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Lídia, epopéia de uma paixão – 10

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Lídia já não fazia nada para esconder que adorava sentir meu pau dentro da xoxitinha, mas com as garotas conosco tive medo, elas não…

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10 – Um rio metido no meio do nada

🌹 “O amor não é um hábito, um compromisso, ou uma dívida. Não é aquilo que nos ensinam as músicas românticas, o amor são indefinições. Ame e não pergunte muito. Apenas ame.”
(Paulo Coelho)

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📃 Em Picos do Alpercata nesse época faz um clima estranho, durante o dia é um calor de assar os miolos e durante a noite um frio gostoso faz parecer um paraíso. Durante toda minha vida sempre gostei muito da natureza e aproveito toda oportunidade para estar junto a ela, Picos do Alpercata com suas matas quase virgens e o rio Itapecuru é um convite permanente para acampar.

📅 18 de julho de 2003, sexta–feira – Picos do Alpercata
✔ (Foi uma semana cansativa e quente, o meu final de semana não seria como havia planejado, nada estava sendo naquele ano…)

— Bem que a gente poderia fugir desse calor… – Francilice me abraçou pela costa e fez carícias em meu peito – Lidinha está de férias e… Vamos amor, você é doido pelo mato, eu sei disso.
Realmente eu estava me sentindo muito preso a horários, queria sentir de perto que Deus fez o mundo para nossa felicidade e acertamos fugir para as Caraíbas.
— E as meninas? – lembrei que Fernanda e Francisca chegariam no dia seguinte – Será que elas vão gostar?
— Claro que vão, Francisca é doida pelo mato e Fernandinha…, essa topa tudo… – me virei e abracei minha mulher – Lídia vai adorar.
Aproveitei e verifiquei em minha agenda se havia algum compromisso para amanhã, sexta–feira. Não havia nada de muito importante que não pudesse ser adiado e telefonei para o escritório pedindo que cancelassem ou adiassem os compromissos marcados.
— Vou fugir pro mato… – falei para Carmem, minha secretária – A partir de amanhã de tarde dá teus jeitos.
Carmem riu e desejou descanso.
— Tu estais precisando mesmo reabastecer… – falou com carinho – Se fosse possível também ia fugir desse calor dos infernos…
Carmem foi um achado dos céus, era auxiliar comercial quando cheguei e a trouxe para trabalhar comigo. É uma pessoa agradável e culta que não perde oportunidade de estar em dias com o mundo. Casada com Adalberto, um comerciante do lugar, tem um casal de filhos – Lúcia então com quatorze anos e João Marinho o caçula com onze anos. Foram os dois que me fizeram conhecer Francilice de quem são compadres e padrinhos de Lídia.
— Vamos programar um final de semana comportado no mato… – sorri e falei sussurrando para Francis não ouvir – Senão teu dono me arranca os colhões…
Carmem riu e fez alguns comentários apimentados, tínhamos liberdade para falar coisas que normalmente não se fala.
— Tenho dó de minha amiga, vai ficar ardida de tanta rola… – riu – Mas não vai mexer com minha afilhada, viu seu sacana!
— É muito novinha, melhor se fosse uma certa morena de cabelos longos…
— Tu não és nem maluco de querer minha filha! – falou séria, mas eu sabia que estava brincando – Aquela é vespeiro viu? Não é pro teu bico…

📝 Continuamos conversando e brincando até eu ouvir a voz de Adalberto, desligamos.

