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Primeiros Tempos – Laura, 11

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A pandemia nos obriga a nos proteger para proteger a quem amamos e conosco não poderia ser diferente. Nos resta nossos desejos e nossas recordações…


11. De médico e louco todo mundo tem um pouco


📃 “Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo.”
(Confúcio)

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📅 Sábado, 20 de junho de 2020
✔ (Essa pandemia mudou completamente nossos hábitos, nossa forma de viver e de pensar. Nunca imaginei que um dia um simples vírus pararia o mundo…)

De que adianta vivermos em uma casa confortável, com ampla área de lazer se não podemos usufruir?
― Já pensou no que fazer pro aniversário de Lulu? – Marisa olhava a neta deitada no tapete da sala assistindo desenho na tv – Essa pequena vai ser tão atentada como a mãe…
― Nem de longe… – ri e segurei a mão de minha Mosqueteira – Nessa idade Laura já me atentava…, com ajuda da mãe safada.
― Eu?! – esticou as pernas, coçou a barriga – Nunca joguei minha filha em tua cama, ela é que sempre foi fissurada pelo paizão… – ouviu passos, olhou para trás – Nem parece uma médica mãe de uma garota…
― Tão falando de mim… – riu, sentou no colo do pai coçando a palma da mão – Sabia, essa coceirinha só poderia ser coisas dos avós de Lulu…
― Tá muito velhinha pra ficar no colo do pai – deu um tapinha na perna – E essa mania de ficar sem roupas tá botando minhoca na cabecinha de tua filha…
― Eu velha é? – segurou a mão da mãe – Como se fosse só eu, né vovó?
Marisa sorriu, tinha de sorrir e acariciou a bunda da filha e, sem querer, olhei para Luciana, para a bundinha e me reportei para muito tempo atrás…

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👣🚪 Recordando Ângela, a menina da praça… 🚪👣

📅 Quinta-feira, 13 de agosto de 1992
✔ (A praça Casa Forte parecia deserta demais, sons de pássaros, balançar de folhas pelas lufadas de vento e, ora em vez, um gritinho aqui e acolá do pequeno grupo que parecia ser o único além de mim naquele lugar…)


