#

Segunda chance

3207 palavras | 0 |4.89
Por

Crescemos em uma cidade interiorana. Dois pais, conservadores e carolas. Não há muito mais a dizer do que isso. Nós dois odiávamos. Meu irmão foi expulso de casa assim que completou 18 anos. Eu também tive que sair alguns anos depois e fui morar em uma grande metrópole em outro Estado. Mas de alguma forma perdemos o contato com o passar dos anos. Num certo dia, porém, meu irmão me ligou às três da manhã, parecendo frenético e divagando sobre a sua ex-noiva. Eu disse a ele que é claro que ele poderia morar comigo e ficar o tempo que levasse para se reerguer. Meu irmão dirigiu para o Sudeste e um dia depois estávamos juntos novamente. Não demorou muito para nós compartilhamos nossos segredos um com o outro… e perceber que finalmente tínhamos encontrado o lar novamente em uma cidade a mil quilômetros de distância.

Meu irmão chegou no meu apartamento, um imóvel pequeno e humilde com apenas um quarto, e eu o recepcionei com um abraço caloroso como se fosse um amigo de longa data. Eram tempos difíceis, eu estava estudando e tinha que viver de bicos como bartender para pagar o aluguel, mas estava muito feliz pela minha nova vida e a liberdade adquirida com ela. Meu irmão conseguiu acomodar suas coisas naquele pequeno espaço, era pouca bagagem como se tivesse fugido apenas de mala e cuia. Sentia que ele estava preocupado, mas ao mesmo tempo ele se mantia sereno, como se estivesse encontrado um porto seguro. Sendo misterioso, ele não quis se adentrar no seu problema, como se isso também não tivesse mais importância naquele momento. Apenas disse que aconteceu como deveria ser, que não tinha mais pra onde ir e precisava de um emprego. Eu também estava contente em poder revê-lo após tanto tempo e gostei da ideia dele morar na mesma cidade que a minha, na minha casa até conseguir outro lugar pra morar. Certamente não queria reviver os nosso erros do passado e achava que ele pensava assim também. Apenas estava ajudando meu irmão por um tempo, não era nada mais do que isso.

Ele estava muito diferente, mais amadurecido, com mais postura e presença de homem, mais experiente, com barba e mais forte. Eu também havia mudado bastante, era uma garota universitária estilosa e eclética com uma tatuagem na coxa que se meus pais vissem com certeza ficariam surpresos. Meu irmão acendeu um baseado de maconha e conversamos sobre coisas positivas a tarde inteira enquanto eu pedia para ele fazer uma massagem nas minhas costas. Conversamos até dar o horário da minha aula e depois, eu ainda iria trabalhar. Eu tinha uma rotina muito puxada, então ele teria muito tempo para ficar sozinho e procurar um emprego. Antes de ir, ainda combinamos de sair para dançar na noite da cidade num outro dia qualquer.

Mais tarde, naquela mesma noite, após eu voltar do expediente, encontrei meu irmão com insônia, preocupado com os seus problemas, lendo um livro na poltrona para tentar pegar no sono. Eu ainda estava com aquela energia da vida noturna, cansada mas também muito animada e sentei no braço da poltrona pra conversar com ele, que me disse estar tendo pesadelos:

– Sabe, não sei se eu deveria te dizer, mas eu não sou bartender…

– Como assim?

– Eu sou uma stripper, o que você acha disso?

– Nossa, o pai te mataria… Mas eu acho você muito gata igual uma stripper. O seu serviço deve ser muito caro.

– Você é tão engraçado. Sabe, eu faria uma dança de graça pra você…

– É mesmo? Aí é com você…

– Ei, não sabia que você tinha essa barba – disse acariciando sua barba – Ela é tão linda. Você fica tão másculo com ela. Agora você tem cara de homem, antes tinha cara de bebê.

– Obrigado – e foi com o braço envolvendo minha cintura ao mesmo tempo em que eu escorregava para o seu colo – Você bebeu um pouco, não foi?

– Ops, escorreguei… A gente devia realmente sair pra se divertir e beber, dançar em algum lugar legal como na minha boate… Você iria? Você faria isso por mim? Estou tão contente que você está aqui comigo.

– Claro, ótima ideia – e fomos nos aproximando para o beijo.

