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Surtos que valem a pena II

2143 palavras | 2 |3.42
Por

Uma arma, um depressivo e um viciado, o que poderia dar errado?

Eu não voltei a ver o Guilherme nos dias seguites, achei que ele poderia estar me evitando ou coisa assim, “idiota! ele não se importa com você a ponto de te evitar! Você acha que foi importante pra ele? em deve se lembrar! ” a voz poderia estar certa, o quê eu estava pensando? foi só um acaso, e também… o que eu poderia querer com um viciado? eu já tenho tantos problemas não resolvidos, “Tira ele da sua cabeça! ”
Por mais que eu tentava não conseguia esquece-lo, meu corpo o desejava, eu tinha que voltar a vê-lo, engraçado… Antes parecia que eu o via a todo momento, agora que eu quero vê-lo ele some? Eu saí novamene no mesmo horário e fui até o local onde tudo aconteceu, mas não havia ninguém, me sentei e esperei na esperança de que ele aparecesse, mas não rolou, quase uma hora depois e nada dele aparecer, voltei pra casa, me masturbei pensando nele, naquela piroca gostosa, ele dentro de mim.
Na semama seguinte eu já tinha perdido as esperanças, continuei com a minha vidinha sem graça, caminhando sem ir a lugar nenhum, perdido em si mesmo, questionando a minha existência, coloquei a mão no bolso e tirei minha parceira, há dias que não a uso, “Você é louco! Qual é o sentido de andar com uma lâmina no bolso? Pra que se cortar? Vai resolver seus problemas? isso só te causa mais dor” ignorei totalmente e fui encontrar um local isolado para me mutilar, fui parar numa linha férrea, sentei me no trilho e comecei a me cortar.
– O vacilão! Tá pegano meu bagulho aí? vaza daí! – uma voz desconhecida gritou vindo em minha direção.
– Desculpa não entendi… – Me levantei e escondi a navalha.
– O que você pegou aí? an? Deixa eu ver? – Ele se aproximou e eu pude ver o rosto dele, era um nóia bem mais jovem que eu de boné tapando o rosto.
– É meu!
– Que seu o quê vacilão! – ele puxou meu braço e abriu minha mão,foi aagressivo que acabou cortando minha mão, ao ver a navalha ele me encarou e olhou pro meu braço sangrando.
– Que que foi Maick? – Ele apareceu descendo o morrinho cheio de mato.
– Esse vacilão aqui tava mexendo no bagulho nosso aqui…
– Tava nada! Eu só tava… – Ele olhou pro meu braço e olhou pro amigo dele, aos menos eu conclui que fosse.
– Cê machucou o cara meu? Cê machucou o cara? – Ele deu uns empurrões no amigo sem dar tempo dele responder, aí ele caiu entre as pedras do trilho.
– Fiz porra nenhuma caralho! O cara já tava aí se cortando sozinho, cê é louco oh!
– Que ki você disse? Que eu sou o que? Repete! – Ele ergueu a camisa e eu vi uma arma na cintura dele, meus olhos arregalaram e eu fiquei apavorado.
– Repete que você falou! Não era machão? Repete caralho! – Ele pegou a arma na mão e apontou para o amigo no chão.
– Calma! Ele não fez nada! – Num ato de impulso eu o segurei pelo braço na tentativa de impedir ou algo assim.
– Vai … Some da minha frente! Vai trabalhar vagabundo! – Ele deu um ponta a pé na barriga no cara, que logo em seguida se levantou e sumiu aàs pressas.
Estávamos frente à frente agora, estava de camisa e bermuda ainda com a arma na mão, me senti vulnerável e indefeso, aquele poderia ser meu fim, “corre seu idiota! Ele vai te matar!”, “Não imbecil! Fica, deixa ele acabar com isso! Não era o que você queria? ” eu não sabia o que fazer nem o que dizer!
– Ele te machucou? – fiquei boquiaberto pensando numa resposta.
– Ah.. Não… Fui eu… Eu fiz isso… – Eu não conseguia evitar de olhar para a mão armada dele, ele notou e a colocou de volta na cintura e cobriu com a camisa.
