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O pacto – parte 3 de 3

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Nota do Autor: Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real, é mera coincidência.
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O pacto – parte 3 de 3
Quinze dias exatos, depois da surpresa que tive, encontrando uma Kitty desconhecida na porta, a campainha toca de manhã cedo
Vou abrir, e me encontro com “minha” Kitty na frente.
Eu já tinha esperança que isto ia acontecer, pois a Tamer tinha me contado respeito à duração dos turnos dos empregados de Wooded Hill.
Poucas vezes me senti tão feliz na vida, a abraço e beijo quase chorando.
– Kitty, Kitty. Você não sabe quanta saudade senti.-
Visivelmente embaraçada ela responde:
– Que isso, Peter! A Kitty sempre esteve ao teu lado.-
– Conta outra vai!- eu respondo.
Ela põe o dedo na frente dos meus lábios, para indicar-me de fazer silêncio.
– Peter, você quer que te acompanhe para nadar e depois vamos desjejuar?-
– Não! Primeiro de tudo quero fazer amor com você!-
Carrego-a de peso até minha cama, sem parar de beijá-la.
Ela se despe, deita na cama e eu subo encima dela.
Meu pau, que fica duro na hora, encontra a boceta como se fosse teleguiado e entra sem nenhuma dificuldade.
Os abundantes humores da boceta, não deixam mentir que a Kitty também estava desejando isto.
Ela emite um gemido de prazer e me abraça com toda a força.
Começo a me mexer desfrutando de cada instante de penetração.
Nossa excitação é tanta que gozamos, ambos, em poucos minutos.
– Oh, Peter, Peter…-
Sinto que está para me falar algo, mas se cala, antes de fazê-lo.
Beija-me com paixão, e me diz:
– Agora você tem…-
– Que me enrabar.- completo eu, rindo.
– Nossa! O aluno da Kitty já está aprendendo.- exclama ela, também rindo.
Ela começa a chupar-me, até o pau ficar de novo rijo e se põe de quatro na minha frente.
Eu não resisto e ponho meu pau na boceta dela.
Desta vez ela deixa passar um bom minuto, miando de prazer, antes de me dizer:
– Buraco errado, Peter.-
– Já sei!- respondo eu, redirecionando meu pau para o ânus dela.
Desta vez demoro uns dez minutos antes de gozar.
Vestimos os roupões e descemos até a piscina, onde nadamos nus por uma meia hora.
Daí vamos, de mãos dadas, até o caramanchão para desjejuar.
Quando me pergunta o que quero fazer em seguida, digo:
– Chama a Driver: nos encontramos na oficina em quinze minutos. Vamos para a pista que quero correr: eu com a Porsche e ela com a Lambo. Eu já peguei a mão com minha máquina e melhorei bastante. Depois vamos os três para a pista de motocross dar umas voltas. Aí vamos tomar um aperitivo, almoçar e fazer uma suruba no clube.-
Vejo os olhos da Kitty brilharem diante da perspectiva de repetir um programa que fizemos logo após minha chegada em Wooded Hill.
A Driver também trocou de turno, e é de novo a gordinha que me conduzira do aeroporto na minha chegada, e que me é muito simpática.
Na pista, me divirto mais do que a primeira vez.
Eu estou bem mais seguro na pilotagem da minha máquina, o que não impede que a Driver me faça comer pó, novamente, nas três voltas de pistas que damos.
Em todo caso, a expressão de alegria em cada curva da Kitty, ao meu lado, não tem preço.
No motocross, nem tento seguir as duas que se divertem como nunca.
Já no clube, logo na entrada eu mando a Barmaid tirar o sutiã e tasco um beijo nas suas tetas.
Sentamos, nus na piscina, tomando nossos aperitivos, no enquanto eu apalpo a Driver e a Kitty, sentadas ao meu lado.
Depois do almoço me retiro com as três na suíte, onde fizemos a suruba da outra vez, e repetimos a façanha.
Desta vez posso apreciar, durante um bom tempo a boceta da Driver, que é realmente deliciosa.
Obviamente, como por regulamento, a orgia termina com a sodomia, em rodízio, das três meninas.
Eu e a Kitty voltamos para a vila onde, pela primeira vez, assisto a um filme na sala de cinema do primeiro andar, de mão dadas com a Kitty ao meu lado.
Depois da janta nos retiramos no meu quarto, onde fazemos amor durante um bom tempo.
Quando ela me pede para enraba-la, já sei que é a despedida, mas a idéia que amanhã ela estará ao meu lado, me alivia.
Assim passam os dias: de manhã uma nadada, alguns giros de pista e um programa, que é normalmente uma lição de tênis, ou de golfe, que termina invariavelmente em suruba.
Já à noite nos retiramos na minha habitação para fazermos o amor.
Quando chega o décimo quinto dia, já sei que chega a despedida.
Este dia não tem programa, mas dedicamos a dia a fazer amor e, de novo jantamos no jacuzzi vendo escurecer o céu.
Só que desta vez não consigo ser feliz, sabendo, que por quinze dias, não verei mais a minha amada, já que não consigo defini-la de outra forma.
De fato na manhã seguinte, quando abro a porta, me encontro na frente a “outra” Kitty.
Peço para ela me encontrar no caramanchão em 45 minutos, porque eu vou nadar, deixando claro que não a quero por perto.
Durante o desjejum fico acintosamente lendo as notícias no tablet, para evitar qualquer conversa com ela.
Sem nenhuma razão real, comecei a ter uma antipatia gratuita por esta Kitty, ou melhor, não é tão sem sentido assim, porque a sua presença me mantém longe de minha Kitty.
Quando me pergunta respeito o programa do dia, a dispenso dizendo que irei na biblioteca para ler.
Isto se repete nos vários dias.
Durante o seu turno, não tenho sexo, nem uma vez, com a Kitty.
Quando quero desafogar a tensão sexual, levanto no meio da noite e vou na sala de jantar do segundo andar, onde está sempre de plantão uma Waitress, tomo um café e a sodomizo.
Passados quinze dias, me levanto com a boca doce, quando escuto tocar a campainha, e vou abrir a porta.
A minha decepção é imensa quando vejo que, a Kitty que veio me chamar é uma belíssima latina, que eu não conheço.
– Bom dia Peter!- me diz alegre e sorridente.
Ela até parece simpática, mas não é minha Kitty!
– Bom dia.- respondo.
– Vamos nadar?-
– Melhor não. Me espera em uma hora no caramanchão.-
Desço até a piscina onde me ponho a nadar furiosamente, tentando colocar ordem nas minhas idéias.
Só poder ser armação de Mr.Karlson, que quis me separar de “minha” Kitty, mas eu que posso fazer, mergulhado neste Big Brother.
Depois do desjejum, passado em silêncio, dispenso a Kitty e resolvo ir para o canil, para encontrar a Tamer, que eu acho que pode ser minha única aliada neste lugar.
Quando adentro no canil, a encontro que está exercitando-se em um pequeno ginásio do outro lado do corredor da sua habitação.
Ela interrompe os exercícios, vem me beijar e dar aquele seu abraço de urso costumeiro.
