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Primeiros Tempos – Laura, 14

5295 palavras | 2 |3.33
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👣 Vivemos em tempos estranhos, mas nunca havia sequer sonhado ser possível o que aconteceu…


14. Não existe Rosa sem espinho…


📃 Creio que a verdade é perfeita para a matemática, a química, a filosofia, mas não para a vida. Na vida contam mais a ilusão, a imaginação, o desejo, a esperança.
Ernesto Sabato

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📅 Quarta-feira, 7 de setembro de 1994
✔ (Não conhecemos nem mesmo quem sempre viveu conosco, não conhecemos no âmago os reais sentimentos das pessoas por quem temos sentimentos reais…)

Mamãe se assustou, nunca imaginara sermos flagrado naquela situação e estranhou sentindo que pau não amoleceu.

― Sai filho, sai… – me empurrou puxando o lençol para encobrir o corpo nu – Meu Deus?!
Não sei o que Marisa pensava, mas sabia que agora ela sabia de meu caso com mamãe e não adiantaria querer esconder e também sabia que ela não faria cena de ciúmes e de decepção.
― Porque tu não me chamou? – falava para mim como se mamãe não estivesse ali, nua envergonhada – Sua neta tem um presente, não esse do seu filho…
Mamãe não entendeu a nora colocar sua neta sentada em sua barriga fracamente encoberta pelo lençol amarrotado.
― Meu Deus… – mamãe segurou Laura que sorria para a avó envergonhada – Ôi piquinininha, tá crescida…
Laura riu para a avó e mamãe suspirou, Marisa sentou na cama do meu lado e acariciou meu pau ainda duro e olhou para a sogra envergonhada.
― Vovó ta mais velhinha hoje, filha… – sem que mamãe fizesse nada, puxou o lençol e os seios, que parecia de uma mocinha nova, tornaram ficar nus – Trinta e sede anos…
Aquilo foi o que lacrou por fim os meus parcos(1) receios de que minha mulher poderia não aprovar.
― Fica assim não minha sogra… – Marisa acariciou a mão de mamãe – Sei o quanto é bom acordar com a rola desse safado…
Mamãe olhava para ela sem querer acreditar naquilo e viu que eu bolinava na xoxota de Marisa.
― Vocês são dois sacanas… – sentiu o corpo fremir, a neta lambeu o biquinho do peito querendo mamar…
― Vovó não tem leite filha… – Marisa olhava para a sogra que olhava para a neta sugando o mamilo – Vamos Laura, tá na hora de mamar…
Abriu a camisa, colocou o peito para fora e pegou a filha que começou mamar. Mamãe olhava talvez ainda sentindo a boquinha lhe sugar o peito, era tudo novo para ela que não sabia que Sâmela tinha mamado na nora enquanto eu fodia Selma.
― Não faça isso Lúcio… – tentou me empurrar, Marisa sorriu, eu lambi o mamilo de mamãe – Me respeite…
― Tô com fome… – ri da feição de espanto de mamãe – Me dá leite…
Tornei forçar, mamãe respirava agoniada com aquela agonia envergonhada.
― Pare com isso Lúcio… – olhava para a nora amamentando a neta e gemeu baixinho sentindo minha língua bolinar o mamilo intumescido – Não, não filho…, para com…, hum, para Lúcio, para filho…
Não parei, ainda não lhe tinha dado o outro presente. Marisa olhava olhando a tez rubra da sogra envergonhada, mamei mamãe como Laura mamava Marisa e mamãe foi se entregando sem querer se entregar, lambia e chupava o peito rijo e ela suspirou.
― Ai filho, para… – tentou levantar, segurei seu corpo.
