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Putaria com o amigo na cozinha

1655 palavras | 5 |4.38

Ainda era novembro quando tudo aconteceu.
Tinha por volta de 14 anos e vivia trancado em casa por falta de companhia para sair e aproveitar as férias da universidade. A última saída que tinha dado com uns três ou quatro amigos já faria um mês e me deixou apenas uma sensação desconfortável dentro de mim. Lembro como se tivesse acontecido há poucos instantes.
Estava em um espaço na frente do banheiro do local acompanhando meu amigo, Antônio. O banheiro ainda estava ocupado e decidimos matar o tempo conversando e olhando as árvores dali. Não tinha reparado ele se aproximando até que estávamos ombro a ombro. Meu peito gelou. Nunca tinha sentido aquilo. Disfarcei e continuei falando, levando o foco da conversa para um gato malhado que apareceu aos pés da árvore e nos encarou.

– Olha que gato lindo, Antônio! – indiquei.
– É mesmo, não é, Omar?! – ele me respondeu olhando para o gato e olhando rapidamente para mim em seguida. Ele sorriu. A porta do banheiro se abriu atrás de nós e, embora não estivéssemos fazendo nada demais, consertei minha postura e levantei a sobrancelha lembrando Antônio de que ele queria urinar.

– Vou lá! – ele disse, fechando a porta enquanto o senhor de idade que acabara de usar o sanitário se afastava a passos lentos.

Eu fiquei ali sozinho revendo o que eu tinha acabado de sentir e vivenciar. Não. Antônio não tava querendo nada, eu que tava carente demais e vendo coisas demais. Talvez a intimidade que eu tenho com ele esteja me levando a pensar e esperar coisas que não existem. Que não não tem a menor condição de acontecer. Meus pensamentos foram interrompidos pelo som da descarga.

– Bora, voltar. A galera deve estar preocupada. – Antônio sugeriu se colocando ao meu lado e apressando o passo. Eu concordei e fomos ao encontro de nossos amigos.

Duas semanas depois eu ainda pensava no que estava acontecendo. Eu sou bissexual, Antônio sabia disso. Já brincamos sobre isso algumas vezes – como quando eu sugeri que ele tirasse meu BV. Mas tinha sido só pra chamar atenção numa conversa de WhatsApp (e tinha funcionado, já que ele respondeu rápido) -, mas eu nunca o desejei, tampouco ele demonstrava inclinações homossexuais. Antônio sempre negou gostar de qualquer coisa diferente de mulher. Uma amiga dele até tinha me dito isso uma vez – como se eu estivesse interessado nele. Ele até falou uma vez sobre um cara que tinha cantado ele e que ele prontamente afastou.

Mas ali estava eu pensando em Antônio, não como amigo, mas como alguém que eu queria beijar. Repentinamente eu queria passar meus dedos entre seus cabelos castanhos, arrancar seus óculos e arranhar seus longos braços. Estava apaixonado! Com essa constatação, todas as conversas que tive com ele ficaram mais duras. A cada vez que ele dizia que tinha saído, que tinha beijado não sei quantas meninas, que tinha se apaixonado por uma com quem tinha transado… Tudo me cortava o coração porque eu queria ele para mim. E como um sussurro do diabo, uma ideia me surgiu.

Na primeira semana de dezembro o convidei para ver um filme em casa, disse que outros amigos também viriam – obviamente menti. O dia estava quente apesar das previsões apontarem chuvas fortes. Por volta das 14 horas ele chegou. A voz grossa gritava meu nome no portão. Quando entrou, perguntou pelos outros e eu o lembrei de que havia marcado para as 15 horas.

– Ah, eu estava no horário de Brasília! – ele fez graça e sentou no sofá.
– E aí? Vai querer fazer o quê pra passar o tempo? – perguntei sem deixar transparecer minhas segundas intenções.
– Ah, sei lá! A casa é sua, né?! – ele falou dando de ombros e com um desdém que me deixou triste.
– Olha, vamos fazer um bolo enquanto pessoal não chega. Que tal? – sugeri.
– Ótimo! Adoro bolo! – ele exclamou.

O levei para a cozinha e comecei a designar tarefas para nós dois. Coloquei os ingredientes na pia e pedi para ele untar a forma enquanto eu batia a massa. A manteiga estava em cima da pia. Antônio passou por trás de mim e roçou o pau na minha bunda. Olhei pra trás surpreso e com ar de repreensão, gostando de tudo em segredo. Ele riu e começou a fazer graça

– Poxa, Omar, mal cheguei e você vai viajar?
– Como é? – indaguei sem entender.
– É, com esse bagageiro aí atrás! – ele respondeu gargalhando.
– Ah, filho da puta! – gritei colocando o recipiente da massa na pia e jogando um pouco nele.
– Sujou minha roupa! – ele se fez de irritado e veio pra cima de mim, me sujando de massa também. Aos risos começamos uma lutinha cozinha que terminou comigo na parede. Pausa. Nossos rostos começavam a se aproximar. Pausa. Eu respiro forte. Ele respira forte. Ele me beija, de leve. Eu retribuo. Ele me beija mais forte. Eu retribuo e ficamos assim. Quando dou por mim, as mãos dele estavam na minha bunda por dentro da bermuda e as minhas, em sua cabeça e em seu braço. Interrompo o beijo:

– Antônio… Nós somos amigos.
– É… Eu sei. – ele abaixa a cabeça e fita os nossos pés. Ele é mais alto que eu. Ainda de cabeça baixa ele olha meus olhos esperando que dissesse mais alguma coisa.
– E bem, não quero que nada fique estranho entre nós, poxa. E você é hétero! – respondi.
– Olha, nada vai ser estragado a menos que a gente estrague! E isso de hétero… Eu não posso ter uma experiência? Se é pra ter, quero que seja com você! Com meu melhor amigo! – ele disse como se estivesse fazendo um discurso de empoderamento. Segurei o riso.
– Por que tinha que ser tão gostoso? – eu falei, ele riu e nos beijamos de novo.

