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Apaixonado de uma forma estranha

630 palavras | 2 |5.00
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Me chamo Romero e tenho só dezesseis anos. Um nome estranho pra um garoto ainda mais estranho. Eu curtia me masturbar mas passava longe de sexo. Passava, até que essa mulher surgiu na minha vida. Leidiane, de dezenove anos. O suprassumo da beleza? Não, tem dois dentes de cima faltando, a barriga um pouco flácida embora tenha um peito e uma bunda até que bonitos. Se não fosse pela falta dos dentes eu não trataria de forma estranha. Eu nunca imaginei que minha primeira transa (e meu primeiro “amor”, se é que isso existe) fosse com uma mulher assim.

Ao contrário dos contos fantasiosos que transformam as mulheres em rainhas europeias, ela não é branquela. É um misto de branco com preto, a cor típica do brasileiro. Ela veio morar na frente da minha casa a três meses atrás. Um tanto quanto misteriosa, não mantém muito contato com os vizinhos, porém quando precisávamos dela ela era gentil. A primeira vez que conversei com ela foi quando minha tia, tentando ter alguma amizade com a vizinha silenciosa, mandou eu entregar um bolo que esqueceram de comer em uma festa. Ao abrir a porta, tava ela com a mesma combinação de roupa de sempre: um top e uma saia. Dava pra ver que ela se sentia muito a vontade dentro de casa. Com medo de forçá-la um sorriso fui logo anunciando:
– minha tia mandou esse bolo aqui pra tu, que a gente esqueceu de comer em uma festa. Aceita?
– ah, claro!
Ela abre um sorriso e pega o bolo. Mesmo uma arcada dentária incompleta não a impedia de sorrir com alegria. Achei interessante.
– muito obrigada! Mas tu não quer entrar não?
– entrar?
– é, vamo socializar um pouco.
– mas a gente nunca conversou direito.
– por isso mesmo que tô te pedindo pra entrar. A menos que tu teja com pressa.
– beleza, eu entro.

Eu ainda não tinha uma opinião formada sobre ela. Na verdade eu nem a achava feia. Eu nunca quis nada com transa, namoro e essas coisas pra poder ter um senso de beleza apurado. Na sala eu vejo uma vitrola. No quarto dela que fica perto da sala e com a porta aberta eu vejo discos.
– gosta de colecionar?
– sim. Tem coisa aí que eu odeio mas coleciono só porque é velho.
– nossa, essa deve ser a síntese da mentalidade de todo colecionador.
Tava tudo fluindo embora fosse um pouco estranho também.
– quer almoçar?
– eu mal entrei já quer que eu almosse?
– eu sou uma anfitriã bem caridosa.
– acho que minha mãe não ia gostar disso não.
– tu come só um pouco aqui e depois come lá.
– tá bom.

Na mesa ela me contou sobre o que aconteceu quatro meses antes de ter vindo pro bairro. Disse que um cara que queria estuprá-la a surrou tão forte que quebrou os dois dentes de cima e depois de ver o resultado ele fugiu. Ela contava em um tom de superação. Terminei de comer e fui embora já sabendo da história daquela mulher. Curioso, fui pesquisar o nome dela no Instagram. Era Leidi_ane 06 o perfil que tinha a foto dela. Entre fotos de dois anos atrás e de alguns meses, vi umas coisas muito boas. Uma foto dela molhando as plantas só de biquíni, outra com ela de fio-dental no sofá e a que me fez respirar constante: uma foto que ela cobria os peitos deixando a amostra apenas os mamilos. Fiquei excitado e perplexo. Como uma moça tão calada podia ser tão safada no Instagram? Claro que existem casos e casos, mas ainda nem chegamos na parte mais “tensa”…

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2 Comentários

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  • Responder lyah ID:4adfren3t0i

    mto bom nota 2

  • Responder KR4MPUS ID:81rvhgboic

    Continua