– Peter, meu amigo, você sumiu!-
É engraçado, mas o beijo e o abraço, misturados com o cheiro forte do seu suor, me causam uma certa excitação, que ela percebe.
– Não me diga que você veio aqui para comer minha bunda.-
– Não, não é isso. Vim trocar umas idéias, porque acho que aqui você é a única pessoa com a qual me posso abrir.-
– Disto você pode ter certeza. Como já te disse, aqui eu sou a única que não está nem aí com o Mr.Karlson.-
Eu conto para ela o que aconteceu e ela me responde:
– Eu tenho certeza que o Mr.Karlson está por trás disto.-
Ela pensa um instante e depois diz:
– Vamos fazer o seguinte: vamos cavalgar um pouco, que ajuda a esclarecer as idéias, e conversar mais.-
Antes que eu possa replicar ela pega o celular e chama um funcionário para selar dois cavalos. Me explica:
– Eu tenho alguns ajudantes que ficam mais na cocheira. Mandei selar dois cavalos. Pode ficar sossegado que, aquele que você vai montar é extremamente dócil. Enquanto preparam os cavalos, vem comer minha bunda, que eu vejo que você está com vontade.-
De fato eu estou com vontade mesmo.
Opto por uma rapidinha, com ela encostada na bicicleta ergométrica, o short abaixado e o cuspe como lubrificante.
Como das outras vezes, meu pau entra sem nenhuma dificuldade naquela caverna.
Hoje preciso realmente desafogar meus sentimentos de raiva e frustração, assim que começo a martelar com força dentro do cu dela.
Ela parece apreciar a minha violência, assim que começa a se masturbar com força.
Eu gozo no seu intestino e fico com o pau dentro dela, até ela conseguir gozar também.
– Uau, que barato! É raro eu conseguir gozar com um homem. Acho que eu vou te convidar para ser meu amante.-
Nos vestimos e vamos caminhando, para a cocheira, que fica a menos de cem metros de distância.
Os cavalos já estão nos esperando, selados e preparados.
Saímos pela trilha de equitação e começamos a cavalgar devagarzinho.
Realmente o cavalo que a Tamer me disponibilizou, é bem dócil, e perdoa meus evidentes erros de condução.
Cavalgando lado a lado, começamos a discutir meus problemas.
Seguimos assim, até a hora do almoço.
Almoço com a Tamer, pois notei que ela gosta de ter companhia na mesa.
À tardezinha volto para vila, e fico trancado no quarto até a noite, assistindo seriados na televisão.
Dispenso a Kitty para janta e só vou comer um lanche, bem mais tarde, aproveitando para sodomizar a Waitress que me traz a comida.
Na manhã seguinte, quando vem a Kitty me despertar, marco o encontro para o desjejum, depois da minha nadada.
Terminado o desjejum no caramanchão, surpreendo a Kitty, que já esperava ser dispensada e lhe digo:
– Vem comigo! Vamos dar uma volta!-
Descemos na garagem pego o Porsche e saímos na direção da pista.
Depois de três voltas voltamos na direção da vila.
Chegado na saída para oficina pego à esquerda e sigo na direção do canil.
Vejo que a Kitty está ficando nervosa, algo contaram para ela, respeito à Tamer.
Agora já me considero da casa, e já vou entrando, levando junto a Kitty.
Encontro a Tamer que está se exercitando no ginásio.
Quando me vê, interrompe o exercício e vem me dar um abraço bem apertado.
– Peter! Que surpresa gostosa! Dois dias seguidos! Bem que estava com vontade de tua pica no meu cu, como ontem.-
– Tamer, olha só o bombom que te trouxe de presente!- falo, indicando a Kitty que, acanhada, aparece na porta.
– Uau, uma Kitty! Hoje eu vou me fartar! Vamos já para o set.-
Eu vejo que a Kitty está totalmente transtornada, seguramente não tem os nervos firmes e o treinamento das outras Kitty.
No set não tenho nenhuma dúvida, e digo à Tamer:
– Hoje vou ficar só de espectador: divirtam-se.-
A Tamer faz a Kitty despir-se e depois a possui à missionária com seu enorme grelo.
A Kitty está em estado catatônico e mal reage às ações da Tamer, que a um certo ponto reclama:
– Mas que raios! Está parecendo uma boneca quebrada. Já não se faz Kitty, como antigamente.-
Dizendo isto se levanta, pega no colo a Kitty, a põe no cavalete, e fecha as amarras.
Se põe o cinto com o mesmo consolo, que tinha usado dias antes com a outra Kitty, e começa a sodomiza-la.
A cu da Kitty não deve ter sido bem preparado e ela não reage bem à sodomia, soltando grunhidos pela dor.
Tenho um pouco de dó da moça, então faço um sinal discreto para que a Tamer pare com a enrabada.
Ela a solta e a leva para o banheiro para lavá-la.
Almoçamos na mesa da Tamer, sendo que a Kitty fica silenciosa durante todo o tempo.
Voltamos para a vila, onde dispenso a Kitty até o dia seguinte.
À noite só janto, dispensando a bunda da Waitress.
Na manhã seguinte a Kitty vem me despertar.
Hoje ela está bem séria e é ela mesma que me sugere de encontrar-nos diretamente no caramanchão depois da minha nadada.
Quando chego para o desjejum, lá está ela me esperando.
Logo me informa que esta manhã Mr.Karlson deseja conversar comigo.
Dou a entender que a informação não me afeta em nada e sigo tomando café, lendo as notícias no tablet.
Terminado o desjejum digo para Kitty vir comigo e, pegando a Porsche, vou para a casa de Mr.Karlson, não se antes ter dado três voltas na pista.
Quando chego na casa do mandachuva, digo para Kitty me esperar no carro, toco na campainha e, quando a porta destrava, vou direto para o escritório de Mr.Karlson, sento na mesa de reunião, e digo:
– Pois não Mr.Karlson, me informaram que o senhor quer falar comigo. Estou todos ouvidos.-
O Mr.Karlson dirige sua cadeira de rodas para a mesa de reunião, enquanto diz:
– Bom dia, Mr.Peter.- censurando-me implicitamente por não tê-lo cumprimentado, segue:
– Irei diretamente ao ponto. A Kitty se queixou que não foi bem tratada pelo senhor.-
– Poderia ser mais específico, por favor.-
– Se trata da Tamer. Pessoalmente eu não a aprecio muito, porém os outros funcionários, incluindo a Kitty, não gostam mesmo da companhia dela.-
– E eu com isto?- respondo eu, grosseiramente.
– Pediria que, se o senhor não poder evitar de ir visitar a Tamer, não levasse a Kitty consigo.-
– Desculpe uma pergunta: existe algum artigo neste seu regulamento, para mim desconhecido, que me empeça de fazê-lo?-
Noto que consegui encabulá-lo pela primeira vez.
– Na verdade não, mas…-
– Então já está claro: eu vou fazer o que bem entender. Passar bem Mr.Karlson!-
Dizendo isto me levanto e vou para porta, sem olhar para trás.