– Por que você fez isso? Tá locão?
– Talvez… – Eu sorri timidamente – Quem era aquele?
– Ninguém!
– Por que ele achou que eu tava pegando alguma coisa? – Estranhamente ele olhou em volta e me pegou pelo braço, eu pensei “Meu Deus é agora! ” – Aonde está me levando?
– Vamo sair daqui se não os homi vão ver. – Que homens? Do que ele tava falando? Subimos o morrinho e ele pegou sua bike que estava jogada no mato, saímos rapidamente dali e quando chegamos no asfalto ele disse:
– Sobe aí!
– Pra onde?
– Sobe logo! – Ele estava armado então não sei se foi por medo ou impulso acabei subindo, ele pedalava rapidamente e de vez em quando ficava em pé na bike, sentia seu corpo sarrando minhas costas.
– Aonde nós vamos?
– Meu cê num cala a boca! – Achei que estava começando a irritá-lo, certamente ele estava me lavando pra morte! Ou pra um cativeiro! me deu vontade de pular da bike em movimento, mas ao ver aquelas mãos na minha frente, eu não sabia o que ia acontecer! Mas queria ficar até o fim.
Chegamos em uma casa visivelmente horrível, tinha muito lixo na frente e as paredes estavam imundas, não havia portão e o muro estava em ruínas, o mato já estava quase tomando conta. Entramos na casa, ele encostou a bike na lateral da casa e entramos pelos fundos, havia mais lixo e muita bagunça, dentro era ainda pior tinha roupa espalhadas pelo chão, um monte de louça suja, a parede do fogão nunca vi algo tão imundo antes, eu queria sumir dali o quanto antes, fomos ao que eu conclui que era o quarto dele, mais roupas espalhadas, muito bagunça, nem a cama estava arrumada, o guarda roupas com as portas caindo e transbordando roupas.
– Você mora aqui? – Tento disfarçar a minha expressão de nojo.
– Moro!
– Sozinho?
– Não!
– Com quem então?
– Minha mãe porquê?
– Por nada! Só curiosidade… – Quem será essa bendita desleixada?
– Quer um pano ou uma toalha pra limpar esse sangue daí?
– Não obrigada! Já parou na verdade, eu posso usar seu banheiro para lavar apenas? – Parece loucura mas por mais que eu procurasse a morte mais eu evitava, eu tava com medo de que? Pegar um germe ou uma doença? se eu quisesse realmente morrer eu facilitaria mais.
– Pode… É ali – Ele me apontou à uma porta, quando entrei quase vomitei, era sem dúvida o pior cômodo da casa, coitada da faxineira, tinha mais roupas espalhada e molhada, o vaso não tinha tampa e pelo conteúdo interno a discarga não funcionava mais, evitei tocar em qualquer coisa lá dentro, lavei meu braço sem nem encostar na pia, voltei até ele que tirava a camisa de costas pra mim, aquele corpo delicioso, branquinho e lisinho, é uma pena ele viver nesse lixão aqui, ele tirou a arma da cintura e a colocou sob uma cômoda, olhou para trás e ficou me encarando.
– Que foi? – Aquilo me deixou sem jeito.
– Nada! Só tô te olhando.. Senta aí! – ele jogou as roupas que estavam sob a cama abrindo espaço para me sentar.
– Vai me contar sobre o seu amigo?
– Ele não é ninguém! é só um zé roela…
– Porque ele achou que eu tinha pegado alguma coisa?
– Baguio… A gente escondeu lá… – Finalmente tinha entendido, eles eram traficantes escondendo as drogas em meio as pedras do trilho.
– Vocês são…
– Ele é, eu sou tipo um soldado tá ligado? Eu que mando os muleque vender.
– Você é o chefe?
– Não – Ele riu – Eu tô mais pro cão raivoso da chefia tá ligado?
– Acho que sim… mas… porque você bateu nele?
– Achei que ele tinha te machucado, vi você com o braço sangrando… Porque você fez isso?
– Ah… É uma longa história… Talvez eu te conte um dia!
– Certo! E aí…
– E aí o que? – ele riu encostando na parede.
– Quer dar uma chupadinha?
– Ah… Isso… – Ele queria sexo comigo outra vez!
– Quer ou não quer?
