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O outro verso

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Nota: É uma obra de ficção literária, não somente focada no erotismo.

Olá, me chamo Jaques Cristophe Lumier Alvien, tenho 32 anos, vivo numa pequena cidade chamada Lufien, na província de Ericles, sou o que pode se chamar de alquimista/ produtor de pergaminhos, mas a verdade é que sou do futuro.
A história que vou narrar agora é um pouco fantástica, tá bem, muito fantástica, mas acredito que o dispositivo que criei vai conseguir inserir a mesma na internet por meados dos anos 2000 e assim divulgar meu diário data base.
Eu na verdade nasci na França, em 12 de julho de 2105, sim isso mesmo a viagem temporal foi criada na França e sim por mim, agora alguns até podem me achar um gênio, mas gênio mesmo eu seria se tivesse feito um teste drive antes com uma data mais próxima a minha e não ter feito uma viagem de 6000 anos AC para o passado, onde algumas peças e tecnologias necessárias para o concerto da máquina, não existem e muito menos podem ser produzidas, daí o meu dilema.
Os registros históricos desta época, são praticamente inexistentes ou imprecisos baseado na realidade em que vivo e na qual vive, muitas das grandes nações que surgiram e tomamos conhecimento ao longo da história, ainda não demonstraram qualquer sinal de existência aqui, ou simplesmente o nome não bate com o registro, que os tão famosos antropólogos nos fizeram acreditar, vamos lá.
Eu estou escrevendo esse diário data base para alguém poder entender o que aconteceu comigo ou talvez mudar a nossa realidade, pois esta foi a minha forma de fugir da extinção humana causada pelo Covid-22, antes desta aberração viral, houveram outros mutagênicos do vírus, mas a ganancia dos governos mundiais e das pessoas ricas de nosso tempo, fizeram a humanidade agir de forma leviana quanto ao contagio e evolução do mesmo, continentes inteiros foram dizimados pela forma viral mais agressiva conhecida pelo homem.
Espero que qualquer alteração que fizer aqui seja o suficiente para dar uma nova chance a humanidade, eu ao aterrissar, machuquei seriamente o tornozelo, o que me deixou manco, em vista dos tratamentos de saúde existentes nesta época e a máquina ficou com o transformador de propulsão e o console de suporte temporal completamente destruídos, a única coisa que pude aproveitar foi o HD, mas como utiliza-lo e para que se não existe uma forma de energia limpa e viável, nem muito menos um serviço de cabeamento dial up no momento não é mesmo.
Os primeiros dias fiquei numa cabana mal estruturada de uma mulher meio obesa, mas bondosa de nome Dornana, ela havia sido prostituta, sim é realmente a profissão mais antiga do mundo, Dornana queria ter sexo comigo, mas neguei em vista que vi nela os sinais de gonorreia e herpes de cara, uma alma muito boa, diga se de passagem, mas continuei, devem estar se perguntando como consegui interagir com ela mediante a gigantesca diferença cultural, eu respondo, ela falava latim e não só o latim, mas um latim muito próximo ao Português, o que é incrível, devido ser uma das três línguas que eu sei falar e escrever ser o português.
Dornana também era bem vivenciada em outras línguas, ela me explicou que isso se dava por sua necessidade profissional, eu entendi na hora, bem como as prostituas de outra épocas fariam, depois de pegar mais algumas informações com Dornana eu me dirigi de Muriet que era a vila em que estava para a cidade maior de Lixia, lá havia uma espécie de senhor da guerra local, parecido com um rei, só que não tão nobre, Isamur era seu nome, ele tinha a lealdade de outros trogloditas, mediante os meus conhecimentos consegui sua atenção e encanta-lo com alguns poucos prodígios, para que assim ele me visse como um tipo de mago ou algo parecido.
Isamur logo me deu um local em seu primitivo forte, lá eu pude estabelecer algumas coisas, usando seus homens, ensinei como construir um banheiro de verdade onde eu pudesse finalmente ficar limpo, eles a princípio não entenderam essa necessidade, mas convenci Isamur de que aquilo era necessário para um ritual, onde ele e seus homens ao passarem, se tornariam imunes a alguns venenos, o que de fato não era mentira visto que a limpeza era na forma mais amena de dizer, subjetiva para aquelas pessoas, alguns dos homens não entendiam o meu idioma e eu não podia mostrar ser grosso com eles, pois devem acreditar quando digo que os jogadores de basquete de nossa milênio, não eram nada em comparação a esses homens.
