# #

O martírio da deputada. Parte 17

2128 palavras | 3 |4.62
Por

Continuando….
Bianca acorda, um pouco desorientada, sentia algumas dores no corpo e no olho. Sem compreender muito o ambiente que está. É bem diferente, de quando estava lúcida pela última vez. Uma cama macia, um ambiente bem arejado. O lugar parecia familiar. Sua lucidez volta totalmente. Ela se espanta, ao se dá conta, que ela estava na sua suíte na chácara. Ela estava vestida com o seu pijama de seda. Tomada banho e perfumada. Bem diferente da situação dela no caminho para a chácara. Ela se levanta desconfiada, sua mala estava no canto do quarto.
Será que tudo o que aconteceu foi um pesadelo. Pensou Bianca. Mas se foi um pesadelo, porque estou toda dolorida. Ela levanta um pouco a blusa, tinha alguns hematomas e arranhões bem sórdidos nos quadris. Olha no espelho, e o seu olho estava um pouco roxo. Todos os seus machucados condizia com os fatos ocorridos anteriormente. Mas como vim parar aqui. Se perguntava Bianca. Ela senta na cama bem pensativa. De repente abre-se a porta à assustando. Entra um homem mulato, cabelo raspado, corpo atlético, vestido com uma blusa polo Preta e uma calça jeans e sapatos. Altamente armado.
– Boa tarde! Bianca.
– Acho que te conheço.
– Sim! Eu trabalhei para você, quando você foi candidata pela primeira vez.
– Agora me lembro. Você é aquele homem do galpão. Na ocasião você estava acompanhado de um homem magro e negro.
– Sim! É o Jeferson.
– Foi vocês que me trouxeram para cá?
Nesta hora, Bianca fica um pouco desconfiada. Afinal quem era aqueles caras. Será que eles são os assaltantes? Será que voltaram agora de cara limpa? Mas quando vi as mãos. Tinha até uma mão negra, mas não mulato. Pensava Bianca bem confusa.
– Não fomos nós.
– Então quem foi?
– Não sabemos.
– Mas como vim parar aqui? A última coisa que me lembro, é que eu estava na estrada sendo atacada por um débil mental.
– Nós esperávamos por você. Mas você demorava. Então resolvi ir atrás. Mas logo na entrada da chácara havia um carro. Achei estranho, porque quando cheguei este carro não estava lá. Peguei sua secretária, e ela reconheceu o carro. Era o seu carro. Cheguei devagar. E só você estava lá, apagada no banco do motorista. Bem diferente de quando te vimos no galpão. Você estava toda limpa, perfumada, vestida de calça, blusa social rosa, e um sapato de salto agulha. Aquelas que estão ali no sofá. E aquela mala estava no banco de trás.
– Se eu estava com aquelas roupas. Como agora estou de pijama.
– Eu troquei. Queria que você ficasse confortável.
– Como ousa me trocar. (semblante enraivecida)
– Calma! Nada que eu não tenha visto no galpão.
– Uhrrrr……Tudo bem, isso não vem o caso agora. E o que vocês querem.
– Já sabemos de tudo que houve. Dos assaltantes, dos vídeos, do ocorrido com seu Zé…
– Deve ter sido seu Zé com seus amigos que me trouxeram para cá. Eles devem está envolvidos com os assaltantes.
– Não foram eles.
– Como você sabe?
– Dos amigos desse tal de seu Zé, nós cuidamos deles. Não sobrou nenhum. Matamos todos.
Nesta hora, Bianca, olha espantada. Afinal, ninguém tinha morrido nesta história toda.
– Vocês mataram…todos…
– Sim senhora. Matamos. Essa é nossa profissão. Nos pagam para matar pessoas.
– E quem pagou vocês para matarem eles?
– Você!
– EUUUU!
– Calma. Matamos eles por sua causa. Sabemos da história toda. E isso pode te ferrar. Quanto menos pessoas envolvidas é melhor. Queremos te ajudar.
Bianca começa a chorar. Aquilo já estava indo longe demais.
– Calma!
Thiago se aproxima para consolar.
– Se afaste de mim seu assassino.
– Deputada, a situação é grave. E você precisa de ajuda. Estamos aqui para limpar a sua barra e encontrar estes assaltantes, antes que eles sujem a sua imagem. Mas para isso algumas pessoas precisam morrer.
– E quem mais vocês mataram, nesta história toda?
– Só eles.
– E os caseiros?