As garotas chegaram antes das sete da manhã e ambas aprovaram o programa. Ainda fui ao escritório para ver se havia algum problema, mas Carmem já tinha dado os jeitos. Saímos para as Caraíbas antes da dez e chegamos uns cinquenta minutos depois.
Foi uma farra na chegada, Francilice era a única que já conhecia o lugar: uma pequena cabana coberta com palmas de babaçu com dois cômodos sem piso, areia fina e solta, onde armamos as redes, muitas árvores frondosas e o rio serpenteando manso o babaçual e uma paz só encontrada na natureza.
— Onde vamos fazer a comida tio? – Francisca perguntou depois de arrumarem a cabana – Aqui tem piranha?
Olhei para Francis e rimos, falei que ia improvisar um fogão de lenha e que havia piranha, mas que nunca haviam atacado ninguém.
— Vem gente aqui? – Lídia estava sentada no chão.
— Não me lembro de ter visto alguém em outras vezes – respondi enquanto improvisava o fogão lembrando meus tempos de escoteiro.
— Então podemos até banhar nus, não é mesmo?
Francilice apareceu na porta e sorriu.
— Olha lá dona Lídia, já conversamos sobre isso…
Acendi um fogo onde assamos carne e esquentamos o arroz que Francis levou pronto. Depois do almoço armei minha rede debaixo das árvores frondosa e adormeci, as garotas passaram o restante do dia brincando e banhando no rio, só resolvi sair da rede no final da tarde.
— Finalmente tio! – Fernanda correu sorrindo – Tu ronca pra cachorro…
Olhei para os lados procurando Francis e Lídia, Francisca estava sentada na areia morna brincando com alguns gravetos.
— Onde estão Francis e Lídia? – perguntei colocando a rede na mesa de talos de babaçu trançados que Francis tinha improvisado.
— A tia e Lídia estão pescando na curva… – abriu o isopor e retirou uma lata de refrigerante – Parece que pegaram um bando de peixes…
Também peguei um refrigerante e saí Francisca não estava mais no lugar, tinha ido para onde estavam a tia e Lídia.
— Tem alguma coisa se a gente banhar no rio sem roupa tio? – Fernanda estava sentada em um banco de dobrar – Não vem ninguém para cá, não é?
Falei que poderia aparecer alguém, alguns moradores da redondeza poderiam vir tomar banho ou lavar roupas, apesar de não ter visto ninguém nas duas outras vezes que estive por lá.
— Mas se você quiser não vejo nada demais… – passei por ela e farfalhei seus cabelos – Você quer banhar pelada?
Ela me olhou e deu um sorriso envergonhado.
— Quero não, mas a Lídia falou que vai banhar nua… – levantou e me acompanhou – Tu toma banho nu na frente delas?
— Às vezes tomo – respondi ouvindo o piar dos pássaros e o som do vendo batendo nas palmas de babaçu – Por quê? Você não toma banho com o Arnaldo?
— Mas ele é meu pai e tu…
— De certa forma Lídia é minha filha…
Fernanda olhou para onde estavam as garotas e sorriu.
— Mas o papai não faz aquelas coisas comigo… – parou, estávamos quase dentro da água – E tu mete o pau na periquita dela?
Olhei pra ela por alguns instantes e sentei em um tronco retorcido de uma árvore arrancada na última cheia do rio.
— O que Lídia lhe contou?
Fernanda sentou dentro da água, cruzou as pernas e me encarou.
— Falou de umas coisas que tu fazes com ela… – abaixou a vista e segurou o pé – Tu come ela, não come?
— Você sabe que sim…, a gente mantém relação sexual…
— Mas tio, ela não é muito nova pra essas coisas?

📝 Respirei fundo, realmente Lídia era quase uma criança que ainda deveria estar brincando com bonecas e vivendo a vida de criança. Esse era um fato que me incomodava muito mais que como foi com Natália e Ana Clara, fechei os olhos e apoiei meu peso nos braços, o tempo pareceu voltar…

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Recordações de momentos vividos…

📅 23 de setembro de 1995, sábado – Caieiras (A garota que quer querer)
✔ (Naquele sábado Angélica e Ana Clara tinham saído e Amanda entrou na biblioteca onde eu estava lendo um relatório de intenções.)