Me pergunto porque nós diminuímos tanto de tamanho, o próprio Isamur tinha dois metros e trinta, mas Bergal o mais burro de seus homens beirava os três metros, depois do banheiro e de acostuma-los a tomar banho regularmente, ofereci a ele a confecção de uma forja, mas como trabalhar metais, simples, com o que se tinha, eles sabiam como trabalhar bronze, mas as facas não eram de nada, nesse momento eu sai com uns de seus homens e numa cordilheira ali perto vi os indícios de cal, giz e salitre, aquilo me lembrou de uma combinação poderosa, voltei aos meus aposentos, neste meio tempo, estava evitando comer aquela comida mal lavada, me alimentava quase que exclusivamente de goiaba, pois ali mesmo no meio da rua, tinham alguns pés da fruta.
Levou duas semanas, mas consegui que eles terminassem o que seria meu primeiro laboratório ali, precário, mas a necessidade de paredes reforçadas com o emplastro que fiz com fezes de iaque e cal, serviriam muito bem, Isamur, ficou abismado com o formato liso das paredes, sem frestas e sua resistência ao mandar um dos homens dar um soco na parede e o mesmo quebrar a mão, fiquei com pena daquele pobre coitado, então eu peguei alguns galhos na floresta, tecido da minha própria camisa que por sinal era vista com estranheza por eles e fiz uma tala depois de mostrar a outro como ele deveria fazer para pôr seu dedo de volta no lugar, mesmo este levando um soco com a dor do mesmo.
Após colocar a tala e dizer que ele deveria manter o braço em repouso, todos me olhavam com encanto, Isamur impressionado com meus conhecimentos, pediu que fosse ajustando seu forte com as paredes novas e assim eu fui encarregado de supervisionar a restruturação, mas não tinha todo o tempo do mundo então não me preocupei de deixá-lo melhor, só fiz três cômodos a mais e nomeei outro para apenas transformar as paredes dos cômodos existentes.
Agora o forte de Isamur tinha uma aparecia imponente e eu tinha uma forja e um laboratório e uma nova cozinha para mim, logo fomos atacados pelos Fidelgas que era um clã bárbaro rival, mas eles não conseguiram nem arranhar a superfície do forte, neste momento, eu havia produzido algumas bombas com salitre e agrimônia tirada das papoulas e de minha janela joguei neles e muitos caíram, Isamur foi atingido por uma adaga no pescoço, não pude fazer nada por ele, mas quando ele morreu, não imaginava que aqueles brutos ao escolherem um novo mestre, me escolheriam.
O Fidelgas ali foram aniquilados, assim Bergal e os outros disseram que seria melhor ir até a vila deles e colher os ganhos da batalha, entendi que seria algo bem sórdido, mas talvez eu pudesse tirar proveito disso, os seis homens que restaram na vila não foram páreo para o meu novo bando, depois disso os anciões de lá foram mortos por eles e eles pegaram o que queriam realmente, que eram as mulheres e crianças, mas como eu era o novo chefe, eles me trouxeram todos, para saber quem eu queria, pois eu tinha o direito de escolher primeiro.
Nisto eu vi uma mulher que aparentemente estava saudável, duas garotas que eram jovens e um rapazinho, estes foram os que escolhi para mim, eles logo entenderam que eram minha propriedade, mas aquilo ainda não me deixava confortável, as demais mulheres e outros foram pegas pelos demais.
Quando regressamos, eu vi que eles não falavam nada da minha língua, mas eram mais saudáveis do que os outros e meu interesse era mantê-las assim, para servir aos meu propósitos, tratei de despir todos e os fiz tomar banho, com o salitre e canfora da azaleia eu fiz uma mistura que simulava o sabão, fiz minhas mulheres e meu garoto tomarem banho e vi que de fato havia criado sabão, dali coloquei a mulher e uma garota na minha cozinha e o garoto coloquei na minha forja a outra garota, coloquei em meu quarto, mas não como estão pensando.