― Moço… – não tinha notado aquela menina, a voz macia e quase sumida me tirou de meus pensamentos – O senhor pode nos ajudar?
Olhei para ela, rostinho de menina levada, olhos esverdeados parecendo duas pitangas brilhando, cabelos cacheados vestindo um saiote branco e camisa de meia com inscrição de um colégio.
― O que? – pisquei ainda metido em meus pensamentos.
― O senhor pode nos ajudar? – um sorriso angelical cintilava nos olhos – A bola ficou presa na árvore…
Um pouco distante umas quatro ou cinco meninas olhavam para nos.
― A gente estuda no Educandário e… – me olhava estranhando meu olhar embasbacado(1) – E a gente vem passar tempo antes de irmos pra casa…
― Ajudo…, cadê a bola? – consegui, por fim, responder,
― Acolá… – apontou para onde o grupinho de meninas estavam paradas – Tentamos tirar e… – massageou a perna escoriada(2) – Não deu de subir mas…, se o senhor me levantar dá de subir, o senhor nos ajuda?
― Vamos lá… – ela sorriu.
― Meu nome é Ângela… – falou, não tinha perguntado – Moro na rua Visconde de Ouro preto… O senhor mora por aqui?
― Moro…, quer dizer, não aqui… – sorri, ela sorriu – Estou fazendo um curso na Católica…
― Vixe! É longe daqui…
― É…, estou dando umas voltas, sou engenheiro…
― O senhor é muito novo, é de onde?
― São Luis, Maranhão…
― Conheço lá, minha mãe me levou no ano passado… – paramos, ela parou, ainda um pouco distante da tal árvore – Ficamos num hotel na frente de uma praça que tem uma mãe d’água(3), tu sabe onde é?
― Sei, é um bom hotel…
― Lá é muito bonito, as praias são melhores que as daqui… e tem aquela feira na outra praça… – as coleguinhas chamaram aperreadas pela demora – Vamos que as pequenas devem de tá agoniadas…
Sandra, Poliana, Fernanda, Francisca, Paula e Remédios a negrinha moleca que disseram seus nomes. A bola estava presa em uma forquilha de um “abricó de macaco”(4).
― Quem vai subir? – olhei para elas.
― Eu subo… – Ângela se adiantou, parecia a mais vivaz dentre as sete – Tu me levanta e piso no teu ombro.
― Tu não tá de short… – Poliana lembrou.
― Tem nada não…
― Ele vai ver tua sunga!
― E o que é que tem, ele só vai olhar… – riu moleca, tirou o tênis e a meia – Tu pode não olhar pra cima e tu não vê, tá?
Sorri, não tinha intensão alguma de me aproveitar, mas Poliana fez acender um tição de coisa na cabeça. Me abaixei e suspendi a garota colocando no ombro, em pé apoiei as mãos no tronco da árvore, ela ficou em pé em meus ombros e subiu segurando em um galho, as garotas riam deliciadas com a macaquice da amiga que subiu até pegar e jogar a bola. Não tinha olhado para cima como as meninas imaginaram, mas tive que olhar quando Ângela desceu, as colegas já não prestavam atenção, tinham se afastado.
― E agora? – Ângela parou em pé no galho, olhava para mim que olhava para ela olhando de pernas meio afastadas e a calcinha branca esticada, quase transparente sem esconder de verdade a vagina já quase emplumada.
― Te segura no galho e desce… – olhava para ela que olhava para mim de pernas um pouco abertas sabendo que eu via a calcinha pequena esticada mostrando a xoxotinha – Vou ficar aqui e você pisa em meu ombro.
― Tu tá olhando, né seu safadinho… – prendeu a mão tapando a xoxota com a barra do saiote – Nera pra tu olhar pra cima, não te falei?
Sorri, não respondi e me posicionei esperando. Ela se dependurou no galho e desceu sentando em meu ombro, não sei porque pensei ter sentido umidade quando ela sentou. Segurei seu corpo e a trouxe para o chão, o saiote levantou enquanto se esfregava para descer, ela sorriu e, dessa vez, não procurou esconder a calcinha.
― Pronto… – olhei pra ela, ela olhou para mim, o saiote amarrotado – Ajudei.
― Brigado…, tu viu, não viu? – aquele sorriso de sorrir moleque estampado no rosto.
― Desculpa, não foi por querer…
― Tem nada não… – olhou para as coleguinhas que pareciam mais interessadas no jogo que em nos, viu que eu olhei para o relógio, quase cinco e meia da tarde – Tu já vai?
― Tenho que ir… – segurei sua mão, ela sorriu – Prazer em te conhecer, Lúcio…
― Mãe! Aqui! – acenou, voltei e vi uma senhora nova sorrindo – Vem, vem conhecer mamãe… – puxou minha mão – Mãe esse é o Lúcio, ele me ajudou pegar a bola…
Deu sua versão, a mulher sorriu e beijou a cabeça da filha.
― Ôi, prazer… Sueli… – estendeu a mão – Mãe dessa diabinha…

📝 Não voltei para a kit, ficamos conversando. Os pais das coleguinhas também chegaram e, aos poucos, falei de como e porque estava em Recife. Sueli também contou sua vida como se fossemos conhecidos de longas datas e, antes das sete horas, ainda sentados em um banco, já parecia que nem nos tinha conhecido há pouco. Ângela, ora por vez, se intrometia serelepe na conversa completando o que a mãe contava ou fazendo uma e outra pergunta, falei que estava tarde, que ia voltar.