Ela estremeceu e se largou, deixou ser puxada e deitou, nua e envergonhada, em cima de mim. Marisa olhava, a vagina fremia de desejos, as glândulas borrifavam líquidos que lhe melava a xoxota enquanto Laura, de olhos fechados, mamava no peito direito e massageava o biquinho do peito esquerdo.
― Não Lúcio, não…, não mete… – falava por falar quiçá embebida em uma vergonha envergonhada – Lúcio, hum…, ui… Lúcio… Ui, ui, não…
Aquele não foi um não dito de não querer, fui um não de não querer que o pau saísse de dentro da vagina. Os desejos negaram as vergonhas, não havia medos e nem receios naquele quarto meio gelado pelo ar ligado.
― Filho, hum… ui, Lúcio, ui… – e se esfregou esfregando o monte de vênus(2) em minha pelves – Porra, porra… Ui, hum, hum…
Se esfregava deixando fluir os desejos desejados sem se importar, talvez esquecida, da nora que amamentava sua neta que massageava o bico do peito da mãe que nos olhava sentindo a vagina fremir melada. Para dona Ana Beatriz aquele sete de setembro jamais seria esquecido, ficaria grudado na memória o resto da vida e ela gemia, se esfregava sentindo meu pau tocar no fundo da vagina que tinha me trazido ao mundo e gozava gozos de mulher sedenta.
Para mim não foi estranho foder com Marisa amamentando do lado, para Marisa uma nova descoberta de coisas de coisar e para mamãe um novo mundo que se abria.
Mamãe não viu, eu vi minha mulher levantar e colocar a filha deitada em cima da avó nua que fodia com o filho, pai da menina adormecida abraçada ao corpo da avó que resfolegava gozando gozo de feliz aniversário. E eu parei de estocar para cima, tive medo que Laura acordasse, só mamãe fodia esfregando a xoxota em minha pélvis e ela gemeu alto ao sentir meu gozo explodir no fundo da vagina massagear o colo do útero.
― Vamos filha… – retirou Laura que, acordada sorria para mim – Vou dar um banho nela…
Se curvou e beijou minha boca, mamãe olhou sem olhar, as sensações batidas nas paredes trêmulas da vagina lhe tirou o perceber, suspirei, a xoxota de mamãe mastigava meu pau.
― Já vou… – falei baixinho, quase sussurrando.
― Fica… – acariciou a cabeça da sogra que suspirou – Selma e Dolores estão vindo… – saiu do quarto fechando a porta.
― Que foi isso… – mamãe falou – Tua mulher…
Sorri e giramos, fiquei deitado enterrado na boceta de mamãe.
― Foi dar banho em tua neta… – acariciei seu rosto – As meninas vão vir…
― Meninas? – olhou piscando sentindo meu pau enterrado na xoxota – Que meninas?
― Selma e Dolores… – forcei o corpo, senti a cabeça do pau imprensar no fundo da xoxota.
― O que…, ui… o que… – suspirou, os seios estremeceram – Tá bom Lúcio, vamos…
― Não… – sorri para ela que me olhava séria e beijei sua boca ressequida – Ainda não dei meu presente…
― Doido… Estou topada de presente, maluco…
― Não, foi tu que deu, agora o meu…
Comecei estocar a xoxota melecada de líquidos empapados das glândulas e de meu gozo e mamãe fechou os olhos, abarcou meu corpo com as pernas e se deixou foder naquele dia de seu aniversário, aquele sete de setembro de mil novecentos e noventa e quatro, uma quarta-feira feriado, jamais seria esquecido, ficou grudado em suas memórias para o resto da vida.
― Hum, devagar filho, hum…, hum… Deus… – gozou pela enésima vez.
Continuei estocando cada vez mais forte e ela gemia gemido de prazer desejado, recebia meu pau que lhe fazia jogar na pequena morte roubando suas forças e eu gozei e ela gemeu um gemido gritado.

📝 Foi um gozo avassalador que minou minhas forças.