Gradativamente usando de muita paciência e gestual, fui ensinando aos meus escravos por falta de uma palavra melhor, a cozinhar, lavar bem as mãos e os alimentos, aquecer a forja e a varrer e trocar os panos do quarto, com cerca de dois meses, eles já faziam bem suas funções e tinham seu quarto e eram bem tratados, seus modos eram agora melhores que os de meus homens e eles estavam felizes, tanto que sempre me abraçavam como se fosse o pai deles, depois que usei giz para ensinar-lhes minha escrita, eles me contaram mais sobre a forma miserável em que viviam.
Neste mesmo tempo as escravas de meus homens começaram a morrer de enfermidades, foi quando eles passaram a querer amolar minhas escravas, não podia subjuga-los pela força, então mostrei magia e inteligência, ao subjugar sua libido, dando azaleia e carmim em sua comida, castrando os mais agressivos aos poucos, não podia arriscar que eles maculassem a saúde de minhas escravas, com suas enfermidades.
Bergal se mostrava desrespeitoso a mim, sempre se impondo, foi quando me surgiu a ideia de desenvolver suas armas, avisei as minhas escrava que ficaria um tempo fora e que até meu regresso elas deveriam permanecer na cozinha fechadas, elas obedeceram e com Bergal e outros homens fui atrás de algum indicio de uma mina onde ferro ou outro minério pudesse ser extraído.
Já na província de Ericles, achamos um veio de ferro, aqueles brutos ficaram batendo com pedras até arrancarem um pedaço, muitos feridos, que gerariam seis mortes, mas o que podia fazer de fato, ao regressar, vi que a porta da cozinha havia sido forçada e que uma de minhas escravas, a mais velha havia sido estuprada e morta, fiquei imensamente irritado, fui para a forja, que nunca esquentara tanto como naquele momento, fiz uma fechadura, grosseira mas era o tinha e consegui fazer duas pequenas picaretas.
Desta vez levei o menino comigo, as duas garotas fiquei com medo de tranca-las no meu quarto e elas morrerem de fome, então instalei a fechadura na cozinha e pedi que caso acontecesse algo elas se escondessem num buraco que havia feito sem os demais saberem, próximo a pia, ensinei isso só a elas.
O menino tinha um nome esquisito de sua língua, mas eu disse que a partir de agora, seu some seria Pierre, ele ficou contente apesar de se referir a si mesmo como Perro, ao retornar a mina, conseguimos uma amostra bem maior de ferro e fui orientando Pierre sobre e como deveríamos fazer, logo vimos perdizes que foram caçadas por meus homens, eles queriam come-las logo praticamente cruas, mas os convencia de lhes dar um banquete ao chegarmos.
Vi que novamente tinham forçado minha fechadura, mas não haviam conseguido entrar, pedi as meninas que abrissem e logo elas se aproximaram felizes ao me ver e me abraçando, falei do que elas deveriam fazer com as perdizes, pois pretendia dar um banquete para comemorar, eles ficaram muito admirados com o gosto da comida, em quanto isso Pierre havia contado a elas que eu havia lhe dado um nome, elas muito ouriçadas, com certa dificuldade de falar em Latim aportuguesado, me pediram nomes também, de bom grado a loira chamei de Monique e a de cabelos negros chamei de Isabele, como Pierre tiveram dificuldade de falar seus novos nomes, mas ficaram contentes com os mesmos.
Mais tarde vi o quanto era difícil trabalhar com metais mais rigorosos para fazer espadas, mas estava aprendendo, além disso o molde de pedra estava gasto, foi quando me lembrei de uma coisa que havia visto na casa de Dornana, na manhã seguinte, peguei minha meninas e fui até lá e fiz a besteira de deixar Pierre no forte, Dornana estava muito mal, doente o frio a mataria em poucas semanas, realmente qualquer ferimento naquela época era muito perigoso, ela ficou feliz de me ver e eu pude junto a alguns homens levar o molde que queria para meus aposentos e criar assim espadas que pareciam árabes, mesmo assim com dificuldade de trabalhar com uma bainha, elas ficaram parecendo mais facões de corte, Isabele ganhou um vestido de Dornana, que era bem vulgar, mas ela gostou e depois de bem lavado, estava novo.