Nos beijamos calorosamente como amantes há muito tempo com saudade, o que de fato éramos. Sentada no seu colo, a sua mão subia pela minha coxa e a outra ia pelos seios, beijando meu pescoço. Quando me dei conta, estava com o peito pra fora e meu irmão tocando minha boceta por cima da roupa. Percebi que precisava tomar um banho pois estava suja e fedida, mas não disse pra ele me encontrar depois, apenas avisei que iria banhar e depois dormir. Não chamei pois fiquei preocupada dele não gostar do meu segredo, apesar dele também ter me revelado qual era o seu naquele mesmo momento. No fundo, eu também havia realmente gostado de saber que ele ainda pensava no que nós fizemos. Isso me deixou muito surpresa e excitada com a ideia de poder reviver aquela transa, como se fosse para ser assim, como se fosse o nosso destino ficar juntos novamente, dessa vez tendo que sobreviver naquela selva de pedra. Me aprontei, fiquei pelada na cama esperando ele aparecer e não demorou muito para ele adentrar no quarto, sem camisa, dizendo que não conseguia dormir na sala e pediu pra dormir na minha cama.

– Isso sim é um recomeço – ele disse se deitando.

– Você sabe, nós somos apenas irmãos compartilhando a cama – Eu disse ficando bem agarradinha e passando a minha perna flexionada por cima da sua barriga, mexendo com ela no seu pau.

– Mas é difícil não se entregar…

– Os seus pesadelos não irão embora sozinhos. Você deveria dormir aqui até eles desaparecerem – e beijei sua boca apaixonadamente.

– Deveríamos mesmo?

– Shhh….

Nos pegamos, se abraçando e beijando prolongadamente, massageando os nossos corpos com movimentos lentos e intensos. O sentimento se sobrepunha a tudo naquele momento e ele se aproveitava do ritmo lento para explorar todo o meu corpo. Era um sexo ancorado nas preliminares, o que nos deixava bastante relaxados e sexualmente estimulados, estendendo o nosso prazer ao longo do tempo. Meu irmão foi descendo pelo meu corpo com sua língua, até chegar na boceta, fazendo um oral delicioso junto com o dedinho que me fez gozar em sua boca. Depois revezamos, eu retribuí o oral e meu irmão começou a penetrar minha boceta por trás, agarrando minha cintura e beijando meu pescoço. Fizemos papai e mamãe e depois invertemos comigo por cima. Eu gemia de maneira emocionada, sentindo tanta saudade daquele pau que a minha boceta esguichava e gozava várias vezes, encharcando a cama toda:

– Ai meu Deus, esse pau é grande demais.

– Oh, querida. Essa boceta é tão apertada. Você é gostosa pra caralho.

– Vai, bota de novo nessa bucetinha apertada, bem fundo na minha boceta… Eu vou esguichar em você.. Ah, você me faz gozar, você me fode tão bom pra caralho… Olha só essa porra toda na cama! Isso é tão bom, isso é tão bom…

Poucos homens na minha vida conseguiram fazer eu me sentir tão relaxada e à vontade para expelir jatos de líquido pela vagina, meu irmão é um deles e ele faz isso desde os meus quinze anos. Nosso sexo era muito mais intenso, quente e verdadeiro do que com as outras pessoas. E dessa vez, era exatamente como antes, a mesma sensação e intimidade. E como não podia faltar num sexo, digamos, romântico e intimista, ficamos trocando carícias e mimos na cama até dormimos juntinhos.

– Você não se sente estranha e assustada não?

– Não – respondi com a maior naturalidade – Isso é bom.

– Eu também não consigo enlouquecer com isso. Eu amo você, irmã.

– Também te amo, irmão.

Os meses se passaram e o meu relacionamento com o meu irmão progrediu rápido. Olhando para trás, eu vejo como isso foi insano. O que eu mais me recordo era de como eu achava isso normal, como se fosse para ser assim, como se a coisa mais normal do mundo fosse transar com o irmão e dormir com ele todos os dias. Com certeza nós éramos realmente malucos. De dia, eu estudava enquanto ele procurava um emprego fixo. De noite, nós dois íamos para a minha boate onde eu dançava e era ele quem de fato trabalhava como bartender, bem como também fazia movimentação de drogas com os seguranças às vezes. Nós dois passávamos por muita dificuldade, mas conseguíamos sobreviver naquela grande cidade com o pouco que tínhamos graças ao nosso esforço conjunto, com grande cumplicidade. Eu estava muito feliz com o nosso namoro e também nos divertíamos bastante em várias festas pela vida noturna da cidade com os meus amigos da faculdade. Na rua, ele era o meu irmão e em casa, o meu amante, assim como era antigamente.