Quando, depois que mais de quarenta minutos, saímos as três conversavam animadas no alpendre do quintal bebericando licor de jenipapo.
― Parabéns a você, nessa data querida… – Dolores puxou e Selma com Marisa acompanharam.
Para mamãe estava sendo um aniversario estranho, estava um tanto acabrunhada, mas aceitos os abraços e beijos das mosqueteiras eternamente dispostas a brincadeiras e ninguém estranhou o beijo beijado de Dolores.
― Mamãe mandou um abraço… – Selma abraçou mamãe – Pensei que nossa sogra ia passar o dia todo enfurnada no quarto.
Mamãe sorriu envergonhada sabendo que elas já sabiam e foi uma quarta-feira agradável, brincamos brincadeiras que brincávamos desde a infância e, não sei porque, me veio na cabeça um final de semana em Recife…


📅 Sábado, 15 de agosto de 1992
✔ (Lembrei, não sei por que cargas d’água uma noite

📝 Aquelas coisas e aquelas revelações mexeu profundamente comigo. Já tinha vivido algo parecido, mas não tão explicitamente como com Sueli.


― Espera amor, onde tu vai? – Sueli me olhou, levantei e saí do lago da queda d’água – Espera, vou contigo…
Não esperei, estava muito abalado, não estava preparado para aquilo tudo.
Só nos encontramos novamente depois das duas da madrugada quando, finalmente depois de pensar bastante e pesar as possíveis consequências de tudo aquilo, resolvi voltar para o quarto.
― Onde é que tu estava? – Sueli estava sentada no centro da cama centenária estilo Luís XV.
― Estava pensando,… precisava ficar só…
― Me perdoa, fui irresponsável… – levantou e nos abraçamos – Não deveria ter falado…, ter feito aqui, me perdoa…

👣⏱️ Algum tempo atrás, no quarto das meninas… ⏱️👣

― Qui tu fez, pequena? – Paula saiu do banheiro enxugando os cabelos – Tu tá é doida é?
Ângela olhou para a amiga parada nua, Remédios atiçou a curiosidade e deixou a revista da Mônica na cama. As duas estranharam minha saída abrupta do laguinho sem entender do que havia acontecido.
― Fiz nada não… – virou de bruços, também estava nua – Deve de ter sido das coisas que mamãe falou…
― Mas tu tava sentada no colo dele… – Remédios apimentou enquanto coçava a perna – Tu sentiu?
Ângela suspirou, tinha sentido muito mais que as coleguinhas poderiam estar imaginando, a xoxotinha não parava de melar desde que a cabeça do meu pau se alojou entre seus pequenos grandes lábios da vagina.
― E dava de não sentir… – suspirou e tornou olhar para Paula – Fiz nada não, só tava brincando…
― E o que a tia falou?
― Nada… – mentiu, tinha de mentir, não poderia falar a verdade, não aquela verdade que lhe assanhou as vontades – Nem me lembro direito, acho que era do passeio pro banho amanhã…
― Tu…, ele meteu? – a negrinha sorriu.
― Não, só ficou na beiradinha… – pareceu tornar sentir o choque que sentiu ao sentir a cabeça do pau alojar – Mas se fosse ne tu tinha entrado, né sua nigrinha?(2)
― Entrava nada! – olhou faceira para Paula – Mas nela devia de entrar, né?
― Cês tão é doía… – abriu a mochila e tirou uma calcinha limpa – Aquele mondrongo(3) ia era me lascar toda… – riu.
― Mas a tia aguenta sem gemer, né? – atirou uma bolinha de papel que bateu no corpo de Ângela.
― Ela é grande, abestaiada(4)! – Paula brincou enquanto vestia a calcinha – Mas tu acha que ia aguentar?
― Sei lá… – já tinha visto e fantasiado deixar que metesse – Mas que é grande é…
Riu e deram por encerrado aquela brincadeira perigosa, mas as coisas que a mãe havia falado não saia da cabeça.