Enterramos Dornana duas semanas depois, fiquei triste por ela, mas ao ver uma coisa na lapide que era feita de madeira, vi ali a empunhadura certa para minhas espadas, neste tempo Isabele por ser mais velha, além de já ter as formas de mulher, se mostrava provocante, aquilo me preocupou, pois podia incitar os homens, com minha primeira espada pronta, decide confronta-los e ver quem estava forçando minhas fechaduras, Bergal sempre intempestivo a mim, debochou do meu alarde e insinuou que eu não era homem, não podia deixar aquilo barato e disse que ele que era um troll e não era páreo para mim, neste momento ele veio para cima de mim com sua faca, não tive dúvidas, desembainhei minha espada e antes que me atingisse com sua faca, perfurei a cabeça dele no meio, a espada ficou presa em seu crânio em quanto ele caia.
Novamente perguntei a eles quem havia forçado as fechaduras, agora com medo os demais, apontaram dois, um foi logo confirmado pelas meninas que matara Allureia a outra mulher em quanto a agredia, o outro fiquei triste em saber que havia abusado da bunda de Pierre deixando descadeirado em quanto me ausentei, o próprio Pierre me contou isso chorando, agora buscando alguma justiça para si, ambos os homens ficaram muito amedrontados, eu disse que eles estavam banidos do grupo, eles agradeceram por suas vidas e saíram, mas depois que cruzaram a porta, joguei duas bombas neles, que morreram gritando com seus pedaços espalhados pela calçada.
Depois disso mesmo com as provocações de Isabele e o corpo tomando forma de Monique, nem minha autoridade, nem minha propriedade foram atacadas, havia se passados um ano que estava ali, foi quando Isabele já falando minha língua melhor me chamando de mestre, implorou para que eu a possuísse, eu não me contive afinal também a muito não sentia o toque de uma mulher, desta noite em diante, ela passou a ter relações comigo, Monique a olhava com ciúmes e desdém depois disso.
Pierre nunca mais se recuperou plenamente e era amedrontado, e andava com certa dificuldade, devia ter ficado com alguma sequela no cóccix, os homens que ficaram, devido a alimentação bem preparada e os cuidados com saúde e higiene, se tornaram mais robustos e suas feições melhoraram, agora plenamente fieis a mim, faziam a segurança e mineração da mina, já bem armados com espadas, pulseiras, ombreiras, tornozeleiras e alguns até com um tipo de peitoral que havia criado, era embutido numa camisa que pedi as meninas para costurarem, parecia uma jaqueta fechada por trás com um peitoral de ferro dentro, o que era bom, pois não os deixavam pesados e também estava dentro do que podia fazer, só não sabia ainda como com meus recursos fazer elmos.
Foi quando fui informado que aparentemente a mina tinha esvaído, teríamos que adentrar mais no território de Ericles, para vasculhar uma nova mina, foi nisso que eu me lasquei amigos, o chefe comandante Pantalemon do rei Ericles, cercou meus homens, eles de alguma forma também já haviam começado a trabalhar com metal e devido ao seu número superior, meus homens foram rendidos, lá eles disseram que trabalhavam para o mago de Lixia, o rei ficou curioso em saber como eu conhecia o enigma do ferro e principalmente quando lhe disseram que eu era um mago.
Logo Lixia recebeu uma comitiva de soldados e um pergaminho de Ericles, me convocando a comparecer em seu reino, não havia oque ser feito, então deixei Fazum, um de meus homens junto a Pierre tomando conta do Forte, pensei em levar comigo ambas as mulheres, por receio mesmo da segurança delas, mas Isabele não quis vir, então segui com Monique para a cidade capital de Ericles, no caminho ouvia uma voz de mulher, que não sabia de onde vinha, mas continuei mesmo assim, a noite em quanto acampávamos eu, Monique e Riodis, tive um sonho com uma mulher de azul que me olhava com um ar de encanto, sorria para mim e pedia para ir ao seu encontro.
