#

Michelle e Kamille – Um amor em família – Parte 1

4034 palavras | 17 |4.53
Por

Neste conto, um pai se vê as voltas com as descobertas de suas filhinhas, que não o deixam em paz, depois de descobrirem o sabor do sexo.

Preâmbulo

Me chamo Leonardo e tenho hoje 35 anos, casei-me há exatos 15 anos com Kerllin, 10 anos mais nova, irmã de um ex-amigo, somos namorados desde essa época.
Logo nasceu Michelle que tem 11 anos e quase dois anos depois, Kamille, que hoje tem 9 anos. Hoje moro no Rio de Janeiro.
Levo uma vida razoavelmente equilibrada sem aperreios, mas também sem muitos luxos.
Desde minha infância mantenho meu diário, onde venho registrando tudo o que me acontece e foi a partir dele que resolvi começar escrever parte de minha história de vida: este é o meu quarto escrito.
No início, guardei a sete chaves tanto meu diário quanto o que escrevia a partir deles, mas um dia Kerllin desconfiou dos cuidados extremos com uma pasta de couro que guardava em cima de nosso guarda-roupa e, sem que eu soubesse, leu um desses trabalhos; gostou e perguntou por que eu os escondia, porque não publicava. Ri da idéia maluca e a fiz ver que, neles, revelava passagens e envolvimentos que poderiam melindrar e chocar àqueles que retratei e registrei. Depois daquele dia passei a mostrar-lhe os manuscritos e discutir detalhes e impressões – Kerllin me ajudou muito e deu novas cores a situações onde somente à mulher foi dado o direito de sentir e de viver: ela mesma havia sido retratada em um dos primeiros relatos que escrevi.
Hoje estamos separados por situações e acontecimentos não ligados a estes, mas Kerllin continua minha assessora para assuntos literários.
O que hoje coloco para você foi, como vim a descobrir depois de nossa separação, uma artimanha engendrada por ela após ler toda minha vida registrada em meus diários.
Não espero que todos gostem de meus escritos – não tenho a pretensão de conseguir unanimidade, mas só peço que creia ser verdade o que passo a discorrer.