Nem as meninas e nem nós tornamos falar sobre aquela doideira. O domingo amanheceu com sol bonito.
― A gente vai pro balneário, tio? – se empoleirou em meu colo.
― Tua mãe é quem sabe – segurei a mão de Sueli – Afinal sou o convidado.
― Está bem meninas, agora para o café, vou combinar com Lúcio – despachou as três – Preciso falar contigo…
Já tínhamos tomado café e saímos para o pomar onde um senhor gadanhava as folhas secas, andamos em silencio até os balouços.
― Estou perdoada? – me abraçou.
― Não tenho nada do que te perdoar… – acariciei seu rosto, ela fechou os olhos – Eu é que não tinha nada que tirar a roupa…
― A gente estava brincando e…, e ela…
Não deixei que continuasse, preguei a boca na dela em um beijo que selava aquele assunto. Mas eu sabia que não estava encerrado, a menina estava cada vez mais afoita em suas carícias e toques que pareciam acidentais.
― Fiquei preocupado com as meninas… – sussurrei ao seu ouvido – Na certa notaram alguma coisa…
― Só você não percebeu… – riu, sentou no balouço e começou balançar – Paulinha não tira o olho de ti…
― Não começa… – respirei, ela se balançava cada vez mais alto e ria sentindo o vendo bolinar entre suas pernas.

📝 Não era bobo, já tinha percebido o interesse da moreninha e das insinuações nada infantis e levei como brincadeira pelo meu romance avassalador com Sueli, afinal de contas elas já sabiam que as conheci antes de conhecer Sueli e que esses poucos dias juntos parecia ter sido uma eternidade.


― Essa brincadeira está ficando perigosa – segurei o balouço – Não sei se foi uma boa idéia trazermos elas…
― Se não viessem Anjo já tinha levado vara – sorriu – Tu acha que não foi por isso que aceitei que viessem?
― E como seria se… – olhava para ela e ela entendeu.
― Sabe Lúcio, nunca vi minha menina tão viva… – me puxou, acocorei entre suas pernas – Não se se tu vai entender… – respirou e ficou me olhando nos olhos por bons três minutos antes de tornar respirar – Dei quando era um pouquinho mais velha que ela…
Não me espantei, eu mesmo tinha começado nas brincadeiras do sexo muito novo. O que me chegava apavorar era essa sua insistência de jogar a menina para mim.
― Tive medo…, o pai dela… – respirou, o rosto riste de dúvidas e dor – Um dia, no sítio ele…
― Ele mexeu nela?
― Acho que não…, pelo menos não meteu, mas… – respirou fundo – Ele bolinou na xoxota dela e…, e eu…, eu… Foi por isso que nos separamos, nunca falei nada pra ninguém…, para todos foi ele quem se separou… Ela não tinha nem sete anos, gostava muito dele…, ainda gosta, mas… Ficou com medo dele… – ouvia sem falar nada, não tinha o que falar – Naquele dia…, de noite em teu apartamento foi a primeira vez que vi minha menina nua na frente de um homem e…, e desconfiei que ela te queria…
― Mas ela é só uma menina…
― Tu não sabes de nada… – acariciou meu braço repousado em sua perna – As meninas de hoje começam muito novas… Paulinha já não é mais virgem…, a mãe dela sabe e…, e se Anjo tiver que dar, que seja pra você…
― E porque ela tem que dar? – lembrei de Dolores – Nem todas são assim…
― Ela te quer, me falou… – riu – Tu já viu o monte de vênus(2) dela…
― E dá de não ver? – também sorri – Capô de fusca…
― O meu era assim…
― Não é tão proeminente… – passei a mão entre suas pernas – É um capôzinho danado de gostoso.
Sueli abriu as pernas, estava excitada.
― Não pega senão eu gozo…
― Só de passar a mão?
― Tô toda melada, preciso… – calou, Ângela estava parada encostada no tronco de uma mangueira – Filha…
― Cês vai ficar o dia todo aí, é? – sorriu moleca com sorriso de anjo sapeca – A gente não vai sair?
Virei, a menina parecia cintilar, uma língua de sol espremida por entre a folhagem lhe banhava o corpo fazendo os cachos loiros encaracolados brilhar como brilha um anjo e o rosto, com a covinha nas bochechas rosadas, resplandecia iluminando os olhos claros.
― E as meninas?… – Sueli também via o que eu olhava.
― Tão esperando, a gente não vai pra cidade?
― Vamos… – levantei e ela viu o bolo em minha bermuda – Estava namorando um pouco…
― Tu já tá assim, é? – sorriu – Se cês quiser a gente espera, só não pode fazer aqui, né?
― Fazer o que filha? – Sueli sentada no balouço acariciou minha bunda.
― Ora mãe, tu ia dar pra ele, não ia? – continuava rosto de anjo angelical falando coisas de gente grande – Seu Chico vai vir pra cá…
É uma menina estranhamente adulta, sentia a mão carinhosa de Sueli acariciar minha costa.
― Não amor, estamos só conversando – andei para ela e ela me olhava com aquele olhar que me cativou desde a primeira olhada naquela praça – E essas coisas é melhor na cama…
― Tu tá de pau duro e tava mexendo na boceta dela – olhou para a mãe que olhava para ela – Né preciso tá ne cama pra foder, né mãe?
― Coisa feia filha… – Sueli ralhou sorrindo de ralhar – Onde você está aprendendo essas coisas?
― E não é foder não, é? – sorriu sorrindo da cara estranha que a mãe fez – Tu fala assim, né?
― Mas… – respirou e levantou, seu Chico apontou com o ancinho – Vamos lá…, bom dia seu Chico!