No outro dia acordei atordoado, mas peguei meu sinto que continha algumas loções de bomba e minha armadura e fui ao encontro do rei, la Ericles, tinha certa magnitude para uma cidade primitiva, o seu rei no entanto era uma criatura horrenda, careca, corcunda e possuía uma deformidade no rosto, mas estava cercado por quatro belas jovens mulheres, exigiu que todos saíssem da sala e me disse que havia me convocado após descobrir que eu era um mago, me disse que ansiava por um herdeiro, mas que nenhuma de suas belas esposas, conseguia lhe dar nenhum filho, por um momento fiquei com pena de tão belas mulheres tendo de se acasalar com um ogro como ele, me daria o que eu quisesse em troca da realização deste sonho, ponderei e aceitei, de qualquer forma, ganharia tempo para bolar uma estratégia, mas após pesquisar um pouco pude entender que o rei não era feio daquele jeito sem motivo, a procriação consanguínea constante de seus antepassados, lhe geraram sua aparência e sua total esterilidade.
O que fazer eu pensava, então novamente ouvi a voz de mulher e agora, sentia de onde estava vindo, eu era um homem da ciência e aquilo era loucura demais para mim será que testemunhei tantas barbaridades que fiquei louco, mesmo assim, pedi que Monique tomasse de conta do meu quarto e Riodis ficasse na porta e a guardasse, avisei ao rei que sairia, para procurar ingrediente que precisava para o seu elixir, mas caso acontecesse algo com meu soldado ou com minha companhia, seu sonho de ter um herdeiro, também cairia por terra.
Segui a voz até uma terra linda e intocada na própria província, pelo solo e as plantas diversas, vi que ali era muito fértil e banhado por um rio de águas cristalinas, foi quando a vi, uma mulher de vestes e cabelo azul com aparência de molhado, me olhando com um sorriso encantador, então perguntei:
Quem é você?
Eu sou Undine, respondeu.
Porque não paro de ouvir sua voz e como isso é possível?
Você é um ser curioso, mas tem um entendimento deste mundo, que nenhum outro vivente aqui terá.
Você não respondeu minha pergunta.
Exatamente, sua vivacidade me fascina, eu sou o espirito da água e você Mago de Lixia, ou devo chama-lo de Lumier, pode me ouvir, pois eu lhe forneci uma conexão psico-elemental.
Mas isso é impossível!
Impossível? Isto vindo do homem que dobrou a curva do tempo, me parece um tanto ingênuo.
Como sabe disso? Eu não contei isso para ninguém.
Agora acredita!
É tudo bem, mas isso não explica o que você quer comigo.
Eu queria conhecer o único humano neste mundo, digno de ser meu mestre.
Mestre, como assim?
Devido a sua condição Lumier, seria muito proveitoso para ambos nos associar.
É pode até ser, mas como faríamos isso?
Uma associação entre um humano e um espirito é possível através de um fractal, eles são pedras que são usadas no que chamamos de o vínculo.
Fractal, o vínculo? Não faço ideia do que são.
Quer que eu te mostre e te ensine o caminho?
Acho que sim.
Neste momento Undine começou a se despir, eu a interrompe e perguntei porque ela estava fazendo isso, em quanto suas vestes viravam água ao tocar o chão ela disse:
Para lhe mostrar, preciso me conectar a você em nexos, ou nirvana, para isso você precisa gozar, quando estiver gozando por um momento seu pensamento vai fluir em nirvana e ai o seu córtex estará livre para ganhar o conhecimento, diretamente de mim.
Então logo me vi a copular com Undine ali no meio da relva:
Isso, isso me dê acesso a sua…
Ahhhh
A sua… Mente…
Foi quando vi ela ficar transparente e o meu sêmen fluir dentro dela, em seguida um conhecimento místico foi inserido na minha cabeça, na rapidez de um bater de olhos, foi intenso demais, quando algo que nem ela esperava aconteceu, uma luz brilhou dentro dela e:
Oh Lumier…
Oque foi Undine?
Você gerou…
Oque, eu gerei oque?
Gerou vida!
Foi quando a luz começou a se dissipar e um bebe aparentemente feito de água, se criou na barriga de Undine, não mais que 10 segundos se passaram e ela segurava o bebe agora nos braços e quando ela voltou a ter a aparência anterior, o bebe também ficou com tom de pele:
Nós tivemos um filho? Perguntei abobalhado.
Lumier sua sagacidade me impressiona!
Eu sorri e disse:
É espantoso, pois não fazia ideia de que isso era possível.
Qual será o nome desta cria Lumier?