Primeiro dia

E foi assim que tudo mudou, ninguém poderia imaginar que aquele sábado ficaria marcado no resto de nossas vidas.
Choveu muito à noite e o tempo fechado não era dos melhores para o início das férias programadas desde o princípio do ano. Kerllin não iria conosco – o curso de pedagogia só daria uma semana de férias e ela iria nos encontrar depois – e bem que tentou demover das meninas o desejo de não mudar em nada o que tínhamos gravado em nosso cérebro, eu mesmo fui contra adiar a viajem, pois o tempo nublado seria até um refresco no calor infernal daquele verão e os 520 km não seria tão fatigante.
Estamos em julho de 1992, dia 4 quando tudo começou.
– Cuidado amor… – Kerllin segurou a porta do carro enquanto as meninas se arrumavam, barulhentas, no banco abarrotado de quinquilharias que teimaram em levar – A estrada deve estar escorregadia – acocorou e acariciou a perna de Michelle – Vê se não deixa teu pai correr muito, ‘Mi’.
Michelle brigava com a irmã que havia esquecido, propositalmente, o disk-man que eu havia presenteado quando ela mostrou, toda orgulhosa, o boletim recheado de notas boas.
Das duas sempre foi a mais cuidadosa com os afazeres escolares, Kamille, por outro lado, nunca se importava muito com notas máximas, lhe bastava o suficiente para não ficar de recuperação e nem por isso era uma aluna ruim, muito pelo contrário.
A estrada estava realmente escorregadia com alguns pontos de alagamento e a viagem, que deveria ser feita em pouco mais que 2 horas, se prolongou para quase 4. Chegamos na praia de rio das Ostras, onde tinhamos uma casa, por volta das cinco horas da tarde e as meninas continuaram a eterna confusão sobre onde ficava quem.
– Porra Michelle! – resolvi intervir – Dá um tempo! Tu pareces criança?
Não adiantou, continuaram disputando cada espaço, cada objeto como se fossem duas estranhas e assim ficaram até que as chamei para sairmos à procura de algum lugar onde pudéssemos lanchar – ainda não tínhamos desarrumado todas as compras e por certo Michelle não estava com disposição para bancar a cozinheira naquela noite.
Saímos andando pela praia deserta até uma palhoça onde nos serviram caldo de peixe acompanhado por torradas caseiras, jantamos em silêncio.
– Papai! – Michelle quebrou o silencio e sentou aconchegada em meu colo – Porque a mamãe não veio conosco?
Farfalhei os cabelos negros e cheirei sentindo o aroma do xampu perfumado.
– Teve que ficar pra fazer as provas finais… – passei o braço sob seu ombro e percebi que sentia frio pela aragem fina que soprava do mar – Deve chegar na terça ou quarta-feira… – Tu estais com frio, pequerrucha?
Não respondeu de imediato, apenas chegou-se mais a mim em busca do calor rotineiro que me acompanha desde sempre.
– Um pouquinho… – sussurrou alisando meu braço e senti arrepios gostosos – O que a gente vai fazer hoje?
Estava sorrindo percebendo os montículos espalhados em minha pele.
– A gente inventa alguma coisa – olhei por sobre o ombro e vi Kamille sentada no banco rústico com pernas cruzadas, a calcinha banca aparecia entre as pernas bem torneadas.
– E tu, minha loirinha? Quer fazer o que?
– Tô com sono… – bocejou e jogou uma beijoca – Vamos?
Levantamos e voltamos de mãos dadas.
Na casa com dois pavimentos os quartos ficavam em cima.
Kamille largou minha mão e correu na frente subindo a escada em desabalada carreira.
– A “Mille” ainda vai acabar caindo da escada – Michelle balançou a cabeça reprovando a traquinice da irmã mais nova.
– Tu vai deitar logo? – perguntou parada no primeiro degrau.
– Acho melhor a gente procurar o ninho… Amanhã tem praia o dia todo.
Estava realmente cansado pelo tempo em que passei dirigindo.
Aquela noite transcorreu sem atropelos, Kamille não mais saiu do quarto, capotara sonhando com as aventuras dos dias seguintes e Michelle ainda ficou conversando comigo até perto das onze da noite quando bocejei demonstrando todo meu cansaço.
– Tchau paizão! – deu uma bitoca em minha boca e saiu do quarto.
Amanheceu nublado, o mar revolto mais parecia prenuncio de coisa ruim e o vento cortante não era nada convidativo para a areia úmida e fria da praia. As meninas ficaram até lá pelas onze enfurnadas no aconchego das camas mornas, mas bem cedo pulei da cama revigorado pela noite bem dormida sentindo falta de Kerllin.
