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Vontade que permanece

1987 palavras | 10 |3.62
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Tudo acontece na minha adolescência, na época da ditadura militar em que não havia a liberdade sexual que existe hoje em dia.

Sou o Cláudio, filho único, hoje tenho 56 anos e vou contar as primeiras e únicas experiências sexuais que ocorreram na minha adolescência, ou seja, em meados dos anos 70. Nesta época você não via, por exemplo, gays andando nas ruas. É lógico que eles existiam, mas eram enrustidos.

Da mesma maneira, bissexuais que eram chamados de gilete, pois cortavam dos dois lados também não eram encontrados abertamente. Se a sociedade soubesse que você era viado ou gilete, podia mudar de bairro ou até de cidade. Você era considerado anormal e o céu, simplesmente, desabava sobre você.

Era tão severo que as pessoas se afastavam e os pais proibiam os filhos de brincarem com meninos que eram gays. Além disso, eram ensinados a humilhá-los e a considerarem como se fossem doentes. Claro que, mesmo humilhados e longe da presença dos pais, os meninos comiam os meninos gays, já que as meninas da época queriam e precisavam se manter virgens.
Este é o panorama da minha adolescência.

Acho que quando eu tinha doze anos, eu comecei a me interessar pelo sexo. Via uns calendários com mulheres seminuas, cobertas com toalhas e achava o máximo. Na minha cabeça infantil, eu queria ser uma delas.

E foi num domingo à tarde, na casa do meu primo Maurinho que eu “realizo”, realizo entre aspas, este desejo. Maurinho era quase um ano mais novo do que eu, porém muito mais sacana e pegamos um destes calendários e fomos ao banheiro. Ali, eu tirei a minha roupa, peguei a toalha e tentei reproduzir aquelas poses sensuais para que Maurinho visse.

Não demorou muito e fomos surpreendidos pelo meu tio que chamou meu pai. Eu não sabia onde pôr a cara. Meu pai me pegou, arrastando-me pelo braço até a sala, onde estavam a minha mãe e minha tia. Com os olhos cheio de raiva gritou:

– Olha aí…. Temos uma menininha agora…. De toalha imitando as mulheres do calendário. Vocês têm que sair e comprar uma saia e uma calcinha para ela. Agora temos a Claudinha em casa.

Como não podia deixar de ser, fiquei muito envergonhado com a situação e comecei a chorar.

– Isso – continuou meu pai me dando um tapa na bunda – Chora…. Chora mesmo…. Mulherzinha…

– Pára com isso. – Gritou minha mãe tentando me defender – Filho…. Vai colocar as suas roupas e vamos embora.

Soluçando, passei pelo meu pai e fui até o banheiro me trocar. Fomos para casa e minha mãe não deixou meu pai me bater. Era uma grande decepção para eles e não os culpo. Era a mentalidade da época. Lembro que minha mãe conversou muito comigo a respeito, me explicando que era errado.

Isto ficou encoberto e praticamente esquecido por cerca de um ano, pois passei a agir, digamos, mais coerente com o que a educação daquela época sustentava e, também, porque na minha casa não havia calendários de mulher quase pelada.

Acontece que a minha mãe ficou doente e a minha tia iria acompanha-la ao médico, no centro da cidade, e eu e Maurinho ficaríamos sozinhos em casa. Com a recomendação de que ficássemos comportados, elas se foram.

Eu lembro que passou um bom tempo, talvez umas duas horas em que ficamos brincando normalmente, até que o Maurinho lembrou daquele dia, me perguntando se eu ainda tinha vontade de me exibir de toalha.

Surpreso com a pergunta, fiz um sinal afirmativo com a cabeça e corremos para o banheiro. Ali, mais uma vez, tirei a roupa e me enrolava na toalha, lembrando aquelas poses, às vezes fazendo dela uma saia e mostrando as minhas pernas.

Foi quando Maurinho me agarrou por trás e sua mão começou a me alisar por cima da toalha. Achei gostoso e não reclamei. Não demorou muito tempo para suas mãos deixarem cair a toalha e apalparem as minhas coxas e bunda dizendo:

– Sei que você quer dar para mim. Vamos para o sofá que eu vou te comer bem gostoso. Vou te fazer de mulher. Não vou contar para ninguém.