Chego na Porsche, onde a Kitty está me esperando e perfeitamente calmo, sem dizer nada, acendo o motor e parto.
Vou diretamente para o canil.
A Kitty a meu lado empalidece, e quase começa a tremer.
Quando paro, saio do carro e digo para Kitty, que está hesitando:
– Vamos lá! Pode descer!-
Muito a contragosto, ela me segue para dentro do edifício.
Para variar, a Tamer está no ginásio.
– Olá meu amigo! Quais bons ventos te trazem hoje?-
– Olá, amiga! Eu trouxe a Kitty para você se deliciar. E hoje não precisa ser muito delicada não! Eu quero ver ela diretamente no cavalete.-
Vamos para o set. Chegando lá a Tamer vai para o armário onde tem seus aparelhos sexuais e retira uma cintura com um consolo, que nunca tinha visto, de um tamanho descomunal.
– Que bom que você me oferece a Kitty deste jeito: tenho justamente este consolo, que faz tempo eu quero experimentar, mas não tenho ocasião. Não vou fazê-lo seguramente com a Lola, coitadinha.-
À vista desta ferramenta a Kitty começa a tremer.
Delicadamente a dispo, a levo até o cavalete, onde a Tamer a possuiu ontem, e começo a atar-lhe os braços e as pernas.
Quando a vejo assim, com a bunda de fora, tão desamparada e tremendo pelo pânico, me dá um misto de ternura e desejo. Falo para a Tamer, que já se despiu, colocou o cinto e está lubrificando o enorme consolo:
– Tamer, se você me der licença, eu quero comer esta bunda antes de você.-
– Seja meu hospede!- me diz a Tamer fazendo um gesto eloqüente.
Lubrifico meu pau com a saliva, o encosto no cu da Kitty e começo a empurrar.
Me dou conta que é a primeira vez que enrabo “esta” Kitty.
Ela é talvez a mais bonita de todas elas, é bem gostosinha, até parece simpática, mas entrou de gaiata nesta minha guerra, que agora vai ser declarada, com Mr.Karlson.
O cu dela é bem apertado, mas aceita bem meu pau que, com poucos golpes, chega até o fundo.
Minha excitação cresce, e começo a tomar gosto com minha foda.
A Tamer também está se ouriçando e começa a masturbar o seu grelo avantajado, como se fosse um pequeno pênis, no enquanto fica nos observando.
Em poucos minutos gozo, enchendo de porra o intestino da Kitty.
Tiro logo o pau da sua bunda e vou sentar na cadeira ao lado do cavalete.
– É toda sua!- digo para Tamer.
A Tamer vai por trás da Kitty e começa a enfiar-lhe o consolo no cu.
A Kitty grita pela dor, e a Tamer me diz:
– Peter, por favor vai no armário e busca uma mordaça: está na segunda prateleira de cima para baixo. Senão a Kitty nos vai deixar surdos.-
Vou para o armário, logo acho a mordaça, a levo até a Kitty e a aplico nela.
Fico olhado por um tempo a Tamer enfiando, com dificuldade, o consolo no intestino da Kitty, até que, excitado, não agüento mais: vou atrás da Tamer e enfio meu pau no cu dela.
Isto parece excitar ainda mais a Tamer que começa a aumentar o ritmo do vaivém do consolo, fazendo a Kitty emitir gemidos pela dor, abafados pela mordaça.
Gozo rapidamente, depois sento na cadeira assistindo de camarote, a foda.
Depois de um tempo que para Kitty, provavelmente, deve ter parecido infinito, a Tamer se dá por satisfeita.
Retira o consolo do intestino da Kitty e eu posso admirar, a escassos centímetros de distância, a cratera que se tornou o cu dela.
A esta altura a Kitty já está semi-inconsciente e, depois de soltar as amarras, a Tamer a carrega de peso até o banheiro para lavá-la, e depois a leva no colo até a Porsche.
Chegado à vila, a carrego até o quarto dela e a deixo deitada na cama.
Não vejo mais a Kitty o resto do dia e, na manhã seguinte, quando levanto para atender a porta, vejo na minha frente uma Waitress, que aliás já sodomizei alguns dias atrás, informando-me que a Kitty se desculpa porque está indisposta.
Passo o dia fazendo as atividades costumeiras, porém consumindo minhas refeições sozinho, e na manhã seguinte tenho a surpresa de ser despertado pela Kitty que me é antipática, que misteriosamente voltou antecipadamente de sua folga.
Pego na surpresa, já a dispenso pelo resto do dia, o que parece-me ela apreciar muito.
Vou nadar na piscina do segundo subsolo e, em seguida tomo meu desjejum sozinho, depois, como já é costume, pego a Porsche para fazer minhas voltas na pista.
Estou começando minha segunda volta, quando vejo, pelo retrovisor, uma moto que está me alcançando a uma velocidade impressionante.
Reconheço a Harley-Davidson da Tamer e, lembrando de suas palavras, me coloco mais a direita para facilitar a ultrapassagem.
Ela me passa com facilidade, mas uma vez na minha frente não vai embora e, chegando no primeiro dos dois acostamentos de emergência da pista, me indica de encostar o carro.
Paro atrás da moto, saio do carro, ela tira o capacete e vem na minha direção.
Vestida com jaqueta de couro, bermudas e botas CAT, parece uma autentica componente de gangue de motociclistas.
Me dá o costumeiro abraço de urso e beijo de língua e me diz:
– Bom dia Peter. Esperava encontrar-te aqui. Preciso falar com você.-
– Vamos entrar no carro e conversamos.- respondo.
Uma vez que sentamos, ela começa a falar:
– Ontem chamou-me Mr.Karlson. Obviamente não mencionou o que fizemos com a Kitty e nem procurou mexer com meu contrato, porque senão eu mandava ele para puta que pariu.
Me informou, porém que está modificando o contrato das meninas: de hoje em diante às de gargantilha vinho não mais terão acesso à zona das cocheiras, que será exclusividade das de gargantilha preta, isto é eu, ou sem gargantilha.-
Faz uma pequena pausa, depois segue:
– Isto na realidade afeta diretamente à Biker, que são as meninas que cuidam das motocicletas de cross, que deverão decidir se continuar, mas sem gargantilha, e ganhar bem menos, ou procurar outro lugar.
Outra coisa: exigiu que eu tirasse minhas férias retrasadas. Isto infelizmente é uma coisa que, pelo meu contrato, ele pode exigir.
Assim que, a partir de amanhã, estarei ausente por uns dois meses.-
Estas palavras me deixam triste, pois eu considero a Tamer minha única amiga por aqui.
Ela nota meu desconsolo, e me diz:
– Fica triste não, meu amigo. Dois meses passam rápido e, logo, logo, você verá minha moto, de novo, no retrovisor. Vem deste lado, comer minha bunda, que eu gosto muito da tua pica.-
Desço do carro e vou sentar no banco do passageiro.
Ela me faz um rápido boquete, para enrijecer meu pau e, quando é satisfeita com o resultado, baixa as bermudas e senta em cima de mim, encaixando minha pica no seu cu.