Tentei ligar para o telefone, mas lembrei que a Telemar estava fazendo umas obras e o celular só dava sinal de fora de área – Vai ver ela desligou para poder dormir um pouco mais, pensei.
Busquei nos pacotes pó de café e açúcar, coei um café aromático que encheu os espaços da cozinha, abri o pacote de bolacha água e sal e fui para a pequena sala tentar assistir tv.
– Ei gato! – escutei a vozinha delicada de Michelle descendo a escada de madeira – Ta que é só café gostoso na casa.
Nem foi preciso olha-la para perceber que desfilava seminua, às vezes só vestida em um camisolão branco deixando aparecer a pontinha das nádegas macias.
– Já se vestiu, moreninha? – respondi pregado na celebração entre um e outra golada de café quente.
– Tu já vens com essa chatice! – senti a mão gelada tocando em meu pescoço – Tô morrendo de fome, velho…
Pulou em meu colo e beijou a ponta de meu nariz, fiz carinho no corpinho amado e ela ronronou tal uma gatinha manhosa e os pelinhos do braço e da perna se eriçaram, percebi um ligeiro tremor.
– Assim tu me deixas arretada… – murmurou e colocou ambas as mãos entre as pernas, sorri da brincadeira inocente.
– E tu lá sabes o que é isso, sua moleca! – puxei as mãos e coloquei a minha entre suas pernas – Só porque já esta taludinha acha que sabe das coisas?
Continuei brincando, mas senti os pelinhos negros espetando a palma de minha mão. Já não era a criancinha de xoxota lisa e papuda com quem brincava há pouco mais que um ano, os onze anos de hoje parecia ser quinze, dezesseis dos de minha época. Até os pequenos caroços arredondados já se transformavam em pequenos seios anunciando que os de Michelle seriam mais parecidos com o da mãe, volumosos e sinuosamente talhados, diferentes de Kamille que ainda nem despontavam.
– Pára pai!… – tentou puxar minha mão – Tu pensas o que? – fechou as pernas imprensando minha mão e senti o dedo roçar na pequena abertura vaginal – Pára pai! – ficou séria.
Envergonhada com a brincadeira que iniciei cheio de inocência, retirei a mão sentindo que algo havia umedecido naquele lugar.
Michelle também percebeu e saiu de meu colo e sentou, com as pernas cruzadas, no sofá rústico.
Levantei e fui para a cozinha preparar o desjejum das duas, queria esquecer o que eu sentira, zerar da mente o sentimento embaralhado que anuviava os pensamentos.
Devo ter ficado, esquecido do tempo, por mais que meia hora fazendo suco de laranja e estrelando ovos.
Quando saí novamente para a sala Michelle havia deitado no tapete de juta da sala e assistia “Globo Ecologia”, fiquei parado na soleira da porta espiando a garotinha que deixara de ser criança para começar a passagem do tempo ganhando curvas e singeleza, há pouco tempo ainda com fraldas, engatinhava nos tacos reluzes às gargalhadas atazanando o pobre bichano de estimação da mãe ou tentando alcançar meus livros jogados nas prateleiras improvisadas de meu lugar de estudo e coçava displicente a pélvis com a respiração leve suspirante.
Como sem querer levantou o camisolão e pude ver a barriga macia, o umbigo perfeito, as curvas já estonteantes das coxas e o sexo lisinho. Ela fechou os olhos enquanto roçava o dedo indicador na risca reluzente entre as pernas.
Meu corpo se acendeu, ela não fazia outra coisa que explorar o sexo como se buscasse o prazer do toque e quis falar, mas não conseguia articular a voz, fiquei emudecido ante aquela visão inesperada.
Saí dali como se fugindo de um pecado mortal, de um algo monstruoso que despontava lá dentro de mim e que sentia crescer, avolumar até não poder mais conter os impulsos. Subi as escadas sentindo as pernas pesadas e o corpo trêmulo, entrei no banheiro e, pela primeira vez em muitos anos, me masturbei como fazia na infância de olhos fechados sonhando foder minha filha.
Foi um gozo quase que imediato e assisti, estarrecido, a gosma saltar de meu cacete e escorrer na parede lisa e alva do banheiro. Fiquei alguns instantes ainda manipulando meu sexo morrendo de remorsos, não tinha o direito de ter esses pensamentos pecaminosos com Michelle e essa constatação me fez sofrer como se houvesse descoberto alto terrificante, massacrante, desmoronante a jogar-me em um limbo cheio de sombras e sons desconexos.