📝 Foi um domingo alegre e descontraído, Sueli nos levou para a cidade e visitamos o museu e as igrejas. Almoçamos em um restaurante agradável onde um grupo de violeiros tocava por entre as mesas…

― Vai cair um pé d’agua… – olhei o céu escuro relampejante.
Ventos lambia as árvores, folhas caiam dançando pelo paralelepípedo das ruas centenária e pessoas corriam para se proteger.
― Aqui é assim mesmo, espero que não caia logo – Sueli olho para o ceu escuro.
As meninas sentiam a tensão, estavam caladas e quando finalmente chegamos na chácara o manto de água já cobria as árvores.
― Tem jeito não meninas, vamos cair na chuva… – falei, o estacionamento era um pouco distante.
― Posso molhar a roupa não tia – Paula olhou para nós – Não trouxe outra…
― Tira a roupa! – Ângela sorriu – Aí a gente se banha na chuva, tu deixa mãe?
Não queria deixar, mas tanto Paula quanto Remédios não tinham roupas para trocar, pensavam que não sairíamos como saímos.
― Tá, mas fiquem na área… – estalos riscava o céu iluminando a negritude – As chuvas dessa época é assim Lúcio, forte e com raios…
― Anjo, não vá para o pomar, é perigoso… – ajudei a loirinha tirar a roupa.
As três escapuliram aos gritinhos, nuas como vieram ao mundo. Olhamos as três correndo de mãos dadas e sorrimos lembrando de nossas infâncias livres, diferente de hoje.
Corremos, Sueli dava gritinhos como se fosse a quarta menina e nos molhamos, dona Cícera balançou a cabeça e nos entregou toalhas felpudas.
― A menina vai ficá na chuva? – a preta velha olhava as três brincando na chuva – Deix’ela muito não qui pode pegá constipação(6)… Quá! Essas pestinha de hoje num tem vergonha, adonde já se viu ficá assim pelada na frente de homi…
― Preocupa não vó Ciça, vê com os olhos e come com a testa – abraçou a preta velha e entraram.
Ainda fiquei sentado na rede olhando a chuva chover, ouvindo o zoar do vento embaralhando as folhas das árvores.
― Vem Cinho! – Ângela gritou ao me ver na rede – Tá que é uma gostosura, vem…
― Não Anjo… – pisquei e joguei um beijo – Vem, mamãe tá aqui… Mãe! Ele não vai vir…
Quase não acreditei, Sueli sorria nua na chuva.
― Vem amor, tá gostoso… – correu tapando os seios e a xoxota.
― Você é doida garota? – olhei preocupado para a porta – Dona Cícera…
― Cê besta amor, ela sabe – riu e sentou em meu colo – Mas vai se assustar ver teu pau…
― Não vou banhar nú…
― Que é que tem – levantou, puxou minha camisa e abriu a braguilha de minha bermuda – Deixa de besteira amor, ela não vai falar nada…
― Não Sueli, você não é mais criança… – ela acocorou, tirou meu pau e chupou – Para cm isso menina… – empurrei sua cabeça, mas ela forçou e novamente engoliu.
Ângela olhava a mãe me chupar, o corpinho bem feito, seios parecendo dois moranguinhos com biquinhos intumescidos, rosto e cabelos de anjo.
― Para Sueli, Anjo ta olhando… – já não tentava afastá-la, tinha receios, quase medos em Ângela estar parada olhando a mãe me chupar – Dona Ciça…
Sueli levantou e me abraçou, Ângela na chuva nos olhava parada.
― Da vó Ciça não sei de nada, mas de tua namoradinha… – olhou para a filha nua parada na chuva e apertou meu pau – Vai ficar aí parada?
Senti o corpo gelar, Ângela olhou para onde as amiguinhas brincavam antes de correr e se tirar em meus braços.
― Vumbora Cinho, a gente vai no poção…
― Poção? – olhei para Sueli…
― Na beira do rio… – acariciou a costa da filha, meu pau continuava duro – Tem um reservatório de água… – me olhava com olhar sacana – Brinquei muito lá…
― Tem uma canoa lá e a gente podia passear… – a garota sentia meu pau roçar entre as pernas – A mãe sabe remar, vamos Cinho!…
― Ele vai filha… – segurou meu pau e esfregou entre as pernas da filha que fechou os olhos.
Lá no fundo sabia que ela ia fazer isso e olhei preocupado pela janela temendo que a preta velha pudesse estar nos vendo, não falei nada, já tinha falado minha cota de temores.
― Vamos amor… – falou ainda esfregando meu pau entre as pernas arreganhadas da loirinha – Depois vamos brincar…

