fotos minhas, e pelo menos uns trezentos vídeos…

A vergonha dos outros saberem que ele fazia essas coisas comigo era mais forte que tudo, incluindo minha vontade de o denunciar… como eu voltaria para a escola? Como nossos vizinhos iam me olhar? Onde eu moraria? Esse homem era o único familiar que eu tinha…

Passando pela sala me olhei no espelho e senti vergonha…

As coxas grossas, a bunda grande demais, a boceta vermelha, sem pelos, depilada para o desgraçado… os fios de cabelo pretos, longos e lisos, os amarrei com um laço rosa que peguei em cima de uma das mesas… magra, com peitos grandes, meio caídos, com marcas de dentes, com marcas de chupadas, avermelhados, arroxeados, na pele que devia ser a mais branca das peles… meus olhos azuis, como os de meu pai… sobrancelhas finas, sem maquiagem, pois era proibida de usar… sem espinhas, sem cicatrizes… unhas sem esmalte e dedos com esperma… cocei a porra seca nas coxas, a descascando, e reparei em algo que sempre imaginei encontrar…

A arma do meu pai estava em cima da mesa da cozinha. Olhei para o quarto, com a porta aberta. E reparei que meu pai não se mexia na cama, era o normal, depois da satisfação lhe vinha um estado letárgico.

Corri até a cozinha tentando fazer o menor barulho possível. A arma, a 380 preta, junto de papéis, e da bolsa de trabalho dele caída na beira da mesa, era tudo um sinal. Era minha saída de emergência. Finalmente!

Segurei a arma e levei o cano até a minha boca…

Eu sempre pensava em suicídio, mas no prédio da frente uma menina caiu do nono andar e sobreviveu, até deu entrevista na TV. Não seria eu a morrer do sétimo andar, o último do meu prédio. E eu nunca conseguia ficar sozinha fora do apartamento, minha saída era a arma, era minha única solução…

Com a arma na boca perdi algumas lágrimas. Pensei no barulho que faria, e pensei em algo ruim, e se a arma não estivesse carregada? E se fosse um teste daquele desgraçado?

Ele nunca deixava a arma em algum lugar que eu podia ver…

Apertei o retém, tirei o pente, contei três balas, só que com o som do metal escorregando meu pai levantou. Os passos apressados dele chegaram até a cozinha no que me pareceu um segundo, foi o tempo de verificar se a arma estava mesmo destravada, e colocar ela de novo na boca…

— Vagabunda do caralho, larga essa porra! — os gritos dele me assustavam, e logo as lágrimas que eram poucas se tornaram choro e soluços.

— O que você fez comigo… — falei com a arma na boca.

Ele se aproximou, acho que queria ver de perto, queria que eu explodisse minha cabeça, eu via que ele estava com o pinto duro. Sádico maldito, eu não podia dar esse gostinho final para ele. Não nos meus últimos momentos. Não nessa última vez.

Apontei a arma para ele.

— Você não tem coragem de fazer isso… você é só uma cadela no cio igual a sua… — foi a última vez que ele me ofendeu, mas não a última que ofendeu minha mãe, essa foi na última foda, ou noite, puxei o gatilho.

A pólvora branca era como uma nuvem, o som, diferente dos filmes, ressoou por todo o apartamento, acho que todo o prédio escutou. Fiquei surda por instantes, olhando a cabeça dele com a boca aberta, e o buraco da bala se fechando em sangue após sair pela nuca, junto de sangue, e partes de osso, ambos se espalhando pelo chão, o mesmo que com o corpo caindo se banhou em vermelho.

Não parava de sangrar. Aquela cor escorreu ao tapete, pelo corredor, tocou os pés da mesa, todos os quatro. Eu estava descalça e senti meu pai entre meus dedos.

Não sei quantos minutos se passaram no mais absoluto silêncio. Quando retornei a mim levei a arma de volta para minha boca, e olhando para o cadáver resolvi que não podia correr nenhum risco.

Estava na cozinha.

Peguei a maior das facas e fui até o corpo. Parecia morto, mas, era melhor não arriscar.

Comecei enfiando a lâmina no pescoço dele. Até não conseguir enfiar mais, depois tive que cortar com todo o peso do meu corpo. Não era fácil, foram muitos movimentos, e em cada movimento eu me banhava no sangue dele, que também jorrava da carne dilacerada.

Tive que virar o corpo para conseguir tirar a cabeça ensanguentada.

Joguei a cabeça perto da porta de entrada, e comecei a esfaquear.

Eu queria que ele sofresse. Uma parte minha se arrependia de não o ter esfaqueado em vida, outra parte se deliciava. A vida é sempre pelo menos duas coisas ao mesmo tempo, nesse momento, terror e alegria se confundiam com as gotas de sangue se espalhando nas paredes e me lavando.

Não lembro quando sorri tão sinceramente.

A 380 estava no sangue, caída ao lado do cadáver com tantas lacerações que eu não podia nem contar. Peguei a arma e fui até a varanda, a mesma que por tantos anos ponderei me jogar. Sentei no limite, de costas para a rua, e deitei com a arma na boca, disparei antes de perder o equilíbrio. Ainda senti o corpo caindo antes de perder a consciência…

Não era o fim…

Por incrível que pareça…

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4 Comentários

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  • Responder Sleepsex ID:19p2s6rm1

    O conto é excelente e fiquei curioso pela continuação. Mas, apesar de erótico, não é para excitar os leitores. Pelo menos não para mim.

  • Responder Anonimo ID:3yny8ueq8rc

    pessimo

  • Responder Anonimus ID:2ql0nkd9j

    Brochei

    • Gune ID:7r053wov9d

      Pesado pra cacete. Nem conto como algo erótico, e sim macabro. Não que seja ruim, mas não seria melhor postar em outra plataforma? Aqui é mais pra pervertidos querendo uma bela punheta