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Sr. Jair me ajuda a cuidar da minha filha

1730 palavras | 9 |4.00
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Um vizinho prestativo cuida da filha pra mãe poder trabalhar. Conto inspirado em situações que vivenciei na infância. Não há sexo.

Olá, me chamo Claudete. Sou solteira, mas tenho uma filha de 8 anos, chamada Flávia. Eu trabalhei como empregada para uma senhora durante anos, Sra Gertrudes. Além do pagamento, ela deixava morar num barracão nos fundos da sua casa, sem nos cobrar aluguel.
Contudo, ela faleceu há alguns meses. Além se ficar sentida pela morte dela, já que minha filha e eu tínhamos um vínculo com ela por trabalhar há tanto tempo, fiquei desesperada com meu futuro: onde iria morar, onde iria trabalhar?!
A minha sorte foi o Sr. Jair. É um senhor que tem entre 50 a 60 anos, que mora no mesmo quarteirão da Sra Gertrudes. Ele já é aposentado, então vive sentado no passeio conversando com as pessoas. E foi assim que nos conhecemos. Sempre que iria fazer uma compra pra Gertrudes ou levar minha filha para escola, ele puxava assunto com a gente. Considero ele um senhor muito bom e simpático. E minha filha o adora. Além de brincar e elogiar a Flávia sempre que passamos por ele, o Seu Jair costumava dar alguma gostosura pra ela.
Comentei com ele a minha preocupação sobre onde iria trabalhar e morar. Ele disse que eu poderia fazer faxina em sua casa uma vez por semana, e que iria me indicar para seus amigos. E ele ainda foi tão gentil, que me ofereceu um quartinho que tinha no quintal de sua casa: “bem Claudete, é um cômodo que usava como depósito, tem uma porta e uma janela, se quiser assim mesmo, pode ficar até conseguir se estabilizar. Vocês podem usar minha cozinha, banheiro e área de serviço”. Fui conhecer o cômodo, realmente era apenas um quartinho, mas pelo menos era um teto de graça. Ainda combinei de fazer as refeições pra ele e pra mim e minha filha. O Seu Jair aceitou e já na primeira semana arrumei várias casas pra fazer faxina, graças as indicações desse anjo da guarda que apareceu na minha vida. Ele ainda ofereceu pra me ajudar com a Flávia, disse: se quiser, posso te ajudar com a garota, você sabe que nos damos muito bem. E como fico o dia todo sozinho, ela me fará companhia”. Claro que aceitei a ajuda, ele ficou de dar o café da manhã, almoço, mandar ela tomar banho, vestir uniforme e fazer para casa, e ainda levar e buscar da escola. O colégio não era longe, uns 15 minutos andando, mas tem que atravessar uma avenida perigosa, então foi uma grande ajuda ele ter oferecido pra levar a Flávia. Ela estuda de uma a cinco e meia, e eu chego em casa entre seis e sete da noite, porque tinha que pegar ônibus ainda.
Chegou o primeiro dia de trabalho. Acordei seis horas. Me arrumei e estava saindo as sete pra chegar 8 e meia no serviço. Quando estava saindo, acordei a Flávia, e disse: “a mamãe está indo. Pode dormir mais um pouco. Quando acordar, vai lá na casa do Jair que ele vai te dar café. Seja obediente, porque ele está nos ajudando muito e se não formos boas pra ele, ele pode nos mandar embora”. Ainda muito sonolenta, respondeu “sim, mamãe”, e voltou a dormir. Fui trabalhar. Cheguei em casa quase sete da noite. A Flávia e seu Jair estavam sentados no sofá vendo TV. A Flávia pulou do sofá e veio me abraçar, parecia muito feliz.
– Você não foi na aula, filha? – perguntei ao ver que ela usava vestido ao invés de uniforme.
– Sim, mamãe.
– Cadê o uniforme?
Então seu Jair respondeu:
– Eu mandei ela se trocar quando chegou. Pra não sujar o uniforme.
Eu tinha achado estranho, porque na casa da Gertrudes, a Flávia ficava com o uniforme até na hora de tomar banho antes de dormir. Aí eu lavava o uniforme e colocava pra secar. Então disse:
– Obrigado seu Jair. Mas não se preocupe, já estamos te dando muito trabalho. Pode deixar ela de uniforme mesmo, que a noite eu sempre lavo.
Então o sr. Jair respondeu, de forma educada, mas firme:
– aqui, eu gosto de lava as roupas apenas uma vez por semana, pra economizar na água e sabão.
– o senhor está certo, mas você não conhece essa menina, ela chega toda suja da escola, não dá pra repetir o uniforme a semana toda – respondi, num tom descontraído.
Mas ele responde sério:
– então, temos que ensinar a Flávia ser mais cuidadosa, se não, não vou conseguir pagar a conta de água.
Fiquei muito sem graça, e tive que obedecer, afinal a casa era dele, e ele estava me ajudando muito.