– Estão amarrados na sala. Jeferson está olhando eles.
– E minha assessora e meu motorista?
– Estão na sala também. Amarrados, por prevenção.
– E seu Zé?
– Este achamos que está morto também. Na rádio local, noticiou uma explosão no bar, queimou tudo, e tinha apenas um corpo carbonizado no local. Quando saímos do bar, só tinha você e ele dentro do banheiro. Você está aqui. Então só pode ser ele.
Neste momento, ela abre um tímido sorriso, por tudo que seu Zé fez com ela, era o mínimo que poderia acontecer com ele. Pensou ela. Mas logo após veio a preocupação, mostrada em seu semblante.
– O que foi? Está preocupada?
– Podem associar a morte daqueles miseráveis e essa explosão a mim.
– Relaxa! Os corpos jogamos naquele buraco que você caiu. Já jogamos vários ali. Nunca deu em nada. Aqui nesta cidade, ninguém perde tempo procurando o desaparecimento desses pobres coitados. E sobre a explosão, especula-se gás esquecido aberto. Com certeza nem perícia vão fazer. Eu conheço este local. As autoridades não perdem tempo com desaparecimentos de cachaceiros, piranhas e moradores de rua.
– Tá ok! Vocês têm razão. São uma luz no fim do túnel. Eu preciso da ajuda de vocês.
– Vamos te ajudar. Mas você sabe que isso tem um custo.
– Estava demorando. Quanto vocês querem?
– Um milhão.
– Um milhão? (semblante de espantada)
– Um milhão para mim e outro um milhão para o Jeferson. E as despesas são por fora. Pode dar a metade agora e a outra metade quando finalizarmos.
– Mas é muita coisa.
– Pela gravidade da situação, estamos cobrando pouco. Aproveite a promoção.
– Tá bom! Mas não tem como eu levantar um milhão agora.
– Tudo bem. Pode ser quando formos para Belo Horizonte ou Brasília.
– Mesmo assim. Eu não tenho um milhão em espécie guardado. E se eu levantar essa grana no banco, vai levantar suspeita. A federal tá de olho, por causa do idiota do meu pai.
– Aceitamos em joia. Você deve ter joias muito valiosas. Como nós vimos na caixinha dentro da sua mala.
– Minhas joias não.
– Acho que você não tem muita escolha. Até porque já começamos o serviço. Você já nos deve um milhão. E melhor pagar. Eu ainda estou facilitando.
– Tá bom. Tá fechado. Por favor me ajudem a sair desta situação.
– Ok. Vamos te tirar. Como prova da nossa lealdade. Toma aqui o pendrive.
Thiago joga o pendrive no colo de Bianca.
– E o celular de Ingrid?
– Ela nos falou. Chegamos ir na casa desse seu Zé, Quando chegamos lá, estava tudo revirado. Mas calma, acredito que foram os assaltantes. Mas se eles não divulgaram nada até agora. Acredito que eles vão aparecer. Vai ser quando daremos o bote neles. Mas os celulares dos demais e o seu notebook estão conosco.
– Você acredita que seu Zé e seus amigos estavam junto com os assaltantes deste o começo? O filho do dono do bar, que morava na casa nos fundos, estava vestido igual os assaltantes na estrada.
– Fazendo uma leitura dos acontecimentos. Seu Zé e seus amigos entraram nesta história por acaso. Os assaltantes devem ter explodido o bar como queima de arquivo. Pegaram o filho do dono do bar e vestiram ele para te confundir.
– Como você chegou a essa conclusão?
– Além de assassino profissional, sou detetive também.
– E os caseiros?
– Sobre eles ainda tenho minhas dúvidas. Por isso ainda não matamos. Deixamos vivos para descobrir alguma coisa.
– Vamos fazer um trato. Me prometem, que só vão matar alguém com minha autorização. Não quero que saem matando por aí.
– A senhora que manda.
– Agora você pode me dar licença, para me trocar.
– Sim claro. Mas antes deixa eu pegar isso aqui.
– Já vai levar minha caixinha de joias?
– Sim, aqui está um cordão e uma pulseira de ouro, um relógio e um anel. Estão avaliados em cinquenta mil. Só esse anel aqui é uma nota. Agora de entrada nos deve novecentos e cinquenta mil. Além de assassino e detetive, avalio joias também.
– Esse é meu anel de noivado…