― Te levo, vamos filha?
― E seu marido, não vai estranhar a demora?
― Vai não, já liguei pra ele… – Ângela atalhou – Falei que vamos na casa do Claudio, viu mãe?
― Porque você falou isso, filha? – estranhou – E porque justo na casa do Claudio?
Ângela sorriu e se empoleirou em meu colo, Sueli sorriu.
― Claudio é um amiguinho dela que mora na Boa Viagem, bastante longe daqui – acariciou a perna da filha – Essa macaquinha é cheio de história… – o celular tocou, ela atendeu e levantou e andou um pouco.
― Sim, Ângela, porque você falou isso para seu pai?
― Ora? Queria ficar mais contigo e… – olhou para a mãe – Mamãe também gostou de ti, vumbora ali comigo…
Levantou e me puxou, Sueli estava entretida ao telefone e pareceu não nos ter visto afastar. A praça quase deserta parecia triste, nos arredores apenas sons distantes de carros e buzinas e, ao longe, sussurros de risos d’algum grupinho de meninas tagarelando.
― Vê se não vem ninguém… – a garota parou.
Não entendi, olhei para ela que olhava sorrindo para mim e sorrindo desceu a calcinha e acocorou.
― Tava quase mijando… – ouvi o som característico de urina jorrada de menina.
Não estava escuro, um poste de ferro pintado de branco com uma luminária imitando lampião se encarregou de deixar ver a pequena vagina jorrar a urina, ela me olhou segurando a barra do saiote branco.
― Que é? Nunca viu priquito não? – continuou ali acocorada fazendo xixi e olhando safada para mim parado olhando para ela sorrindo sem vergonha.
Tirei o lenço do bolso e entreguei, ela recebeu ainda com aquele sorriso moleque cintilando nos bugalhos dos olhos esverdeados, limpou a urina que melava molhado a xoxotinha já começando emplumar.
― Tá molhado… – devolveu o lenço, estava úmido de urina – Tô com fome…
Levantou suspendendo a calcinha, olhava ora para mim que olhava para ela, ora para a mãe ainda entretida ao celular.
― Ué? Estavam onde? – Sueli desligou o telefone – Desculpa Lúcio, era uma amiga…
Ainda falamos um pouco antes de irmos para seu carro estacionado na extremidade oposta da praça, paramos em uma lanchonete antes de pegarmos a avenida João de Barros e a rua do Príncipe onde fica meu prédio.
― Como é que tu meio se meter aqui, Lúcio – Sueli desligou o carro.
― Coisas de minha mãe – sorri e entramos no hall em mármore branco – Boa noite João!
― Seu Lúcio, tem uma encomenda pro senhor – o porteiro da noite me entregou as correspondências e o pacote – O pessoal da Católica ligou…
No elevador Ângela grudou em mim, a mãe sorriu mas não falou nada, minha kit não era uma beleza de organização, mas também não estava de todo bagunçado.
― Desculpa gente… – recolhi algumas peças de roupas jogadas ao chão – Casa de estudante solteiro é assim mesmo…
Rimos. Mamãe bem que tentou escolher um bom edifício não tão distante da Universidade católica, quando me falou disse ser uma quitinete com um quarto em um edifício chamado Comendador Carraro.
― Preocupa não… – olhou quase admirada – Também morei em uma bem menor que essa…
Ao entrar uma estande em madeira, que eu mesmo tinha feito, divide o ambiente em dois. No primeiro um pequeno sofá com televisão e no segundo, um pouco menor, meu local de estudo que se abre para uma varanda onde uma rede branca armada era onde mais tempo eu ficava. Jardineiras com plantas de folhagem verde dava um pouco de privacidade e no quarto, uma quase grande demais cama de casal espremida a um guarda-roupas onde, uma das portas, se abria para o banheiro, da geladeira na cozinha pesquei uma garrafa de vinho que servi em duas taças, para a garota ofereci suco.
― É maior que o ap do Claudinho… – Ângela sentou no sofá enquanto Sueli, com a taça na mão, foi para a varanda – Tu é rico, é?
― Não… – sorri e sentei – Foi minha mãe que comprou…
― Tu gostou da mamãe? – me olhou com cara lambida – Ela falou que te achou bonito…
― Sueli é muito bonita… – acariciei a perna da garota – Pena que seja casada… – sorri sem saber se deveria ter falado.
― Né casada não…, quer dizer, é…
― Não entendi?
― Era casada, mas papai tá casado com Siméria e agora não é casado com mamãe…
― Não complica filha… – Sueli estava parada nos olhando – Fui casada, mas nos divorciamos…
― Mas se era ainda deve de ser, né mãe?… – sorriu – Tu ainda usa aliança então é, né Lúcio?