Foi um sentimento estranho porque eu queria ser mulher, queria vestir uma calcinha, uma saia, um vestido, um maiô, mas sexo eu não havia pensado muito como seria. Não tinha o nível de informação que se tem hoje. Era apenas uma fantasia que eu tinha; queria sentir o que é ser uma mulher.

Diante da minha hesitação, lembro que ele disse algo parecido com isso:

– Vamos…. Deixa eu te comer…. Você não lembra da revistinha que vimos o que o homem fez com a mulher…. Vai…. Dá a bundinha para mim…. Deixa eu te comer…. Você não quer ser mulher? Dá para mim que você vai sentir o que uma mulher sente.

A revistinha a que ele se referiu era uma publicação dirigida a adultos que ele encontrou no meio das coisas do pai dele e que me mostrou tempos atrás. Indeciso, curioso e incentivado por Maurinho fomos para a sala. Ali, ele pediu que eu deitasse de bruços e abrisse as pernas. Enquanto eu o obedecia, ele tirou o calção e a cueca. Pela primeira vez eu o vi pelado.

Seu pinto tinha o tamanho normal de um adolescente de treze anos, ou seja, pequeno e fino, mas estava muito duro. Sei disso porque ele encostou perto de mim, pegou a minha mão e me fez alisar. Enquanto mexia no pinto dele olhei para a região do púbis e tinha alguns pentelhos, ainda branquinhos.

Logo ele deitou-se por cima de mim, encostando seu pinto nas minhas nádegas, brincando. O roçar de pele com pele era muito agradável, principalmente porque ele ficava falando bobagens no meu ouvido. Coisas do tipo que eu era uma menina muito gostosa, que ele ia me comer, que não contaria para ninguém e sempre que estivéssemos sozinhos eu seria uma menina.

Eu estava relaxado gostando de ouvir tudo aquilo até que ele entrelaçou seus braços por debaixo das minhas axilas, me segurando forte, praticamente me imobilizando e empurrando o quadril contra a minha bunda. Subitamente o pintinho dele encontrou o caminho e entrou de uma vez.

– Ai…. Maurinho…. Não…. Não…. Tira…. Ai…. Não…. Por favor, tira…. Tira…. Tira…. – gritei desesperadamente.

– Que tira o que…. Mulher gosta de levar rola…. Você não quer ser menina…. Tem que aguentar a minha rola…. – Disse ele.

– Não Maurinho…. Por favor, tira…. Está doendo…. Você está me machucando…. Tira…– implorei choramingando a ele.

– Estou fazendo o teu cabacinho…. Tem que aguentar…. Toda menina passa por isso…. Depois que gozar dentro de você eu tiro…. Vamos brincar de fazer um nenê. O que acha de ser mamãe?

Maurinho continua a socar sem dó e foi uma experiência bem dolorida, talvez hoje, com todos os lubrificantes que existem, não fosse assim. Aos poucos, fui parando de reclamar e deixando ele fazer como queria e até já estava doendo menos, quando ouvimos o portão da frente da casa se abrir. Minha mãe e minha tia haviam retornado.

Correria geral, eu para o banheiro onde estava a minha roupa e ele colocando a cueca e o short. Quando elas entraram, tudo estava normal e acho que não perceberam nada. Logo, minha tia e Maurinho foram embora.

O tempo foi passando e não havia chances de ficarmos sozinhos. Não tínhamos muito o hábito de frequentar a casa um do outro e quando isto acontecia, sempre havia um adulto junto. Assim, a minha vontade foi diminuindo e meu foco foi mudando, passando a me interessar por meninas, inclusive chegando a namorar e foi aí que percebi que era um bissexual, porém tinha que manter isso enrustido.

Ninguém poderia saber e somente sozinho, no banheiro batendo punhetas, eu podia dar vazão a tudo a que a minha fantasia determinava, sendo ativo ou passivo.