Porém, nos separamos quando ele conseguiu um emprego fixo, arrumou sua própria casa e decidiu que queria ter uma vida normal. Disse que era errado o que nós estávamos fazendo e arrumou sua própria namorada, sem me avisar inclusive. E realmente ele parecia estar despreocupado como se tivesse seguido em frente e não se lembrasse de mais nada. Eu, porém, havia acabado de terminar os meus estudos e me sentia desorientada, sem ter um rumo a seguir e não sabia o que fazer. Então, como se fosse para ser assim, como se fosse o certo a se fazer, larguei meu emprego como stripper e percebi que precisava de um recomeço. Estava em maus bocados pois seria despejada do meu apartamento em breve e tive que que pedir para o meu irmão, que morava sozinho, um lugar para ficar temporariamente. Ele me aceitou com enorme gratidão, assim como também se deve ajudar qualquer parente. Afinal, é para isso que servem os irmãos, para se ajudarem um ou ao outro, especialmente em uma situação de abandono familiar. Porém, ele fez isso também sem deixar de demonstrar sua frieza e indiferença.

No primeiro dia em sua casa, realmente pude perceber de fato como ele estava estranho e misterioso. Não queria dormir na cama comigo e ofereceu a sua para eu ficar sozinha, enquanto que ele dormiria no sofá. No dia seguinte, assim que eu acordei, fui com um biquíni fio dental e uma mini blusa, com o meu farol aceso, tirar satisfação com ele. Ele estava sentado no sofá com o notebook, quando eu me sentei na outra extremidade, de frente pra ele, com os joelhos flexionados e abertos, mostrando meu capô de fusca. Disse animada e bem humorada que gostaria de ir para a praia com ele para aproveitar o dia. Ele desconversou, dizendo que estava ocupado e que iria encontrar sua namorada.

– Uuh, sua namorada? Quando é que eu vou conhecer essa garota?

– Não sei se vai rolar de você conhecer ela…

– Você não me disse que tinha uma namorada – disse ficando emburrada e com ciúmes, enquanto que ele parecia cada vez mais estar me tratando como uma criança imatura – Por que eu não posso conhecer ela?

– Eu não sei, ela é muito ocupada.

– E você sabe que não precisa dormir aqui no sofá toda noite… Com toda certeza poderíamos dividir a cama…

– Não. É melhor eu dormir aqui. Eu gosto muito de dormir neste sofá. Você pode dormir na minha cama, isso realmente não me incomoda.

– Além do mais, não sabia que ficar no computador te deixaria tão ocupado para não querer sair comigo – disse estendendo minha perna para a acariciar sua coxa – E agora você está dormindo no sofá… Eu simplesmente não entendo… Isso é tão estranho – alisando seu pau com o pé.

– Eu só estou tentando… – disse tirando meu pé.

– Por que você está tão estranho?

– Porque isso já acabou. Eu tenho uma namorada agora e apenas estou querendo te ajudar. Não acho que as coisas deveriam ser assim novamente. Isso é cansativo.

– Eu não sabia que você era casado, tudo bem… Acho que isso é um desejo doentio então…… Mas é que eu me sinto muito mal por você dormir no sofá…

Acabei tendo que arrumar outra companhia para ir à praia. Meu irmão simplesmente disse pra eu arrumar alguma coisa pra fazer. Na verdade, ele mal olhava em minha cara e muito menos para a minha nudez. No dia seguinte, porém, pela manhã, eu estava na cozinha quando meu irmão foi saindo pela porta. Puxei-o pelo braço perguntando aonde ele iria, que por sua vez me respondeu estar indo encontrar os seus amigos.

– Por que você não sai mais comigo? – perguntei puxando e acariciando o elástico da sua bermuda.

– Eu tenho uma namorada agora e amigos, uma vida muito diferente.

– Eu não entendo… Por que você está tão estranho?! Você não pensa mais no que nós fizemos?

– Sim, às vezes, mas isso foi há muito tempo. Não é certo porque você é minha irmã e agora tenho namorada.

– Você não pensa mais em mim nem um pouco? – perguntei me aproximando do seu rosto e tocando seu pau por cima da bermuda.

– Sim, eu penso, mas… eu não posso mais fazer isso… – disse ofegando e excitado.

– Eu sinto falta de saber que você ainda pensa nisso… Eu quero você… – disse sussurrando de uma maneira sexy no seu ouvido, fazendo com que ele parasse de resistir e me beijasse, pegando nos meus seios. Ele ainda hesitou uma última vez e eu continuei – Isso não é apenas um desejo.

