Eu e os gêmeos – Parte 4

Eu acordei com o barulho do portão de casa se abrindo. O quarto estava mais escuro do que anteriormente. Eu ainda não estava conseguindo raciocinar direito.
No próximo segundo, tudo começou a fazer sentido. Eu tinha dormido sem querer, e tinha dormido demais. O quarto estava mais escuro porque o sol já estava se pondo. Deviam ser umas cinco e meia, ou seja, o portão estava se abrindo porque era meu pai ou minha mãe chegando do trabalho. No próximo segundo meu coração disparou.
— ViniII! Acorda aí! Dormimos demais! Rápido! Meus pais chegaram, se veste aí!
Drogaaaaa! O quarto estava uma bagunça! E devia estar cheirando porra! Nem pude aproveitar o garotinho deitado na minha cama…
Rapidamente peguei minha cueca. Não… essa era muito pequeninha para mim, era do Vini, arremessei para ele. Peguei a minha e vesti.
— Vai se vestindo aí que eu vou arrumar o quarto!
O garoto estava entrando nas suas roupinhas rapidamente, enquanto eu ia catando o tubo de lubrificante do chão. Droga, tinha pingado alguma coisa no chão… eu não sabia se era lubrificante ou porra. Então, eu peguei minha camiseta, que por sorte era preta, e passei nos respingos e vesti rapidamente. O garoto já tinha se vestido.
— Vai lá enrolar minha mãe, Vini!
— O que que eu faloooo????
— Não seeei! Pergunta para ela como se amarra um tênis! Ela sabe uns quinze jeitos diferente!
— Eu não estou usando tênis! Estou de chinelo!
— Ahhhhhhh! Não seeeeei! Nãoo seiii o que fazer! Vai rápido! Enrola ela!
Eu comecei a rir, pois estava só de camiseta e cueca, sem ter a mínima ideia de onde estavam minhas calças… E o garoto saiu porta afora para enrolar minha mãe, ou meu pai, nem sei quem tinha chegado em casa…
Arrumei a cama, os travesseiros e deixei tudo bonitinho. Passei desodorante no quarto para tirar qualquer cheiro indesejado, peguei uma bermuda do meu armário, vesti e fui lá ver quem tinha chegado. Era minha mãe.
— E como está sua mãe, Vinicius? — Eu ouvi eles conversando na cozinha.
— Está bem tia!
Aí eu entrei.
— Oi mãe…
— Oi filho! Brincaram bastante hoje?
Eu e Vinicius trocamos olhares, ele ficou todo vermelho e constrangido.
— Sim, jogamos videogame. — Eu respondi.
— Hum… Filho, ajuda a mãe a descarregar o carro? E eu preciso ver uma coisa no meu Facebook, você pode me emprestar seu computador?
— Claro mãe.
Fui até meu quarto, peguei meu computador que estava na cama. Dei uma olhada em volta para ver se eu tinha eliminado todas as evidencias… tudo limpo…
Levei meu computador até a mesa da sala e liguei ele.
— Aqui mãe, está ligando! Daqui a pouco você já pode vir usar.
— Okay! Obrigado Filho! Agora descarrega o carro para mim! Pede para seu primo Vinicius te ajudar.
Eu e o Vinicius fomos até o carro e começamos a pegar as compras. Não falamos nada sobre o ocorrido, estava um clima meio tenso entre nós. Ele mal me olhava, envergonhado. As cenas começaram a cruzar minha cabeça. Lembrei de quando eu tirei a cuequinha dele, lembrei de quando eu beijei a boca dele, lembrei da gente vendo pornô. Putaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Merdaaaaaaaaaaaaaaaa ! O pornô ficou aberto. Caraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai!
Só me lembro de ter fechado o notebook. Eu não fechei o vídeo. Assim que eu ligasse o computador o vídeo voltaria a tocar. Minha pressão caiu e eu fiquei pálido. Soltei as sacolas de compras que estava segurando e corri igual um relâmpago em direção a sala. Quando cheguei lá, tinham dois garotos fodendo na tela do computador. Agradeci aos céus por ser um vídeo sem som! Alt +F4! Alt+F4! Alt+F4! Ufaaaaa!
Sorte que minha mãe não tinha ido até o computador ainda, senão, game over… meu deus, preciso tomar mais cuidado! Ainda mais com um garoto dentro de casa. Nossa! Começaram a vir na minha cabeça tudo que poderia acontecer se ela tivesse visto esse vídeo na tela do meu computador…
— O que foi? — Perguntou Vinicius. Nem tinha visto quando ele chegou atrás de mim.
