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Primeiros Tempos – Laura, 3

2978 palavras | 1 |4.82
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Laura está cada vez mais agoniada com a maneira do pai, Marisa tenta amenizar e Lúcio decide ter uma conversa com a filha…

3. Mas eu te amo…

📝 Creio que a verdade é perfeita para a matemática, a química, a filosofia, mas não para a vida. Na vida contam mais a ilusão, a imaginação, o desejo, a esperança.
Ernesto Sabato

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📅 Sábado, 10 de junho de 2006
✔ (Eu sempre soube que não seria fácil esse meu relacionamento com Laura, não para ela que parecia muito mais viva e feliz que antes de tudo.)

― Pai… – Laura estava pensativa como se remoesse difíceis resoluções em sua pequena cabeça.
― Fala maluca! – virou para ela e viu que algo lhe incomodava ou, pelo menos, fazia com que ela ficasse preocupada – Que é que passa nessa cachola?
― O que tu acha desse negócio todo… – respirou, não olhava direto para mim, olhava fixo para um ponto imaginário na parede cor de gelo – Isso é pecado, não é?
Ficou sério, ela tocara exatamente na chaga que fazia remoer os últimos resquícios da dúvida.
― Filha… Pecado é a transgressão de uma regra…, violação de um preceito religioso… – olhou para o ponto onde a filha olhava, era difícil responder dentro do manto de sentimentos que estavam medidos – Pecado é…, é fazer alguma coisa que vá de encontro aos desejos de Deus…
Laura olhou para o rosto do pai e calou, ficaram metidos em um silêncio, denso e pesado que incomodava. Queria poder ter as palavras certas para animá-la e possibilitar um que de certeza.
― Às vezes penso que… – piscou como se estivesse nervosa dentro de seus pensamentos – Olha, não fica pensando que…, não sei pai…
― O que você não sabe?
― Tinha noite, quando espiava vocês trepando nessa cama e, e… – respirou, os pequenos seios estremeceram – E dava uma dorzinha aqui bem no fundo de meu coração e um aperto danado de acochado, mas mesmo assim eu corria pro meu banheiro pra tocar uma siririca pensando na tua rola toda enterrada em minha xoxotinha…

📃 Escutar Laura falando assim me abateu um sentimento de culpa pela inocência perdida, parecia até já ter mais que os quase quinze anos como mostra seu corpo, e não uma garotinha que mimou e tudo fez para ser feliz, para viver e ter o que não teve na infância. Ainda não tinha tido a curiosidade de escutá-la, não importa o que pensa, e sim o que podia fazer para enche-la de satisfação, imaginava.

― E eu, filha? E eu!… – acariciou a cabeça ainda úmida e sentiu o frescor dos cabelos bem lavados – Que posso dizer?
Calou com suas dúvidas corroendo por dentro que, aos poucos, se transformavam em pavor pela tomada de consciência de que era muito errado o que fizeram na noite anterior. Não tinha o direito de querê-la mulher, mesmo cheio de desejos e de tesão.
― Mas não quero que tu fique assim, viu? É coisa minha, de menina que precisa aprender ser gente grande… – virou e passou a perna sobre seu corpo – Tu sabia que a Andréa deu pro tio Roberto?
Não sabia, mas daquela moreninha não pude me espantar. Aqui mesmo, nessa cama, já havia se insinuado não uma, mas várias vezes e chegara mesmo a chupar seu cacete em um momento de fragilidade sexual de sua parte, mesmo não tendo jamais passado desse ponto.
― Foi ela quem te falou? – a curiosidade aguçada me fez ficar preocupado com a possibilidade de Laura haver comentado seus desejos para com ele.
― Foi… – riu baixinho como se estivesse envergonhada com a indiscrição – A gente, às vezes, conta coisa que não quer…
Gelou. Na certa Laura já havia falado sobre eles dois.
― Mas… – ele percebeu que ele tremeu só de imaginar – Mas eu não disse nada sobre a gente…
Levantou, sentou na cama e percebeu o erro que cometera desejando loucamente a filha, mas o que já acontecera não podiam fazer voltar e o melhor seria tentar não piorar as coisas.
― Você sabe que erramos… – falou olhando para seus pés – Não é certo, sou teu pai e deveria ser o primeiro a reprimir esse desejo insano…
Ela sentou e lhe abraçou enlaçando as pernas em volta de sua cintura.
― Mas eu te amo…, te amo muito…
Sentiu os pentelhos ralos roçarem na pele.
― Isso não é amor, Laura…, isso não é amor…
― Claro que é…, só é! – suas mãos passeavam em seu tórax fazendo arrepiar os pêlos – Tu sabes disso…, tu sabes, sempre soubeste que um dia isso ia acontecer… – era estranho que dissesse o que nos dois sabíamos – Não adianta nada a gente querer tapar o sol com peneira…
Sabia, tinha plena consciência de que era a pura verdade o que Laura falou, só não sabia se tinha esse direito, se poderia tê-la mulher enquanto todos esperavam ser diferente.
― Mas você mesmo falou que fica diferente, esquisita quando sente que alguma coisa de muito errado está para acontecer – virou para ela, sentaram frente a frente e ela encruzou as pernas abarcando a cintura – Acho que essa é a dica para que a gente não vá em frente…
Ela se encostou no tórax e sentiu pena de si mesma, de querer uma realidade irreal, de amar com intensidade o homem que sabia não poder ser seu na plenitude.
― Sei não, pai… – Laura não conseguiu reter o tremor que lhe balançou o corpo – Só sei que te desejo muito e muito mesmo, que quero ser… – olhou dentro dos olhos com medo de nunca dizer – Quero que…, que que tu…, tu me fodas…, quero gozar com teu cacete todo metido em minha boceta…
Ele estremeceu ouvindo a filha dizer aquelas coisas que jamais havia imaginado ouvir e sentiu o corpo pesar e esmoreceu.
― Tu és ainda uma criança, filhinha… – virou para ela e empurrou, com carinho, o corpo macio e fresco – Você não sabe do que está falando…

