#

Culpa da Minha Avó

4485 palavras | 6 |4.41
Por

O melhor desse site é você poder compartilhar suas historias ou fantasias com o mundo. Acreditem ou não esses são os fatos que fizeram de mim que eu sou hoje.

Quando eu tinha pra 12 anos entrei em um projeto social que ensinavam as crianças da comunidade a tocar instrumentos musicais. Eu aprendi a tocar clarinete, e um ano depois, eu já fazia uma renda extra tocando em casamentos com a banda formada pelo diretório do curso.

A turma era grande, fiz muitos amigos, era ótimo. Na parte da manha eu ia pra escola, depois, ia pra casa almoçar, e às 14:00h ia pro curso. Depois nós ficávamos numa praça conversando, rindo e jogando conversa fora. Eu morava com a minha avó, minha mãe, que trabalhava o dia todo em um supermercado, e minha prima que na época era neném. Minha avó odiava que eu fosse para o curso, dizia que “era coisa de gente atoa” que “musica não dava dinheiro pra ninguém”, que “era desculpa pra juventude não trabalhar” que “eu podia aprender a cantar na igreja”, e que “eu tinha que fazer um curso relacionado a computação”. Depois de muita discussão, minha avó acabou cedendo, e eu entrei pro curso, porem, tinha hora exata pra chegar em casa!

Eu mentia, dizia que o curso acabava 17:30/18:00h, mas na verdade acabava 16:30, no máximo 17:00 e eu ficava na praça com meus amigos.
Entre meus amigos, alguns fumavam cigarro e, outros, maconha. Edgar, era o mais maconheiro de todos. Na época, eu não fumava absolutamente nada, só gostava da companhia dos descolados. No entanto, pra minha avó, “eu tinha virado drogada”!

Em um determinado dia, cheguei com cheiro de maconha ou de cigarro, sei lá… O que sei é que minha avó me bateu tanto, que no outro dia nem pude ir pra escola ou pro curso. Meu corpo ficou todo marcado e dolorido! Quando minha mãe chegou, minha avó fez aquele drama: Disse que eu tinha virado drogada, que eu estava agressiva e respondona, que cheguei em casa fedendo a droga, que tinha que me levar pra igreja, que não queria maloqueiro na casa dela, enfim… Foi um drama! E eu juro por tudo que há de mais sagrado que não fumei nada, só fiquei do lado de quem estava fumando, e o cheiro ficou em mim.

No outro dia, minha mãe chegou do trabalho e, veio conversar comigo (minha avó nem olhava na minha cara) eu expliquei pra minha mãe o que tinha acontecido, que não tinha fumado nada, que estava do lado de quem fumava, e tal… Minha mãe me entendeu, mas deu o ultimato: Disse que minha avó tinha arrumado um emprego pra mim, e era pra eu ir numa boa, por que caso contrário, minha avó me mandaria morar com meu pai.

Minha avó sempre foi amargurada pelo fato de minha mãe ter engravidado muito nova. Desde então, minha avó sempre jogou isso na cara da minha mãe, que pra compensar, trabalhava feito uma condenada pra amenizar o “desgosto”.

Eu tive que trocar de horário na escola, passei a estudar a noite. Não larguei o curso de musica, só de pirraça. E comecei a trabalhar em uma Locadora de filmes em VHS que tinha no bairro, das 8:00 da manha às 13:30 da tarde. E foi ai quando tudo começou…

Casa Filmes Show ou CFS era o nome da maldita Locadora, cujo o proprietário era o Seu Tales. Membro da igreja, casado, pai de duas filhas, um senhor distinto, simpático, bondoso, nobre, genuíno, de conduta ilibada. Seu Tales era um líder na comunidade, Pastor, além de lucrar muito dinheiro na região. Além de dono da locadora, Tales era vereador. Sua mulher, Dona
Alcione, tinha um mercado famoso na cidade. Sua filha mais velha, Camila (tinha uns 23 anos), além de ser o exemplo de conduta na igreja, era proprietária de uma loja de roupas femininas junto com seu marido Cassio (com uns 25 anos) que era sócio de uma loja que vendia materiais para pescaria. Sua filha mais nova, Thais (tinha 17 anos), trabalhava meio período na CFS me substituindo no período da tarde. A filosofia de Tales era: “O trabalho a cima de tudo!” Se orgulhava de dizer que suas filhas trabalhavam desde cedo!