– E se sua mãe chegar?
– Aquela vadia não chega tão cedo não, deve tá por aí dando o cu em troca de pó. – Conclui que a mãe era viciada e que fazia programas para manter o vício, lamentável, por isso ele se tornou esse tipo de ser humano, e pensar em tudo que ele passou, senti pena dele, e eu, com uma família adorável e uma ótima casa querendo me matar, qual é o meu problema? “Esqueça tudo isso! Pensa no sexo! Ele quer e você também! ”
Eu mesmo abri a bermuda dele e tirei a cueca deixando-o completamente nu, agora na luz do dia pude admirar cada canto daquele corpo esguio, branquelinho, poucos pelos, tatuagens espalhadas, logo cai de boca naquele homem, lembrei-me daquela noite maravilhosa, a situação se repetia, eu estava com o pênis de um viciado bandidão na boca, era muito grosso, tinha que abrir bem a boca para caber. Tirei minha camisa e minha calça ficando completamente nu também, ele aproveitou a pausa e foi até a cômoda e tirou de lá um pino de cocaína, aspirou, limpou o nariz, deu uma fungada e veio até mim, me beijou, sua língua na minha boca, sua mão na minha bunda, me colocou deitado em meio dos cobertores sem parar de me beijar, seu corpo sob o meu, me sarrando, sua mão me alisando calorosamente, eu segurava a nuca dele com uma mão e com a outra tentava alcançar a bunda dele também, mas ele evitou e segurou minhas mãos no alto da minha cabeça, com a outra mão ele segurou o pirocão na direção do meu cu, tentei ajudar mas ele não soltava minha mão, levantei minha bunda pra melhorar a mira dele até que ele conseguiu, colocou a rola dentro de mim e forçou a entrada sem nem lubrificar antes, a dor foi muito grande que eu gemia de dor, mas ele tapou minha boca e continuou metendo, seu corpo e o meu ficaram melados de suor, ele encostou a cabeça no travesseiro e suspirou no meu ouvido, os rangidos da cama eram bem notáveis, senti que ele acelerou rapidamente e sua respiração ficou ainda mais ofegante, até que, ele gozou dentro de mim, eu senti cada jato, ele tirou o pau e me soltou.
– Ai que delicia de cu! – Se deitou ao meu lado e ficou me olhando depois me abraçou me puxando pra deitar no peito dele, eu não disse uma palavra se quer, nem me masturbei, mas senti um enorme prazer de dar minha bunda para ele mais uma vez, meu corpo estava suado e meu cu tava gozado e dolorido, me pareceu meio estupro, foi muito agressivo e mal deixou eu tocar nele, mas tudo bem, agora eu podia tocar nele, olhei para ele e vi que ele tinha caído no sono, que homem! Tão bonito, tão jovem, tão perigoso, tão pervertido, achei que não fosse mais vê-lo e agora olha pra mim, deitado na cama dele e com a porra no cu, isso me fez lembrar que eu tinha que me limpar, me levantei calmamente para não acordá-lo, fui até o banheiro e tirei o excesso com papel higiênico, voltei para pegar minhas roupas, me troquei, fiquei preocupado de alguém chegar e ver ele assim, então peguei o que me pareceu ser um lençol e o cobri tapando as partes.
Olhei para arma na cômoda e a peguei, me surpreendi com o peso, nunca na minha vida eu tinha segurado em uma arma, nem visto de perto, fiquei pensando se ele já usou alguma vez, onde eu estava com a cabeça? Dormindo com um traficante viciado e armado! Se eu queria encontrar com a morte antes, agora sinto que ela está cada vez mais próxima.

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2 Comentários

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  • Responder Anônimo ID:1dqs6zddk7c5

    Estou adorando suas histórias, adoro garotos assim ,ja fiquei com vários.

  • Responder Anônimo ID:xgm1mw42

    Que linda história de amor espero que continue 😉