📝 Laura sentia que caia mas não teve medo, nunca teve e nunca teria e se deixou empurrar e deitou…

― Pai…, não adianta a gente mentir… – nos olhos um que de incerteza – Sei que o senhor…, que tu também quer que isso aconteça…
Olhou para a filha, para os pequenos seios com mamilos intumescido e seu pensamento deu um pulo pra trás…

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📅 Sábado, 4 de fevereiro de 1989
✔ (Naquele ano comemoraram o aniversário de Dolores na praia, aquilo que foi um namorinho de mentira com Selma se transformou depois que se entregaram e coisaram de verdade naquela noite há três anos)

Não seria uma festa como as que aconteciam no casarão, apenas parentes e amigos mais próximos foram convidados, dona Carminha e o desembargador queriam alguma coisa mais estrondosa porém a aniversariante bateu o pé, não queria aquela muvuca que eram os aniversários dela e de Selma.
Foi uma reunião alegre, quase reunião de família e uns poucos colegas da escola. A festinha terminou quando a maré ameaçou lavar os carros.
― E agora só a gente… – Dolores a abraçou o cunhado pelas costas – Deve de tá bom é no mar, né?
― A maré tá muito em cima hoje – se espantaram, era dona Carmem – Mas esse calor tá pedindo umas boas mergulhadas.
Lúcio olhou para a sogra que sorria, Selma tinha ido para o quarto.
― Não é perigoso? – puxou a cunhada e a colocou em sua frente, olhavam para o mar, para as ondas barulhentas quebrando na praia – Deve estar um frio de lascar…
― De ser perigoso…, não… – acariciou o braço do genro – Quando tinha tua idade adorava banhar de noite e…, a lua tá ficando bonita mas acho que vai chover…
Ficaram conversando alguns instantes antes de entrar para arrumar um pouco da bagunça. Pouco depois Selma voltou, tinha trocado a roupa, vestia uma bermudinha de algodão e camiseta cavada que mostrava os pés dos seios.
― O que vocês estão aprontando? – acarinhou os cabelos loiros da irmã – Mamãe tava falando o que?
― De que ela gostava de banhar no mar de noite – a menina atalhou – Deve de ser bom, né?
― Tu nunca banhou no mar de noite? – assungou a cunhada que sentou no peitoril – Eu já…
― E tu, pequena, não vai me dizer que quer entrar no mar?… – o vento soprava línguas certeiras balançando o vestido da irmã – Ocês vão entrar?
Não tinha pensado nessa possibilidade, mas ali deu vontade.
― Tu topa? – olhou para a namorada e ela sorriu.
― Sei não, tá ventando muito e…, e essas nuvens… – mas o bichinho corroía dentro – Banhar não sei mas…, a gente podia andar um pouco.
Quem primeiro pulou foi a moleca, Selma ainda foi pedir para os pais que não viram mau saírem um pouco, o calor que empapava as roupas e as brincadeiras molecas de Dolores inquieta parecia ter minado a vontade.
― E se a gente quiser banhar a gente banha, né? – voltou aos pulinhos feliz, beijou a mão do namorado.
― Então vamos vestir roupa de banho… – parou, mas a garota não deixou que continuasse.
Correram rindo e brincando até a ponta do cajueiro onde Dolores os esperava sentada no tronco negro carcomido pela água.
― Então dona Dolores Fortes Souza… – parou olhando para a irmã – Quer dizer que a mocinha tá de paquerinha com o Marlon, né?
― Tô não, não é dele qui eu gosto… – olhou para Lúcio que ouvia – Gosto mesmo é de um menino que já tem dono…
― Tu tá falando do Cinho, né? – passou o braço pela cintura do namorado – Pode arranjar outro que ele é meu…
― Sei – sorriu coçando a perna, as línguas de vento assoprando no silencio da noite jogava areia – Mas não tenho nada com ele, ele só coisa contigo…
― E tu lá sabe o que é coisar, hem? – riu e tirou a bermudinha, não usava calcinha, depois tirou a camiseta e correu para o mar – Vumbora gente!
