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Lídia, epopéia de uma paixão – 12

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Fernanda e Francisca se adaptarem a nosso modo de viver quase que imediatamente e Risilan, mãe das meninas e amiga de Francilice estranhou mas…

12 – As fotos, as meninas e as mães no tempo…

🌹 “Sempre existe no mundo uma pessoa que espera a outra. E quando essas pessoas se encontram e seus olhos se cruzam, todo passado e todo futuro perde qualquer importância e só existe aquele momento.”
(Paulo Coelho)

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📃 Passamos as festas de fim de ano em Alma Franca, na casa de Rosilan. Antes conversamos com as garotas – Fernanda e Francisca – para que não comentassem nada do que tinham visto e vivido em Picos. Em outras ocasiões Fernanda esteve conosco, mas sempre procurei manter uma certa distância dela e, mesmo com todas as brincadeiras e liberdades, consegui barrar as investidas.

📅 3 de janeiro de 2004, sábado – Picos do Alpercata (As fotos…)
✔ (Em uma quarta-feira Rosa ligou falando que ia passar um final de semana conosco, pois Arnaldo ia participar de um encontro em Floriano)

Chegaram na sexta-feira antes de meio dia, Francisca tinha ido com o pai, os avós moram em Floriano, e Fernanda preferia, como era de esperar, ir com a mãe.
— Tem uma coisa que preciso conversar contigo – Francis puxou a amiga e foram para a cozinha – Sei que contigo não tem frescuras, mas…
Contou que em minha casa tínhamos um jeito muito nosso de agir e que não era fora do comum ficarmos a vontade e, muitas vezes, sem roupa alguma.
— Nandinha já tinha me falado… – sorriu – Mas e Lídia?
— Tu vais ver… – Francis abriu uma garrafa de cerveja e tomaram juntas – Essa mesmo é quem mais gosta… – olhou para a amiga – E tua filha não fica atrás…
Rosilan sorriu imaginando de como seria a filha longe do pai. Lembraram do tempo de mocinhas quando gostavam de banhar nuas no poço.
— O Arnaldo é meio quadrado… – Rosa tomou toda a cerveja do copo e Francis tornou encher – Tu sabes que comigo não tem nada, até vou gostar de pegar uma cor diferente…
Eu sabia que Rosilan ia chegar, mas tive que fazer uma viajem rápida e só cheguei em casa no início da noite. As quatro estavam sentadas na beira da piscina. Fernanda e Lídia estavam só de calcinha e Rosa vestia um biquíni pequeno de cor azul, Francis estava de bermuda jeans.
— Pai! – Lídia correu quando me viu entrar – O pessoal já chegou desde meio dia… – deu um beijo pequeno em minha boca – Pra onde tu estava?
Falei que tinha passado o dia em São Rodrigues. Fernanda também veio e me abraçou forte.
— Estava com saudades de meu tio querido.
Abracei as duas e fomos para a área, Rosilan falou comigo, já estavam um pouco alegre das cervejas que tomaram a tarde toda. Francilice perguntou se eu queria comer e falei que tinha feito um lanche antes de sair de São Rodrigues. Sentei numa cadeira na área da piscina, Lídia tirou minha bota e meias, senti um alívio, tinha feito muito calor durante o dia todo.
— Tu não queres dar uns mergulhos pai? – Lídia sentou em meu colo – Vamos banhar, a água está que é uma beleza…
— Faz de conta que não estou aqui… – Rosa falou – Pode banhar pelado, só não vai querer me comer…
Achei melhor tomar banho no banheiro mesmo depois que Francis ter falado que a amiga não ligava pra isso. Depois do banho vesti uma bermuda folgada e fui conversar com ela, falamos sobre Adalberto e perguntei sobre Francisca.
— Aquela é enrabichada com o pai, prefere ficar com ele sempre…

📝 Ficamos conversando até quase meia noite, Lídia e Fernanda saíram para darem umas voltas pela praça Henrique Mendes onde sua turma se reunia todo início de noite. Antes das meninas voltarem Rosilan resolveu dar uns mergulhos e Francis a acompanhou. Brincaram e tentaram me puxar, mas fugi das duas e em uma brincadeira sem querer Francis puxou a parte de cima do biquíni da amiga que rasgou a alça e os seios bem feitos ficaram a mostra e, para minha surpresa, Rosilan apenas tirou, jogou em minha direção e também rasgou o biquíni de Francis, as duas sorriram e continuaram as brincadeiras sem se importarem com minha presença e me veio na mente um certo domingo….