― Me acostumei – olhou para a mão – Afugenta paqueras… – sorriu.
― O pai mora em Olinda, a gente no Casa Forte, pertinho da praça – olhou para a mãe – Ele também de acha bonita…
Sueli me olhou, estava corada de vergonha e não respondeu, senti um frio correndo na barriga e a garota notou o clima e levantou.
― Tu já viu o quarto dele? – parou olhando ora para mim, ora para a mãe – O banheiro fica dentro do guarda-roupas, quem ver?
Puxou a mãe, fiquei sentado sem entender direito o que realmente estava sendo aquele princípio de noite. Demoraram, fui para o quarto, ouvi som de água do chuveiro, entrei no banheiro, Ângela esta tomando banho.
― Desculpa Lúcio, ela teimou em banhar… – olhou para mim, olhei para ela – Me empresta uma toalha?
Sai e voltei com a toalha, a garota ainda se ensaboava, a mãe preocupada ficou na frente tapando minha visão da filha nua. Sorri, saí e fui para a varanda fumar.
― Me perdoa, não deveria ter deixado… – Sueli se aproximou – Acho que me espantei… Ela não é assim, dada…
― Está calor… Você também poderia tomar banho… – me aproximei, ela me olhava, eu olhava para ela – Te acho muito nova para ser mãe dela…
― É fruto de deu primeiro namoro – riu, suspirou – O pai dela foi meu primeiro namorado, tinha treze anos e… – sorriu – O fogo foi maior que os baldes d’água, engravidei e casei… Tinha quatorze anos quando ela nasceu… O casamento foi forçado, não nos amávamos de verdade… Durou muito, quase dez anos mas nunca nos sentimos casados, éramos…, somos amigos, amigos que treparam – sorriu – Achei estranho na praça, minha filha não é de fazer amizades com facilidade…
Contei como a conheci, ela riu e, quase sem um que, beijei seus lábios, ela se deixou beijar e, o beijo roubado, deixou de ser um simples beijo roubado, nos abraçamos, não vimos a garota nos vendo e ela viu gostando de ver o que via e ficou parada como enamorando eu namorar sua mãe.
― Porque tu também não se banha mãe? – resolveu interromper – A água morna tá danada de boa…
― Filha?! – olhou, olhamos, estava nua sem vergonha de estar – Vai se vestir, doidinha!
― A calcinha tá molhada e… – sorriu olhando para mim – Minha farda da suja…
― Mas você não pode ficar nua assim – olhou para mim, olhei para ela – Na frente de Lúcio…
― Vou pegar uma camisa – ia sair, ela segurou meu braço, parei, olhei para ela que olhava para a filha nua sem vergonha de estar nua – Toma um banho também, tá calor…
― Tá… – suspirou – Me empresta também uma camisa, minha calcinha melou…
Não falei nada, entrei, as duas ainda ficaram. Era estranho, nada do que tinha acontecido era normal. Não foi normal, apesar de parecer, ter encontrado a garota na praça, não foi normal eu ter visto sua calcinha, não foi normal o encontro com Sueli e nem conversarmos como se fossemos conhecidos de longa data, não foi normal que Ângela tivesse feito xixi em minha frente, não foi normal me sentir bem e a vontade com as duas, o banho de Ângela também não foi e só o beijo, mesmo não sendo normal não foi, de todo, anormal e ver Ângela nua como se pudesse ser normal estava longe de poder ser normal.
― O que é isso filha? – Sueli sentou na rede – Que novidade é essa de ficar assim na frente dele…
― Deu vontade de brincar… – sorriu e aproximou – Ele te beijou, né?
― Beijou filha – suspirou também não se sentindo normal – Nos beijamos…
― Tu gosta dele, né? – parou defronte da mãe – Também gosto dele, mas não vai dar de beijar ele…
Sueli suspirou, não tinha medo de conversar, de mulher para mulher, com a filha. Eram mais que mãe e filha, eram amigas confidentes e conversavam coisas que nunca deveriam ter conversado, mas nunca tinha visto a filha tão assanhada como naquele dia.
― E não pode… – acariciou o rosto da filha – Também não pode ficar nua na frente das pessoas, o que deu em você, você não é assim…
― Deu vontade e… – riu – Ele não parece ter vergonha…
― E nem deveria, você é quem deve ter vergonha… – sorriu, beijou o rosto da filha – Espera, vou buscar a camisa…
― Tu vai dar pra ele?
― Não?! O que é isso Ângela?
― Pode dar, não vou falar… – era estranho sentir a vagina melada, não era comum se sentir assim, mas não era inocência sem ser qualquer outra coisa que jamais tinha sentido – Vai lá, ele deve de tá te esperando…