Fomos nos abraçando, beijando e tocando nossas partes como amantes apaixonados secretos. Meu irmão tinha razão, nós nao podíamos viver essa aventura romântica para sempre. Mas eu realmente gostaria que ele nunca se esquecesse de mim, assim como eu dele. Fui tirando nossas roupas e descendo com minha boca pelo seu corpo até o agraciá-lo com um saboroso boquete, babando ele todo e olhando no fundo dos seus olhos emocionada de paixão. O celular dele tocou no meio do ato, era o pessoal dele chamando, mas naquele momento era como se o resto do mundo deixasse de existir. O tesão estava tão alto que fizemos ali mesmo na pia da cozinha, com ele por trás de mim e uma perna minha levantada sobre o balcão. Minha boceta molhada escorria tudo pelas coxas. Ele pegou nela para sentir o melzinho e foi me penetrando, gemendo e me chamando pelo meu nome próprio enquanto acariciava meu cabelo. Rapidamente eu também fui liberando toda a minha catarse, emocionada durante o orgasmo com os sentimentos à flor da pele, totalmente entregue a ele e colocando tudo para fora sobre o que eu sentia por ele, em um momento de grande excitação com uma pessoa cuja conexão emocional e sexual era intensa. Todas as minhas mágoas por ele estavam sendo livradas naquele momento, num sexo com verdadeiras propriedades terapêuticas.

– Oh meu Deus, que pau grosso. Fode a sua irmã… Você me faz gozar, irmão… Eu te amo.. Eu vou gozar em você todo…

– Também te amo.

Ele, o tempo todo misterioso, gozou tudo na minha boca. Depois, de joelhos no chão igual uma criança abandonada, joguei palavras duras na sua cara dizendo que ele também sentia minha falta. Ele tentou me olhar com indiferença, mas no fundo ele sabia que eu também estava certa. Simplesmente foi embora encontrar os seus amigos, me deixando sozinha para refletir sobre a gente. Eu havia finalmente sentido que tinha um lar com ele, um porto seguro naquela selva de pedra. No fim das contas, ele era mais sensato, só queria o meu bem e sabia o que era melhor pra mim, queria que eu me libertasse e seguisse em frente assim como ele, pois jamais deixaria de ser meu irmão mais velho protetor apesar de tudo. Eu era quem tinha ido longe demais nessa loucura fantasiosa.

Passei o resto dos dias no meu canto, sem muita conversa com o meu irmão, sem agir como uma carente de atenção. Fiquei empenhada em agilizar minha vida e correr atrás de um emprego, quando de repente, novamente às três da manhã, assim como quando ele chegou na cidade, meu irmão me acorda frenético, só que dessa vez ele não estava divagando. Ele estava convicto, seguro e me disse que acabou de terminar com a namorada.

– Oh, sinto muito por ouvir isso… mas você não queria ficar com ela?

– Não sei mais, Julia… Só o que eu sei é que… é isso mesmo que você quer? Você quer ficar comigo?

– Bem, eu gosto de você… Sim, eu quero estar com você.

– Tem certeza que é isso mesmo que você quer? Você é a minha irmã, lembre-se disso. Você não se importa das pessoas descobrirem?

– E daí? Não. Estou pouco me fodendo para isso. Eu só sei que eu quero estar com você – e fui tirando minha coberta, revelando o meu corpo de calcinha e sutiã – Você também quer estar comigo?

E foi mais uma noite de sexo intenso, quente e de pegada forte, como se se tivesse que ser assim, como se fosse realmente nosso destino ficar juntos, como se fosse a coisa mais normal do mundo a boceta esguichar e gozar várias vezes no pau do irmão. Gozei em cima do meu irmão todo naquela noite, esguichei no seu pau, deixei ele todo encharcado e disse que o amava. Dizia pra ele me preencher com a sua sensatez, explicando pra ele que eu só conseguia gozar de verdade daquela maneira com o seu pau, que eu me sentia segura ao seu lado e faria tudo que ele mandasse. Juramos nunca abandonar um ao outro e eu finalmente me sentia como se tivesse encontrado um lar naquela selva de pedra, um novo recomeço, há mil quilômetros de distância, com meu irmão, meu marido.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,89 de 9 votos)

Por #
Comente e avalie para incentivar o autor

Nenhum comentário

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos