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O Seminário era um lugar de perdição

1503 palavras | 8 |4.14
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O que relato aqui foi algo que aconteceu a muitos anos atrás em um Seminário onde estudava para padre. Eu iniciei na 5a série (11a) desisti as vésperas do Diaconato (26a)

Sou de uma familia muito religiosa, descendentes de alemães onde falavamos apenas em dialeto alemão entre nós, tenho padres (tios, primos e irmãos), irmãs religiosas (primas e tia) e até mesmo um bispo (tio) na familia,
Em nossa casa somos em 11 irmãos, desses eu e mais 2 fomos para o Seminário, sendo eu o mais novo dos três mas não o mais novo da casa.
Quando entrei no Seminário aos 11 anos, um de meus irmãos estava iniciando a Filosofia e o outro estava terminando o Segundo Grau, só nos viamos nas férias pois cada etapa do seminário era em uma cidade diferente. Dos três filhos seminaristas, apenas eu não cheguei ao sacerdócio
Pois bem, quando se sai de casa na idade que sai tudo é muito difícil: a distância de casa, a saudade dos que ficaram, chorei muitas noites de saudade, quando recebia cartas então era de soluçar, mas lá estava eu e mais 145 meninos morando em uma mesma “casa” (vindos de vários Estados e até mesmo do exterior), dormiamos em dormitórios coletivos (que eram divididos em “maiores” e “menores”-obviiamente que era dos menores nos 2 primeiros anos-aliás únicos momentos de privacidade em um Seminário é somente quando vai ao banheiro e olha lá, pois na hora do banho tinha que ser algo rápido pois a água quente era um privilégio dos primeiros pois era aquecida por uma fornalha a lenha e faziamos fila nas portas dos chuveiros apurando os que estavam no banho) apesar das dificuldades, o primeiro grau terminei tranquilamente. Embora não fosse CDF como como meus irmãos, tirava nota suficiente para estar passado no terceiro Bimestre “folgando” no quarto, minhas maiores dificuldades eram em linguas: Latim, Grego, Frances, Espanhol e Inglês, mas aprendendo os macetes conseguia superar essas dificuldades.
Sempre rolava algumas histórias pelo “rádio corredor” de pequenos furtos (em especial comida, pois sempre tinham os bocões) e outras “Lendas Seminaristicas” (fulano foi visto em um lugar com fulano e tals) mas eu particularmente naquelas alturas do campeonato não ligava para essas coisas, pois já tinha coisas suficientes para me preocupar das 05:30 (horário que despertávamos) até às 22:00 (horário de recolher e apagar as luzes).
No segundo grau, fui para outro seminário, onde nos juntamos com outras turmas que vieram de outros 2 seminários e mais o pessoal que terminou o primeiro grau fora (em torno de 10 garotos-desses nenhum chegou ao sacerdócio) e foi para o Segundo Grau no seminário éramos ao todo em torno de 110 seminaristas (para se ter idéia de onde vim a turma que entrei iniciou o primeiro grau com 50 seminaristas e quando terminamos estávamos 20 e fomos em apenas 15 para o segundo grau-desses 2 chegaram ao sacerdócio).
As “mudanças” afloram bem mais nessa época, me sentia estranho confidenciava situações ao meu diretor espiritual que ajudava no que era possível porém sempre me sentia estranho, Nessa nova etapa, conheci um garoto que veio de outro seminário e passou pelas mesmas dificuldades que eu só que em outra “casa” ele era o mais velho de 4 irmãos (todos homens) era branco, olhos verdes cabelo preto, tinha sardas em volta dos olhos e era alto para sua idade (embora tivéssemos a mesma idade eu parecia uns 2 anos mais novo que ele) tanto que ele estava na equipe dos menores e eu dos menores (em seminário times de futebol, equipes de trabalho e dormitórios têm essa divisão) vamos chamar ele de João (nome ficticio a fim de preservar a identidade dele).
Sentávamos na mesma fileira ele logo atrás de mim e eu como já era mais falante nessa época conversava muito com ele.
Nosso relacionamento foi criando ares de uma amizade maior, até que uma noite após a missa da noite na comunidade, João me chama para conversarmos no campo de futebol (que a note ficava um breu)
“-Preciso te contar uma coisa, mas não fique bravo nem pense nada errado de mim”-me diz um João em tom nervoso enquanto andávamos em volta do campo
“-Diga, o que foi?”
“-Sabe no inicio achava você meio xarope, mas depois com o tempo e a convivência minha visão sobre você mudou” -risos
“-Sei que falo demais, minha mãe sempre diz que a casa fica um sossego quando não estou ela sente até falta e olha que somos em 11 irmãos”
“-Então…assim, ah PP nem sei como te dizer isso….assim eu estou sentindo um negócio diferente por você, não sei dizer”
Quando ele disse isso meu sangue ferveu, não conseguia me concentrar, mas levei de boa
“-Sentindo o que João?”
“-Não sei dizer direito, mas assim, penso em você e “uso” as vezes pea…”
“-O que ? sério isso que tá me dizendo ? cara sai dessa, você sabe que isso é errado”-respondi sem acreditar no que estava ouvindo
“-Por favor não diz nada para ninguém, nem para os padres”
“-Claro que não vou contar, mas tire isso da cabeça, nem sei se deveria perguntar isso mas já que teve coragem de falar: o que pensa comigo?”-perguntando mais por curiosidade que por qualquer outra coisa
“-Para que saber? a gente sabe que não vai acontecer”
“-Ué, não custa nada dizer, o mais difícil vc fez que foi se abrir”
“-OK. Penso em fazer coisas de homem e mulher os dois lados entende?”
“-Você é maluco, mas de boa, isso fica entre a gente, tenta ocupar sua cabeça com outras coisas a gente tá passando por muita coisa, sei que não fez por mal, nossa amizade continua a mesma, agora vamos nos reunir com o restante do povo, porque senão daqui a pouco os padres vão mandar alguém atrás de nós para saber o que estamos fazendo”
“-Beleza, ok e desculpe
“-Que isso não tem nada que pedir desculpa”
Depois disso, nos reunimos aos demais colegas na sala de TV depois de jogos, essa conversa de certa maneira mexeu comigo e aquilo ficou ecoando na minha cabeça o resto da noite e fui dormir com aquilo, mal consegui dormir na verdade.
No Domingo podiamos acordar/levantar mais tarde 07:00, acordei naquela manha e coincidentemente na hora da higiene pessoal encontrei com João, nos cumprimentamos e me senti desconfortável mas nervoso ao mesmo tempo, nunca tinha acontecido isso antes, depois fomos para o café da manhã sentamos na mesma mesa, houve uma troca de olhares e depois tudo seguiu normalmente, depois fomos para a missa na comunidade local e depois tivemos o domingo livre, estava incomodado com aquilo que tinha ouvido na noite anterior, então após o almoço resolvi procurar João ele estava na sala de aula estudando, tinham outros 2 colegas estudando me aproximei dele e o chamei.
“-Precisamos conversar, pode vir comigo?”
Ele olhou ao redor viu os dois colegas mas sem dizer nada me acompanhou
“Não diga nada apenas me siga”-disse a ele andando pelo prédio do Seminário, eu era responsável pelo laboratório de Quimica da casa, que ficava em um local isolado peguei a chave e fomos até o Laborat´rio abri a porta e pedi que ele entrasse
“-Tu é doido? o que tá fazendo?”
“-Calma,estive pensando no que conversamos ontem a noite, na verdade nem dormi, decidi ver no que isso vai dar”
“”-Você tá falando sério?”
“-Porque não estaria ?”
“-Ah não sei né?”
“-Então como vai ser?”
Sem dizer nada ele pegou minha camiseta eu por instinto ergui o braço e ele tirou ela, dem seguida tirou a dele
“-Vai fazer qualquer coisa?”
Apenas acenei positivamente com a cabeça
“-Então vamos tirar a roupa”
Ambos ficamos nús e com ereção no limite, instintivamente um pegou o pau do outro e começoiu a punhetar em uma troca de olhar que nunca tinha acontecido antes
“-Geme baixo para ninguém ouvir”-disse para ele
“-Posso colocar ele em vc?”
Quando ele disse isso tremi e gelei mas já não dava para voltar atrás, peguei um tapete coloquei no chão e me deitei de bruços ele veio por cima com todo o cuidado do mundo me penetroiu e me fudeu até gozar, depois fiz o mesmo com ele, durante nossa relação noas abraçamos muito, nos beijamos, nos acariciamos e depois de terminarmos trocamos muitos carinhos. Nos limpamos, nos arrumamos e cada um foi para um canto, não comentamos nada um com o outro depois, mas sabiamos que não ficariamos apenas naquilo… mas isso conto em outro momento mais oportuno.
Votem, deixem seus comentários, prometo que lerei e responderei,
Saudações