Abri o chuveiro e senti a água fria escorrendo em meu corpo tórrido, ensaboei-me quase que com raiva do que sentira ao vê-la manipulando o sexo como se nada, além dela, existisse no mundo. Sequei o corpo com a toalha felpuda enquanto minha mente zunia a mil buscando luz naquele labirinto de emoções novas.
Não me imaginava poder ter aquele tipo de sentimentos mundanos com Michelle, não com ela que sempre se mostrara distante ao contrário de Kamille sempre atirada, sempre parecendo não ter regras ou limites para firmar seu espaço em minha vida.
Michelle sempre foi mais ligada com a mãe e nunca permitiu proximidade maior que como pai, não era de seu feitio conversar das coisas de sua vida, dos sentimentos surgidos, dos sentires rotineiros e das descobertas do corpo, do mundo.
Kamille, ao contrário, mais parecia amiga que filha e sempre teve a mim seu confidente, o ombro constante o conselho no momento certo e aquele a quem nada escondia, para desespero de Kerllin sempre buscando tapar arestas e viver mais intensamente a vida da filha.
– Essa loirinha parece tudo, menos tua filha, amor… – reclamava quando sentia não poder penetrar além dos limites traçados por Kamille – Quem vê vocês juntos pensa até que tem coisa séria…
Mas eu sabia, que ela sabia, que eu não daria corda para aquele joguinho de gato e rato.
– Claro que tem, amada… – respondia brincando com a preocupação extrema de Kerllin – É uma das minhas três mulheres!
Kerllin deixava escapar um sorriso amarelo não satisfeita com a explicação.
– É, seu Leonardo… Só não quero que depois o senhor não venha a se arrepender do que isso pode se transformar! – fechava o cenho dizendo das preocupações que rondavam o coração de mãe.
Sempre soube que Kerllin até tinha razão em ficar preocupada com as coisas que Kamille fazia transparecer, mas sentia ter as rédeas dos atos e dos fatos, não seria eu que recuaria e negaria tudo aquilo que sempre planifiquei e idealizei como relação verdadeira entre pais e filhos, jamais seria um pai repressor como o meu e sempre procurei estar presente em todos os momentos de minhas filhas, principalmente da caçula que mostrava querer aprofundar essa relação sem amarras.
– Cuidado para não descobrir muito tarde que estais brincando com coisa séria! – falou dando por encerrada a conversa.
Saí do banheiro envolto na toalha e ao cruzar a porta do quarto das meninas vi que a janela estava fechada, entrei na penumbra do ambiente tentando espiar por onde andava.
– Papai? – escutei a voz macia de Kamille.
– Ta na hora de sair do ninho, loirinha! – acurei o ouvido marcando de onde viera o som – O café deve estar esfriando…
Tateei a escuridão até chegar na janela que abri fazendo o quando inundar-se pela luz frágil da manhã nublada, uma lufada de vento frio tangeu meu corpo, estremeci.
– Porra pai! Fecha essa merda que o vento ta muito frio! – ela reclamou, virei para ela e levei o segundo susto do dia.
Parecia até que a cada novo movimento das garotas muitos outros susto eu levaria.
Kamille estava sentada na cama semi envolta com uma manta branca deixando aparecer as aureolas dos seios ainda inexistentes.
– Dormiu pelada, moleca? – consegui balbuciar depois de sair da letargia que a visão me jogara.
– Tava um calorzinho de madrugada… – bocejou rindo da minha aperreação – Como ainda não desarrumei a mala, tirei tudo… – abriu os braços tirando a manta mostrando o corpo bem feito, alvo como a pétala de um lírio recém eclodido, a vagina lisinha de criança compunha a beleza do corpo.
Apenas a marca alva da calcinha destoava do conjunto. Não que fosse incomum vê-la nua, mas a experiência que tivera há pouco fez vê-la com olhos diferentes daquele que sempre a via, e respirei agoniado percebendo que meu cacete começava a latejar e crescer empurrando a toalha.
– Merda Kamille! – reclamei relutante – Veste logo uma roupa e vem tomar café…
Kamille sabia que eu estava incomodado e, como nas poucas vezes que isso tinha acontecido, fazia tudo para que eu deixasse extravasar o sentimento carnal.
– Deixa de frescura papai! – deitou e levantando as pernas num malabarismo, arreganhou a bucetinha com a mão. – Que é que tem tu olhar minha perereca aberta?