Thiago sai do quarto, sem dar ouvidos a Bianca, que se troca e vai para a sala.
Todos estavam amarrados. Parecia a mesma cena de quando os assaltantes tinha amarrados eles. Bianca olha espantada para Ingrid. Ainda estava nua e toda suja de sangue. O seu olhar estava distante. Vânia logo começa a gritar pela patroa.
– Dona Bianca, tudo bem? Acho que a senhora aceitou a ajuda deles. Por favor, avisa a eles que eu e seu Osvaldo estamos do seu lado.
– Não sei disso! Você me traiu e ele me estuprou.
– Me perdoa dona Bianca, eu estava no efeito daquela substância que eles colocaram na água.
– Cala a boca, seu Osvaldo! Podem desamarrar ela.
– Obrigada dona Bianca. Me perdoe por ontem, foi no calor da emoção. Mas sempre fui fiel a senhora.
Bianca senta no sofá. Vânia é solta.
– Você está ridícula com esse camisola que mal cabe em você.
– Tem razão. Eu vou lá me trocar.
– Venha cá agora!
Vânia se aproxima da patroa. Bianca se levanta e tira o camisola, à deixando totalmente nua. A assessora tapa os seios e a buceta com as mãos.
– Dona Bianca, estes homens estão me vendo. (semblante bem envergonhada)
– Ué! Você também me expôs na frente de todos. Seu castigo vai ser esse. Ficar pelada até a hora de irmos embora. Agora deite no chão.
Vânia fica imóvel. Thiago aponta a arma pra ela. Ao ver que não tinha outra solução ela deita. Bianca senta novamente no sofá. Tira a sandália e coloca seus pés nas costas de Vânia, a fazendo de tapete.
– Pode soltar a velha vagabunda de teta caída. Pra limpar o chão da sala que está sujo de sangue.
Maria dos Anjos é liberta das cordas no seu pulso. Continuava só de calcinha. Ela se direciona para os fundos, mas é impedida por Bianca.
– Onde você vai?
Maria dos Anjos respira fundo e responde
– Vou pegar o material de limpeza. Afinal este é o meu serviço nesta casa. Mas valeu à pena meu dia de patroa. Não me arrependo de nada.
Bianca dá um sorriso sarcástico.
– O material para limpeza você já tem. A sua língua e a calcinha pra esfregar. Vamos tire a calcinha, que você vai precisar dela.
Maria dos Anjos não estava disposta a obedecer. Mas foi ameaçada pelas armas apontada pra ela. Mesmo assim ela não ficou intimidada. Ingrid olha para ela.
– Por favor, mamãe. Obedeça. A senhora não sabe do que eles são capazes.
Maria dos Anjos mais uma vez respira fundo. Tira a calcinha, ficando totalmente nua. Se direciona, onde estava sujo. Se agacha ficando de quatro, começa a lamber uma das pegadas de sangue deixada por Ingrid e em seguida esfrega com a calcinha onde ela havia lambido. Bianca olha o resultado. Ainda continuava sujo o local e tinha várias marcas de sangue da entrada, até onde Ingrid estava sentada. Sem falar do lado de fora.
– Assim vai ficar difícil de limpar. Mas valeu à pena ver você fazendo isso. Balofa vai lá pegar o material de limpeza.
Bianca termina de falar, dando uns chorinhos na barriga de Vânia, que levanta e vai fazer como ordenado.
Ela volta. Bianca se levanta e pega o esfregão da mão de Vânia.
– Este cabo me dá várias ideias. Bem, um dia é da caça e outro do caçador. Antes de ir, vou me vingar. E se não colaborarem, os meus amigos aqui vão atirar pra matar.
Continua na parte 18….
Espero que gostem, comentem e deem suas notas.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,62 de 21 votos)

Por # #
Comente e avalie para incentivar o autor

3 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Anônimo ID:8cio3cfs40

    Muito bom como sempre

  • Responder Anônimo ID:7r03uwo5d2

    Cara encerra essa história e cria outra ,tá MT grande já ,já deu o q tinha q dar , foram bons contos….

    • NathyEscritora ID:1evjyuzavg21

      Na parte 18 finaliza o final de semana na chácara. É a partir da parte 19 novos cenários, personagens. Afinal, se não está mais curtindo, não é obrigado a continua acompanhando. Tenho certeza que a maioria está curtindo. Sei pelos emails que me mandam.