De Volta Para Casa – Nona Parte

Renato estava pensativo sobre que decisão tomar… ficar e sofrer na mão de um homem ríspido ou se arriscar em enfrentar a ira do pai

Nestor foi até Nilton e sussurou algo em seu ouvido.

Os dois saíram.

Eu ainda estava no chão.
– Agora é só nós dois. – Falou seu Joaquim, enquanto tirava a calça surrada que vestia.

Minha vontade era de correr, quando ele precisou descer a cueca até quase no joelho para que seu pau, ainda meio mole, pudesse sair para fora…

– Você está sujo! – ele falou olhando para mim no chão.
– Nao é da sua conta – falei, tentando me levantar.
– Viadinho é atrevido. – falou ele.
Não respondi.

Com as pernas abertas e o cuzinho ainda cheio de porra, comecei a colocar minha roupa.
– Para onde pensa que vai? – Perguntou ele.
– Não é da sua conta. – Falei.

Estava com raiva por Nilton ter me deixado ali com àquele homem.

– Você sabe que estamos só nós dois aqui né? – falou ele agora.

Voltei a olhar para ele.

Sua calça estava toda abaixada. Seu pau estava todo de fora, mas nao estava tao duro. Apesar disso não conseguia tirar o olho dele. Sempre achei que Nilton fosse o maior pau de todos.

– Vou ficar aqui. Você pode ir embora. – ele disse.

Eu comecei andar na direção que dava de volta para barragem.

– Aí quando você chegar em casa… – ele começou falar – aproveita e conta o para seu pai o que seus irmãos fazem.

Eu parei.

Ele continuou…
– …porque alguém vai acabar contando.

Eu era só um menino de 7 anos, mas entendi o que ele quis dizer com aquilo.

Continuei parado.

Ele veio até mim e se agachou por trás de mim.
– Que cuzinho judiado. – falou enquanto passava as mãos em mim.
– Sabe, desde que minha mulher morreu, ano passado, que moro sozinho naquela casa de farinha. – falava e me tocava todo.

Queria sair dali. Mas não conseguia me mexer.
– Aquela sua irmã é solteira né? Neide o nome dela? – continuava.

Eu não respondi. Odiava que falavam das minhas irmãs.

– Mesmo quando eu era casado, eu quase não fudia minha mulher. Ela não aguentava todo dia. – disse ele agora tirando umas das mãos de mim e pegando no pau. – Mas você com esse cuzinho pequeno, bunda magrinha, já dando para dois dos seus irmãos… deve aguentar.

Meu cuzinho piscava. Estava com medo.

Ele pareceu ter lido meus pensamentos como um cão que sente o medo das pessoas:
– Não precisa ter medo. – disse – Não vou fazer nada que já não tenha feito.

– Quero ir embora. – finamente disse.

– Você vai. – ele disse quase sussurrando no meu ouvido. – Só não sei se vai andando.

Minhas pernas me traíram. Sentei no chão.

– Aqui tá muito quente. Quer ir para minha casa? – ele disse.

Vi uma oportunidade de sair dali, pois sabia ir da casa dele para minha, já que era comum minha família ir r vir da casa de farinha.

Apenas acenei com a cabeça em sinal de sim.

– Bom garoto. – ele disse enquanto começava por sua roupa. – mas não se preocupe, lá em casa não mora ninguém perto… você vai poder gritar a vontade.

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