De abusado a abusador II

Sou Marlon, capítulo dois da minha história e o desfecho dos abusadores que foram apresentados no primeiro conto

Depois de ter sido estrupado pelo Juninho fiquei um tempo no chão, mas tive que me levantar porque minha mãe ia chegar. Fui tomar banho. Já vi gente falando que deu o cu e doeu só no começo e que foi abusado mas, depois curtiu. Mentira, é horrível, meu cu ficou doendo por dias, no banho ardeu até na hora que eu passei o sabonete. Tomei um susto quando passei a mão e senti que estava arrombado, senti tanto nojo. De tudo, de mim, tomei um longo banho pra poder limpar aquilo que estava dentro de mim, mas não limpou. No dia seguinte, de manhã chorei, falei pra minha mãe que estava doente, ela acreditou e eu não precisei ir pra aula. Levantei depois que ela saiu e senti minha bunda melada, quando eu vi veio aquele cheiro de porra, deve ter escorrido a noite, não sabia que tinha que fazer força pra tirar, achei que só o banho ia resolver, minha cueca estava suja com aquela gosma que ódio que eu senti do Juninho por ter feito aquilo comigo. Era sexta, passei o fim de semana em casa, não sai pra nada, cada vez que eu sentava, fosse cadeira, sofá ou cama, doia. Aquela dor fazia eu lembrar o que eu queria esquecer, só pensava naquilo as mãos me segurando, meu corpo sendo pressionado contra parede, o medo, a dor. Um inferno na terra. Tive alguns dias de paz, por assim dizer, o fôlego que se toma antes do mergulho. Juninho sumiu, mas um dia, quando eu começava a ganhar confiança em voltar pra casa apareceu o Anderson, ele me agarrou na rua e falou: Peguei você bambi. Tinha algo sinistro na sua voz, ele não falava mais comigo no tom alto de zombaria como de costume, sua fala era baixa, cheia de malícia. ” O Juninho me contou que te comeu bambi, é verdade?” Foi o que o Anderson me falou naquele tom diabólico. “Ele disse que você adorou, vai dar o cu pra mim também bambi? Vai deixar eu te comer vai? Você vai gostar viadinho, meu pau é bem grande, maior que o do juninho”. Na hora me veio toda a lembrança do que tinha acontecido e eu comecei a chorar, por sorte um homem passou na rua e disse: ” larga a criança”. Quando ele me soltou eu corri, não sei quem era aquele homem, nem porque disse aquilo, mas ele me salvou naquele dia. Passou um dia ou dois eu voltava da aula já em pânico, olhando por todos os lados, as vezes me esgueirando, as vezes correndo. Pra minha surpresa quando cheguei em casa os dois estavam me esperando no quintal, eles haviam pulado o muro pra emboscar. Congelei na hora. O Anderson veio na minha direção e vi que ele segurava um revolver, naquela hora eu tinha certeza que ele ia me matar. Me levaram pra dentro, eles me penetraram de todos os jeitos que vocês puderem imaginar. O pior foi quando o Anderson fez eu chupar a rola dele, ele metia na minha garganta sem dó e a rola dele me sufocava, eu engasgava, não conseguia respirar, achei que ia morrer ali, dois gozaram no meu cu, um de cada vez, depois gozaram na minha boca e fizeram eu engolir a porra deles. No fim eles fizeram eu dizer qual eu tinha gostado mais, nenhum, aquilo foi horrível, mas eles fizeram eu dizer que tinha gostado de um, o Anderson apontou a arma pra mim e disse, fala! Eu disse o Juninho. O Juninho falou: amor de pica é amor que fica! Eu comi ele primeiro está apaixonado por mim. E começou a rir. O Anderson então com raiva perguntou: Quem tem o pau maior? Você. Eu respondi na hora, com medo, mas na verdade não sabia, nem queria saber. Na saída o Anderson falou, a partir de agora você vai deixar a porta aberta pra gente entrar aqui quando quiser e te comer entendeu bambi? E foi assim que os abusos viraram rotina, eu era estuprado de 3 a 4 vezes por semana, na maioria das vezes um de cada vez, o que era melhor, se é que aquilo podia ser bom, porque eles vinham metiam por cerca de 15 minutos, gozavam e iam embora. Quando era os dois juntos era pior, eles gostavam de fazer maldades comigo, meio que competiam pra vê quem me esculachava mais. Uma vez, em que os dois estavam juntos, o Anderson trouxe o revólver e meteu no meu cu, só pra me ver chorar. O entra e sai dos meninos na minha casa começou a chamar atenção dos vizinhos e começou uma fofoca que eu dava o cu pra eles, que eu era gay mesmo e gostava daquilo. Como as pessoas pode ser tão cruéis? Eu estava sendo abusado e culpa foi colocada em mim. Um dia, fui num bar perto de casa pra pegar cigarro pra minha mãe e um bêbado barrigudo deu um tapa na minha bunda, disse que eu era viadinho mas que se eu quisesse ele deixava eu chupar a rola dele, todo mundo no bar riu. O dono da venda me deu o cigarro e o bêbado baixou a calça e mostrou o pau pra mim. Eu sai correndo. Corre bambi, ouvi os gritos e risos. Quis chorar, mas segurei pra minha mãe não perceber. Alguns poucos meses depois a conversa chegou no ouvido da minha mãe, que eu dava o cu pra todo mundo na rua. Eu chorei e disse que não, porém não tive condições psicológicas de contar tudo e como tinha acontecido de fato as coisas. Minha mãe soube apenas o que lhe contaram. Lembro do semblante triste dela falando, não queria isso pra você meu filho. Ela tomou a decisão de se mudar dali comigo, pra perto de outros parentes, em outra cidade.

Depois de um tempo na nova cidade soube que o Anderson tinha sido assassinado, tomou 6 tiros nas costas, a queima roupa numa padaria, parece que estava envolvido com guangues e tráfico. Que o diabo o tenha, o inferno é pouco pra ele. Por muito tempo não tive notícias do Juninho, mas depois de décadas soube que ele tinha virado policial, se ele fizer com os bandidos metade do que fez comigo, tenho pena dos bandidos. Essa parte da história acaba aqui, mas outra parte começa quando de fato o abusado vira abusador.

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