Fui no ouvido dele e disse baixinho.
— Deixei o pornô aberto sem querer…
Ele levou a mão na boca, com uma reação de espanto.
— Vamos lá terminar de descarregar o carro. — Eu disse e coloquei a mão no ombro dele, enquanto íamos até o carro. Eu comecei a rir da situação…
Quando chegamos atrás do carro, que estava com o porta malas aberto, tive vontade de dar um beijo nele. Por que não? O porta malas estava bloqueando a visão de tudo que tinha atrás do carro, no caso, nós. E estávamos entre o carro e o portão, que também era fechado, ou seja, não tinha como ninguém ver a gente ali.
Peguei nos ombros dele e levei minha boca até a dele. Ele se assustou com o gesto, mas eu abracei e segurei ele firmemente. Então ele cedeu e deixou o medo de lado. Abriu a boca e colocou suas mãos em volta do meu pescoço.
Sentir seus lábios macios tocar os meus, era demais. Sua boquinha deliciosa era quente e úmida e estava me deixando doido de tesão. A sua linguinha inexperiente ia explorando minha boca e tocando tudo que tinha aqui dentro. Agarrei a bunda dele e apertei com força. Ele segurou meus cabelos e me puxou para mais perto. Peguei ele pela cintura e coloquei ele sentado na beirada do porta malas, sem desgrudar nossas bocas. Daí eu fiquei dentro das perninhas dele. E com meu pinto duro, encostei no dele, que estava durinho também.
Levantei a camiseta dele, para poder sentir as costas dele livremente. A pele macia de menino deslizava nas minhas mãos. A textura da pele dele era incrivelmente tentadora. Agora suas perninhas estavam abraçando meu corpo.
— Meninos! Porque estão demorando tanto? — Eu ouvi minha mãe gritar. Aff! Sério?
Desgrudei minha boca da dele. Ahhh! Que droga! Não quero parar! Suspirei e dei mais um selinho nele. Ele olhou para mim e começou a ficar vermelho de vergonha.
— Que foi? — Eu perguntei.
Ele balançou a cabeça. Bom, finalmente terminamos de descarregar tudo que tinha no carro. Minha mãe terminou de usar meu computador e foi preparar a janta.
Eu e o Vinicius sentamos no sofá para assistirmos TV. Eu sentei do ladinho dele e coloquei minha mão em volta dele e ele deitou a cabeça no meu ombro. Ficamos uns vinte minutos deitados assistindo um episódio de Two and a Half Men. Quando terminou, o Vinicius disse.
— Vamos ver TV lá no quarto? — Aí eu comecei a rir.
— Mas não tem TV no quarto… — Ele que começou a rir dessa vez.
— Eu sei!
Imediatamente eu levantei do sofá e peguei no braço dele e fui puxando ele para meu quarto. Quando passamos em frente a cozinha, eu disse:
— Mãe! Eu e o Vinicius estamos vendo TV no quarto!
E comecei a andar mais rápido, ainda segurando no braço dele, que não parava de rir. Um segundo depois, minha mãe se tocou e disse:
— Mas filho! Não tem TV no seu quarto… — Ela deu de ombros, ignorando, e voltou sua atenção para o jantar.
Entrei e fechei a porta do meu quarto, quando eu me viro, a criança dá um pulo e se agarra em mim e sua boca veio de encontro com a minha desesperadamente. Fiquei feliz, pois dessa vez foi ele quem teve iniciativa de começar o beijo.
Pena que não podíamos tentar nada mais ousado, pois minha mãe estava em casa e podia nos interromper a qualquer momento…
Ele se agarrou em mim e foda-se. Quase caí no chão, mas segurei ele pela bunda e consegui estabilizar. Aí fui levando ele até a cama. Arremessei ele lá e pulei em cima dele.
Levantei a camiseta dele, deixando o peito dele à mostra. Aí, primeiramente ataquei o umbigo dele. Dei um beijinho por cima e meti minha língua lá. Ele começou a rir. Aí eu assoprei, ele gargalhou. Depois comecei a dar umas mordidinhas no corpinho dele. Ele não parava de rir.
Eu peguei e virei ele de barriga para baixo. Aí enfiei minha mão no espaço apertado entre a virilha dele e a cama. Consegui desabotoar o botão e abaixar o zíper da calça dele. Tirei minha mão do espacinho apertado e puxei a calça mais a cueca, deixando a bundinha dele de fora e o pintinho encostado na cama. Mas só desci a calça até a bundinha, por segurança.