Eu que tenho que dizer?
Sim! suposto que você viu que é o pai.
Hum… Ajax!
Perfeito o nome do meu rebento com meu futuro mestre será Ajax.
Mas Undine, eu ainda tenho problemas para resolver, eu sei como o ritual é feito, mas não sei onde achar o fractal, nem como tornar um rei infértil, fértil novamente.
É possível que entre os tesouros de Ericles, haja um fractal, quanto ao infortúnio do rei, não se preocupe, quando for o detentor dos meus poderes, saberá o que fazer.
Quando retornei, requisitei uma audiência com o Rei Ericles, o mesmo me disse que eu devia me apressar, pois não sabia quanto tempo sua saúde permitiria sua passagem por nosso mundo, os conceitos de religião e ordem do que é divino, ainda não estavam muito bem embasados aqui, mas havia uma riqueza de conhecimentos que agora devido ao fluxo com Undine, que era assim que chamava, eu possuía, entendia agora o quanto a igreja e o período das cruzadas, destruiu o conhecimento do mundo, obscurecendo nossa visão para tanto que existia, ao alegar que tudo era pagão e precisava ser destruído.
Na audiência com o rei, lhe informei que precisava de um artefato de extrema importância, ele ficou atento, mas desconfiado quando me referi ao tesouro real, indagando-me se eu não estava planejando nenhum golpe, lhe afirmei que não, mas nem eu sabia ao certo, quando os guardas me levaram até a sala do tesouro, me alertaram para não tocar em nada, mas quando ia me aproximando de um pequeno pendant, vi nele encrostada uma joia de um tom ciano, quando me aproximei para senti-la, percebi que era aquilo, mas os guardas já haviam desembainhado suas espadas para me atacar, foi quando lhes disse;
Tudo bem, isto fica aqui, mas expliquem vocês ao rei, o porquê de sua vontade ser negada.
Eles receosos, responderam que eu poderia pegar apenas aquilo e nada mais, peguei rapidamente o Fractal, mas depois o rei proibiu minha saída da cidade, o que fazia sentido, então expliquei que deveria construir um banheiro e que as esposas reais passariam por um ritual, o rei estava visivelmente irritado, pois ele detestava esperar, mas o banheiro, devido as minhas especificações e o contingente vasto de empregados ficou pronto em dois dias, pedi para ficar sozinho e quando me aproximei da água, chamei baixinho por Undine, chamei por três vezes, quando já virava o rosto para porta e me preparava para aceitar meu destino nas mãos do rei, senti seu toque molhado em minha nuca e suas palavras em seguida me dizendo:
Feche os olhos e recite as palavras…
Eu Jaques Cristophe Lumier Alvien, convoco a te os poderes daquela que traz a vida, conceda a mim o poder da água, Undine!
Em seguida, senti o corpo de Undine virando água e por meio de vários veios que pareciam pequenos rios por todo o meu corpo, seguirem para dentro do Fractal, quando terminou vi que a pedra agora brilhava e a convoquei pelo seu nome.
Eu o obedeço meu amo! Disse Undine agora se materializando na minha frente.
Como Undine eu irie fazer o rei ter herdeiros?
Meu amo, a construção desse banheiro foi providencial se me permite o meu mestre fara assim…
Em seguida ela foi me explicando o plano que depois eu passaria para o rei.
Majestade agora que o local dos ritos está pronto, cada esposa entrara e passara pelo devido rito dentro dos próximos sete dias, a partir de “vigoris” (Que na cultura deles seria o equivalente a domingo que seria o dia seguinte).
Mas meu senhor só poderá ter relações com elas ao fim destes setes. O adverti.
Quê, como ousa!
Neste momento os guardas me apontaram suas lanças e continuei:
Meu rei, sou seu servo, me pedistes para realizar um feito incomum, mas se não o deseja mais, pode tirar minha vida.
Não! disse o rei temeroso, fazendo um gesto para que seus guardas recolhessem as lanças
Em seguida, mesmo frustrado ele disse que ia esperar, mas se caso ele não visse resultado, ele me degolaria e adicionaria minha jovem escrava ao seu harém, concordei e segui ao preparativos.