📝 Eu não estava, ia voltar com as camisas de meia quando ouvi as duas conversando aos cochichos e parei, fiquei ouvindo escondido também estranhando, como Sueli, os rumos que a vida estava tomando naquela noite…


Esperei um pouco antes de aparecer, as duas calaram, entreguei as camisas.
― A mãe pode banhar também? – olhou para mim – E tu também…
― O que é isso filha? – falou olhando para mim – Ela não é assim Lucio, estou estranhando…
Suspirei, ela vestiu a filha que deitou na rede, as pernas se abriram, a vagina já começando emplumar, a mãe não viu, eu vi.
― Vá você também tomar banho – segurei sua mão fria melada de suor – Vou preparar um lanche.
― Não precisa, em casa temos…
― Então vou fazer um caldinho de macaxeira para mim, estou com fome…
― Também quero! – Ângela falou.
Sueli suspirou e entrou, fiquei parado sem saber o que fazer. Sueli tomou banho e voltou para a varanda enquanto eu arrumava as combucas(5) na pequena mesa. As duas vestidas em minhas camisas saborearam o caldo tomado com torradas e suco de carambola. Depois fomos para a sala conversar e ouvir músicas, demorou quase nada para Ângela emborcar agasalhada nos braços dos deuses do sonho de menina.
― Está tarde… – Sueli acariciava os cabelos cacheados ainda úmidos da filha.
― Durmam aqui… – segurei sua mão – Vou levar a pequena pra cama…
― Não, vamos pra casa… – suspirou falando sem querer falar – Não tenho roupa…
― Não tem mesmo – sorri – Coloquei as roupas na máquina…
― Não precisava… – olhou para a filha – Nunca tinha visto meu anjinho agir assim…
― Vou levar ela… – Sueli não tornou negar, peguei a garota nos braços e lei para a cama, voltei – Vocês dormem na cama, fico aqui…
― Não senhor, não vou deixar tu passar a noite nesse sofá – levantou sem olhar para mim, foi no quarto, voltou e sentou escanchada em meu colo – A cama é grande, dorme comigo…
― É melhor não… – acariciei sua perna, a camisa subiu, ela estava de calcinha, toquei na beirada da xoxota depilada – Não vou conseguir dormir com duas mulheres bonitas, sem calcinhas, em uma cama…
― Nem eu… – tirou a camisa, os seios de mulher que se cuida parecendo peitinhos de menina nova – Ela tem razão, quero ficar contigo…
Olhei para ela nua em meu colo, toquei bolinando no mamilo intumescido e beijei sua boca e ela tirou minha camisa e se deixou beijar me beijando com sofreguidão. Tirei a bermuda e cueca, ela levantou o corpo para que eu tirasse, meu pau duro estrebuchou espremido pela bunda macia.
Não falamos nada, não era momento de falar, era de agir, de deixar nossos desejos extravasar e deixamos, ela suspendeu o corpo e eu soube o porquê e segurei o pau reto e ereto e ela sentou, meu pau escorregou escorregando nas beiradas o que nos agoniou, ela sorriu um sorriso acanhado e tornou levantar, novamente segurei o pau e tateei tocando na boquinha melada, ela suspirou um suspiro gemido, pincelei a cabeça, estava no lugar e ela sentou, dessa vez não escapuliu, encaixou.
― Hum…, hum…, – fechou os olhos, me abraçou e sentou.
Não parecia a xoxota de uma mulher de vinte e cinco, quase vinte e seis anos mãe de uma garota menina mulher. A vulva estreita era como se fosse de mocinha, a vagina fremiu meu pau e não fosse a glândula de Bartholin(6) jorrando lubrificante dificilmente meu pau entraria e ela gemeu gemido de sentir mais que prazer, sentiu o incomodo carregado de vontades.
― Ai…, hum…, ui Lúcio, ui – reclamou assoprando sussurro em meu ouvido – Porra cara, porra…, hum…, ui… – e sentou sentindo a ponta de deu pau fremir o colo do útero – Porra, isso é que é madeira de macho… – sorriu não sorriso feliz, era quase sorriso de dor…
Ficamos abraçados, parados ligados pelo sexo e ela sentia o estertor de meu pau e eu o massagear das paredes da vagina acarinhando o invasor de seu corpo.
― Faz tempo que não fodo… – riu, olhou, no rosto a máscara de desejo misturado com o tesão – Só não esperava um tão grande e…, hum…, hum…, e gostoso… Porra, tá quase saindo na boca…
E começou rebolar sem sentir espaço vazio dentro dela, sentia como estivesse arrolhada, que meu pau fosse a rolha que lhe vedou a xoxota. Não fiz nada, deixei sorrateiro que ela fizesse, que cavalgasse no princípio como uma dança macia e apertada de subir e descer e depois, sentindo as glândulas de Skene(7) jorrar o liquido gosmento que lhe permitiu melhor movimento, saltitar bufando gemidos que explodiram na parede da quitinete voltando como lufadas de certezas.
― Hum…, hum…, gostoso, pau gostoso…, hum…, hum…, hum… – rosto riste, quase careta e os gozos gozados explodindo em cada pedacinho de seu corpo – Ui…, ui…, ui…
E eu soube, ia gritar o gozo gozando de dentro da xoxota e colei nossas bocas, e buscamos nossas línguas e nos beijamos, engatados femea e macho entregues na entrega de se dar doando desejos, sensações e querer de que aquela noite nunca terminasse.
E gozei, enchi a vagina de meu gozo se misturando com seus gozos e o beijo beijado se prolongou com longo foi o gozo que gozamos.
― Nunca gozei assim… – suspirou fremindo as paredes da vagina mastigando meu pau como se sugando o que ainda poderia ter restado de gozo em meu pau – Porra Lúcio, que doideira…
Respirei e levantei, ela abraçou minha cintura com as pernas empurrando o corpo sentindo meu pau que não parava de estribilhar.
― Ela tá nua… – falou baixinho quando me dirigi para o quarto.
― Sei… – suspirei.
― Mas está mesmo… – sorriu – Tirou a camisa… – parei, não esperava aquilo – Vamos, me leva pro banheiro…
E estava, dormia nua, de bruços abraçada ao travesseiro, a perna direita encolhida deixando ver a pequena vagina entreaberta, a bundinha macia e a pele alva como se fosse leite. Parei olhando enamorado para a filha da mulher estrepada em meu pau, e ela me olhou gostando de meu olhar que olhava seu pequeno anjo dormindo nua em minha cama…