Na primeira semana eu nem vi Tales, Thais, sua filha, que me treinou. Na segunda semana, eu ainda estava puta da vida com aquilo tudo, mas já tinha pegado o jeito do serviço. Na quarta semana, eu já estava feliz, já tinha me adaptado à ideia. Era um trabalho fácil, eu conhecia gente nova todo dia, conversava, passei a entender de filmes, assistia vários todas as semanas, em fim… No terceiro mês, Tales começou a ir la com mais frequência. Sempre muito simpátio e solicito, ele era o patrão perfeito, ate que…

A família de Tales era evangélica praticante, devota, e fervorosa, assim como minha avó. Na locadora não tinha sessão de filmes eróticos, ele abominava, porem, a demanda de pornochanchada era alta, e Tales abriu uma exceção em nome do lucro, claro. Não era nada escandaloso, eram filmes antigos brasileiros com uma sacanagem ou outra. Os filmes chegaram e Tales disse que nem eu e nem Thais era para mexer. Ele mesmo faria o serviço de desempacotar e colocar nas prateleiras, e assim ele fez!

Em uma quarta feira de manha eu estava abrindo a loja e ele chegou, e começou a mexer nas caixas com as fitas VHS. Entre uma fita e outra, ele soltava um piadinha, fazia insinuações, porem, ate então, eu não percebia nada, apenas interagia sorrindo, e respondendo na medida do possível atendendo um cliente ou outro. Ele arrumou por uma hora ou duas, e depois foi em bora dizendo que voltaria mais tarde para terminar. No outro dia, cheguei, e as caixas estavam no mesmo lugar. Meia hora depois, Tales chegou simpático como sempre, e começou a mexer nos filmes novamente. Dessa vez, após uns vinte minutos, Tales pediu que eu subisse em puff quadradinho para tirar umas fitas no topo de uma prateleira. Eu ia subindo no Puff e ele pediu pra eu tirar o tênis “pra não sujar o móvel”, e assim eu fiz. Subi no puff,
Tales segurando minha cintura “pra eu não cair”, e eu me esticava na ponta dos pés para pegar as fitas do alto e entregar pra ele, quando do nada, ele põe os dedos dentro de uma das minhas meias e diz “tira a meia também”, já tirando a meia do meu pé. Depois, ele bateu na batata da minha perna me fazendo levantar o outro pé e tirou a minha outra meia, passou a mão na sola do meu pé, e disse que eles eram lindos. Eu agradeci constrangida, tentando tirar meu pé da mão dele, e rindo de nervoso. Achei estranho, mas continuei fazendo o meu serviço.

Duas semanas depois eu troquei de horário com a Thais (Filha mais nova de Tales) eu estava renovando o estoque de chocolates na gondola do balcão. Eu estava ajoelhada quando Tales chegou e ficou bem perto de mim, quase encostando seu pinto na minha cara. Eu desviei, levantei rapidamente, e praticamente, mas ele me segurou pelo braço me colocando de joelho de novo, e disse: “Continua fazendo seu serviço!” No mesmo segundo entrou uma cliente pra devolver uns filmes, e Tales ficou meio constrangido, achando que ela tinha visto alguma coisa.