👣⏱️ O poção, beiro do rio… ⏱️👣

📝 De nada adiantaria tornar falar o que eu já tinha falado, os desejos de Ângela se sobrepunham acima de meus medos e os atos inconsequentes de Sueli barrava qualquer repulsa de minha parte, era parte fraca entre nós três e, fraco sem onde e como me apoiar, me deixei levar, mas não esperava que aquela loucura chegasse onde chegou.

― Foi aqui que brinquei pela primeira vez… – Sueli sentou na amurada do reservatório de água – Apesar de ser só uma menina… – sorriu massageando o mamilo – Não doeu de verdade…
As meninas brincavam no rio alegres como meninas que eram, olhei para Sueli, ela já tinha me contado de sua primeira vez, mas não sabia que tinha sido ali.
― O Tião foi cuidadoso, nunca tinha sentido aquilo…, papai e mamãe estavam ali onde elas estão… – respirou, a chuva continuava chovendo pingos frios que estatelava em nossos corpos – Acho que ele não queria o que eu quis e…, e quando entrou eu… senti um gosto gostoso dentro de mim, ele…, ele não queria o que quis…
Eu estava sentado no chão molhado encostado em um mourão negro, na minha cabeça lembranças das brincadeiras de coisar com Selma e Dolores. Ouvia os gritos moleques das molecas, ouvia os sons dos mergulhos mergulhados da canoa balançando.
― Me tocava de noite, no banho… – suspirou metida nas lembranças lembradas de sua vida de criança que brincou de brincar e sentiu o gosto de gostar – Papai tinha umas revistas…, guardava escondido escondendo de mamãe, mas eu sabia onde ele botava – os zéfiros(7) dançava em nossa pele dando uma vontade de ter vontade – Tinha umas que mais gostava, desenhos quase toscos que me fazia melar a xoxota, era as que mais gostava e papai tinha um monte…
Estranho, muito estranho ouvir ela contar, ouvir as meninas brincar e a chuva chovia sem parar. Parecia estar metido em um sonho sonhado de uma tela surrealista que tinha visto em um museu na Escócia e me senti flutuando acima de um tudo como no quadro Cristo de São João da Cruz(8) e os sons eram sinos badalando risos açoitados pelos pingos pingados das nuvens negras passeando lerdos nesse mundo de coisas certas nascidas de incertezas.
― Tu sabia que te amo… – as mãos geladas e macias acarinhava meu peito – Nunca pensei encontrar alguém como você…
― Como tu sabes que me ama… – acariciei seu rosto – Você não acha que fomos muito apressados…
― Não… – sorriu e sentou em meu colo, meu pau fustigava suas partes – Não existe tempo, a gente ama assim, amando… – levantou um pouco, segurou meu pau, apontou e sentou e suspirou gemendo coberta pela chuva que chovia – Só sei que te amo…
― Gosto muito de você…, vocês… – Ângela estava parada olhando a mãe cavalgar em meu pau… – E foi esse anjinho que me deu você…
― Ela também é tua… – olhou sorrindo para a filha – Toda tua…
Me beijou um beijo de certeza e levantou, senti ter perdido o calor morno de sua vagina, e os zéfiros sobrava ameno.
― Vai, senta… – puxou a mão da filha – Ele também é teu…
Olhei, apenas olhei para a garota que me olhava com olhar de ver. Sueli acocorou e me beijou, não tinha receios, os medos deveria estar se abrigando com medo da chuva que chovia sem parar, éramos sobreviventes metidos no olho de um furacão molhados que nos molhava.
― Tu quer? – Ângela parou me olhando.
Não falei nada, apenas olhava aquele pequeno anjo nua, olhava seu rosto angelical, seus cabelos cacheados brigando de brincar com o vento, para seu corpo de pele alva e macia, seus pequenos seios de mamilos claros, quase da cor da pele, intumescidos de desejos de desejar.