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8 Comentários

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  • Responder JP ID:5az70ahra

    Delicia de conto cara! Telegram JP_UK

  • Responder Anônimo ID:13tbspboid

    Delicia.
    Eu comecei a levar no cu aos 6
    Deixa contato pra trocarmos ideias

  • Responder Cadu ID:830y8yz8rj

    Excelente conto , adorei . As prieiras vezes saõ as melhores pq tudo ainda é novidade e a gente não sabe o que vai acontecer , não tem conciencia do tamanho do tesão , continue.

  • Responder Apenas ID:1edds2wfelod

    Muito bom, gosto de contos que tem riqueza de detalhes. Não sou muito de comentar mas gostei, e mal posso esperar pra ver a continuação. Ótimo trabalho!

  • Responder Anônimo ID:8kqsybuxia

    Tédio

    • PP ID:1ep189gi5lxl

      Se sua vida de merda é um tédio, não posso fazer nada, vlw

  • Responder Casa dos contos ID:1eeeb2cnvhi9

    Isso está mais pra um conto pro site casadoscontos do que aqui. Com certeza vai ter varias e varias partes enrolando e detalhando. E lá a maior parte dos contos sao desse tipo.

    • PP ID:1ep189gi5lxl

      Se não curtiu, não posso fazer nada, flw.