Eu achei estranho o modo como ele falou comigo, nunca tinha ouvido aquele tom autoritário antes vindo de Tales. Mas, ate então, achei que ele tinha sido ríspido comigo por eu esta deixando de fazer o meu trabalho quando ele se aproximou de mim, mas…

A cada dia que passava ele ia tomando mais liberdade: Passava a mão em mim discretamente, passava a mão na minha perna, segurava minha cintura, me dava abraços demorados, às vezes eu estava sentada, Tales vinha por trás e ficava massageando meus ombros, meus braços, me dava uns cheiro no cangote e dizia que eu estava cheirosa. Fazia carinho no meu cabelo, tranças, me chamava pra dançar, passava a mão na minha bunda “sem querer”, pisava nos meus pés e depois perguntava se eu queria massagens. Eu demorei a perceber que ele tinha maldades em relação a mim, ele deve ter se divertido muito. Eu via Tales como um pai ou avo, ele me chamava de “Filhotinha”, eu confiava nele, ate me divertia, porem os toques que ele me dava, eu nunca sexualizei ou senti prazer erótico. Eu me sentia acolhida, bem tratada, era uma relação paternal… Mas não por parte de Tales!

Antes eu suspeitava, ate o dia que tive certeza: Tales me chamou pra dançar, toda segunda de manha, ele ia na loja, e fazia isso. Dizendo ele que “era pra espantar a preguiça de segunda feira”! Eu ate gostava, achava engraçado, extravasava. Porem nesse dia, acho que me empolguei de mais, a loja ainda estava trancada, Tales ficou confiante, e enquanto nós dançávamos ele me girou, me deixou de costas pra ele, me abraçou e começou a me bolinar.

Passou a mão nos meus peitos, na minha boceta, beijava meu pescoço, e esfregava o pau na minha bunda que eu pude sentir que ele estava muito excitado. Nessa época eu tinha 13 anos, eu era virgem, mas já tinha tido um namoradinho ou outro, e eu já intendia muito bem o que era aquele volume dentro da calça de Tales. Ele me segurou pelo pescoço e se esfregava em mim pra valer. Eu me assustei, ria de nervoso tentando sair, mas ele me dominava… Ate que o cara da loja do lado abriu a porta, fez aquele barulhão, e Tales se assustou, e me soltou. Depois, ele veio me perguntar se eu estava namorando, se minha avó falava sobre sexo comigo, “que era importante o adulto conversar sobre essas coisas. Que sempre orientava as filhas, e me via com uma filha, e que eu poderia contar com ele pra qualquer coisa!” Perguntou se eu tinha parado de usar droga, fez um sermão sobre o quanto drogas eram prejudiciais, enfim, era um saco… Mas daquele dia em diante, fiquei receosa com Tales. Antes eu entendia os carinhos dele como um zelo paterno… A final de contas, Tales tinha duas filhas, e ele parecia muito carinhoso com elas também. Vi por diversas vezes Tales abraçando, massageando e fazendo tranças em Thais, sendo assim eu não via maldade nenhuma nisso. Mesmo depois do acontecido, eu fiquei me perguntando se aquilo tinha acontecido mesmo. No entanto, desse dia em diante, as coisas se agravaram! Ele continuava me tocando, se esfregando em mim… Tales ficava na porta do balcão onde eu ficava, sempre quando eu ia passar ele fazia questão de ficar na passagem que era estreita e esfregava o pau na minha bunda ou na minha cocha. Dava tapas e apalpava a minha bunda. Passava a mão no meu peito. Me abraçava e tentava me pegar no colo!