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Recordações de momentos vividos…

📅 26 de dezembro de 1982, domingo – São Jerônimo (Um arroio e outro desejo)
✔ (Fazer Elisabeth entender que não poderiam ir além do ponto que já tinham ido parecia ser tarefa impossível, até dona Albertina notou as atirações da filha…)

Depois do almoço alegre naquele domingo Angélica entrou para o quarto e Júnior saiu para fumar e o frescor da sombra debaixo da mangueira amenizou o calor infernal de São Jerônimo.
— Não lembro de um dezembro tão quente… – dona Albertina se abanava com um pedaço de papelão.
— Tá melando até o pensamento… – deu uma baforada antes de apagar a bagana – O que vocês fazem?
— E tem lá o que fazer, menino… – cofiou os cabelos loiros empapado de suor – O único remédio é ficar de molho, nem ventilador dá sossego…
— E seu Agenor?
— Deu uma saidinha, foi na casa do Emílio…, Lica também foi… – sentou no tronco abanando o vestido – A cabrita…
Não sabia porque ela tinha cortado a frase, ela sim, sabia que tinha de conversar e ver até onde ele tinha ido com sua caçula.
— Bete sempre foi muito dada… – olhou para ele – Mas nunca tinha visto ela assim…
— Eu que o diga… – esticou as pernas, aquele assunto mexia no fundo da alma – Tua filha é maluquinha…
— As duas…, elas vivem competindo… – olhou pro céu, o sol estava de lascar – Começou com Lica…, achava que era coisas de irmãs, mas…
— Angélica parece… – levantou, não sabia o que falar.
— Tu não viu nada… – segurou a mão, estava molhada de suor – Fosse um tiquim antes ia te convidar pro arroio…
— Até seria uma boa…
— Era uma festa, mas…, depois do AVC não fomos mais lá…, Bete vivia lá e…, já Lica não… – olhou para a vereda entre touceiras de samambaias e pés de juçara – Porque tu não vai…
— Sozinho? – brincou.
— Tá com medo? – devolveu – Tem bicho não, menino…, e…, e tu já conhece, Bete falou…
— Falou o que? – sentiu uma pontada gelada na ponta da espinha.
— Ele te levou lá…
— Levou… – na cabeça as imagens – A água é gelada…
— E hoje está quente… – também sua mão suava – Queres ir?
— Sozinho?
— Vou contigo… – não sabia que ainda era tempo de ter aqueles pensamentos, suspirou e levantou – Vamos…

📝 Andaram sentindo o tempo refrescar, o arroio correndo por entre as palmeiras, mergulhando no âmago das samambaias jogava o calor pra longe, os quase duzentos metros caminhados sem falar. Albertina andava com cuidado escolhendo onde pisar, Junior olhava para ela, o vestido desalinhado não escondia as curvas do corpo, não daria para ela as duas filhas, mais parecia uma mocinha e, ao lado do marido, ninguém lhes imaginava casados. Seu Angenor já beirando os sessenta e caminhando com dificuldade pelo AVC recente não parecia marido daquela mulher com pouco mais de trinta anos.