Começa a foder-me com força, enquanto masturba sua miniatura de pênis.
Gozamos os dois, quase simultaneamente, e ela me beija com paixão.
– Acho que vou sentir saudade de você, e vai ser a primeira vez que me acontece na vida, com um homem.-
Nos despedimos e ela vai embora sobre sua Harley-Davidson.
Começa assim um período depressivo na minha estadia em Wooded Hill.
Logo na manhã dia seguinte ao encontro com a Tamer na pista, quando a Kitty vem me acordar eu digo para ela:
– Kitty, você está dispensada pelo resto do dia. Aliás, pensando bem, você não precisa mais vir me acordar pela manhã. Vou usar o rádio-relógio e, se precisar de você, te chamo pelo celular.-
Ela parece-me até aliviada por minhas palavras, e acabo não mais vendo ela, nem outra Kitty por muitas semanas.
Todo dia eu levanto, nado e como minhas refeições, sempre sozinho.
Fora isto a única atividade que faço, fora da vila, são meus giros de pista com a Porsche.
Na vila, eu leio livros e assisto filmes e seriados, na minha suíte.
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Outubro 2019
O verão acabou, e os dias já são frios na colina onde fica Wooded Hill.
Não obstante isto eu sigo girando com minha Porsche com a capota abaixada.
Um dia, como previsto pela Tamer, vejo a Harley dela no retrovisor.
Paro no acostamento e ela para a moto atrás do meu carro.
Nos abraçamos e beijamos, como fôssemos amantes, entramos no carro e eu fecho a capota.
Destemida ela segue usando neste frio as bermudas, assim que eu esfrego as minhas mãos nas suas coxas musculosas e tatuadas, para aquece-las.
– Como foram tuas férias, amiga?-
– Boas, eu diria: andei muito de moto, bebi bastante cerveja, comi umas meninas… Porém senti saudades dos meus cachorros, e também de você.-
– Eu também senti muita saudade de você.-
– Porque você não vem aqui comer minha bunda, então?-
– É pra já!- digo, e logo desço do carro para entrar do seu lado.
De fato na abulia que me acometera nos últimos meses, tinha até deixado de fazer minhas excursões noturnas, para sodomizar a Waitress de turno.
A sodomia é um déjà-vu daquela de nossa despedida, muito prazerosa, com direito ao orgasmo de ambos.
Ainda com meu pau na bunda dela, ele me diz:
– Sabe, Peter, tenho uma coisa a te dizer. Em Los Angeles eu tenho uma amizade colorida com uma detective, e ela talvez pode te ajudar a achar a “tua” Kitty, se você quiser.-
– É claro que eu quero! Me conta tudo.-
Ficamos conversando durante uma meia hora, depois nos separamos e cada um vai para seu canto.
Meio dia eu vou para a sala de jantar do segundo andar e chamo a Kitty, com o celular, para que me encontre aqui.
Ela pede uns quinze minutos e fico esperando, tomando um aperitivo.
Estou pé, perto da vidraça, que dá vista para o grande chafariz, na frente da vila, quando vejo passar pelo portão um Ford elétrico, e ir diretamente para a garagem do subsolo.
Então, como eu estava suspeitando, a Kitty tinha abandonado a suíte Daisy, e estava morando no alojamento dos empregados: por isto nos últimos meses não tinha cruzado com a Kitty nem por acidente.
A Kitty aparece, chegando pelo elevador principal, vestida com seu elegante tailleur.
Eu nunca vi esta Kitty: deve ter substituído a Kitty que a Tamer sodomizou.
– Bom dia, Mr.Peter, o que a Kitty pode fazer pelo senhor?- diz ela, um pouco ressabiada.
Nunca fora tratado tão formalmente pela Kitty, excetuado nos primeiros minutos de minha estadia em Wooded Hill.
Me dá vontade de responder-lhe de levantar a saia, baixar as calcinhas e me dar o cu, mas me contenho e respondo, copiando sua formalidade:
– Miss Kitty, por favor, solicite à cozinha que nos traga o almoço, que já escolhi, e almoce comigo.-
– Pois não, Mr.Peter.- e procede a realizar a tarefa.
Sentamos ma mesa e, no enquanto esperamos, eu lhe digo:
– Miss Kitty, gostaria que organize uma excursão em Las Vegas, de uma semana. Reserve um hotel para mim, Kitty e Driver. Partiremos amanhã depois do desjejum. Alguma dúvida?-
– Nenhuma dúvida, Mr.Peter.-
Chega a Waitress com o carrinho, nos serve, e almoçamos em silêncio.
Terminado o almoço digo para a Kitty:
– Então está tudo certo. Nos encontramos amanhã, às nove da manhã, na garagem. Até amanhã, miss Kitty.-
O dia seguinte desço na garagem, com uma mochila com minhas coisas, e encontro a Kitty, junto com a Driver, a mais magrinha, perto da Rolls-Royce.
Partimos para Las Vegas.
Durante a meia hora de viagem, no banco de trás, eu e a Kitty, ficamos em silêncio.
Chegamos no hotel e nos hospedamos em três suítes.
Almoço sozinho no meu quarto e, início da tarde, peço para Kitty me esperar no hotel, e saio com a Driver para um dos tantos cassinos da cidade.
Chegado lá, peço para Driver me esperar, compro fichas com o cartão de crédito, jogo por meia hora, procurando minimizar as perdas, troco as fichas que me sobraram por dinheiro, volto para a Rolls-Royce e seguimos para outro cassino, onde faço o mesmo.
Sigo assim o resto da semana, saindo de manhã, almoçando em algum cassino e voltando para o hotel no final da tarde.
Chegando, me recolho na minha suíte, onde janto sozinho, e vou dormir.
A Kitty só encontro nas manhãs, no desjejum.
Terminada a semana, voltamos para Wooded Hill.
Francamente não me diverti nada, e não entendo que graça os jogadores acham nisto, em compensação estou com quase 150.000 dólares em espécie na mochila, sendo que deixei, algo como a metade deste valor nos tapetes verdes.
Na manhã dia seguinte vou para o canil, encontro a Tamer no ginásio, onde a sodomizo sobre a bicicleta ergométrica, como já de costume.
Almoçamos juntos, enquanto conversamos respeito os próximos passos da futura investigação.
Uma semana depois chamo a Kitty, para jantar-mos juntos.
A Kitty que chega, sempre vindo do alojamento dos empregados, è aquela que eu já conhecia do verão passado, e me trata com menos formalidade, respeito aquela de Las Vegas.
Enquanto esperamos que a Waitress nos traga a janta digo para ela organizar uma excursão para Los Angeles, saindo amanhã de manhã, e passando uma noite no hotel Waldorf Astoria, para visitar os locais turísticos da cidade.
De novo, nos encontramos às nove da manhã na garagem, e tenho o prazer de rever a Driver gordinha.
Logo me vêm em mente os aperitivos na piscina do clube, durante os quais apalpava suas abundantes carnes, junto com o corpo de “minha” Kitty.
Porém disfarço bem, e simplesmente a cumprimento polidamente.
Depois da primeira meia hora, adormeço, embalado pela suavidade do Rolls-Royce.