As semanas se passaram e, em um determinado dia Tales disse que tinha tido uma conversa com Thais sobre namorados e “autopreservação”, disse que o corpo da mulher era algo sagrado que nós deveríamos preservar com muito zelo e se distanciar das tentações. Fez um monte de afirmações baseados na bíblia, usou muitos subterfúgios, rodeou, rodeou, ate me perguntar se eu gostaria de “desabafar”, se eu queria contar algo pra ele que eu fazia na minha intimidade para “satisfazer meus desejos juvenis ou curiosidades” que atentava contra os princípios bíblicos. Que se tivesse alguma coisa, eu poderia falar com ele, que ele não me julgaria, não contaria nada pra ninguém, que era normal uma menina da minha idade ter pensamentos libidinosos, e que se eu falasse ficaria liberta dos meus pecados. Eu fiquei sem graça, calada, pensativa, e Tales foi direto: “Isabela, não mente! Você se masturba?” Nessa hora, Thais chegou! Ufaa… Porem, enquanto eu arrumava minhas coisas pra ir embora, Tales disse pra eu pensar, que depois falaria comigo novamente e que Deus sempre sabia de tudo!

Se eu me masturbava? Sim, claro! Comecei com oito ou nove anos me esfregando em um banco de mobilete velho que tinha em casa… Mas eu não queria que ninguém soubesse. Eu fiquei assustada, e me perguntando como Tales sabia se eu me masturbava ou não. Na época, eu fiquei questionando: “Se Tales sabe, será que mais alguém sabe? Será que o que eu faço muda alguma coisa no meu corpo e as pessoas percebem? Será que minha avó vai descobrir? Ela me mataria!” Sendo assim, se o jeito de me libertar era me “confessar” com Tales, eu comecei a considerar a possibilidade. Durante a semana não o vi, mas na semana seguinte…

Ele me viu e pediu que eu fosse lavar o banheiro da locadora, assim eu fiz. Quando terminei ele estava colando uns cartazes na loja, e começou a me perguntar como tinha sido o final de semana, e se eu tinha gostado da palavra pregada na igreja no domingo. Eu nem tinha prestado atenção, estava com minhas amigas, pouco liguei para o sermão! Eu dei uma disfarçada, e ele me perguntou se “eu estava em pecado” se eu estava usando drogas com o pessoal do meu curso… Eu jurei que não! Morria de medo dele falar alguma coisa pra minha avó, e ela me bater de novo ou me botar pra fora de casa! Ele continuou me pressionando ate me perguntar se eu estava me masturbando.

Eu comecei a chorar, e disse que sim! Tales queria saber mais: Me perguntou quando foi a primeira e a ultima vez, onde eu fazia, no que eu pensava, se eu usava meus dedos ou algum objeto, se eu gozava, se eu gostava, se eu era virgem, se eu já tinha beijado algum menino, se eu já tinha “tocado a genitália masculina”, enfim… Tales me perguntava e dizia: ”Não mente Isabela, Deus ta vendo. Ele sabe de tudo! Voce pode mentir pra mim, pra sua mãe, pra sua avó, mas pra Deus é impossível!” Eu, aos prantos, totalmente assustada, fui soltando as verdades: Disse que me esfregava no banco da mobilete quando era menor, que a ultima vez que fiz foi no meu quarto antes de dormir, mas que também fazia na hora do banho, pensando em casais se beijando, que usava meus dedos. Sobre “gozar” eu disse que não sabia se gozava ou não, mas que eu gostava bastante, que eu era virgem, que já tinha beijado vários garotos na escola. Tales me pressionava para saber se eu já tinha visto, sentido ou tocado em algum pinto na minha vida. Eu só chorava, e ele ficava perguntando: “Isabela, não mente… Olha pra mim e, me diz: você já viu o órgão genital masculino, você já pegou, já chupou um!? Como foi, onde foi!? Não Mente Isabela, não mente!”