No dia seguinte a primeira esposa do rei apareceu, no banheiro, Undine usou suas águas para aquela mulher ter um ciclo de fertilidade mais propicio e limpando completamente a semente morta de seu marido do seu ventre, usando a magia de Undine, aos seus olhos eu tinha a forma de seu marido, então a enlacei e a inseminei durante todo o dia até o fim da tarde, ela estava acabada, porem com um semblante feliz e seu útero recheado com minha semente, no dia seguinte eu descansei e me fortifiquei.
No terceiro dia a segunda mulher do rei apareceu e novamente, Undine usou suas águas para aquela mulher ter um ciclo de fertilidade mais propicio e limpando completamente a semente morta de seu marido do seu ventre, usei aquela mulher com bem menos pudor e me passando por seu marido a beijei todas as cinco vezes que a inseminei naquele dia, que mulher linda.
No quarto dia descansei e novamente me fortifiquei, os demais dias não foram diferentes, com exceção do sétimo dia, que já estava exaurido e por um momento quando minha magia estava fraca a ilusão se desfez, a quarta mulher do rei que acabara de inseminar pela primeira vez, me viu e de espanto me olhou com uma cara assustada, por algum tempo, não entendi, pois não havia percebido que o efeito dos poderes havia passado, mas logo a mulher voltou a me olhar lasciva e agora remexia mais os quadris, gemia e procurava minha boca com mais frequência, ela de rosto não era deslumbrante como a segunda esposa, mas ainda assim, bonita e seu corpo era magnifico, em muitos aspectos melhor que o das outras com lindas pernas torneadas, um bumbum rijo, bem arredondado e sua pele dourada por um bronze inerente de sua terra natal, a palavra que me vinha a mente era ‘gostosa’.
Quando a inseminei pela quarta vez, já estava esgotado e pensei em parar, foi quando ela fez o que nenhuma das outras havia feito, ela nua, ficou entre as minhas pernas e passou a sugar meu falo com volúpia e a cada mamada ela passou a falar:
Eu sei que desta vez… (slap)
Meu senhor ficaria contente… (slap)
Com o resultado dos esforços de suas esposas… (slap, slap)
E então passou a me chupar com mais força e agilidade, até que não aguentando mais comecei a gozar em sua boca, ela não parou de me mamar nem por um segundo em quanto ejaculava em sua boca, quando terminei, ela tirou parte do meu sêmen de sua boca e sorrindo para mim se levantou e com os dedos, os enfiou aquele sêmen na própria vagina dizendo:
E também com o seu vigor Mago.
Me deu uma piscadinha com o olho e saiu do ambiente, foi quando percebi que ela podia me ver de verdade, aquilo me assustou, mas Undine me disse que não havia porque temer, uma vez que esta esposa se divertiu com o nosso ardil, ela provavelmente se calaria a respeito.
Naquela noite, Undine disse que eu precisava ejacular mais uma vez, eu disse que não sabia se teria animo, foi quando ela assumiu a forma de Monique e como ela seria aparentemente nua, me beijou o corpo todo e logo me vi deitado em quanto ela me cavalgava com o rosto e a voz de minha escrava, gemendo para mim, quando estava prestes a gozar, Undine pegou um cálice com água do seu rio e meu sêmen e disse:
O elixir do rei está pronto!
Você realmente não espera que eu vá fazer isso não é?
O que tem demais?
Eu não posso dar ao rei o meu sêmen dizendo ser um elixir.
Você pode e vai!
Isso já é maldade, não basta o que fiz com as esposas dele?
Isso é necessário
Porque?
Pois quando o rei ingerir este elixir, sua visão se turvara para a imagem de sua prole e ao ver traços que são do meu amo, ele só reconhecera os próprios, mesmo que não exista nenhum.
No outro dia, dei o elixir para o rei e disse que ele agora deveria ter com suas esposas, ele achou estranho aquilo parecer apenas uma água turvada, mas mesmo assim a bebeu, em seguida me disse:
Que poção deliciosa Mago!
Meu senhor gostou?
Sim, nunca provei algo tão doce, com certeza me fortificara para fazer muitos filhos em minhas esposas, obrigado!
Estou aqui para servi-lo meu rei.
