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Lídia, epopéia de uma paixão – 6

2326 palavras | 2 |5.00
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Cada momento de minha vida, bons ou ruins, somaram para que eu seja quem sou. Amei sem amarras e me deixei ser amado.

🧸 6 – Francilice e as florzinhas

🌹 “Embora meu objetivo seja compreender o amor, e embora sofra por causa das pessoas a quem entreguei meu coração, vejo que aqueles que me tocaram a alma não conseguiram despertar meu corpo, e aqueles que tocaram meu corpo não conseguiram atingir minha alma.”
(Paulo Coelho)

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📅 7 de junho de 2003, sábado – Picos do Alpercata (Sobre querer sem querer…)
✔ (Brincamos o resto da manhã, mas sempre me vinha ao pensamento as loucuras que a sapeca maluquinha estava aprontando, queria conversar com Francilice sobre sua possível participação naquele jogo perigoso, mas todas vezes que iniciava alguma coisa acontecia e cortava o diálogo até que, num momento em que Lídia saiu para comprar refrigerantes resolvi abrir o jogo.)

— Quero muito conversar contigo, Francis – tomei um gole de vodca, Francilice ficou atenta – Tu sabes que tua filha está dando em cima de mim?
Francilice abaixou a cabeça e ficou bebericando no copo em goles pequenos.
— Isso é coisa de criança, Pedro – falou depois de alguns instantes – Coisa de menina, tu sabes o que é isso…
Sim, sabia muito bem pois já havia passado por algo muito parecido quando ainda era casado, mas nunca com uma garotinha tão novinha quanto Lídia.
— Sei…, mas ela diz que tu sabes e apoia – olhei fixo para ela.
Francilice continuou olhando para o chão, brincava com uma poça d’água.
— É verdade? – insisti.
Francilice sorriu em silêncio e balançou a cabeça como se negando o que ouvira e deixei passar alguns instantes, queria ouvir, queria e rogava para que ela não tivesse participação alguma naquela loucura, mas ela continuou calada e tive certeza de que Lídia não mentira.
— Isso é loucura, filha… – retomei – Você sabe que isso é loucura…
Francilice levantou a cabeça, retesou o corpo e me encarou.
— Ela é mulher…, menina moça, mas é mulher… – sussurrou.
Fiquei espantado com a resposta, claro que sabia que era mulher, ou uma quase mulher, mas não passava de uma criança.
— Você é louca, garota… Não te entendo e não compreendo essa estranha relação de vocês duas – tomei o resto da bebida – Pensa bem! Lídia não passa de uma criança!…
Francilice balançou a cabeça e levantou e correu para a piscina. Fiquei olhando ela nadar com braçadas fortes, pouco tempo depois Lídia chegou e correu para banhar com a mãe. Arrancou a roupa e chutou a bermuda branca, tirou a calcinha e atirou em minha direção batendo em meu rosto, Lídia deu um riso moleque e se jogou na água e ficaram brincando e banhando até perto das duas horas quando, já alegres pelas vodcas bebidas, resolvemos deitar para um repouso merecido: a Francilice por causa da viajem, Lídia por estar estafada de tanto banhar e eu, bem na realidade não sentia cansaço algum, mas também entrei sem saber o que fazer, como agir dar fim aquela doideira.
— Tu vai deitar comigo? – Lídia estava parada na porta do quarto.
Olhei para ela e não respondi, me refugiei em meu quarto onde Francilice já estava deitada. Tirei a cueca molhada, vesti outra e deitei.
— Você está chateado comigo, amor? – Francilice virou e passou a perna sobre meu corpo.

📝 Não estava verdadeiramente chateado, mas tudo aquilo estava me incomodando muito. Não respondi, apenas virei e fechei os olhos e ferrei o sono…

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Recordações de momentos vividos…

📅 14 de novembro de 1982, domingo – São Jerônimo (A babinha de uma forzinha)
✔ (Elisabete conseguia esconder bem os sentimentos, apesar da idade era uma mocinha que entendia o certo e o errado, e aquele sentimento de gostar não era certo.
. A farra varou a noite e nos recolhemos na boquinha da madrugada. O domingo nasceu feio, nuvens negras, trovões brabos logo se transformou em um aguaceiro…)