Eu era uma menina de 14 anos, da periferia, que cresceu em uma vizinhança com 18 crianças, praticamente, todas da mesma idade. Era claro, e evidente, que eu já tinha mamado umas rolas na vida, já tinha “brincado de médico” algumas vezes, porem, eram brincadeiras de crianças, coisa normal da idade que todo mundo faz. Quando eu tinha 11 anos, na festa de aniversario de uma amiga, foi quando eu considero que chupei um rola de verdade, antes era só brincadeira, mas dessa vez foi pra valer. Kauan tinha 16 anos, ele me pegou pela mão, me levou atrás do muro da quadra, eu achei que ele ia me beijar, subi em uma pedra, acho que ate fiz biquinho, mas ele colocou a rola pra fora e me mandou chupar. Considero essa a minha primeira chupada de verdade, porque foi a primeira vez que me assustei com o tamanho de um pinto. Kauan era alto, magro, moreno, e tinha o maior pau que eu já tinha visto ate então, não teve como eu não cair de boca, mesmo com 11 anos, eu sabia direitinho o que fazer. Fiquei totalmente deslumbrada! Antes, eu brincava com os meninos, e eles tinham entre 8 e 13 anos, os pintos eram pequenos, e mesmo assim, eu considerava alguns maiores que outros, no entanto, Kauan superou as expectativas, e eu fui aprendendo na pratica: mamei, chupei, lambi, ate ele gozar!

Tales queria saber desse tipo de detalhe sórdido, ele queria me fazer sentir culpada, suja, por brincadeiras infantis e sem maldades, no entanto, na época, eu não me toquei, e me deixei manipular e acabei confessando. Disse apenas que tinha beijado o pinto de Kauan, não contei detalhes. Enquanto eu chorava, chegou uma cliente na loja, eu saí, e o assunto foi cortado. Eu acho que a cliente não me viu chorar!

Na semana seguinte Tales chegou pela manha enquanto eu abria a locadora, nessa ocasião ele tinha adquirido um freezer para vender picolés. Quando entramos, ele pediu que eu o ajudasse a lava-lo porque o fornecedor de picolé chegaria naquela manhas para abastecer o freezer com as mercadorias. Ele me fez tirar os sapatos, eu entrei no freezer e comecei a lavar as paredes internas com sabão liquido, depois Tales jogou agua para enxaguar, e molhou o chão do fundo da loja todo, e ele me pediu para passar um pano no chão. Eu me abaixei para secar em baixo da pia, quando vi uma sombra atrás de mim. Antes que eu pudesse me levantar, Tales me encurralou entre a pia e o freezer com o pau pra fora e me mandou chupa-lo. Eu tentei levantar, empurra-lo, virava o rosto, mas ele foi agressivo. Me pegou pelo braço me fazendo ajoelhar de novo, puxou o meu cabelo, e esfregava o pau na minha cara, mandando eu abrir a boca. O chão estava molhado, eu me debatia e me molhei toda. Eu pedia pra ele me soltar, para ele parar, pedia por favor… Eu dizia “Para Tio Tales, por favor, você é meu Pastor! Para, para, para!” Porem, quanto mais eu implorava, mais determinado Tales ficava, e dizia: “Shhiii…calma, fica quietinha. Eu sei que você quer! Vamos namorar só um pouquinho, você vai gostar, eu prometo!” Quando eu tentava gritar, ele me sacudia com força, e me mandava calar a boca, puxando meu cabelo. A força dele era infinitamente maior que a minha, eu não conseguia me livrar, já estava exausta de tanto me debater, e eu acabei cedendo: Primeiro, Tales me fez chupa-lo. Mandava eu fazer direito, sem má vontade! Chupei o pau de Tales aos prantos. Ele ficava me dizendo: “Num chora princesa, num chora… “ E fazia carinho na minha cabeça. Depois, ele me virou de costas, me debruçou sobre o freezer, abaixou minha calça, lambeu e mordeu minha bunda e começou a tentar me comer esfregando o pau em mim e bufando… O telefone começou a tocar, não atendemos! Depois, o celular de Tales tocou. Ele me pressionava contra o freezer, soltou um palavrão, e ele teve que atender, era a mulher dele. Quando ele se distraiu, eu me recompus, e saí correndo com minha roupa toda molhada, aos prantos, e morrendo de nojo do que tinha acontecido. Fui pra casa, quando cheguei fui correndo para o banheiro (O único cômodo que tinha porta na minha casa) minha avó ficou batendo na porta pra saber o que tinha acontecido, reclamando e questionando o porque que eu não estava no trabalho! De tanto ela encher o saco, eu gritei de dentro do banheiro que não voltaria a trabalhar lá… E minha avó continuava a bater na porta e falar um monte de coisa. Ate que eu revoltada, abri a porta a gritei: “Não vou voltar, ele tentou me agarrar, vó! Não quero mais, chega!”