Cerca de três semanas depois, o rei já estava impaciente querendo a minha cabeça novamente, quando suas quatro esposas começaram a demonstrar sinais de enjoo, pediu ao velho medico real para fazer os testes, ele fez um teste com uma carne, todas provocaram e depois fez o teste do cheiro com uma erva forte e elas não aguentaram ficar nem na sala.
O rei estava muito contente e nem sabia como me agradecer, então eu lhe disse que podia me agradecer com um presente por cada esposa, ele riu da minha audácia, mas concordou, o primeiro que eu gostaria de ficar com aquela pedra, ele não se importou, havia tesouros maiores segundo ele no cofre, em segundo gostaria que libertasse os meus homens que ainda estavam vivos, ele não se negou e disse que eu estava sendo até bem razoável em meus pedidos, no terceiro que me desse passagem livre para explorar as minas de ferro de sua província, ele ficou meio irritado, mas consentiu e disse para que eu fizesse logo o quarto, pois não tinha a vida toda pra ficar ali me atendendo de forma impaciente e por fim disse ao rei que gostaria de ter a posse da terra na região do rio, pois pretendia criar uma aldeia por lá, ele se levantou da cadeira exaltado e disse:
Você é muito oportunista não é mago!
Eu meu senhor, mas estava apenas me apresando com meu pedido.
Pois bem, os três primeiros você já tem, mas o último, eu só lhe darei caso eu fiquei satisfeito com o resultado dos seus serviços.
Muito bem meu senhor, creio eu que ficara.
Veremos… Veremos.
Sai dali com meus homens e Monique, ao olhar novamente para Monique, me vinha a mente os momentos luxuriosos que tive com Undine tomando a forma dela, ela sorriu para mim e me abraçou em quanto andávamos para fora da cidade, me toquei que apesar de ser uma jovem mulher, a tinha como uma filha que cresceu debaixo dos meus olhos e assim, seguimos viagem.
Ao voltar, soube que Isabele tinha se entregado a vida das profanas, ou seja, estava se prostituindo, Pierre até tentou impedir, mas não conseguiu e Fazum argumentou que tinha recebido ordens de proteger minha casa, mas não quem estava fora dela, muito justo, ao procurar Isabele, vi que tinha feito fama como prostituta e já havia mantido relações sexuais com cerca de duzentos homens neste período que passei fora, tentei conversar com ela, mas ela não me deu ouvidos, estava feliz com a vida que tinha atraído para si.
Foi quando vi uma espécie de aura negra em seu vestido, o mesmo Vestido que Dornana havia lhe dado, então ouvi a voz de Undine por nossa conexão mental;
Viu mestre?
Vi, o que é?
O vestido, aquele é o vestido da Dama das camélias, ele está amaldiçoado.
Como assim amaldiçoado?
Um espírito de devassidão vive nele, ele potencializa toda a luxuria e depravação de quem o usa.
Mas como isso aconteceu, aquele vestido foi presente de uma amiga já morta, me explica como isso funciona?
Não importa quem deu, o vestido funciona potencializando o devasso de cada um, em uma santinha, ele a deixa mais desinibida, agora se a menina já tinha fogo demais, ela se tornar a própria Dama das camélias, ou no seu conhecimento a prostituta mais rameira que possa existir.
Não, como pode isso, me empenhei tanto por estas crianças, sinto que falhei com elas, a única chance que me sobrou foi Monique.
O vestido pode ser retirado e seu poder cessado, mas as sequelas e o estigma serão permanentes, sinto muito Lumier.
Tire o vestido dela Undine
Sim, eu posso faze-lo, subjugar o espirito da luxuria nela e tirar o vestido, mas devo adverti-lo, assim que o fizer, toda a consciência das ações dela e tudo que ela tem feito, vira de uma vez a mente dela.
Entendo e que mal isso pode fazer com a pobrezinha?
Ela pode ficar dependente, pode enlouquecer, se matar, vai depender de tudo que ela viveu, ainda mais se ela já tinha memorias amargas de sua vida, mas a escolha é sua meu amu.

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1 comentário

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  • Responder Maria Putaquina ID:41ih13yzhrb

    Rapaz, interessante, mas num da pra um site desses não, muito texto, o povo aqui quer bater uma punhetinha rápida e sair fora, tenta um site de fansub ou de textos mesmo, mas fiquei curiosa com as coisas que não foram respondidas.