Levantei cedo, todos ainda dormiam curtindo a ressaca da farra, e sentei na cadeira espreguiçadeira da varanda olhando o tempo e a enxurrada que corria no terreiro.
— Esse toró não estava no programa… – D. Albertina espiou o tempo – Já tomou café?
— Não… – olhei para ela ainda vestida na roupa de dormir – Estou esperando companhia…
— Então achou… – farfalhou meus cabelos – Ainda não conversamos…
Segui minha sogra pelo corredor imenso, naquele casarão secular tudo era grande.
— Então você fisgou minha menina…
Sentei no banco e esperei, D. Albertina me serviu e também sentou.
— Você deve saber que Gelita não é uma menina fácil… – olhou para mim – Tem um gênio dos infernos e não foram poucos os namoradinhos que desistiram na primeira explosão…
— Então mudou… – sorri – É meio brabinha, mas com jeito domo a onça…
Ela sorriu, eu tinha conquistado minha sogra de quem a filha havia herdado o gênio forte. Conversamos sobre meus planos e ela contou, o que tinha de contar, sobre a filha.
— Elisabete é diferente da irmã… – levantou e abriu a geladeira a querosene e, ao se curvar, vi que não usava calcinha – Tu aceitas creme de jabuticaba? – olhou para trás ainda curvada, a camisola curta subiu mais – Tá de olho em que? – riu e voltou para a mesa.
— Não olhei nada… – sorri e provei o creme – Pelo visto o pessoal não sai do quarto tão cedo…
— Menino!… Que farra em? – olhava para mim com um olhar de fome – Você sabe, o que você viu fica entre nós…
— Não vi nada! – tornei mentir – E…, se tivesse visto é claro que ficaria aqui…
— Gostei de você desde que chegaram, minha menina ganhou na loteria… – olhou Elisabete parada na porta – E minha aniversariante?
A garota sorriu e sentou do meu lado, tinha visto a safadeza da mãe, mas não falou e nem comentou nada.
— Tu vai ficar aqui hoje?
— Vai filha…, tua irmã falou que pegam a estrada amanhã de tarde – minha sogra atalhou – Gostou da festa?
— Gostei e não gostei!
— Ué? Como pode isso – falei olhando para Albertina – Ou se gosta ou não se gosta…
— Eu gostei porque tu tá aqui e não gostei porque tinha pouca criança…
— E você lá dá atenção pros amigos? – Albertina alfinetou – Essa moleca não gosta de pirralhos, né minha dengosa?
— Né não mãe, é que os menino ficam me atentando…
— Atentando como? – a mãe continuou – Só sabia do Paulinho, tem outros?
— A senhora gosta, né dona Albertina? – a menina parecia pouco a vontade – Ele é um chato, isso sim e…, e agora o Quim…
— Quem manda ser bonita? – a mãe levantou e colocou as louças na bancada de alvenaria – Não são só esses Pedro, no colégio é um deus nos acuda – olhou para a filha – Que tal minha caçulinha…
— É linda… – puxei a garota e beijei sua cabeça – E não culpo os meninos…
Rimos e Bete tomou café antes de voltarmos para a varanda, Albertina ficou na cozinha preparando o café para a tropa enfurnada nos quartos.
— Tu gosto de ontem? – a menina parou defronte de seu quarto – Tu quer ir lá de novo?
— E a chuva? – toquei em seu queixo, ela olhou para mim – Não é melhor esperar passar um pouco…
— Tá… – segurou minha mão e beijou – Me ajuda aqui…
Abriu a porta, me puxou para dentro e me fez sentar na cama desalinhada. Voltou e fechou a porta com chave. Olhava para ela, os movimentos lentos parecia flutuar sem tocar o chão.
— Porque você fechou a porta…
— Pra ninguém atrapalhar… – sorriu e deixou a camisola cair aos pés – Tu já te banhou?
— Já…
— Tu não quer te banhar de novo?
— Não…
— Mas tu pode me ajudar, não pode?
— Ajudar em que?
Ela não respondeu e abriu a gaveta de onde tirou calcinha limpa, da prateleira do guarda–roupas uma toalha branca que jogou em minha direção.
— Não vou banhar com você… – ela me olhava sem falar nada – O que você quer que eu faça?
Elisabete fechou a janela que dava para uma horta e cerrou as cortinas, o quarto ficou quase escuro e eu olhava a costa daquela menina de calcinha se movimentando com graça no quarto de criança. Em prateleiras na parede bonecas e bichos de pelúcia e uma estante repleta de livros.
— Tu gostou de ver a boceta da mamãe? – quebrou o silencio – O papai não pega mais ela…, parece que ela quer dar pra ti…
— Acho que não, foi só um descuido… – não estendia nada – O que você quer Elisabete?
— Bete…, me chama de Bete… – deitou na beirada da cama e girou – Se ela quiser te dar tu pega ela?
— Não… É sua mãe e…, e minha quase sogra…
— Tem nada não…
— O que não tem nada?
— De ela ser minha mãe e mãe da mana… – olhou com aquela carinha safada do dia anterior no riacho – Tu pode pegar ela…
— Isso não é conversa de criança…
— Não sou mais criança… – sentou pertinho de mim – E tu sabe disso, não sabe?