…Eu e minha avó discutíamos, quando batem no portão. Adivinha quem era?
Tales, claro! Minha avó foi atendê-lo, fez com que ele entrasse. O filho da puta teve a desfaçatez de dizer pra minha avó que eu tinha feito uma coisa errada na loja, ele tinha brigado comigo, e eu saí correndo chorando. Concluiu dizendo que eu não precisava voltar a trabalhar naquele dia, mas que me esperava “lá”, na mesma hora de sempre, no dia seguinte. Ao ouvi-lo, minha avó garantiu que eu iria para o trabalho no dia seguinte. “Ela vai nem que seja na base do cacete, Pastor!” Afirmou minha avó.

Tudo isso aconteceu numa segunda feira… Não contei nada pra minha mãe porque minha avó disse que “não era pra eu aborrece-la com essas bobagens”. Na terça feira minha avó me acordou me mandando ir trabalhar. Minha mãe estava em casa, viu que eu não queria ir, me perguntou o porquê, mas minha avó não me deixou falar e, contou a versão mentirosa do desgraçado do Tales. Minha mãe, sem saber de nada, conversou comigo, e disse que eu tinha que levar o trabalho a serio, que patrão era assim mesmo, e que eu tinha que estudar pra me livrar disso. Eu levantei, coloquei minha roupa, e fui trabalhar!

Chegando lá, Tales não estava. Não o vi durante todo o resto da semana. Eu tinha um medo dele absurdo. Todo dia quando ia trabalhar eu orava para todos os santos para não vê-lo ou não ficar sozinha com Tales. Eu tinha um verdadeiro pavor! Na época, não tinha esse conceito de “síndrome do pânico”, mas acho que eu podia ter inventado.

Depois do trabalho eu ia para o curso de musica, eu sentia uma alivio tão grande em não ter visto Tales que era como se tirassem um peso enorme das minhas costas, no entanto, quando lembrava que no outro dia eu passaria pela crise de ansiedade de novo, eu desmoronava, e chorava, chorava, chorava! Foram umas duas semanas assim… Ate que eu não aguentei, e contei o que tinha acontecido para Edgar.

Edgar era o maconheiro, metido a malandro, que me fez apanhar da minha avó, e que deu origem a isso tudo. Ele era o descolado da turma, era mais velho, tinha 17 anos, também morava com os avós, tínhamos muitas coisas em comum, fora o fato de usar drogas. O avo de Edgar era militar aposentado, ganhava bem, sustentava ele, a mãe, e mais dois irmão menores que ele tinha! Edgar era criado na rédea curta, o avo enchia o moleque de pancada quando ele tirava nota baixa ou aprontava na escola. No entanto, não adiantava, porque Edgar era terrível! Assim como eu, ele tinha um pai em outra cidade, e sempre que ele aprontava os avós diziam que mandariam ir morar com o pai. Ele já tinha ido uma vez com 13 ou 14 anos, mas o pai dele era bandido e levou dois tiros na frente do garoto, ele ficou sozinho em casa por 15 dias enquanto o pai se recuperava no hospital, até os avós ficarem sabendo, e foram busca-lo. Edgar era novinho, mas tinha bagagem, vivencia cacife e malandragem pra me aconselhar.