– o senhor tem razão. Ouviu né, Flávia?! Você vai usar o uniforme a semana toda, se sujar, vai pra escola com ele sujo, tem que tomar cuidado.
– Sim, mamãe.
-Agora vem com a mamãe pra gente tomar banho, porque tenho que fazer a janta ainda.
Novamente o sr Jair interveio:
– eu já pus ela pra tomar banho antes de ir pra escola.
-sim, mas ela sempre toma outro a noite – respondi.
Ele, surpreso, respondeu:
– ela toma dois banhos todo dia?! Aja água hein?!
Fiquei sem graça novamente. Estava sendo mais difícil do que eu imaginava, mas era graças a ele que tinha um teto e emprego. Então, tentei justificar, falando com muita insegurança:
– é porque a Flávia chega suja da escola, suada também.
Aí o que o sr Jair fez, me deixou sem reação, de tão surpresa que fiquei. Ele pediu a Flávia pra ficar em pé, e ele levantou seu vestido até o pescoço. A Flávia ficou vermelha de vergonha daquele homem olhando pra ela apenas de calcinha. Eu fiquei petrificada com a ousadia dele. Quem ele pensa que é pra levantar a roupa da minha filha assim?
Então ele disse, após examinar o corpo da minha filha:
– não está tão sujo e suado assim. Mas você pode escolher então, se ela toma banho antes da escola ou a noite, porque dois banhos vai aumentar muito a minha conta.
Fui até minha filha e abaixei seu vestido e disse:
– pode ser de noite então pra ela poder dormir fresquinha.
Então a Flávia voltou a sentar no sofá e continuou vendo TV com o sr Jair. Eu fui tomar banho. Um banho rápido, porque depois de tudo, fiquei até com medo dele bater na porta do banheiro, se eu demorar demais. Ele ainda gritou da sala:
– cuidado com a porta do banheiro, ela está agarrando muito, tem que usar muita força pra abrir e fechar.
-ok, obrigada – respondi, tentando fazer uma voz normal. Mas na verdade, eu estava muito chocada com tudo. Ele era muito mandão. Está até controlando como cuido da minha filha. Naquela noite, decidi que iria trabalhar bastante e alugar um barracão pra mim. Ficarei nessa casa o menor tempo possível. Onde já se viu, levantar o vestido da minha filha assim?! Me proibir de dar banho nela! Lavar seu uniforme todos os dias!
Terminei o banho, fiz a janta e fomos pro nosso quartinho.
Perguntei a minha filha como foi o dia com o seu Jair. Pedi pra ela contar tudo.
Então ela começou:
– depois que a senhora saiu, eu dormi de novo. Depois o sr Jair entrou aqui e me acordou. Ele mandou eu tirar a camisola e vestir outra roupa, pra gente poder tomar café.
– quando você trocou de roupa, ele saiu do quarto?
– não, eu tirei a camisola e ele perguntou onde ficava minhas roupas. Aí ele abriu a gaveta e pegou uma roupa pra eu usar. Aí eu vesti e nós fomos pra casa dele comer. Aí ele deixou eu ver TV. Depois mandou eu fazer para casa. Depois mandou eu tomar banho. E depois fui almoçar e ele me levou pra escola.
– na hora do banho, o seu Jair te viu?
– eu tomei banho sozinha. Mas ele pediu pra não fechar a porta porque ela estava agarrando e eu podia ficar presa.
– mas ele ficou lá te vendo?
– não, ele só entrou pra pegar minha roupa e saiu.
– ele não te ajudou no banho, não né? Foi só pegar a roupa e saiu?
– sim. Mas depois ele voltou e xingou porque eu estava demorando muito e gastando água. Aí ele entrou e mandou eu enxaguar correndo. Aí ele foi e fechou a água. Aí ele pegou a toalha e secou. Depois ele me levou pro nosso quarto e perguntou onde fica o uniforme. Aí ele abriu a gaveta, pegou a blusa e colocou em mim. Depois secou minha perna de novo, pegou o short e ia colocar em mim, mas eu falei que tinha que vestir a calcinha. Aí ele perguntou onde ficava. Eu mostrei a sacola. Ele pegou uma e pos em mim. Depois o short e a sandália.
Não demonstrei pra minha filha, mas fiquei com muita raiva do sr Jair ter essa intimidade com ela. Ele parece só querer ajudar, mas vou falar com ele.
Então disse pra ela:
– Mas você já sabe tomar banho e se arrumar sozinha, ele não precisa te ajudar com isso.
-eu sei mamãe, eu falei pra ele. Mas ele disse que agora era ele que ia cuidar de mim. Eu fiquei com vergonha dele me ver pelada, mas você mandou eu obedecer ele, pra gente ter onde morar.
-não precisa ficar com vergonha, agora está tarde. Amanhã vou conversar com ele e você vai tomar banho com a mamãe só a noite agora.
-tá bom, mamãe. Ela disse, tirando o vestido pra colocar a camisola. Quando ela ficou apenas de calcinha, comentou: “e ele é doido, mamãe, estava colocando o short em mim sem por calcinha. Quase que vou pra escola sem calcinha! – disse rindo.
Então elas foram dormir.