Os dois olhavam para ela correr nua para o mar.
― Vocês vão coisar?
― Não Dô… – sentou no tronco para tirar a chinela sem vontade de tirar – E tu não vai banhar não?
Dolores também tirou a roupa, mas esperou. Lúcio suspirou, a cunhadinha estava cada dia mais bonita, peitinhos apontando, aréolas quase da cor da pele, cintura arredondada e o xibiu papudo com aquela pequenina língua aflorando de dentro.
― Tu tá ficando gostosinha loira… – sorriu, tirou a roupa sem conseguir desviar a vista do corpinho de princesa – Vamos lá?
Dolores sorriu gostando do jeito que ele olhava, sabia que gostava de atentar o juízo dele e não perdia oportunidade de se mostrar gostando de mostrar. De mãos dadas correram gritando pro vento e se jogaram nos braços do mar quase revolto demais.
Brincaram brincadeiras de brincar, pegaram jacaré navegando nas cristas das ondas até cansar e ficarem parados se esquivando das ondas que lhes jogava ora pra cá, ora pra lá.
― Diz a verdade Dô, tu tá de paquerinha com o Marlon, não tá? – Selma tornou puxar o assunto.
― Tô não… – tentou desviar de uma onda e terminou sentada escanchada no colo do cunhado.
― Mas tu beijou ele, eu vi… – sorriu e sentou, de pernas abertas, atrás da irmã.
― Foi eu não, foi ele… – sentiu o gosto gostoso da mão da irmã lhe abraçar pelas costas – Ele quer, mas eu não…
Selma olhou para o namorado que parecia absorto demais e, quase sem querer, bolinou o biquinho do peito da irmã que sentiu uma coisa de gostar pinicar dentro do priquito.
― Mas se fosse o Cinho tu ia gostar, né? – a irmã nunca negou a queda por Lúcio – Qual foi o presente que ele te deu?
― Um conjunto de malha… Deve ter sido a tia…
― Não, o Cinho… – continuava mexendo no biquinho do peito – Qui foi que Cinho te deu?
― Um conjunto de dormir… – a respiração entrecortada, a bolinação da irmã estava fazendo ela sentir o priquito melecando – Igual aquele teu…
― Ele te deu parabéns e…, e te abraçou?
― Deu…, abraçou… Ai Selminha, não bole…
― E ele te beijou…
― Beijou…
― Onde?
― No…, no rosto…
― E tu já beijou ele?
― Beijei…, beijei, né…, né Cinho…
― Onde?
― No…, no rosto e…, e, e na… na mão…
― E na boca?
― Não… – olhava dentro dos olhos dele, as ondas tinham dado um descanso, apenas marolas como montes de água que subia quase até o queixo.
― Mas eu já vi ele beijar tua boca…
― Nera beijo não…, era só beijar sem beijar… – a cada nova bolinada novas sensações mexendo dentro dela.
― Tu quer que ele te beije…, na boca?
Selma falava quase sem perceber, mas brincava com o peitinho da irmã querendo atiçar a vontade.
― Tu deixa? – as narinas dilatadas, o coração batucava quase dentro da boca – Tu deixa?
― Hoje eu deixo… – a xoxota ardia de vontade de coisar – Beija ela Cinho, pode beijar…
Lúcio que parecia estar longe voltou e olhou para a namorada.
― Como é que é? – estranhou, não era do feitio dela lhe mandar fazer as coisas.
― É aniversário dela… – sorriu aquele sorriso que só ela sorria – Mas só hoje, viu? – parou de bolinar o peitinho da irmã e empurrou, quase massageando, a irmã para o colo do namorado – Dá um beijo nela bem gostoso, tá?
Dolores me olhava entre séria e moleca, Selma fazia carinhos em suas costas e quando a menina sentou em meu colo ela sentiu que minha piroca estava dura.
― Isso não é brincadeira Selma… – lá bem dentro queria, mas a piroca estava dura e ele sentia que ela sentada esfregava – Ela é criança…
― Sô não… – sorriu, deu uma reboladinha gostando de sentir o xibiu esfregar na piroca dura – Quando tu coisou com ela ela tinha minha idade.
― É só um beijo de língua Cinho… – sorriu da molecagem – Tu não vai coisar com ela, é só um beijo.