Quando eu contei pra ele, Edgar ficou revoltado, me perguntou ate se eu queria que ele pedisse para o pai dele mandar matar Tales, mas eu me assustei, e disse que não. No entanto, Edgar colocou fogo no carro do FDP! Tales tinha uma Chevrolet Blazer Vinho, linda, todo mundo na igreja pagava um pau no carro do “pastor”. Tales morria de ciúmes do carro. Edgar foi no ponto fraco do filho da puta! Eu achei um máximo, até chorei de felicidade quando fiquei sabendo. Apareceu na televisão, no jornal local, me lembro da noticia ate hoje: “Lider comunitário é vitima de vandalismo!” E o vídeo do carro todo fodido… Não sobrou absolutamente nada, apenas cinzas e aço retorcido! Gloria a Deus por isso!

Depois desse episodio, meu pavor diminui, eu já conseguia lidar com os fatos com mais tranquilidade. Edgar era louco pra ficar comigo, mas eu nunca quis, ate porque, ele era descolado, charmoso, mas era feinho que só ele…
No entanto, Edgar era a “Voz da Sabedoria da Malandragem”, sempre queria tirar proveito de uma situação pra se dar bem, sendo assim, Edgar me advertiu dizendo: “Isabela, larga de ser trouxa, se aproveita desse velho ricaço. Tira dinheiro dele, chantageia, manipula, faz esse velho pedófilo ficar na tua mão, menina. Larga de ser burra! Você dá pra pobre de graça, não vai querer dar pra um ricaço, casado, que tem um nome a zelar? Larga de ser besta, fode com ele, e depois arranca o máximo de dinheiro que você conseguir. Mas você tem que ter provas, só sua palavra contra a dele, não vão adiantar em nada. Ninguém vai acreditar em você!”

Mal sabia Edgar que eu era virgem. Por incrível que pareça, desde os 11 anos eu chupava a rola dos meninos mais velhos sem o menor pudor. Eu amava fazer Fazia nas matinês, atrás da quadra, na escola, na vizinhança, enfim…. e sempre de garotos bem mais velhos do que eu. Comecei com Kauan, e ele espalhou minha fama de boqueteira. Mamei Kauan por uns dois anos, ele era 5 anos mais velho que eu, ele cansou de esfregar a rola na minha boceta, e nunca me fodeu de verdade. Eu morria de vontade, mas Kauan nunca terminou o que começou. Ele me chamava de “Isa Chupisco”, e assim minha fama de boqueteria se estabeleceu na comunidade, e eu tratei de aproveitar!

Depois de Kauan, foi Juciley, Marlon, Felipe, Deivisson, enfim… Mas nenhum me comeu de verdade. Acho que eles tinham medo da minha avó, porque ela era barraqueira, brigona, louca, já tinha sido presa, tinha fama de matadeira, enfim… Essa é outra Historia. O que importa é que nenhum dos garotos que eu chupava teve a coragem de me foder, sendo assim, o plano de Edgar fazia sentido, porem, exigia de mim habilidades que ate então eu não tinha.No entanto poderia adquirir!

Continua…

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,41 de 29 votos)

Por #
Comente e avalie para incentivar o autor

6 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Anônimo ID:469ctnn96ib

    vi todos os seus contos..mas não vi se vc deu ou não para o pastor…

  • Responder felicidade sp ID:1dry13rnqyrm

    Olha. cinco estrela. Sensacional,. Bom português, uma linda história. Continue.

  • Responder Anônimo ID:g62ucewqm

    Pow muito top bem escrito bem claro em fim bom mesmo agora manda a segunda parte to ansioso em saber o que vc fez

  • Responder Coletivo Patifaria ID:1d6htlvxcbh2

    Só não dei 5 estrelas porque quero ver o segunda parte. Muito boa a historia!

    • Ebannus ID:1dojpzxcs3ob

      Muito bom..
      Muito bem narrada, parabéns.

  • Responder bruno ID:fi0at72hk

    Achei lnteresante quero ver ate onde vai essa historia