― Ele quer… – Sueli segurou a mão da filha, mão delicada e macia – E você, tem certeza?
― Tenho… – a voz fina aveludada da menina se embaralhou ao som do vento, agora mais forte, fustigando as folhagens das árvores parecia um espetáculo de dança bailado pelas forças e sons da natureza – Tu deixa?
― Deixo, vai…
E ela veio e eu olhei olhando como se olhasse uma figura mística e não havia medos, receios ou dúvidas de que ela queria o que eu sonhei que também queria.
Apenas o farfalhar das folhas e o bater das gotas no peito do rio que corria deitado em seu leito de vida. Se não estive cego olhando fixo a garota, bem poderia ter visto as coleguinhas acocoradas assistindo o desenrolar de um enredo jamais imaginado.
― Vai filha… – Sueli segurou meu pau duro – Senta…
E ela sentou, no rosto não vi dor, nos lábios apenas lábios e nos olhos divinos o olhar que me cativou desde a primeira vez naquela praça.
― Ela vai sentar tia? – Paula levantou e abraçou Sueli pelas costas.
― Vai… – acariciou os braços que lhe abraçava.
Eu senti, Ângela sentiu, a cabeça do meu pau pressionar os pequenos grandes lábios e ela, sem que seu rosto dissesse dor, sentiu uma fisgada como se seu corpo, pequeno e singelo corpo, se abrisse para a vida.
― Ela não aguenta Sueli… – falei olhando para Ângela – Isso é loucura…
― Aguento sim, tu vai ver… – e forçou soltando o peso.
― Dói? – Paula falou quase sem falar.
― Não… – Ângela sorriu para a amiguinha – Tu quer também?
Para elas talvez uma brincadeira de gente grande, para mim e Sueli uma entrega certa na incerteza do será o amanhã.
― Viu, eu aguento, viu… – a chuva que chovia não deixou ver a lágrima que pulou dos olhos – Viu mãezinha, viu…, hum… éguas mãe…, hum…, ui mãe, hum…
Não sei se era dor, não sei se sofria, só sei que entrou escorregando espremido na pequena vagina.
― Espera filha… – o medo que tinha se abrigado escondido da chuva martelou dentro de meu peito – Não…, espera filha…
Ela não esperou, queria ir ao fundo do querer e se dar sem pedir nada em troca senão aquele momento de deixar de ser menina pura para se fazer menina mulher. O medo fremia em meu pau querendo que não estivesse tão duro, ela sofria, tinha certeza que sentia dores, não poderia ser diferente.
― Não, deixa pai, deixa… eu, hum, hum, eu… – sorria sorriso de anjo espetada no meu pau – Viu paizinho, viu… Eu, ui pai, ui… tá, tá… hum… – serpenteava serpente viajando na viagem da transposição – Tu é meu, viu…, tu é meu… Viu mãe, ele é meu paizinho, ui mãe, ui… hum…
Paizinho. Aquilo explodiu no fundo de minha cabeça.
― Vi filha, vi… – Sueli suspirou quiçá tornando sentir o que sentiu há muitos anos – Estou vendo, filha… Ele é seu paizinho… – puxou minha cabeça e beijou minha boca – Fode ela amor, fode…
Não me movi, tinha medos, os medos que tinha se recolhido com medo da chuva estava de volta e eu sentia o estreito canal da vagina fremir meu pau, ela me mamava como mamava a mãe antes do gozo.
― Vai Cinho, paizinho… me fode, hum, hum… – gemeu remexendo o corpo como fosse uma serpente serpenteando na areia quente – Ui, ui, mãe, mãe… hum, eita, eita mãe…
Nem foi preciso nada, ela não cavalgou como cavalga a mãe, mas serpenteou como serpenteia uma serpente sentindo o estertor da pequena morte lhe abraçar o espírito e gemeu o gemido do gozo e gozei enchendo a pequena estreita vagina de menina anjo…