Com dezesseis anos tive outra experiência com Maurinho. Estávamos na minha casa e minha mãe e minha tia foram até a padaria. Assim que saíram, Maurinho tirou o pinto para fora da bermuda e disse:

– Vem…. Chupa…. Não temos muito tempo…. Vai…. Vem chupar a minha rola…. Você é minha menina…. Vem…. Chupa….

Aquilo me pegou de surpresa. Pela segunda vez podia ver seu pinto, agora mole, porém bem desenvolvido, grosso e cheio de pentelhos negros. A visão despertou o desejo e me ajoelhei.

Como já escrevi, estava mole e segurei na base, chegando com meu rosto bem pertinho dele. Podia sentir o cheiro de macho. Mesmo sem nunca ter chupado, abri a minha boca e abocanhei aquela rola. O sabor inicial não foi muito agradável, mas foi sumindo.

Fui sentindo aquilo enrijecendo na minha boca e na minha mão. Completamente duro, já podia ver uma veia bem saltada. Lambia e chupava aquele caralho gostoso enquanto Maurinho me incentivava a chupar, me chamando de putinha, de menininha, de vagabundinha e que queria muito me comer.

Ele puxou a pele, descobrindo a cabecinha. Meus lábios encobriam aquela glande vermelha provocando delírios nele. Beijava aquela cabecinha, passava a língua, até que ele me segurou com a minha boca engolindo tudo. Aí passou a fazer movimentos fodendo a minha boca, até que senti seu pau expandir, latejar e jatos quentes inundarem a minha boca.

Tentei tirar a boca, mas ele continuou me segurando. A porra estava saindo pelos cantos da minha boca e tive que engolir um pouco. Não gostei muito, mas não tinha o que fazer até que ele me liberou.

Olhando e rindo, Maurinho me disse:

– Que delícia…. Jamais você vai esquecer o gosto de pica na boca. Vai… Agora fica de quatro que eu vou te comer.

– Mas Maurinho…. – Disse eu – Elas foram até a padaria e já vão chegar.

– Cala a boca e fica de quatro. – Respondeu ele.

Abaixei a minha bermuda e a cueca ficando como ele tinha mandado. Ele posicionou-se atrás de mim e ficou brincando com o pau melado na entradinha do meu cú. Tentou meter umas três ou quatro vezes, mas estava meia bomba e não entrava. Foi quando escutamos o portão se abrir e tal qual na primeira vez, a correria em se vestir.

Lembro que naquele dia ele não deixou eu enxaguar a boca, dizendo baixinho no meu ouvido que ele era o homem e eu a menina e tinha que obedecer. Fiquei com o gosto da pica dele até ele ir embora.

No início da idade adulta ele foi morar no exterior, casou, teve três filhos e morreu de infarto há uns cinco anos. Por sua vez, eu também casei, tive dois filhos, me separei, tive outras mulheres e hoje me encontro sozinho novamente.

Por falar em hoje, estou tentando me entender como ser humano. Sinto atração por homens, por travestis, mas não a ponto de querer namorar um, pelo menos acho que é assim, não sei. Provavelmente, esta pandemia fez aflorar o meu desejo de ser menina novamente, mas não sei como agir.

Já comprei um vibrador para brincar, mas parece não ser a mesma coisa. Gostaria de um pinto ao vivo e não sei como agir. Pensei em contratar um garoto de programa ou uma travesti, porém ouço que é perigoso, pois eles podem aplicar vários golpes. Eu não sei se alguém já passou por isso e pode indicar um caminho seguro.

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10 Comentários

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  • Responder Dartanhã ID:gsus5p20d

    Eu vivi esta época, mas eu já era um adolescente, lembro dos cinemas quando dava o intervalo, os mais chegados corriam para o banheiro, lá em poucos minutos(15), a gente ficava olhando os paus uns dos outros, sempre rolava um arreto, sempre agarrava um pau, as vezes rolava uma chupada dentro das divisórias, foi em uma noite assim que conheci o Élio o meu primeiro amante, o homem que tirou meu cabacinho do cu.