— Taí, não tem bicho… – parou, a zoada da água escapulida pela tapagem enchia o luar de silencio suspirado.
— Vamos?
— Não, fico te esperando… – caminhou para a latada onde tudo tinha começado com Elisabeth – Não vesti maiô…
— E precisa? – olhou para ela que olhou para ele – Bete falou que vocês não usam roupa de banho…
— Imagino… – sorriu – Imagino as coisas que a pimentinha deve ter te falado, mas…, era só a gente…, vai lá, te mete nessa água e mata esse calor dos diabos…
Deu vontade de insistir, preferiu não fazer e foi que lembrou.
— Não dá…, esqueci de vestir calção… – sentou na beira da piscina natural com os pés dentro da água gelada – Não ia vir…, a não ser…
— Deixa de besteira, menino – a sogra olhou para ele – Vai, tira logo essa bermuda senão…
— Senão o que? – virou, dona Albertina estava séria metida nos seus espinhos que lhe alfinetava o querer – Se você…
— Meu velho… – levantou e tirou o vestido – Meu velho morre se souber…
Não era velha, longe disso. Corpo bem feito, cintura com curvas de mulher nova, pernas bem feitas, o sutiã transparente não escondia os seios duros com aréolas rijas.
— Tu…, a senhora…
— Que foi, esperava ver uma velha… – sorriu e tirou o sutiã – Não vou tirar a calcinha…
Sorriu e correu pulando de ponta cabeça enquanto ele continuou sentado com vergonha de levantar e mostrar o pau duro.
— Vem não? – jogou água, não parecia ser aquela mulher recatada que tinha conhecido – Vem! – mergulhou e nadou submersa até onde ele estava – Você sabe…, ninguém precisa saber…
Puxou pelos pés, ele se deixou puxar e caiu. Risos, gritos de mulher alegre com a alegria que tinha enchido a noite e madrugada de natal.
— Meu velho fez a piscina para mim… – estava em pé, a água marrom escura lhe encobria a barriga – Quando compramos o sítio… Naquele tempo era sítio, não haviam casas perto… Gostava de ficar aqui… – coçou o bico do peito sem olhar que ele lhe olhava – E ele mesmo começou tapar e formar a piscina… Eu tinha…, era uma menina…, papai…
E ficaram, ela contou a vida, contou como tinha conhecido o marido quase trinta anos mais velho. Junior ouvia gostando de ouvir e ela não se espantou quando ele acariciou seu rosto.
— Quando vejo Bete dando em cima de ti…, lembro do meu tempo…
— Elisabeth é só uma criança brincando de descobrir – sorriu – Você…, a senhora não pensa que eu…
— Não! Não…, não sou velha coroca, mas… – estavam frente a frente, olhou dentro dos olhos, suspirou – Desde que lhe vi…, vi que você é decente e… – sorriu – Não seria melhor esquecer esse negócio de senhora?
— Me desculpe, mas… – não tinha sido desculpa de algo que tinha feito, era de algo que iria fazer.
Ela viu a mão levantar e lhe tocar o ombro, olhava para ele lembrando de como tinha olhado o marido há quase dezoito anos, também lembrou do olhar da caçula para ele. Ele olhava não como deveria olhar para a mãe de sua namorada, era diferente, era carnal.
— A senho…, você é…, Bete…, Elisabeth é… – tocou no seio, ela olhou o toque – É sua…, vocês…, ela…
— É minha cópia… – suspirou, segurou a mão que lhe tocava o seio por cima do sutiã molhado e transparente – Lica…, ela é mais…, o pai…
Não foi sem querer que as bocas colaram, não foi sem querer que o sutiã foi tirado e foi por querer que aquele carinho lambido lhe bolinou o bico do peito.
— Pedro, eu… – sentiu que não havia o que sentir, deixou que ele lhe tocasse a boceta – Meu…, deus… – e a respiração pesada virou gemido – Hum…, ui…, ui…, hum… – Pedro, a…, ai, meu deus…, ui…, Pedro…
O tempo parecia escorregar para trás, ali, naquele momento, tinha voltado no tempo, era novamente a garota que tinha gostado de ser gostada e a zoada do vento abanando o juçaral, o piar dos pássaros e o zombear da água escorregando por entre as samambaias, se metendo debaixo das raízes e escapulindo pela parede da barragem não conseguiu esconder o gemido quando sentiu o pau lhe invadir a xoxota.
— Ui!… Ui!… Ai, Pedro…, hum… – as pernas abraçando o corpo, o corpo estremecendo abanando a água pelo empurrar – Meu…, menino, menino…, hum…, hum…
Não havia som, não havia nada que não o gemido arfado.
— Ai…, Pedro…, hum…, ui…, ui…, Pedro…, Pedro…, hum – a boceta cheia, o sentir gozado gozando – Pedro!…