— Porque tu tá fugindo de mim, sou bicho por acaso?
— Bicho não… – virei para ela – Você é só uma menina levada…
— Tu sabes que não sou… – puxou a cadeira e sentou – Mas tu não podes fazer assim comigo.
Já tinha conversado com Elisabeth sobre a filha e sobre Amanda, mas minha comadre apenas riu e levou na brincadeira.
— Mas é verdade filha, você é apenas uma criança com ideias estranhas… – passei a mão em sua cabeça – Tira essas coisas dessa cabecinha, vá brincar como as crianças de sua idade…
Ela me olhou, os olhos cheios de lágrimas.
— Não sei explicar isso tio… – enxugou o fio de lágrimas que despencou dos olhos – Mas eu só sei que te quero muito…
Respirei fundo e afastei minha cadeira.
— Venha cá, senta aqui comigo…
Ela pareceu respirar mais aliviada e sentou de frente para mim, ficamos nos encarando, eu queria ter o poder de entrar na mente de minha morena e tirar aquele estranho modo de sentir.
— Você também sabe que te amo muito, mas existem coisas que não podemos fazer… – parei e olhei para ela – E essa periquita é muito pequena viu?
De brincadeira passei a mão entre suas pernas, ela vestia uma calcinha folgada e meu dedo tocou na pequena abertura lisa, ela tremeu e suspirou.
— Quando tu passa a mão me dá uma coisa aqui dentro… – segurou minha mão e forçou para suas pernas – Um dia tu ainda vai acreditar em mim…
Mas eu acreditava, apesar de querer me enganar eu acreditava e sabia que havia muito mais que o gostar de menina e isso me assustava, não sabia como agir.
— Não sei de onde você tirou essa coisa Amanda – puxei minha mão – Te amo demais da conta, mas não podemos fazer isso, você é minha filha…
— Não sou…, não queria ser…
— Mais é… – por mais que tentasse puxar o que dizer, não conseguia – Você é minha princesa, meu grande tesouro e…, e isso não pode acontecer…
— Porque?

📝 Deu graças aos céus pela chegada de Natália. Pelo menos naquele dia não teria de responder…