  • Responder Cidão ID:bemnij63hk

    Nessa época sexo era taboo e isso aguçava a curiosidade, mas ninguém queria ser conhecido com viadinho e foi com essa promessa que aos nove anos foi comido pelo Ivan, um menino mais velho.
    Me comeu gostoso, pena que ele não cumpriu a promessa e vários outros meninos tentaram me comer, mas não dei para mais ninguém até os onze anos quando comecei a fazer troca-troca com um colega de escola.

  • Responder EDUCADOR ID:4adfucyyzrb

    Também sou dessa época e meu pai era militar do exercito, fui pego num troca troca com meu primo mais novo, apanhei feio e meu pai nunca contou pra minha mãe, mas em troca me fodeu por anos, eu e meu primo, mas nunca me senti abusado acabei gostando do relacionamento que tinha-mos, também sou casado, tenho dois filhos e um neto e meu primo esta no segundo casamento tem dois filhos e as vezes nos encontramos pra recordar o passado.

  • Responder boneco ID:gsu8ouv9i

    Tenho sua idade e realmente era assim no anos 70. Também tive varias experiências com meus primos . Só que eu era o mais novo e mais inocente, Naqueles troca-troca eles me enganavam e eu acabava só dando a bundinha. Acabei me acostumando e até gostando de ser enrabado. Hoje casado como minha mulher pensando no meu primo me comendo.

  • Responder Cesar ID:gsus5rhr9

    Cara, tua história é muito parecida com a minha e, com certeza de muitos outros nos anos setenta/oitenta. Tive a pretensão de escrever um pouco, real, como me lembro e publiquei exclusivamente neste site. Se quiseres dar uma olhada, inicia com Brincando de mocinho e bandido… Abraço. Seja feliz! Também casei, tenho filhos…

  • Responder VIVAJO.DEE! ID:83100j6s43

    Né veado,é por isso que as coisas estão assim hoje,foram dar asa ás cobras agora a veadagem quer assumir o controle da nossa sociedade,mas não contavam que eu,John Deere,Matador de Veados,surgisse pra acabar com os veados e a veadagem!

  • Responder Dartanhã ID:muiuwoyv4

    Eu também sou desta época, eu frequentava uma rua onde se concentravam gays, travestis, viados de toda espécie, homens procurando um cuzinho, tinha de tudo, não usávamos preservativos, não tinha HIV, tinha um puto que eu comia, e um dia ele me levou ao apto dele como de costume, e ele me estuprou, foi muito dolorido, o pau era grosso, e ele botou tudo dentro do meu rabinho, isto eu nunca vou esquecer, ele foi bruto, me machucou, mas como eu queria muito sentir um pau dentro de mim, deixei passar um tempo e voltei aquela rua, e neste dia encontrei um médico que me convidou para passear de carro, eu aceitei, ele era um lindo homem, com 40 anos, bem dotado, carinhoso, e fomos amantes por 9 anos, eu fui a mulher dele, e me senti muito amado, eu amei aquele homem, ainda hoje penso muito nele, foi o macho mais gostoso que tive na minha vida de putinho. Eu acredito no amor entre dois homens, tive a prova disto porque eu amei e fui amado por um homem.

  • Responder Saulo ID:w71s2djq

    Muito bom, também sou da sua época, a primeira vez foi com dezesseis anos e nunca mais parei, se eu fosse vc pagaria um GP ou alguém que vc conhece, pois hoje qualquer garoto vai por pouco dinheiro.
    Se conseguir alguém conta pra gente.
    Bjusss 😚😘

  • Responder Glauber ID:41ih3n33oij

    Eu acredito em coincidências, e vc ?
    Pois a sua história, é como a minha.
    Os mesmos desejos e anseios, e os medos tbm.

  • Responder luiz ID:dlns5khrd

    amigo eu sou da sua geração e sempre fiz sexo com meninos e logo com homens, com 14 anos dei para um homem adulto todo peludo ate hoje eu sinto o gosto da rola dele, te aconselho a ter alguem entre num site de relacionamento ou pague um garoto de programa
    . Boa Sorte ainda da tempo de ser feliz. Eutenho 4 filhos mas nunca me satisfiz com uma mulher