📝 E o grito do gozo calou a mata, espantou os passarinhos…

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Voltando para tempo atual

— Ficaram muito boas… – falou alto para que eu escutasse – Queria que imprimisse para eu levar…
— E tu és doida menina? – Francis falou – Se teu marido ver isso vai dar a maior confusão.
Continuaram olhando e Rosilan elogiou o corpo da filhas, principalmente de Fernanda que ficou toda prosa.
— As duas são bastante fotogênicas – falei olhando as imagens na tela do computador – Só basta um pouco de fotoshop para ficarem como se fossem profissionais.
— Essa pequena tem uma cara safada! – olhou uma foto de Fernanda – Quem vê até pensa outra coisa…
Era uma das fotografias que eu havia feito sem que elas tivessem notado, Fernanda estava conversando com Francis e a mão pendente passava na vagina. Foram várias fotos sequenciadas até um close da vagina.
— Olha essa aqui! – apontou para uma em que ela e Francisca brincavam na cama.
— Foi a Chica quem pediu pra bater – Fernanda sorriu e me olhou – Olha o que ela estava fazendo mãe!
Rosilan olhou a foto e sorriu.
— Vocês longe do pai são duas safadas… – deu um tapa na perna da filha – Se teu pai visse isso era uma surra na certa.
Continuaram vendo as fotos e saí para a área da piscina, o sol já não estava tão forte e sentei na cadeira de encosto. Pouco tempo tempos Francilice veio para perto e sentou no chão quente.
— Vamos fazer o que hoje? – pegou meu pé e começou a fazer massagem – As meninas vão para a festinha do João…
Lembrei que Carminha tinha me falado do aniversário do filho e combinei que poderíamos da uma passada por lá e depois iríamos para a Beira Rio. Rosilan topou, mesmo não sendo um programa muito agradável.
— Hoje estou com a garganta coçando – sentou no peitoril – Estava mesmo era com vontade de dançar…
Mas não havia lugar algum com festa naquele dia.
— Vamos fazer nossa festa aqui… – olhou para Francis – Vamos lá e voltamos…
Mas não saiu como ela tinha imaginado, ficamos mais tempo que o previsto na casa de Carmem onde apesar da festa dos onze anos do filho um grupo de amigos se reuniu e a bebedeira correu solta.
— Se tua amiga continuar assim vai ficar de porre… – Carmem falou – Ela é do teu bico?
Sorri e passei o braço em sua cintura, falei que era amiga de infância de Francis e que não tinha nada com ela. Entramos na casa e o grupo ficou se divertindo.
— Será que não? – me olhou entre séria e alegre – Minha amiga tem de ficar de olho nela, ela é muito jogada pro teu lado.
— Só tem uma mulher…, duas, que não tiro o olho… – dei uma palmada em sua bunda.
Carmem deu um pulo espantada.
— Tu és doido Júnior? – olhou para os lados – Se Francis ou Beto verem vão pensar coisas… – riu e me abraçou – Quem é a outra?
Apontei para Lúcia que conversava animada com Lídia e Fernanda. Ainda falamos algumas brincadeiras e nos aproximamos do grupo de garotas.
— Pai, vem conhecer minhas amigas! – Lídia levantou e puxou meu braço.
Me apresentou para todos, a maioria meninas de seu círculo e alguns garotos. Carmem esperou e me puxou, voltamos para o quintal onde nossa turma ria às gargalhadas das piadas de Adalberto.
Ficamos na casa de Carmem até sair o último convidado. Rosilan e Francis bebiam sem regras. Carmem e Adalberto se juntaram a nós e logo depois as garotas, João ficou no quarto olhando os presentes. Bebemos e brincamos um pouco mais antes de voltarmos para casa.
— Vou cair na piscina, quem me acompanha? – Rosilan tirou a roupa e pulou na piscina só de calcinha – Vem Francis, está gostoso…
A noite estava morna e convidava para uns mergulhos, foi acender as luzes.
— Deixa assim Junior… – Rosilan pediu – Vamos ficar só com a luz das estrelas…
Não havia lua, o céu negro estava pintado de pontos luminosos. Deixei as luzes apagadas, as garotas também pularam na água e eu fui para a cozinha preparar uma boa dose de vodca com suco de melancia. Voltei e sentei na borda, estava só de cuecas, todas elas de calcinha e Fernanda parecia mais solta mexendo com a mãe e com Francis.
— Vem pai, pula! – Lídia chamou.
Mas continuei sentado bebendo olhando as quatro divertidas, Rosilan sorria alegre e pensei de como o álcool modifica as pessoas.
— Eita boceta grande Lídia! – Rosilan estava abraçada com Lídia no canto da piscina um pouco afastada das duas – Mas deve incomodar ainda, não é?

📝 Lídia olhou espantada para Rosa, não sabia que Fernanda tinha contado sobre ela e eu.