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Voltando para tempo atual

— Tu viajou pra longe tio… – ouvi Fernanda – O que tu estava pensando?
Abri os olhos e tentei sorrir, sempre me achei meio estranho e muito mais quando falava esse tipo de coisas com meninas ainda quase crianças.
— Realmente fui longe… – levantei o corri para dentro da água.
Mergulhei e nadei, por baixo da água, até a outra margem. Fernanda ficou olhando e, quando submergi, ela nadou até onde eu estava. Esperei que chegasse e puxei sua mão.
— Tu não respondeu minha pergunta… – se dependurou em minha costa.
Peguei com cuidado e carinho e a coloquei sentada em minha perna, olhei para ela.
— Realmente Nanda, Lídia é muito nova… – olhei dentro de seus olhos – Nem eu mesmo sei por que isso aconteceu…
— Mas não foi tu…, ela disse que foi ela quem quis…
— Mas se eu não deixasse nada teria acontecido… – ouvi vozes e rios, as garotas estavam voltando – E o que você diz disso tudo?
Fernanda também ouviu as garotas.
— Ela te ama e te quer, é isso o que importa, não é?
Não tive como evitar quando ela se aproximou e me deu um beijo pequeno nos lábios.
— Até eu ia querer…
Soltou meu braço e mergulhou, fiquei olhando ela nadar em direção da praia.
— Olha lá o belo adormecido! – Lídia gritou e correu para o rio.
Francis entrou na cabana para deixar os peixes já tratados e voltou enrolada em uma toalha. Fernanda ficou olhando Lídia nadando em minha direção e Francisca também saiu da cabana enrolada em toalha. Desviei a atenção para Lídia que estava chegando.
— Pegamos onze peixes… – segurou minha mão e sentou em meu colo – Eu peguei quatro…
Contou da pescaria, vestia uma bermuda fina que molhada deixava ver o sexo, a camisa, também molhada, demarcava os pequenos seios.
— Larga que ele é meu! – Francis chegou e puxou a filha pela cintura, as duas afundaram brincando.
Olhei para a outra margem, Fernanda estava em pé nua e Francisca tinha tirado a parte de cima do biquíni. Francilice também estava nua.
Não estranhei ver Francis banhando sem roupa, mas não esperava que Francisca também fosse banhar do mesmo jeito e de Fernanda eu poderia esperar tudo.
Quando o sol de pôs acendi uma fogueira enquanto as garotas preparavam o lanche da noite, ligaram o toca disco do carro e o vazio se encheu com músicas melodiosas. Lanchamos e fomos jogar baralho e contar das coisas do dia, a pescaria foi o assunto que reinou. O clima estava mudando e, para compensar o frio, bebemos vinho tinto tirando gosto com peixe assado na brasa.
Ficamos conversando e brincando até quase dez horas da noite, o clima era frio e as meninas se agasalharam como puderam. Eu e Francis ficamos ainda conversando enquanto as três se recolheram.
— A Lidinha está muito saída pro teu lado… – Francis falou depois de ficarmos sós.
— Tua és culpada por isso… – tomei um gole de vinho, estávamos na terceira garrafa – Sempre te falei…
— Me diz uma coisa… – ela também bebeu e encheu novamente nossos copos – Tu tem coragem de comer ela?
— Ela é só uma criança amor… – gelei por dentro quando ela falou aquilo.
Francilice tornou beber antes de voltar a falar.
— Se um dias tu comeres ela… – me olhou séria – Só te peço que sejas carinhoso e…, não faça ela sofrer e nem pegar filho…
— Não te entendo Francis, nem parece que tu és mãe dela… – suspirei fundo, deu vontade de abrir o jogo, mas achei melhor calar.
— Não tem nada de estranho Júnior, ela é mulher e…, tudo indica que te escolheu… E sei que tu és um homem decente…, não vai magoar minha filha…
— Francis!… – minha língua estava coçando para falar que já tinha acontecido – E se acontecer? Como é que ia ser?
Ela olhou para o fogo e ficou pensativa, bebeu dois goles e se levantou e andou em direção ao rio. Fiquei observando sua ação, parecia até que ela ainda não tinha pensado de verdade na possibilidade como se fosse apenas um sonho. Peguei meu copo e a segui.
— Se realmente acontecer…, não sei Júnior… – balançou a cabeça, tomou o resto do vinho e sorriu – Ia ser uma sacanagem só…, tu ia se lascar pra dar conta de duas…
Logo entramos, as três estavam agasalhadas e embrulhadas em cobertores pesados, Francisca já tinha dormido e Fernanda e Lídia conversavam sussurrando. Quando entramos as duas pararam. Armei a rede de Francis e a minha e deitamos, ficamos conversando e traçamos planos para o dia seguinte.
Francilice não demorou pegar no sono, apaguei o lampião a gás e avivei a fogueira colocando bastante lenha para rebater o frio. Quando voltei Lídia estava deitada em minha rede.
— Vou dormir contigo… – afastou e deitei – Está fazendo muito frio pai…

📝 Olhei para Fernanda e ela me olhava sorrindo. Durante a noite mantivemos relação antes de pegarmos no sono…

No próximo episódio:

✒️ Lídia e Fernanda tomam banho no rio nuas, Francis está cabreira, mas se deixa fotografar nua, a pequena Francisca aos poucos se solta e acompanha a irmã nua… O tempo parece voltar e Júnior recorda de uma conversa com Elisabeth nua querendo não ser menina… Francis chupa o pau de Júnior e fode dentro do rio… Lídia fala para Júnior que a mãe quer ver os dois fodendo…

🗂️ Você leu o episódio 10, comente, atribua nota e continue lendo…
⭐⭐⭐⭐⭐

🖐️ Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência…

Continua…

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1 comentário

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
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  • Responder shygio ID:h5ir91d9a

    Muito excitante. Nota 10.