Acordo ofegante, por causa de um destes meus pesadelos recorrentes, em que Dr.Krieger/Mr.Karlson me sufoca, falando palavras incompreensíveis.
Durante meses estes pesadelos tinham sumido, mas reapareceram nestes últimos dias.
Chegando em LA, vamos logo para o hotel, onde almoçamos e à tarde fazemos um tour de carro pelos pontos interessantes da cidade.
No fim da tarde voltamos para o hotel, e eu decido me retirar na minha suíte para jantar.
Meia-noite, saio do quarto e vou na reception para perguntar se tem mensagens para mim.
O recepcionista me passa um bilhete.
Abro-o discretamente e vejo que está escrito simplesmente: Rita Gleen e o numero de uma suíte.
Vou diretamente para o apartamento da Rita e bato à porta.
A mulher de roupão, que me abre, é o oposto da Tamer, feminina, pequena e com os traços delicados, deve ter uns 40 anos.
– Boa noite, você deve ser o Peter.-
– E você a Rita.- digo, estendendo a mão.
O aperto dela é delicado, como seu aspecto.
Sentamos à mesa e conversamos durante uma hora.
Antes de sair, para voltar para minha habitação, deixo com ela uma parte do dinheiro que consegui em Las Vegas.
É o sinal para a tarefa que estou-lhe solicitando: encontrar “minha” Kitty.
O dia seguinte, com a Kitty e a Driver, visitamos os Studios em Hollywood e, a tardezinha, regressamos a Wooded Hill.
Nos dias e semanas a seguir volto para minha rotina.
A Rita me explicou que, pela escassez de informações concretas e falta de transparência da holding que controla Wooded Hill, a investigação vai demorar semanas, senão meses.
A parte de minhas costumeiras atividades, uma vez por semana vou para o canil, onde sodomizo a Tamer e almoço com ela.
Com a chegada de dezembro, decido ir esquiar.
Para matar a saudade da Suíça, que na realidade não é muita, decido passar quarenta dias em Zermatt.
A Kitty e eu, pegamos o jatinho em McCarran, e descemos diretamente em Zurich.
Durante o vôo, recuso educadamente o programa do Mile High Club Exclusive, para enorme decepção da atendente, que vê sua gratificação diminuir drasticamente.
Em Zermatt, nado de manha cedo na piscina do hotel, e passo o dia nas pistas de esqui, ao meio dia como um sanduíche em algum bar perto da pista.
À noite me retiro na minha suíte para jantar, assim só encontro a Kitty no café da manhã, aonde trocamos poucas palavras.
Aliás a Kitty chega a revezar-se duas vezes durante a estádia, fingindo que nada acontece.
Volto para Wooded Hill no final de janeiro.
Como na ida, na volta recuso o programa do Mile High Club Exclusive.
Durante algumas semanas a minha rotina volta ao normal até que, meados de fevereiro, indo visitar a Tamer, ela, logo de cara, me diz:
– A Rita tem novidades para você.-
Naquele mesmo dia, chamo a Kitty para organizar uma excursão a LA, nos mesmos moldes daquela do início de novembro.
Saímos no dia seguinte rumo a LA.
Durante todo dia fico agoniado, esperando meu encontro da meia noite com a Rita, mal notando os lugares turísticos que visitamos.
Quando finalmente chega a meia noite, vou bater na porta da suite da Rita.
Ela me entrega um envelope, pago para ela o saldo pela investigação e volto para meu quarto.
Lá abro o envelope e logo dou de cara com algumas fotos: é minha Kitty sem dúvida alguma.
Em algumas ela está junto a uma criança de uns dois ou três anos de idade.
Pego os papeis e posso ler o nome de minha Kitty: Anne Delgado.
O endereço é no bairro do Bronx, em New York.
Este para mim é um problema, pois com todo o país para morar, ela reside logo é na cidade que para mim é tabu.
Paciência!
Arranjarei um meio para ir vê-la.
Alguns dias depois chamo a Kitty, e peço para ela organizar uma viagem para Orlando, na Flórida.
No jatinho de ida nem aparece a atendente do Mile High Club Exclusive.
Depois de duas vezes seguidas que eu dei o cano, eles devem ter desistido.
Em Orlando ficamos em um hotel perto do parque de diversão.
Lá contato um motorista particular e, três dias depois de chegado, logo após do almoço, partimos na direção de New York.
Chegamos lá na madrugada do dia seguinte, depois de uma viagem praticamente “no stop”, e vamos diretamente ao Bronx, para casa de Anne.
Ela mora em um apartamento em um velho prédio com um aspecto bem precário.
Subo até o quarto andar, pela escada, já que o elevador não funciona, e bato à porta do apartamento indicado nos papéis que me entregara a Rita.
Depois de um bom tempo batendo, finalmente a porta se abre.
É sem dúvida “minha” Kitty!
Sem maquiagem, sonolenta, envolta em um velho roupão, mas é “minha” Kitty.
Meu coração dispara, no enquanto a cara dela fica branca, pela surpresa e o espanto.
– Peter! O que você está fazendo aqui?-
– Vim atrás de você. Eu te amo! Não consigo viver sem você.-
– E Mr.Karlson? O que vai dizer ele? Corria a voz, entre as meninas, que você não podia pisar em New York.-
– Ele que vá para a puta que pariu! Eu faço o que bem entendo!-
– Agora quero fazer amor com você. “Amor”, escutou bem?-
Minha boca procura a sua e começamos a nos beijar.
Somos interrompidos por uma menininha que chega perto de Anne, e se agarra à sua perna, escondendo-se de mim.
– E você, como se chama?- pergunto, abaixando-me.
Como resposta, ela se esconde, ainda mais, atrás das pernas da mãe.
– Responde para o Peter, querida. Ele é um amigo da mamãe.- diz Anne.
Ela continua a esconder-se, então é a mãe que responde:
– Ela se chama Amanda, e não se deixe enganar não! Ela não é tímida assim não. Muito pelo contrario, ela é bem tagarela.-
– Quantos aninhos você tem, Amanda?-
Desta vez ela decide responder e me mostra a mão, com três dedinhos esticados.
Anne diz:
– Vou preparar o desjejum para gente, depois eu vejo se Mrs.Wanda pode cuidar de Amanda esta manhã, para que possamos conversar sossegados. Mrs.Wanda é uma viúva, que mora aqui no segundo andar. Ela cuida da Amanda, às noites, quando eu vou trabalhar na lanchonete.
Sentamos à mesa e, aos poucos Amanda vai se soltando. Quando terminamos o desjejum, já está conversando comigo, como se fossemos amigos desde sempre.
Terminado o desjejum, Anne leva a filha para banheiro, para escovar os dentes, prepara sua mochilinha e as duas saem.
Eu fico sozinho no apartamento.
É uma minúscula kitinete, com uma cama casal, uma mesa com três cadeiras, um armário de duas portas, um canto com a cozinha e um banheiro.
Anne volta depois de poucos minutos.