Segundo dia

Claro que não tinha nada, ou não deveria ter. Mas a visão estonteante da vagina virgem recendendo coisa pura anuviava minha mente vadia e me fez lembrar da carícia que fizera na pequerrucha na noite anterior e de como os pêlos translúcidos se eriçaram denunciando um prazer quase pecaminoso. Andei, tentando disfarçar o tesão insano, em direção à janela por onde entrava uma friagem que incomodava fazendo força para não olhar a nudez perfeita de minha filha, minha amada filha.
– Pensa que não vi tu acarinhar a periquita da ‘Mi’ ontem de noite? – parei estático, não havia percebido Kamille e nem poderia fazê-lo, pois aquilo não teve a conotação que ela deu naquela observação cheia de outras intenções.
Minha respiração acelerou e senti o corpo percorrido por centelhas agonizantes.
– E o que tem fazer carinho em minhas filhotas? – tentei sair pela tangente.
Ela deu um risinho safado, colocou as mãos na cintura.
– Então faz em mim também!
Fiquei parado sem coragem sequer de falar, sabia que aquela brincadeira poderia vir a ser a confirmação dos receios de Kerllin.
– Hei! Eu tô aqui, sabia? – a voz cheia de carícia quase me fez acreditar que não tinha sido ela que pedira aquilo, vai ver só fez aquilo por ciúmes ou para chocar o velho, imaginei.
E quando finalmente tive coragem de me voltar, Kamille já havia vestido a camisa de meia e arrumava a coberta da cama: melhor, pensei aliviado.
O resto do dia transcorreu sem nenhum incidente que mereça registro.
Saímos para almoçar em um pequeno restaurante rústico, coberto de palha e tapado em taipa.
Lá pelas quatro da tarde, depois de nos esbaldarmos no sol e na água do mar revolto, Kerllin ligou para celular querendo saber das meninas e ficaram quase uma hora tagarelando.
– Hei velho! – Michelle passou o telefone – A coroa quer papear contigo.
Kerllin queria saber sobre como se comportavam as meninas e pareceu-me preocupada por as “atirações” de Kamille.
– Preocupa não, sei me defender… – respondi brincando sem saber o certo sobre o que haviam conversado.
À noite ficamos assistindo um filme na Globo até que as duas adormecessem.
Respirei aliviado pela certeza de que, pelo menos nessa noite, não haveria qualquer joguinho ou insinuação das garotas.
Carreguei Kamille para o quarto e, ao voltar para buscar Michelle, espantei-me ao vê-la ainda acordada.
– Que foi? Porque acordou? – perguntei com a pulga atrás da orelha.
Ela fez a cara mais safada que já vira.
– Nada não… – sentou no chão abraçando as pernas coladas ao corpo – Queria conversar contigo sem a mana por perto… – fez uma pausa dramática e pigarreou antes de reiniciar – Tu gosta muito de mim?
Olhou paras as pernas e coçou a cocha sem desgrudar o olhar de meu rosto.
– Claro que gosto… Você tem dúvidas? – farfalhei os cabelos castanhos – Porque essa pergunta.
Ela continuou me encarando com o cenho fechado como se matutasse a resposta ou a próxima pergunta, mas não disse nada e desviou a vista para onde coçava e também passei a prestar atenção aos movimentos que fazia e aos poucos, de maneira bem natural, foi descendo a mão até repousar sobre o fundilho da bermudinha de algodão continuando, bem de leve, acariciar a listra que dividia o corpo ao meio, percebi que respirava agoniada.
– Ontem de noite… – parou respirando profundo e me encarou – Ontem de noite foi bem gostoso quando tu passou o dedo em minha xoxota…
Tomei um susto, mesmo sabendo previamente que ela poderia estar querendo conversar sobre isso.
– Desculpa… – sussurrei desviando o olhar do que ela fazia – Não pensei que você iria ficar agoniada.
Levantei e fui à cozinha onde coloquei gelo em um copo de plástico e me servi de uma generosa dose de uísque, fiz assim para fugir de qualquer outra besteira que eu pudesse fazer, bastava já Kamille azucrinando meus hormônios.
Voltei bebericando levando a garrafa da bebida e respirei aliviado vendo que ela não mais estava na sala – na certa desistiu daquela bobagem e foi dormir, pensei com meus miolos mais calmos.
Sentei na pequena varanda sentindo o frescor da brisa tanger meu dorso desnudo e continuei bebendo até quase meia noite quando entrei no banheiro para uma chuveirada reconfortante antes de me jogar na cama e me entregar ao sono dos justos.
Havia apagado as luzes da sala e do corredor fazendo a casa cair em uma bruma negra como um breu, saí envolto na toalha e entrei no quarto escuro, tateei a parede em busca do interruptor e me assustei ao vê-las deitada na cama de casal. Parei estarrecido enamorado das duas bundas lisas estáticas: Michelle vestia uma camiseta vermelha e Kamille branca com detalhes azul e amarelo.
– Poxa pai, pensei que tu não vinha mais… – Michelle virou-se e piscou faceira com o rosto amarrotado pelas marcas do lençol.
– Pensei que iam dormir no quarto de vocês… – falei baixinho imaginando que Kamille dormia.
– A gente veio ficar contigo – Kamille também virou e arrebitou a bunda alva – Deita aqui! – bateu no colchão entre as duas.
Tive ganas de voltar e fugir daquilo que as duas queriam, mas vê-las deitadas com rostinhos tão angelicais pareceu não haver outra intenção senão a de compartilhar o leito do pai em uma noite escura e quente.
– Ta bom… – resignei-me – Mas, porque vocês não vestem a calcinha?
Michelle virou para a irmã e deu um sorriso enigmático.
– Ta calor, né “Mille”?
Kamille aquiesceu sem nada falar, apenas olhava enigmática para mim e viu crescer meu cacete.
Novamente aqueles sonhos impuros permeavam meus pensamentos, sonhos insanos dos quais há muito tentava erradicar, mas que continuavam aflorar intermitentemente negando todos os meus receios e temores.
– Ta bom… – falei baixinho – Vou dormir no quarto de vocês!… – era minha única saída, minha fuga daquela situação que sabia inevitável, mas que todos os meus neurônios alertavam sobre os perigos em aceitar aquela situação insólita. Estava decidido em não aceitar aquele jogo que eu sabia onde poderia chegar e lembrei-me das preocupações de minha mulher com as liberdades que sempre dei à minha caçula.
Aceitar carícias e beijos ousados era diferente daquela loucura que as duas me propunham veladamente, o melhor e o mais racional seria bater em retirada e refugiar-me bem distante daqueles corpos virgens e inconseqüentes.
– Qualé pai! Deixa de frescura e vem dormir com a gente – Kamille implorou – Olha! Não vai rolar nada não, né ‘Mi’?
Kamille continuava com o olhar preso naquele local onde o ápice formado por meu cacete não podia ser escondido, bem que tentei disfarçar, mas o volume e a frouxidão da toalha não permitiam grandes coisas.
– Não! – fui decisivo – É melhor a gente esquecer essa doideira. – falei como se tivesse certeza de que as duas tinham consciência da loucura que me propunham, mesmo sentindo um tesão fora do normal e as duas sequer tendo verbalizado o que haviam combinado – Vocês duas dormem aqui e eu vou pro quartinho…
Estava realmente decidido em não aceitar aquela sandice, sem olhar para trás saí pisando firme e tentando ser o mais natural possível mas sentindo a cabeça anuviada pelo álcool ingerido e pela visão maviosa dos corpos desnudos na cama.
Uni as camas e tentei me ajeitar, mas a imagem das bundinhas lisas não saía de minha mente até tentei rezar e pedir a Deus que tirasse aquela imagem incestuosa de minha mente e fiquei imaginando outras coisas, outras imagens até que o sono me roubasse o sentido e me jogasse no torpor inquieto e cheio de imagens eróticas.
Mesmo adormecido não me saia da mente os corpos roliços e bem torneados das duas molecas estiradas na cama se bem que o álcool ajudou a relaxar meus músculos e inebriar minha mente…