Em Alma Santa…

— Mãe… – Fernanda estava pensativa desde que decidiram passar aqueles dias em Colinas.
Rosilan pareceu não ter escutado, estava mais interessada no que levar, mas sabia que seria um final de semana sem badalação alguma, Francilice sempre foi muito simples e não gosta de locais muito movimentado.
— Mãe! – tornou chamar e Rosilan olhou para ela.
Apesar de serem muito ligadas Fernanda se parece muito com o pai, ao contrário de Francisca que é uma cópia em miniatura dela.
— Posso te contar um segredo… – Fernanda fechou a porta com chave e voltar a sentar na cama cheia de roupas – Mas tu tem de prometer que não conta pra ninguém…
Rosilan parou e sentou do lado da filha. Sabia que devia ser muito importante para a filha ter tido cuidado de fechar a porta.
— O que é filha? – imaginava tudo, até mesmo alguma do marido – Fale logo, não me deixe mais preocupada, foi teu pai?
Fernanda olhava bem dentro dos olhos da mãe.
— Não…, mas só falo se tu prometer… Jurar que não vai falar nada pra ninguém, nem pro pai…
Rosilan respirou um pouco mais aliviada, pelo menos não era o que temia.
— Prometo…, mas fala logo que estou agoniada…
— Olha lá mãe, tu prometeu! – respirou fundo, tinha de falar pois em Colinas ela poderia desconfiar e pensar outras coisas – É sobre a Lídia… Ela deu pro tio…
Um frio correu ligeiro na espinha, no princípio pensou ser brincadeira da filha.
— Deu o que, como?
— Ora mãe, deu!… – parou preocupada sem saber se tinha feito o certo, mas era tarde e tinha de falar tudo – Eles trepam…, fazem amor…
— Deixa de mentira menina, ela é uma criança… – a respiração acelerada, o coração martelando dentro do peito – Ele forçou ela?
— Não… Foi ela quem quis dar, ele não queria, mas…
A vista ficou turva sem entender direito, parecia estar dentro de um sonho maluco. Não conseguiu imaginar de como seria Junior fazendo sexo com a garota. Levantou e ficou parada debruçada na janela.
— E a Francis… Ela sabe disso? – virou bruscamente, no rosto uma máscara entre dor e ódio.
Fernanda ficou com medo, os olhos arderam com vontade de chorar. Tinha traído a confiança da melhor amiga e tudo poderia ficar diferente se a mãe não entendesse e não soubesse de tudo.
— Ela sabe… – baixou a vista – E não…, não se importou…
Rosilan respirou fundo e o pensamento voou para muito tempo atrás quando não passava de uma mocinha.
— Quer dizer…, você está… – respirou e voltou a se sentar na cama – Como foi que você soube?
Fernanda contou tudo, contou das vezes que conversava com Lídia ao telefone, de como a amiga falava de Junior, do amor declarado, dos desejos não escondidos e, por fim, daquele dia dentro do rio e de outras vezes ora na piscina, ora em qualquer lugar em que a amiga tivesse vontade.
— Tua irmã sabe disso?
— Sabe…, mas jurou não contar pra ninguém… – olhou para a mãe – E não falou nem pro pai…, eu só falei por que…, porque a gente vai pra lá e…, e a senhora…
Rosilan puxou a filha e ficaram abraçadas. Tinha pensado em desistir da viagem, mas o que a filha lhe contou tinha, de certo modo, dado vontade de ver de perto como era aquela loucura.
— E vocês ficaram nuas na frente dele?
— No começo fiquei com vergonha – mentiu, não ia dizer pra mãe das coisas que pensava e tinha vontade de fazer – Mas a gente se acostumou…, Francisca nem pareceu ficar envergonhada…
Na cabeça tentava formar uma imagem de como teria sido.
— Ele mexeu com vocês?
— Não mãe! Ele nunca fez nada nem comigo e nem com a Francisca… – estava mais aliviada – Ele respeita a gente…
— E como é? – um bichinho mexia dentro da cabeça.
Fernanda não entendeu direito a pergunta.
— O que?
— Ele! – sorriu – É muito grande?
Fernanda sorriu, a mãe tinha voltado a ser a de sempre.
— Quando está mole não, mas quando fica duro é desse tamanho – mostrou o tamanho exagerando.
Rosilan olhou espantada, o tamanho mostrado era monstro.
— Deixa de mentira menina! – sorria imaginando como a garota poderia aguentar tudo aquilo – Então ele é um jumento…

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NO PRÓXIMO EPISÓDIO:

📃 Rosilan olha as fotografias sem se importar que Fernanda estivesse nua, mas estranhou ver a caçula brincar peladinha… Júnior recorda de uma estranha conversa com Elisabeth e da foda na noite do aniversário da sogra… Fernanda conta para a mãe que Lídia transa com Júnior…

🗂️ Você leu o episódio 12, comente, atribua nota e continue lendo…
⭐⭐⭐⭐⭐

🖐️ Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência…

Continua…
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2 Comentários

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  • Responder Shygio ID:7h6fwqra

    Conto excitante e sensual dentro de um texto literário que versa sobre o cotidiano. Nota 10

  • Responder lucas cardoso ID:1wlzon41

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