Aí cai de boca na bundinha dele. Primeiro comecei a chupar, aí depois dei uma dentada. Comecei a morder ele para valer.
— Aaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Depois que ele gritou por uns dois segundos, eu soltei, deixando a marca dos meus dentes, coberta de baba, no bumbum dele. Ficou lindo. Uma gracinha.
— Auuuuu! Isso doeu! — Ele reclamou rindo.
— Fala que não gostou! — Eu respondi sorrindo.
Ele ficou quietinho quietinho! Dei um tapinha na bunda nua dele e subi as calças com carinho.
— Prontinho! Pra você se lembrar de mim. — Eu disse e deitei em cima dele, encoxando a bunda dele. Peguei nas mãozinhas dele e nossos dedos se entrelaçaram.
— Gosto muito de você priminho! — Eu disse.
— Eu também gosto de você primo! Hoje foi um dia muito bom, eu nunca me senti tão bem!
— Você sabe que pode voltar quando quiser, né?
— Beleza! Posso vir aqui amanhã de novo?
— Eu ia adorar!
Ele sorriu e eu dei um beijinho nele. Ele precisou virar o pescoço, pois estava em baixo de mim. Finalmente nós nos soltamos e voltamos para sala, pois não podíamos ficar muito no quarto… minha mãe ia começar a fazer perguntas.
Jogamos mais uma partida de LoL, dessa vez ganhamos, pois eu estava bem de espírito! Até que minha mãe nos chamou para jantar. Comemos e não demorou para o pai do Vini aparecer para pegar ele.
— Ele deu muito trabalho Lu?
— Que isso Tio Renato! Esse menino não dá trabalho nenhum!
— Papai! Posso voltar amanhã?
O pai dele hesitou ao responder e olhou para mim.
— Deixa tio! Nós não jogamos tudo que gostaríamos hoje… — Eu disse e vi Vinicius ficar todo vermelho.
— Se está tudo bem com você… eu não vejo nenhum problema nisso!
— Yeeeees! — Exclamou Vinicius.
Eu sorri por fora e dei pulos de alegria por dentro. Assim tava muito fácil!
Por fim, eles foram embora. Sentei no sofá da sala e fiquei assistindo TV com minha mãe, meu pai já tinha chegado também…
— Que que foi que se tá sorrindo igual besta, Lucas? — Minha mãe disse brava.
— Nada não mãe… Lembrei de uma piada…
Por volta das dez horas da noite, eu estava sozinho na sala assistindo TV quando meu telefone tocou.
— Alo? — Eu disse.
— Oi Lu! — Era a voz do meu pequenino amante! Meu coração se encheu de felicidade com a ligação dele.
— Oi meu gostosinho! Tô com saudades já! O que foi que você está me ligando, meu fofo?
— LU?????? — Exclamou a voz do outro lado do telefone sem entender nada.
Puta que me pariu vai se foder de novo não! ArghhhhH! Porque Senhor, porque?
— Oi Vicente… — Eu respondi já sentindo minha face ficar rubra.
— Oi Vicente… — Eu respondi já sentindo minha face ficar rubra.
— Eu em! Você ainda tá com essas brincadeiras?
— Hahahaha… — Eu ri sem graça, não sabendo onde enfiar a cara.
— Lu, posso ir aí amanhã também? Com o Vinicius?
Putz! Eu queria muito ter dois gatos gêmeos na minha casa, mas isso dificultaria muito as coisas com Vinicius… mas não tinha como falar ‘não’.
— Claro que pode Vince! — Não precisava nem ter ligado!
— Tá! Quer jogar LOL agora? Entra aí pra gente jogar uma partida…
— Tá, não tô fazendo nada mesmo…
Fui no meu computador e entrei no LOL. Daí a pouco recebo uma chamada no Skype. Era o Vinicius me chamando. Minhas mãos começaram a tremer e meu coração acelerou. Quando eu aceitei a chamada, era apenas uma chamada de áudio, sem vídeo.
— Lu? — O Vinicius me chamou.
— Oi meu gostosinho! Tô com saudades já! O que foi que você está me ligando, meu fofo?
— Sério! Estou ficando com medo… — Respondeu a voz do outro lado da chamada.
Desisto cara! Sério! Puta que pariuuuuuu! Como podeeee! Terceira vez que eu faço isso, já ta ficando chato já!