— Não…, porque eu saberia? – entrei no jogo da garota.
— Criança não tem peito como eu, tu quer pegar?
— Não garota e… Vamos sair, tua mãe pode desconfiar…
— Desconfia não, ela deve de pensar que a gente tá no galpão… – não vi, apenas senti o colchão balançar e só vi quando ela sentou em meu colo – Tu gosta de mim, não gosta?
— Te veste Eli…, Bete… – ela estava nua – Você não ia banhar?
— Vou, mas queria que tu fosse comigo…
— Não Bete… Namoro tua irmã e…, e você é muito criança…
— Sou não… – saiu do meu colo e deitou de pernas abertas – Olha, minha xoxota já tem cabelo…
E tinha, ainda tinha jeito de vagina de menina, papuda, mas já encoberta por pelos negros lisos e aquele pontinho encoberto pela capinha não era de criança, mas também não era de mulher adulta formada. Os grandes lábios rechonchudos pareciam brilhar e aquele odor de mulher nova incendiava o quarto e zunia em meu pau.
— Passa a mão… – olhava com aquele olhar de menina sapeca – Pode passar, eu deixo… Olha, eu gosto de ti, viu?
— Também gosto de você, minha pequena maluquinha… – deitei e toquei a perna macia – Porque você quer que e te toque?
— Porque sim, pode pegar… Tu pega na da Gelita, não pega?
— Mas… – suspirei – Ela é minha namorada e você…, você é minha cunhadinha maluquinha… – beijei a perna e aquele aroma tornou me tomar de assalto.
— Se tu querer eu posso também namorar contigo, tu quer?
— E isso é certo? – perguntei brincando.
— Né não, mas… – calou, eu tinha tocado as beiradinhas lisas da vagina – Passa, eu gosto…
— Você gosta de que? – tornei tocar, dessa vez também toquei no clitóris e ela suspirou – Algum namoradinho já lhe tocou?
— Já…
— Tocou aqui?… – corri o dedo entre seus pequenos grandes lábios e ela fechou os olhos – Ou aqui? – bolinei novamente no pontinho do prazer…
— Hun! Aí não, mas… É bom, pega de novo…
Mas não peguei, toquei no biquinho do peito e ela arfou sentindo a agonia de querer e me assunguei e lambi o biquinho, ela suspirou.
— E aqui?
— Também não… Hun! Lambe mais… – não lambi, chupei primeiro o biquinho mexendo a língua e depois chupei primeiro o esquerdo, o do coração, e depois o direito, o da alma – Hum! Hum! Ui! Ui! Ai! Chupa, chupa…
Parei e olhei para seu rosto, seus olhos fechados, sua narina dilatada e lambi os lábios ressequidos e ela apontou a ponta da língua que tocou na minha.
— Tu tá me maltratando, viu?
— Eu?! – sorri e beijei sua boca com um beijo estranho, um beijo ainda não beijado – Porque estou te maltratando?
— Porque tá!… – um sorriso pequeno iluminou o rosto – Mas tô gostando…
— Você gosta de ser maltratada?
— Se for tu eu gosto… – o dedinho passeou em meu rosto – Tu quer namorar comigo?
— E Angélica?
— O que tem ela?
— Como ela fica, sou seu namorado, lembra?
— Mas tu pode ser também meu…
— Isso é certo? – perguntei de novo atiçando a moleca.
— Né não, siô… Tem de perguntar toda vez? – sorriu, sorri – Mas a gente namora mesmo assim, tu quer?
— Quero… – nem sei porque disse aquilo – Mas vamos ter que esperar um pouco…
— Esperar por que?
— Esperar até você ter idade de namorar…
— Né preciso idade não… Só precisa tu querer, eu quero, tu quer?
Já estávamos a mais tempo que imaginava naquele joguinho perverso e me dei em conta que Angélica já deveria ter levantado.
— Está bom… – tornei beijar sua boca e desci escorregando em seu corpo até ficar, novamente, entre suas pernas – Agora você tomar banho…
— Não quero, só quero se tu for… – acariciou minha cabeça e voltei lamber a xoxotinha melecada – Ui! Ai! Não… Não para…

📝 Sabia nada de ser mulher, era menina sem querer ser e que se fazia querendo querer. Não sei quanto tempo ficamos naquela cama desalinhada, naquele quarto de menina, só sei que bebi o doce beber que saia da florzinha…

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📖 NO PRÓXIMO EPISÓDIO:
.Cheguei cansado, passei a noite toda embrenhado no mato e sabia que Francilice deveria estar cuidando do pai em Passagem Franca. Nunca esperei ver Lídia, e vi e ela estava nua e não consegui esconder meus desejos e ela soube e se fez mulher… Quando Lídia subiu em mim recordei Natália em uma noite sem luz…

🗂️ Você leu o episódio 6, comente, atribua nota e continue lendo…

🖐️ Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência…
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2 Comentários

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  • Responder shygio ID:h5ir91d9a

    Um conteúdo muito bom e excitante. Nota 10.

  • Responder Claudio Alberto ID:xgnhy8ri

    Caro amigo leitor, esse relato é ficção, os personagens e situações são criação livre e qualquer semelhança com pessoas vivas (ou mortas) terá sido mera coincidência…