Mas ela não via o que eu e a menina sentíamos, a água turva não deixava ela ver que Dolores estava sentada imprensando minha piroca no priquito aberto, via a irmã requebrar rebolando se ajeitando, mas não via que ela levantava um tiquinho pra esfregar a xoxotinha na cabeça da piroca sentindo sentir vontades.
― Tu quer mesmo? – olhei para minha cunhadinha danada de gostosinha.
― Eu quero, tu quer?
Para Selma a gente devia de estar falando sobre o beijo, mas era sobre o que estava acontecendo debaixo d’água que a gente se perguntava.
― Ele quer, não quer Cinho?
Nem tinha noção que ela estava sentada em minha piroca, que as reboladas esfregadas de Dolores não era para se ajeitar sentada em meu colo, era pra esfregar e sentir aquele gostar gostoso. E o beijo de aconteceu, e chupei a língua macia sentindo seus gostos misturados com os meus e ela continuou dando pulinhos sem que entrasse como ela queria.
Selma olhava sem olhar o que e para onde deveria olhando, a água turva e a lua se escondendo por detrás de nuvens de chuva jogava, em cima da gente, um manto de esconder.
― Bota no lugar… – me abraçou e sussurrou em meu ouvido – Tu quer coisar ne eu?
― Tu não vai aguentar… – também sussurrei assoprando em seu ouvido.
― Aguento, bota…
Aqueles poucos minutos parecia uma eternidade. Ora por vez a lua espiava de cima da gente e, olhando com olho que tudo vê, se escondia envergonhada por entre as nuvens escuras.
― Bota… – tornou espremer a boca sedenta e voltamos a nos beijar.
Lá no fundo eu queria, mas tinha medo do que poderia acontecer depois daquele banho. Respirei assoprando respiração na boca de minha cunhadinha, desci a mão, toquei sua perna, ela entendeu e levantou um tiquinho e eu segurei a piroca pra cima e tateei tocando na boquinha do desejo, Dolores sentiu, senti o corpo estremecer e ela sentou, sentou e sentiu a ponta entrar, e ela gemeu bufando gemidos em minha boca, mas não parou, tornou forçar, entrou e escorreguei pelo canal estreito e liso da pequena vagina papuda com uma pequena língua que aflorava de dentro.
― Cês tão fazendo o que? – Selma ouviu o gemido.
― Ai mana, ui… ui… hum… Selminha… ui…
Ela tinha sentado, estava espetada. O priquito, se desse para ver, estava estufado cheio de minha piroca.
― Cês tão…, tão… – olhou para a irmã, viu os olhos rasos de lágrima e uma gota brilhando que pulou dos olhos verdes, aproximou e tateou debaixo da água turva e tocou na bunda da irmã e desconfiou – Cês tão coisando, é?
― Eu…, hum Selminha…, eu…, eu queria… – tentou sorrir um riso de tranquilidade – Tu deixou, não deixou?


📝 Nunca foi tão complicado viver a vida até descobrir Laura, as recordações das aventuras sexuais com Selma e Dolores foi o início de tudo e, desgraçadamente sabia, que com Laura não tinha mais volta…

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No próximo episódio:

📝 Laura esta cada vez mais agoniada com a maneira do pai, Marisa tenta amenizar e Lúcio decide ter uma conversa com a filha e termina contando como foi que tudo começou com Marisa e de como terminou com Selma…

🗂️ Você leu o episódio 3, comente, atribua nota e continue lendo…

⭐⭐⭐⭐⭐

🖐️ Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência…

Continua…

Primeiros Tempos, Laura

ÍNDICE DO RELATO

1. Descobrindo Laura
2. Despertando com Laura

(c) by Cláudio Alberto

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1 comentário

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
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  • Responder Shygio ID:1daicmq6ia

    Seus contos são nota dez. Os conteúdos excitantes e o bom conhecimento da Língua Portuguesa sempre estão presentes. Nota 10. Olha! Eu considerei muito boa a ideia do Índice da Série.