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De Volta Para Casa – Primeira Parte

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Realidade e ficção se misturam neste conto que narra a história de Renato, um rapaz que cresceu com 5 irmãos e aprendeu cedo sobre os prazeres da vida

Antes de começar contar minha história, preciso adiantar que parte é ficção e outra parte é realidade. Para que seu tesão não seja frustrado, deixarei para você, leitor safado, decidir o que é verídico e o que é mera fantasia. Espero que seja tão excitante para você ler quanto foi para mim escrever.

Atualmente tenho 28 anos, moro em Brasília, formado em Gestão Pública e trabalhando como assessor no Senado. Contudo, preciso voltar ao passado, quando tinha 7 anos…

Nasci e cresci numa pequena cidade no interior do Ceará, onde morei por 18 anos com meus pais, 3 irmãs e 5 irmãos. Qualquer pessoa sabe que nas pequenas cidades, as famílias na maioria das vezes são grandes, na minha não era diferente.

Meus pais tiveram 9 filhos, que na época, era assim: Renato (7 anos), Cláudio (9 anos), Cleilton (13 anos), Claudia (15 anos), Naison (16 anos), Neide (18), Nilton (20), Neire Lucia (22 anos) e Nestor (23 anos).

Por sermos os mais novos, sendo que eu era o caçula, passava maior parte do meu tempo brincando com Claudinho – como costumávamos chamar. Mas minha diversão mesmo era colocar as roupas e sapatos das minhas irmãs, usar seus acessórios vulgares, que na época era moda.

Claudinho e eu passava muito tempo juntos, dormiamos no mesmo quarto, com outros dois irmãos (Cleiton/Nilton), porque a casa era muito pequena para quantidade de pessoas. Nilton era o mais legal de todos, um rapaz que não era bonito, mas que compensava por sua simpatia. Ele tinha 182 de altura, era moreno, como a maioria dos meus irmãos, seus braços eram fortes devido o trabalho pesado que exercia numa casa de fazer farinha, muito comum naquela região, ombros largos e cabelo crespo. Lembro que ele costumava levantar Claudinho e eu de uma vez, um em cada braço, o que não era muito trabalhoso, já que nós dois éramos magrinho.

Quando estávamos reunidos brincando, Nilton e Nestor ficavam competindo levantando os demais irmãos, como se fôssemos peso de academia. Era A melhor parte do meu dia. Dois homens alto e moreno disputando para me colocar sobre seus ombros. Na época não sabia o que era, mas hoje sei, era tesão àquela sensação que eu sentia.

Em um determinado dia, eu e Claudinho estávamos tomando banho no banheiro de palha que ficava lá no fundo do quintal, perto da cacimba, construído estrategicamente, já que ficava perto do poço e os mais velhos tinham privacidade. Já quando estava no final do banho, fui surpreendido por Claudinho, que passou a mão na minha bunda. Eu já tinha colocado a mão no pauzinho dele em outros momentos, mas era sempre eu que começava. Naquele dia ele que passou a mão em mim e sorriu constrangido. Eu, na inocência talvez, comecei passar a mão no pintinho dele, e nesse dia resolvi colocar a boca…

Tudo em Claudinho era grande para idade. Seu pintinho devia ter uns 11 ou 12 cm, difícil dizer, mas uma coisa é certa: era fininho.

Claudinho mexia sua cintura para frente e para trás, como quem sabia o que estava fazendo, quando fomos surpreendidos:

– Para com isso os dois – falou Nilton, nos pegando surpresa.
– Não fala pro papai, por favor, por favor… – falava Claudinho nervoso.
– Calma ai! – falou Nilton – mas vou ficar de olho em vocês e se eu sonhar que voltaram a fazer isso, eu mesmo dou uma surra nos dois.

Em silêncio eu estava, em silêncio continuei. Claudinho saiu do banheiro primeiro. Pelas frestas das palhas, eu ouvi Nilton dizer:
– Do Renato eu até esperava, mas de você – falava Nilton com raiva.
– Eu… eu… – Claudinho continuava nervoso.
– Vai se vestir antes que eu mude de ideia.

Fiquei no banheiro por um longo tempo, não sei dizer ao certo.

Foi Nilton que veio me chamar:
– E ai bichinha, vai morar no banheiro ou vai deixar a gente tomar banho?

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