È ela que quebra o gelo:
– Então, vamos fazer o amor? Estou tão contente poder dizer “amor”, sem medo do “Big Brother”.-
Nos despimos rapidamente e caímos na cama, nos beijando loucamente.
O meu pau, rijo pelo desejo, procura a boceta da Anne, como se fosse teleguiado.
Uma vez entrado ele se sente na sua casa, e se mexe com vontade própria.
Anne, embaixo de mim se solta, no seu prazer como nunca conseguira fazer em
Wooded Hill, gemendo e falando palavras desconexas.
Um certo ponto ela recobra a razão e me diz, com a voz entrecortada:
– Meu amor, por favor, não goza na minha boceta, não estou tomando pílula.-
Eu fico surdo às suas palavras e acabo enchendo-lhe a boceta de porra.
Rolo ao seu lado, segurando-lhe a mão.
– Você não devia ter gozado dentro de mim, ou então podia ter gozado no meu cu. Eu posso ficar grávida.-
– Nem pensar de gozar no teu cu. Não que eu tenha nada contra te sodomizar, mas o fato que eu “tinha” que fazê-lo em Wooded Hill, me deixou traumatizado. E depois, eu não acharia nada ruim ter um filho com você.-
Anne me beija carinhosamente, e me diz:
– Eu tive tanta saudade de você, e me parece tão esquisito poder chamar-te de “amor”. Mas, diga-me, como você me achou?-
Conto para ela todas as peripécias para encontra-la, bem como a participação da Tamer para a busca.
– Puxa! Pensar que a Tamer sempre foi tão mal vista pelas meninas. Era considerada algo como a encarnação do diabo na Terra.-
– E veja só! No final foi a única amiga e confidente que me restou em Wooded Hill, depois que você foi embora. Mas, diga-me, o que aconteceu para você ir embora.-
– Não sei, ou melhor eu sei! Fiquei muito próxima de você. Na realidade me apaixonei por você, e você sabe que o amor é um pecado mortal em Wooded Hill. Só sei que logo depois que voltei para New York, para meu descanso, recebi uma comunicação que eu tinha sido despedida. Foi um baque para mim. Eu estou cheia de dívidas e lá eu ganhava muito bem. A função da Kitty é a melhor paga, depois a da Tamer, é claro.-
– Mas, porque você está cheia de dívidas?-
Anne me conta então a sua história.
Sua mãe descendente de imigrantes cubanos, aspirante atriz de teatro, veio para New York, da Flórida com o sonho da Broadway, nos anos oitenta.
Chegou a atuar em papeis menores, mas nunca chegou a ter sucesso.
Para se sustentar fazia bicos em lanchonetes e, em alguns períodos chegou a se prostituir.
Ficou grávida e, em 1998, deu à luz a Anne.
Anne nunca soube que era o pai, nem tinha certeza que sua mãe soubesse.
Ela cresceu e estudou no Bronx, e tinha começado a trabalhar faz poucas semanas em uma lanchonete, quando conheceu Auguste.
Auguste era um marinheiro francês que, o que tinha de bonito e charmoso, tinha de safado.
Nas duas semanas que ficara em New York, aguardando que o navio no qual trabalhava pudesse zarpar, conseguiu abrir uma brecha no coração da moça e engravida-la.
Para piorar as coisas, durante a gravidez, a mãe da Anne começou a manifestar os sintomas da doença, que viria a mata-la pouco depois do nascimento da Amanda.
Não tendo plano de saúde, as despesas de hospitalização, tinham causado um baque nas finanças da Anne, que se viu submergida de dívidas.
O salário de garçonete seguramente não era suficiente para pagar o que devia, se vi então obrigada a prostituir-se para fazer face à seus compromissos.
Teve péssimas experiências logo no início deste novo trabalho, por isto quando, poucos meses depois, veio a saber que, em Las Vegas, estavam recrutando moças com seu perfil com um salário astronômico, não teve dúvidas e viajou para lá.
Para isto, deixou Amanda, com pouco mais de seis meses, com Mrs.Wanda, e pegou a estrada com poucos dólares no bolso.
Chegando lá, foi surpreendida por uma seleção que lembrava aquelas que ela, quando criança, de vez em quando assistia sua mãe fazer na Broadway.
Depois de assinar um monte de papéis de confidencialidade, foram para um teatro e, cada moça que concorria para o cargo de “Kitty”, subia no palco e tinha que interpretar um trecho de um roteiro antes memorizado.
Esta fora somente a primeira de muitas provas, que foram submetidas.
No final somente ela, junto com outras três, foram selecionadas, entre as centenas de candidatas.
Veio então o treinamento, que começou em Las Vegas, para deslocar-se em Wooded Hill uns oito meses antes de minha chegada por lá.
Lá estavam montando uma espécie de parque de diversões, mas com o público alvo de uma só pessoa: eu.
Eu escuto fascinado a história de Wooded Hill vista, desta vez, por outros olhos.
Fazemos de novo o amor e, de novo, gozo na boceta dela.
– Hoje mesmo vou comprar os anticoncepcionais. Pelo visto vamos precisar. Mas agora vamos nos vestir, que já passou da hora de eu pegar a Amanda.- diz Anne.
Quando já estamos vestidos, prontos para sair, ela me pergunta:
– Mas, diga-me Peter: o que você vai fazer, a partir de agora?-
– Não faço idéia, mas qualquer coisa vai ser junto com você.-
Ela me beija, me abraça com força e saímos para buscar a Amanda.
Os três juntos vamos almoçar numa lanchonete e depois vamos para o Central Park de metrô.
Passamos a tarde como uma família em dia de festa, caminhando, tomando sorvete, rindo e brincando.
Amanda se revela uma menina muito simpática e muito tagarela, como a Anne tinha me avisado.
Nunca, na minha vida, eu fui tão feliz como nesta tarde.
Às cinco voltamos, porque a Anne tem que trabalhar no turno de sete da noite à uma da manhã, na lanchonete.
Logo que chegamos em casa a Anne prepara a mochilinha de Amanda e, não obstante os meus protestos, a leva para o apartamento de Mrs.Wanda.
Sozinho no apartamento, decido deitar um pouco para descansar.
Alguns minutos depois, toca o meu celular, que deixei sobre o criado mudo.
Quase dou um pulo pelo susto.
Obviamente eu deixei em Orlando o celular que usava em Wooded Hill e no início da viagem, comprei um aparelho usado. Ninguém conhece este número, já que esqueci de passa-lo até para Anne.
Atendo:
– Pois não?-
– Boa noite, Mr.Peter.-
Quase me cai o celular da mão, escutando a voz lúgubre de Mr.Karlson.
Ele não espera minha réplica e continua:
– Me parecia ter sido muito claro em informar-lhe que o senhor não podia por o pé em New York, mas vamos supor que o senhor não tenha entendido muito bem. Decidi então lhe dar uma última chance.
O senhor pode olhar pela janela: verá uma limusine. É só o senhor descer, entrar no banco de trás. O motorista o levará direto para o aeroporto, onde está aguardando um jatinho para traze-lo de volta para Wooded Hill, e nós vamos esquecer este mal-entendido.-
Levanto da cama, vou para janela, desencosto as cortinas e olho para rua.