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👣🚪 Voltei de minhas lembranças… 🚪👣

― Um doce por teus pensamentos… – Laura sorriu.
― Nada não… – respirei fundo – Lembrei de umas coisas…
― Tu e tuas recordações… – Marisa também tinha notado – E te cuida que essa daí tá no mesmo caminho da mãe…
― Tens falado com Leandro? – mudei de assunto, sabia que aquilo poderia descambar para rumos que eu tinha medo, Marisa riu.
― Ligou ontem, falou com tua neta… – levantou e sentou em meu colo – Humberto também ligou – olhou para Laura – O divórcio deve sair logo…
― Já não era sem tempo… – Laura sorriu – Não quero papo com ele… – levantou e saiu com a filha.
Olhava para elas, pareciam duas meninas, Laura nunca conseguiu deixar de ser a garotinha e, desde o nascimento de Luciana, brincava com a filha como se fosse sua bonequinha.
― Tinha medo dela engravidar de ti… – suspirou – Mas nossa filha não foi feita para ser dondoca de play boy…
― Sempre achei que ela gostava dele de verdade – acariciei os seios, já não tão firmes – Me enganei…
― Tu sempre se enganou com Laura…
― É…
― Desde pinininha vivia te atazanando… – sorriu – Vivia em teu colo, nunca aceitou que eu fosse mãe, só queria o pai…
― Mas eu errei, não deveria ter…
― E tinha jeito? – sentiu meu pau endurecer – Enquanto não te deu não se aquietou, ela também sabia do perigo de pegar bucho de ti… Leandro foi um achado…
― Foi tudo muito rápido, um ano… – suspirei recordando do dia do casamento – Pensei que se amavam de verdade…
― Laura só amou um homem nessa vida – rebolou para mais sentir meu pau – Só deu azar de tu seres pai dela… Só não desistiu do casamento sabe-se lá porque, mas no dia parecia mais viva, mais alegre e mais mulher e… – levantou, afastou a calcinha, tirou meu pau e sentou – E só depois que soube…

