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Seminua na praia

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Eu, meu pai, alguns amigos deles e os filhos fomos passar o feriado de 7 de setembro no litoral, em Santos. Era quase um bate volta, de sexta a domingo. O tempo tava bonito, sol, até um pouco quente. Eu tinha levado um maiô, porque nessa época eu tava um pouquinho acima do peso e tinha vergonha do meu corpo. Pelo menos o pano deixava a barriga mais retinha.

Mas aí as meninas me encheram o saco que eu tinha que usar um biquíni como elas, os meninos falavam que eu tava muito bem, até que me convenceram. Só que eu não tinha levado o meu. Uma delas tinha levado dois e me emprestou um. A gente até tinha altura e corpos parecidos, mas como eu falei, eu tava um pouquinho mais cheinha, e aí os nós laterais das calcinhas e da parte de trás do sutiã ficaram bem retesados. Mas pareciam ter ficado bem firmes, então me desliguei disso. Só fiquei meio bolada com meus pneuzinhos aparecendo…

Quando a gente se acomodou na praia eu fiquei por um tempo ainda com a canga. Depois quando eu tirei fiquei quietinha na minha cadeira. Todos iam no mar, mas eu ficava lá, paradinha. Não queria mostrar minha gordurinha a mais pro restante da praia, que tava bem cheia. Mas teve uma hora que parecia que todo mundo relaxado, sem reparar em ninguém, e aí eu tomei coragem e fui nadar um pouco. Fui sozinha. A água tava geladinha, uma delícia.

Depois de um tempo, quando eu saí do mar, fiquei retorcendo o cabelo pra tirar o excesso de água e fui voltando devagar pra onde a gente tava. Aí o pessoal que tava andando pela beira d´água olhava pra mim com um sorrisinho, outros comentavam entre si, e eu com a maior vergonha pensando que eles tavam reparando nos meus pneuzinhos. Quando eu fui passar por uns rapazes que tavam jogando futebol, eles gritavam que eu era linda, que eu era uma princesa, e um começar a perguntar se eu queria raspadinha, aí os outros entraram no embalo e eu passando por eles e rindo, meio sem graça mas adorando a atenção.

Até que eu vejo minha mãe vindo em minha direção e gritando: “Yasmin, cadê teu biquíni? Cê perdeu o biquíni!” Aí me bateu o desespero e eu entendi toda aquela atenção. O sutiã tava no lugar, mas eu tava sem a parte de baixo, com a minha boceta raspada a mostra pra todo mundo. A água gelada me entorpeceu, e eu não conseguia sentir a pressão das cordinhas. E o pior era minha mãe, que não parava de gritar, fazendo todo mundo rir de mim e ainda dizendo meu nome alto.

Coloquei a mão na frente, sem me preocupar com o bumbum, porque ele já tava naturalmente a mostra, e voltei pro mar pra procurar a calcinha. Só que quando minha mãe chegou perto de mim me fez cair sentada no chão e falava pra eu ficar ali, que ela ia procurar a peça pra mim. Nossa, aquilo me deu mais vergonha que estar seminua na praia. Eu parecia a menininha que fez merda e a mamãe me deixava de castigo enquanto ia ajeitar as coisas. Aff! Eu não tinha nem mais coragem de olhar pra cara de ninguém.

Eu só via minha mãe ir de um lado pro outro e nada dela achar a peça. Aquilo começou a me dar um nervoso e eu fiz xixi ali mesmo. Ainda bem que a areia já tava molhada. Como eu ainda tava com a mão na frente da boceta, senti o líquido quentinho escorrer pelos meus dedos. Nem percebi quando a minha mãe voltou com a calcinha e foi abrindo minhas pernas pra colocar o pano. “Isso é lugar de fazer xixi?”, ela falou alto, e acho que a galerinha que tinha ficado aglomerada em volta percebeu, porque todo mundo riu. Aí ela me levantou pra passar o pano por baixo, depois me colocou sentada de novo na areia e amarrou ela mesma as laterais. Quando me levantei pra gente voltar, ela me deu uns tapas fortes nas nádegas, dizendo que era pra tirar a areia. Mas acho que era tipo um castigo.

Eu tava com tanta vergonha que falei pra minha mãe que queria ir embora, mas ela falou que a gente não ia perder a praia por causa de uma bobagem. Ficar seminua em público é bobagem? Bom, resumo da situação, todo mundo em volta ficou me olhando, rindo e comentando por um tempo, até que o assunto perdeu a graça, mas no nosso grupinho todo mundo ficou me zoando até a viagem acabar. Ainda hoje todo mundo adora falar da “Raspadinha da Yasmin”.

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