A limusine está lá: iluminada por um lampião é preta, com os vidros escurecidos, quase parece um carro fúnebre.
– E se eu não quiser voltar para lá?-
– Neste caso vai se arrepender muito, mas muito mesmo. Vamos fazer assim: a limusine vai aguardar o senhor, pelos próximos quinze minutos. Como vê, lhe deixo todo o tempo para meditar. Faça a escolha certa. Passar bem!- e desliga o telefone.
Passo quinze minutos de inferno, viro e reviro na cama, levantando a cada minuto para espiar, pela janela, a limusine do outro lado da rua.
É com um misto de alívio e pesar quando, desencostando a cortina, vejo o lugar onde estava a limusine vazio.
Decido tentar dormir um pouco e depois de muito custo consigo.
Sonho que estou no Central Park, perto do lago, com Anne e Amanda e estamos rindo e brincando.
De repente alguma coisa chama minha atenção no lago: é um chapéu tuba que está flutuando perto da borda.
Como uma mariposa atraída pela luz, não consigo evitar deixar os meus queridos e ir na direção da tuba.
Quando chego à borda tento pegar o chapéu, mas não consigo alcançar.
Caio na água e de repente a tuba se levanta e vejo que embaixo dele está Mr.Karlson.
Ele logo agarra minha cabeça e a empurra debaixo d’água, gritando frases, para mim, sem sentido.
Me debato, procurando chamar a atenção de Anne e Amanda.
Vejo que as duas foram encapuzadas, e estão sendo seguradas por Mr.Karlson, de que está com seu robe amassado, mas sem a cadeira de rodas.
Afogando, olho para cima e vejo que quem está segurando minha cabeça é o Dr.Krieger.
Entre as palavras sem nexo consigo entender: “o pacto… o pacto”.
Acordo de repente em um banho de suor, e escuto a chave girar na porta.
É a Anne, com a Amanda adormecida no colo.
No máximo silêncio, ela me dá um beijo, coloca a menina num canto da cama, despe-se e deita no centro da cama, abraçando-me carinhosamente.
Sempre sem falar nada, sobe encima de mim, encaixa meu pau na sua boceta e começa a mexer-se devagarzinho.
Não obstante sua suavidade, gozo em poucos minutos e adormecemos abraçados.
De manhã, quando acorda, decido não comentar nada com ela respeito o telefonema recebido.
Passam alguns dias e, devido ao avançar da pandemia, já não vamos mais ao parque.
Uma noite, Anne volta chorando do serviço.
O patrão, com medo do encolhimento dos negócios, a demitiu.
Eu também estou sem muito dinheiro, já que Mr.Karlson bloqueou meu cartão de crédito e o dinheiro que consegui em Las Vegas já está terminando.
Decido então ir para uma loja um pouco suspeita, nos arredores da casa da Anne, para negociar meu relógio.
Na hora de sair para Orlando tinha decidido pegar, de minha coleção, um Rolex Submariner, que deve valer uma boa grana.
Saio da loja um pouco chateado pelo baixo valor que o agiota quis me pagar, mas fazer o que: era pegar ou largar.
Chegado em casa, reparto com a Anne o pouco dinheiro que consegui.
À noite, uma vez que Amanda adormece, eu e a Anne fazemos o amor.
É gostoso como sempre, mas paira entre a gente uma nuvem de tristeza, que não tinha até alguns dias atrás.
De manhã levantamos mais cedo do costume.
Anne leva Amanda para Mrs.Wanda e saímos os dois, ela vai para a lanchonete onde trabalhava, para acertar as contas com seu ex-patrão, e eu vou fazer compras.
Estou prestes a entrar em uma venda, quando sou abordado por dois indivíduos à paisana.-
– Mr.Peter … –
– Pois não.- respondo um pouco assustado.
– O senhor reconhece este relógio?- me diz, colocando na frente da minha cara o Rolex que vendi ontem.
Com o coração batendo mais forte respondo:
– Sim. Era um relógio, de minha propriedade, que vendi ontem…-
O outro indivíduo, que tinha ficado calado até então, tira um par de algemas do bolso, dizendo:
– O senhor está sendo preso, com a acusação de furto…- e continua com as declarações de praxe, escutadas mil vezes nos filmes policiais americanos.
Me levam para um carro anônimo, e me conduzem, sem dizer uma palavra até uma delegacia.
Chegando lá sou fichado, retiram dos meus bolsos todos meus pertences, e me dizem que posso fazer um telefonema.
Tento chamar o celular de Anne, mas ela não responde.
Me trancam em uma pequena cela individual, durante umas duas horas, depois me conduzem para uma sala de interrogatórios, que parece ter saído de um seriado televisivo de segunda categoria, e me algemam à mesa.
Fico assim esperando uns vinte minutos, até que chega um senhor meio careca, com uma pasta na mão.
Senta na minha frente, retira da pasta uns saquinhos de plástico algumas fotos e documentos.
Começa a falar:
– Quer convocar seu advogado?-
– Não tenho advogado.-
– Quer dizer que, mais adiante será defendido por um advogado de ofício. Vamos, porém, adiante: lhe aviso que está sendo gravado e tudo que disser poderá ser usado contra o senhor.-
Faz uma pausa de efeito e prossegue:
– Quando foi abordado pelos meus colegas, o senhor disse que este relógio era seu.- e indica um saquinho de plástico com dentro o Rolex incriminado.
– Sim, este relógio é meu, ou melhor era meu, já que o vendi ontem.- afirmo.
– O senhor tem algum documento que ateste a compra?-
As palavras do meu interlocutor me deixam inseguro.
– Na realidade não.-
– Pois aqui tenho uma regular nota fiscal de compra deste relógio, por parte de uma firma,- levanta um dos documentos e lê:
– “Wooded Hill Corporation”. Tenho também um boletim de ocorrência sobre o furto do mesmo, ocorrido em Nevada.-
Me mostra outro documento e posso ver que a data é a mesma do telefonema que recebi de Mr.Karlson.
– Temos provas irrefutáveis que o senhor negociou a compra com Mr.White, que resolveu colaborar com a gente.-
Esparrama na mesa algumas fotos, evidentemente tiradas pelo circuito de vigilância da loja do agiota.
– Ah, temos isto também.-
Levanta um saquinho de plástico, com dentro algumas notas de 50 dólares.
– Estas notas foram retiradas do seu bolso, junto com outros pertences, na sua entrada na delegacia. Já que Mr.White resolveu colaborar conosco, ele marcou as notas com tinta invisível, antes de entregá-las ao senhor.-
Estas palavras me fazem empalidecer.
Mr.Karlson armou tudo. Ele previu cada meu movimento e está aproveitando para me castigar.