— Oi Vicente…
— E aí? Vamos jogar?
Ainda bem que ele não tava levando a sério! Putz, congelei mais uma vez! Bati na minha testa com a mão e perguntei:
— Cadê o Vinicius e porque você está no Skype dele?
— Ahhh, ele também vai jogar com a gente, ele foi pegar água e pediu para eu começar a ligação com você.
— Huuum!
Eu esperei um pouquinho e daí começo a ouvir a conversa dos gêmeos.
— O que que tá pegando entre você e o Lucas? — Vicente perguntou para Vinicius.
— Como assim? — Vinicius perguntou.
— Cara, eu liguei para ele e ele veio com uma conversa de ‘meu gostosinho’ para cima de mim! Mas ele achava que eu era você!
— Eiii! — Vinicius reclamou.
— Não cara, relaxa, eu desliguei o microfone. — Não, não desligou filho da puta! Estou ouvindo tudo!
— Não tá pegando nada entre a gente não, fui lá hoje só para jogar LOL.
— Vinicius! Eu sei quando você mente. — Eles eram irmãos e nunca se chamavam pelo nome completo, Vicente estava falando sério com ele.
— Não sabe nada! Da licença!
— Eu sei sim!
— Sabe não!
— Arghhh! — E começaram alguns sons de briga de garoto. Eu imaginei um gêmeo em cima do outro, brincando de lutinha, me custou uma ereção… mas eu estava preocupado com a desconfiança do Vicente. E se descobrisse e contasse algo a alguém sobre nós? O medo tomou conta de mim. Mas os gêmeos continuavam brigando.
— Gente! — Eu exclamei. — Parem!
— Viu seu idiota! Você não desligou porra nenhuma!
— Não! Tenho certeza que desliguei! Porraaa! Não deve ter ido, então!
— Podemos jogar? — Eu perguntei.
— Sim! — Gritou Vicente, Vinicius ficou quieto.
Logo a partida de LoL começou. Jogamos duas partidas até que deu Meia Noite no relógio.
— Lu! Essa última foi muito boa! — Disse Vicente.
— Foi mesmo! Se viu aquele noob de Katarina no Mid? Acabei com ele! — Vinicius exclamou.
— Hahaha é mesmo gente, mais uma? — Eu perguntei.
— Não, nossa mãe já pediu pra gente ir dormir, temos que sair agora…
— Então tá, até amanhã! — Eu disse.
E nós nos despedimos.
Deitei na minha cama, mas minha cabeça estava a mil. Comecei a me lembrar de tudo que havia acontecido hoje. Lembrei da imagem de Vinicius quando eu abri a porta. Lembrei da gente indo para o quarto desesperados. Dele saindo de dentro da cuequinha e ficando peladinho na minha frente. Lembrei dele explodindo na minha boca. Do meu dedo penetrando o cuzinho apertado dele. Lembrei de quando toquei o lugar certo e ele se contorceu todinho. Lembrei do nosso beijo no carro e na cama. Soltei um suspiro.
Daí vi minha mãe olhando para meu computador e ficando de boca aberta com a cena de dois garotos fodendo. Agradeci por isso não ter acontecido. Depois lembrei do Vince questionando o Vini sobre o que eu estava aprontando. Deu um aperto no meu coração.
Comecei a imaginar como seria foder o menino. Como seria ter meu pau no cuzinho dele. Como seria gozar lá dentro. Mordi meu lábio e coloquei a mão no meu pau, que estava muito duro, afinal, eu só tinha gozado uma vez hoje, quando ele tocou uma para mim.
Era o Vinicius que tinha sido estimulado para alcançar um orgasmo múltiplo hoje, não eu. Eu ainda não estava satisfeito. Queria o cu dele. Eu queria o cu dele mais do que tudo nesse mundo.
Minha ereção tinha passado, eu estava apenas pensando na vida. Foi quando eu me vi na minha ilusão. Eu disse para mim mesmo:
— O que foi Lucas? Não consegue dormir? Está assombrado com seus pensamentos sombrios? Você está ficando maluco! Logo, logo você vai perder a cabeça, se não fizer nada a respeito. Você vai acabar fazendo merda!
Sacudi a cabeça e tentei pensar nos meninos enquanto dormia. Aí adormeci quase que na hora.

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Agradeço a todos pelos comentários, principalmente ao amigo Rodrigo Capacete pela menção dos meus contos em um dos seus seu contos, ele manda super bem pra que curte os boyzinhos.

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