* * * * * * * * *

Espero que gostem deste segundo conto, muitos outros virão para o deleite daqueles que curtem o tema.
Este é mais um dos meus ebooks, que envio sempre que termino de postar para aqueles que me solicitam pelo email [email protected]
Todos os meus contos são de literários e de ficção, disponibilizados de forma gratuita, somente pelo email.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,53 de 38 votos)

Por #
Comente e avalie para incentivar o autor

17 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Admirador do Amor ID:gnruj2dv2

    É muito gostoso o romance que esse tipo de conto tem. Os contos curtos e direitos são bons, mas, pra quem gosta de curtir a viagem esses contos são incríveis. Extreme bem escrito. Obrigado ao autor.

  • Responder dragão vermelho ID:xgmlbl40

    uma delicia o cpnto , até gozei.

  • Responder Samurai yokozunas osssss ID:tbat6y8k

    Muito top os contos.
    Gostaria de comprar um contos seu por encomenda.
    Quanto custa? Posso sugerir o tema ?
    e como entrar em contato com vc ?
    Aguardo retorno obrigado.

  • Responder Anônimo ID:45xyqk9kd9i

    Realmwnte só precisa revisar as datas. 1992 nem existia a Telemar e nem celular!

  • Responder Ronaldo Mineirinho ID:1dh645pdk83p

    Adorei o conto

  • Responder Anônimo ID:g3is3h6ib

    Se você tem 35 anos, casou ha 15 e sua mulher é dez anos mais nova, ela tinha 10 anos quando casou com você. Se liga!

    • Leonardo Cruz ID:gp1f7thrb

      Pois é pra vc ver a quanto tempo o personagem a comia….

  • Responder Ed Porto ID:1e04qu4fnkyf

    Sem comentários.
    Já vou ficar na fila pra receber

  • Responder Dan ID:g62ucloia

    Amigo por favor continua ok

  • Responder Anônimo ID:40voxgcjb0a

    esta prfto continua votado

  • Responder Eletrônico ID:8ef4wnsfic

    Muito bom seus contos

  • Responder Pedrro ID:yb13fu8l

    Um conto de verdade com detalhes parabéns

  • Responder Helphid ID:16d45lz0d9c

    Muito bom!

  • Responder Pablo ID:ft8jjtmc18z

    Cara teus contos são de +

  • Responder J67 ID:831065npql

    Excelente qualidade e linguagem. Nota 10. Não demore em postar a continuação.

  • Responder Loirinha ID:gp1f7thrb

    Continue assim, seus contos são maravilhosos, vou querer este também.

    • @pauleth ID:8kqvopwpm0

      vamos conversar no telegram? loirinha