– Como vê temos evidencias robustas para levá-lo ao tribunal por furto, porém..- faz outra pausa de efeito e acrescenta:
– Prendemos Miss Anne Delgado, esta manhã, também estava de posse de bilhetes marcados. Dado que, segundo informações do advogado da Wooded Hill Corporation, também Miss Delgado teve acesso ao local onde era guardado o relógio, podemos formular a hipótese que tenha sido Miss Delgado que furtou o relógio e o entregou para o senhor para vende-lo. Neste caso a acusação do senhor seria rebaixada para receptação e podemos até fazer um acordo, para que o senhor nem vá para cadeia.-
Estas palavras me fazem subir o sangue à cabeça e grito:
– Seu lacaio! Pode dizer ao Mr.Karlson que, quando sair daqui vou busca-lo aonde estiver, até o inferno se for o caso, e mato ele com minhas mãos.-
As algemas evitam que eu esgane o policial na hora.
Ele fica impassível e me diz:
– Não sei quem é este Mr.Karlson, mas entendi o recado. Acho que tenho provas suficientes para leva-los ambos para o tribunal como cúmplices em furto. Passar bem.- e sai, deixando-me sozinho na sala de interrogatórios.
Pouco tempo depois vêm dois guardas e me levam para uma detenção cheia de gente.
Na manhã seguinte sou levado para o tribunal, onde o juiz, no meio de tantos casos, ignora as palavras pouco convincentes de meu advogado de ofício, e estabelece minha fiança em vinte mil dólares.
Obviamente ninguém paga minha fiança e continuo preso, sem conseguir ter nenhuma notícia da Anne.
Poucos dias depois, um dos meus companheiros de detenção passa mal.
Levam ele embora e no dia seguinte se espalha a notícia que foi diagnosticado com o vírus.
Minha mente, obnubilada pelo ódio ao Mr.Karlson, mal registra o acontecimento e o fato que também estou com uma fastidiosa tosse seca e febre.
Estou aflito porque não sei nada de Anne: estará presa ela também?
No meu estado semi-catatônico nem me dou conta direito que sou levado à enfermaria, e dali a um hospital.
Acho que me doparam porque entre mim e a realidade tem uma espécie de neblina que não se desfaz.
Falo mas as palavras saem tão distorcidas de minha boca, que nem eu compreendo e tenho dificuldades em respirar.
Me põem uma máscara de oxigênio, não sei se para ajudar-me na respiração o para que eu pare de perturbar.
Tento me desvencilhar mas não consigo mover-me talvez me amarraram na cama.
Vem uma enfermeira ou um enfermeiro, de tão protegido com máscaras e aventais nem consigo entender, e me aplica mais uma injeção que me faz cair em um profundo sono.
Mas este sono não é tranqüilo: sempre estão presentes Mr.Karlson e Dr.Krieger que se revezam nos meus sonhos, tentando me afogar.
Acordo no meio da noite em um mar de suor, a sala, sempre tão barulhenta, agora está em silêncio.
Pela primeira vez, em muito tempo, me sinto lúcido.
Olho ao lado, e lá está Mr.Karlson, na sua cadeira de rodas e seu robe amassado.
– Desgraçado filho da puta.- grito eu.
As minhas palavras ecoam pela sala, mas parecem não quebrar o silêncio geral.
– O que há Mr.Peter? Está zangado comigo? Um passarinho me contou que está querendo marcar comigo um duelo no inferno.- e ri.
O riso dele é de arrepiar.
– Se eu estivesse na sua pele, marcaria um lugar mais neutro para estas coisas. Mas acho que o senhor tem outras preocupações, além desta.-
– Anne…- murmuro eu.
– Ah, claro! Sua querida Kitty. Está presa também e será julgada por furto.
E, lhe asseguro, que os advogados da Holding, não vão deixar barato, vai ter que amargar alguns anos de cadeia.
Mas não se desespere não, ela é bonita e, seguramente, na detenção vai encontrar alguma êmula de sua querida Tamer, que dará muita atenção.
Eu, talvez, me preocuparia mais com Amanda, que agora está com o conselho tutelar, já que sua mãe não pode cuidar dela. Sabe como é que é, crianças traumatizadas podem virar adolescentes problemáticas.- e, de novo, seu riso mefistofélico ecoa pela sala.
Tento pular para cima dele, para estrangulá-lo, mas amarras me seguram e desmaio pelo esforço.
Quando acordo a sala está de volta com seu vai-e-vem habitual e nem sombra do Mr.Karlson.
O lugar onde se encontrava a cadeira de rodas agora está ocupado por um criado mudo, que parece nunca ter saído de lá.
Vem a enfermeira/enfermeiro, e me aplica uma nova dose de sedativo.
Estou em uma espécie de realidade paralela, não sei quanto tempo passou desde que saí da cela, passo a maior parte do tempo dormindo.
Percebo que já não estou na sala onde eu tive meu encontro com Mr.Karlson, e a máscara de oxigênio foi substituída por algo mais sofisticado.
Pelo menos já não encontrei mais Mr.Karlson/Dr.Krieger nem em meus sonhos.
Mas hoje está aí.
Num dos raros momentos em que não estou dormindo vejo-o, na minha frente.
Francamente não sei qual dos dois é, mas também não faz diferença.
Ele está de pé, no meio da sala, e os médicos e enfermeiros, bardados para enfrentar a epidemia, esvoaçam ao seu lado, ignorando-o.
Tenho dificuldade em respirar, sinto-me fraco, muito fraco, e nem juntando todas minhas forças conseguiria esganá-lo, e talvez nem consiga mover um dedo.
Formulo uma pergunta:
– Porque?-
Meus lábios nem se moveram, mas ele entende perfeitamente minha questão.
– O pacto!-
– Que pacto?-
– O pacto que temos à gerações: “não amarás”!- e continua com veemência:
– Riqueza, saúde, sexo. Tudo isto te foi proporcionado, conforme o pacto, mas a clausula era clara: “não amarás”. E você quebrou o pacto!-
– Em troca de que?- pergunto mentalmente.
– Da alma, é claro! Que mais ia querer o demônio!- e solta de novo um daqueles risos horripilantes.
– Está vendo aquela cadeira aí?-
Ele pergunta, e logo se materializa uma cadeira, onde até um instante antes tinha um criado mudo.
– Eu vou ficar aí, apreciando tua agonia, e te atazanando, para que você nunca se esqueça de mim, depois vou acompanhar tua alma para as trevas. Agora dorme, que eu quero estar presente nos teus pesadelos.-
Depois disto as palavras dele começam a ficar sem nexo e perder o sentido.
Aliás quem é este senhor de smoking e chapéu tuba, que vem me perturbar toda hora, sussurrando frases incompreensíveis? Ele me distrai de minha tarefa primordial: respirar!
Fim

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3 Comentários

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  • Responder SRA Satan ID:gqaw4g7hl

    Deixei meu cachorrinho me lamber, foi maravilhoso. Gravei tudo. Sou louca pra trepar com um dog… mas o meu é so um fox paulistinha que adora lamber minha bct.
    Se alguem puder me ajudar a realizar minha fantasia de ser fodida e sentir um dog gozar em mim, ficaria grata.

    • Discretozoo ID:h5hmn0c44

      Adoraria ajudar, sou de sp tenho dog
      Me chama [email protected]

  • Responder Uriel Benson ID:8317uykb0j

    Maravilhoso