Mamãe sorriu envergonhada sabendo que elas já sabiam e foi uma quarta-feira agradável, brincamos brincadeiras que brincávamos desde a infância.
― Minha sogra está com vergonha, tadinha… – Marisa abraçou mamãe – Gosto do presente do filhão?
― Fica assim não tia, a gente sabe como Cinho faz uma mulher feliz… – Dolores levantou e correu para o quintal e Selma acariciava Sâmela que mamava…

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🗂️ Você leu o episódio 14, não esqueça de comentar, atribuir nota e leia, continue lendo…

🖐️ Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência…


Episódios já publicados
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13. Não se faz omelete sem quebrar o ovo
GLOSSÁRIO


(1) Parco: Econômico, comedido, pouco
(2) Monte de Vênus: Localizado logo acima da púbis, o monte de Vênus, também chamado de monte púbico, é definido como uma pequena concentração de tecido adiposo. A “gordurinha” extra, porém, não foi colocada lá por capricho da natureza: ela funciona como protetora do osso pubiano, já que diminui o impacto durante a relação sexual.
(3) Nigrinha: À toa, vadia, vagabunda; pessoa que não presta, que não vale nada. Apesar de ser uma palavra feminina também pode ser aplicada a homens; O termo deriva dos tempos da escravidão em que se tentava minimizar inimigos comparando-os com escravas jovens e sem importância, que comumente eram chamadas de “negrinhas”; Originou um novo termo: “nigrinhagem”, que é a mesma coisa que putaria.
(4) Mondrongo: Crande; inchado; muito feio.
(5) Abestaiada: Corruptela feminino de “abestalhado”; origem nordestina, significa uma pessoa denominada otário, tolo; estupidificado.
(6) Constipação: Condição de quem está resfriado, com as vias respiratórias interrompidas, com coriza e tosse; resfriado.
(7) Zéfiros: Vento que sopra do ocidente; titã filho de Eos e Astreu, é um dos quatro ventos segundo a mitologia, ao lado de seus irmãos Bóreas, Notus e Eurus. Ao contrário de seu irmão Bóreas que era forte e imprevisível, Zéfiro era uma brisa suave e um vento agradável.
(8) Cristo de São João da Cruz: Cristo de São João da Cruz é uma pintura do espanhol Salvador Dalí executada em 1951. É um óleo sobre tela com as dimensões de 205 x 116 cm. Encontra-se exposta no Museu e Galeria de Arte de Kelvingrove em Glasgow.

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2 Comentários

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  • Responder ada ID:830xya6r8m

    Continua , você é o ” The best of the best “

  • Responder Kid ID:81rf7kik0b

    Q bom q voltou ,pensei q tinha parado