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👣🚪 O dia do casamento… 🚪👣

📅 Sábado, 10 de setembro de 2011
✔ (Aquele sábado amanheceu bonito, Sâmela e Dolores cuidaram da noiva enquanto eu e Marisa matutávamos de como seria nossa filha casada…)


― Quero conversar contigo pai…
Todos já estavam na igreja, eu e Laura esperávamos dar seis e meia para também irmos.
― Que é filha… – sentei na cama, Laura estava linda vestida naquele vestido branco.
Ela me olhava e senti um que de desconfiança sem saber de onde e o porquê se sentir.
― Vai dar tudo certo moleca – suspirei, não é fácil para um pai entregar a filha para outro – Só vai ter que deixar de ser minha bonequinha.
― Mas não quero deixar de ser… – correu e se jogou em cima de mim – Não vou pai, não vou…
― Claro… você jamais deixará de ser minha, mesmo casada você vai continuar sendo minha – acariciei seu rosto já maquiado, ela suspirou, fechou os olhos – Você achou o homem para ser seu, daqui há pouco você será uma mulher casada, minha molequinha casada…
― E a gente… – olhava dentro de meus olhos – Não quero te perder…
― Você nunca me perderá, você é minha filha e sempre será…
― Não é isso… – respirou fundo – O que vou fazer sem te ter… Te amo, te amo como meu homem… Não quero te perder…
Olhei para ela, para seus olhos marejados e aquele sentimento de arrependimento tornou me pinicar por dentro.
― Filha…, isso tinha que acabar um dia… Agora, daqui há pouco, você será uma mulher casada, terá seu homem, seu marido… Vamos esquecer isso tudo, foi um erro filha, um grande erro – lá dentro acho que sofria mais que ela – Fomos longe demais e… tenho, preciso voltar a ser só teu pai…
― Se for pra te perder não caso, viu? – levantou, andou nervosa pelo quarto – Nenhum homem vai me fazer feliz como tu me faz… Não vou casar, pronto!
Estava sendo a Laura de sempre e tirou a luva que jogou no chão.
― Agora é tarde filha, todos já estão na igreja e… – suspirei – E Leandro não merece isso…
― Não adianta, se for pra te perder eu não caso… – começou abrir o rirri(8).
― Espera filha, não pode ser assim… – levantei e lhe abracei – Você não vai me perder.
Laura me olhou com olhar de mulher com desejo de esquecer, para sempre, que era filha. Aqueles anos todos em que fomos mais homem e mulher que pai e filha não poderia ser colocado de lado por um simples casamento.
― Tu promete que nada vai mudar? – suspirou incerta e nos beijamos, nos abraçamos homem e mulher, macho e femea.
Desde que soube do namoro sempre tiver certeza que ela não era apenas minha, mas ela sempre teve a certeza de que jamais deixaria de me pertencer e continuamos nos amando amantes que se dividia com outros. Eu com sua mãe e sua quase irmã e ela com Leandro.
― Me fode pai, me fode…
― Laura, agora não…
― Agora pai, agora… – se soltou de mim e deitou na cama tirando a calcinha – Se tu não me foder agora eu não caso…
Olhei para ela, não passava de uma menininha que soube, desde sempre, que seria menina mulher do pai.
― Isso é loucura filha… – olhei, a vagina sempre depilada, lisinha como sabia que eu gostava – Vamos deixar pra outro memento…
― Vem logo pai, sei que tu quer, vem – abriu as pernas, a xoxota brilhando de desejo – Quero sentir ele dentro de mim, vem…
― Seu vestido… – fui, estava doido de vontade – Vai amarrotar o vestido…
― Deixa de frescura e vem logo… – olhou para o relógio na mesinha da cabeceira – Vem que estamos quase atrasados – sorriu aquele sorriso de anjinha endiabrada.
Tirei o pau, esta duro, doía dentro da calça preta do palitó e ela e ela suspirou.
― O pau dele não é nada perto do teu… – pernas arreganhadas, vestido de noiva levantado e a xoxota melada – Queria chupar…
― Deixa de ser doida menina – passei o dedo nas beiradinhas macias, ela suspirou e sorriu – Isso é loucura filha…
― Uma a mais, uma a menos não faz diferença seu Lúcio – abriu a boca da vagina esperando – Quero gozar muito, quero casar cheia de gala de meu pai…
Posicionei e meti com força, ela sorriu e gemeu.
― Isso pai, isso pai, ui pai, ui pai… – sorria satisfeita com certeza que não deixaria de ser do pai por um detalhe bobo e gozou desde que sentiu o pau entrar.
Continuamos fodendo sem nos importar com as ligações insistente, ela gozou, eu gozei não sei quantas vezes.
Já passava de sete e meia quando, por fim, correram para avisar que estávamos chegando e quando ouvimos a marcha nupcial entramos de braços dados, atrás Silvia e Sâmela vestidas também de branco, seguiam seguindo os passos ensaiados, todos estranharam o vestido amarrotado, mas se tratando de Laura não deveriam ter estranhado. Parei ao lado de Leandro e lhe entreguei minha filha que se voltou e me abraçou.
― Tô toda melada… – sussurrou ao meu ouvido – Esquecemos a calcinha…
― Não… – sorri e cochichei – Está no bolso de meu terno.
Ela olhou e sorriu, eu tinha dobrado a calcinha branca com detalhes dourados na frente e colocado no bolso do terno como se fosse um lenço…