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9 Comentários

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  • Responder Maria ID:40vpln3doij

    Não tem sexo, mas tem estímulos que vai levar ao sexo. Passei por isso na infância, nem sempre prejudica na formação da criança, mas ela vai carregar isso pra vida.

    • Eliane ID:1ct3ihx0ubng

      Eu também.

  • Responder Leito ID:8d5fqgkoii

    É uma cópia de outro conto.

  • Responder Grafit 21 ID:gp2ebaj41

    O título não tem nada que ver com o final Disse rindo el elas foi dormir , e mais um conto ficticio, sem pe e cabeça.

  • Responder lyah ID:g3ipkaem4

    Falou falou e nao disse nada, parece sinopse chata de novela da rede globo

  • Responder DIGS ID:h5hrb6u40

    QUANDO VI O TITULO PENSEI VAI SER SUPER EXCITANTE
    MAS DEIXOU A DESEJAR NO DECORRER DO TEXTO
    PARECEU MAIS UM RELATO
    POUCO EXCITANTE
    PENSEI Q IA SER GOSTOSO E ENVOLVENTE
    PODE MELHORAR
    SE QUISER ME ADD NO TELEGRAN
    DIGSBHZ

  • Responder Caçambito ID:81rryw9m9j

    Continua

    • Eliane ID:1ct3ihx0ubng

      Verdade

  • Responder Marcos - Ribeirão Preto ID:1dak0thd9d

    Pela narração dá pra ver que é um conto fictício ou baseado em algum fato real, mas pelos acontecimentos do primeiro dia, não vai demorar para o Sr. Jair meter a rola na filha e depois na mãe.