Ele tirou a blusa suja de massa de bolo, mostrando a barriga levemente trincada e os peitos que eu logo tratei de morder. Ele tirou a minha camisa e deu umas chupadas no meu pescoço. Ele passou as unhas nos pêlos da minha barriga e pôs a mão dentro da minha cueca, apertando meu pau.

– Caralho, seu pau tá duraço! – ele disse rindo – pega o meu agora.

Levei minha mão ao pinto de Antônio e era maior que o meu. Nada monstruoso, mas consideravelmente grande pelo tato. Logo estávamos nus e na minha cama. Eu ainda estava aprendendo a lamber uma rola, mas Antônio parecia satisfeito, rindo para mim, mordendo o lábio e arfando. Comecei a mordiscar a parte interna das coxas dele e logo estava fazendo um cunete naquela bunda dura. Estava salgado por causa do suor, mas sua limpeza ainda era perceptível. Voltei a chupar o pinto dele até sentir algumas contrações.

– Para, para, para! Não quero gozar ainda! – ele disse, saindo de debaixo de mim, me deixando com a boca babada com gosto de pré-gozo – agora é minha vez – Antônio falou, me dando um selinho para depois sorrir e me colocar de quatro.

Estava nervoso. Fitava o travesseiro quando o primeiro tapa veio. Ardido e doído, deu para sentir os cinco dedos na minha pele.

– Ai, porra! – reclamei baixo, segurando a dor.
– Ih, eu achava que negro não ficava vermelho, Omar! – ele falou rindo.
– Se fizer outro comentário assim, eu juro que todo seu cu com uma broca! – reclamei sério.
– Não se eu fizer isso primeiro! – Antônio mordeu minha bunda até o cu, sentia a eletricidade passando no meu corpo. Passou a esfregar a língua no meu saco e na minha glande. Quando ele começou a me mamar meu corpo ficou bambo. “Não tem primeira vez melhor” eu pensei.

Ele parou, me colocou de barriga pra cima, cheirou meu pescoço e me fez gemer. De narizes colados ele perguntou:

– Está pronto?
– Sim… – Estava nervoso, mas era naquele momento, com ele, que eu queria me entregar.
– Certo… Não se preocupe, eu coloquei a camisinha então…
– Então eu vou confiar em você. – interrompi ele com um beijo e senti a cabeça me invadindo. Senti dor, mas não foi nada insuportável. Foi gostoso. O vaivém, o suor, a mão dele segurando meu queixo para que nos beijássemos no meio da foda, os beijos no pescoço e as passadas de mão que iam do peito até a bunda, passando pela cintura e punhetando meu pau até eu ejacular em seu peito.
Antes de gozar, Antônio me colocou para cavalgar e bombou rápido no meu cu, me prendendo a ele no final com um abraço intenso.
Ficamos deitados por mais alguns minutos até que eu perguntei:

– Nada vai mudar?
– Nada vai mudar. – ele sorriu e encostou a cabeça na minha. Os cabelos castanhos suados, os óculos tortos por causa da maneira que ele estava deitado. Eu desviei o olhar para o canto do quarto e ele continuou – ainda somos amigos, mas… Sei lá. Não precisamos rotular.
– Não precisamos rotular… – eu repeti pensativo.
– Poxa, Omar, não faz assim!
– Tudo bem, Antônio, tudo bem – respondi, ele sorriu e me deu um selinho antes de levantar nu e parar na porta do quarto.
– Omar, ninguém veio. – Ele constatou.
– O quê? – perguntei.
– Pro filme. Ninguém veio.
– Ah, é. Devem ter esquecido.
– Melhor assim… – ele virou pra mim e piscou. – vamos terminar aquele bolo?

Eu olhei pra ele, pro meu amigo, pro meu homem, pro meu “não precisamos rotular” e me senti bem, sem culpas e respondi:

– Vamos sim.

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5 Comentários

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  • Responder 069 ID:ona2dj4oii

    que linda forma de escrever, amei!

  • Responder incógnita ID:16d45lz0hra

    cê escreve muito bem! me senti não só lendo um conto erótico, mas uma obra de literatura mesmo. Continua! foi muito bom.

  • Responder Passivo discreto mamador ID:1dai5lnt0a

    Kkkkkkkk já na faculdade com 14 anos, jóia deve estar no último semestre, deve se formar agora em dezembro, faculdade de que mesmo? Kkkkkkkk

  • Responder Duvido ID:41ihr9kxxij

    14 anos e já na Universidade ? Férias em novembro ?