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👣🚪 O gozo de Marisa… 🚪👣

― Por isso te amo… – rebolou e começou cavalgar – Vocês sempre foram malucos…

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🗂️ Você leu o episódio 11, não esqueça de comentar, atribuir nota e leia, continue lendo…

🖐️ Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência…
Episódios anteriores…

Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores

1. Descobrindo Laura
2. Despertando com Laura
3. Mas eu te amo…
4. Um pouco do passado e o Presente
5. Amores de sempre…
6. Coisas de Dolores…
7. Meninas curiosas que gozam…
8. A César o que é de César, a Deus o que é de Deus
9. Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura
10. Uma andorinha sozinha não faz verão

Glossário:
(1) Embasbacado: adj. Que foi surpreendido por (algo ou alguém); que expressa admiração diante de alguma coisa inesperada; pasmado.
(2) Escoriada: Escoriado vem do verbo escoriar. O mesmo que: escorchado, arranhado. Arranhar, ferir levemente a pele.
(3) Que hotel é esse>: Ref’ere-se ao Grand São Luiz, hotel situado próximo ao Palácio dos Leões, (sede do Governo do Estado), Palácio La’Ravardiere (Prefeitura do Município) e ao lado da Catedral da Sé.
(4) Abricó-de-macaco: O abricó-de-macaco, também conhecido pelos nomes populares castanha-de-macaco, cuia-de-macaco, macacarecuia, maracarecuia, amêndoa-dos-andes, amendoeira-dos-andes e coco-da-índia, é uma espécie de árvore originária da Amazônia que tem frutos redondos que pendem em cachos e flores exuberantes.
(5) Cumbuca: vasilha feita com a casca do fruto da cuieira, us. esp. por índios e caboclos; cabaça, cuia, cuiambuca.
(6) Glândula de Bartholin: localiza-se na parte anterior da vagina e tem a função de lubrificá-la, principalmente durante o contato íntimo. No entanto, esta glândula pode inflamar e ficar obstruída devido ao acúmulo do líquido dentro da própria glândula, dando origem ao cisto de Bartholin.
(7) Glândula de Skene: responsável por produzir e liberar um líquido incolor ou esbranquiçado e viscoso pela uretra durante o contato íntimo quando as glândulas são estimuladas, resultando na ejaculação feminina.
(8) Rirri: O mesmo que zíper, zipper ‘fecho de correr constituído de dois cadarços com dentes metálicos ou plásticos que se encaixam por ação de um cursor’, de Zipper, marca registrada; termo usado em parte do Maranhão.

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1 comentário

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  • Responder shygio ID:7h6fwqra

    Um conto excitante, sensual e tesudo. Ele levanta até defunto. Nota 10.