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Tal prima, tal tia – Obrigado Sofia!

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Uma estadia com minha prima e minha tia me ensinaram a ser homem.

Os anos que se passaram depois do que vou relatar a vocês me fizeram menos constrangido quanto aos acontecimentos. De certa forma, sinto agora que desabafar para desconhecidos pode se tornar a última etapa de superação de algo que não só marcou minha infância, mas também me tornou homem.
Quando tinha por volta de 12 anos com frequência visitava minha tia no interior. Era uma rotina que cumpria a cada 6 meses. Mas, naquele março de 1985, havia um motivo a mais. Depois de muitas brigas, finalmente, meus tios haviam se separado e, minha mãe queria se por à disposição para apoiar Tia Lúcia. A casa onde moravam era distante do centro da cidade, em um local com recursos, mas sem vizinhos à volta, a não ser uma plantação de milho modesta, cuidada por minha tia e Sofia, minha prima de 14 anos.
Sofia era uma típica menina do interior, que andava com os joelhos ralados e com roupas de moleque, pulando cercas e assustando galinhas. Bem, isto era Sofia até a última visita que eu me lembrava. Quando descemos do ônibus, próximos ao terreno, pude ver Tia Lúcia com seu habitual vestido florido e um casaquinho vermelho por cima dos ombros roliços. Logo atrás surgiu sua filha, agora com uma calça jeans muito justa que contornava perfeitamente suas coxas grossas, e terminava um pouco abaixo do umbigo. Usava um top preto, sem mangas, que deixava o colo queimado de sol à mostra. Fosse alguma colega de escola, eu poderia dizer que ali estava uma menina deliciosa e inocentemente sensual, com cabelos pretos longos, pele morena e uma boca carnuda, que (estranhei) usava um batom cor de rosa.
Quando nos aproximamos, trocamos abraços como sempre. Mas fiz questão de deixar Sofia por último, pois algo nela me fazia respirar rápido e ficar com as pernas meio bobas, e eu estava encabulado. Quando nos abraçamos como quando crianças, senti que exista entre nós algo diferente. Um diferente macio e bom.. Me afastei para olhar o que era, e notei que aquele corpo de moleque travesso trazia agora seios pequenos, os quais eu comprimi sem querer em um abraço forte demais para a nova realidade.
Sofia percebeu meu susto, e ficou rapidamente vermelha, tentando disfarçar cobrindo o rosto com as mãos, e protegendo os peitinhos novos com os cotovelos, ao mesmo tempo. Minha mãe e tia já estavam se dirigindo à casa, e aproveitando que minha prima tinha os olhos fechados, pude notar que seus mamilos enrijecerem por baixo do algodão do top, deixando o contorno de duas bolinhas pontudas muito bem delineadas no tecido. Creio que deva ter doido isso, pois ela se virou rapidamente, e estremeceu, como quando um calafrio sobre pela nuca.
Quando entramos na casa, perguntei onde poderia deixar minha mochila, ao que me tia respondeu: – Ora, Juninho… no quarto da Sofia, como todas as outras vezes. Só espera um pouco que ela está tomando banho, pois acabou de chegar do milharal.

– Respondi: – Tá bem… – mas o que eu queria mesmo era gritar: – Socorro.

… continuamos em breve.

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