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Praia dos Sonhos

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A deusa loira de olhos verdes vem saindo da água como fosse uma sereia, linda e sensual, com os cabelos cobrindo seu colo. Junta-os pra trás e os torce, pra tirar o excesso de água, mostrando novamente o minúsculo top que usa – em comparação com o tamanho dos seios, talvez siliconados. Agora molhado, ele deixa as auréolas escuras em evidência, e os bicos bem eriçados sob o pano – resultado da friagem do mar.

Alheia ao mundo ao seu redor, a deusa não percebe que está sem a parte de baixo do seu biquíni – ou talvez tenha feito de propósito? –, e segue já com os pés na areia, andando como se estivesse em uma passarela que só ela vê, sendo cada vez mais observada pela praia lotada de banhistas em um feriado prolongado, exibindo sua pérola, lisa e rósea, que se confunde com uma ostra do mar que acabou de deixar.

Assim que acaba o coque no cabelo, desce as mãos até as nádegas, apertando-as displicentemente com força. Se tinha alguém que ainda não havia reparado nessa parte de seu corpo, agora era a hora – e com um bônus. Continua seu caminho, devagar, sendo admirada e odiada na mesma proporção por homens e mulheres acostumados a pouca roupa, mas não àquela deliciosa inconsequência.

Quando é de se esperar que a deusa procure pela calcinha inexistente em seu corpo, ela surpreende mais uma vez: levanta os braços, se espreguiçando, e com o movimento brusco acaba por fazer o topzinho estourar o laço na frente, os seios pularem com alguma intensidade antes de estancar e os bicos continuarem apontando por cima do horizonte, revelando-se, inacreditavelmente, naturais. Ela segue, como nada fosse, deixando o paninho escorregar por trás de suas costas até a areia – agora eu tinha certeza, aquela nudez era proposital –, e fazer com que a praia inteira fosse uma grande audiência para o show público captado não apenas pelos olhares, mas, principalmente, pelas telas de celular.

Perto de chegar ao seu lugar, o namorado da deusa – ou marido? – se aproxima dela, esbravejando, e a agarra por trás, tapando-lhe os seios com um dos braços e sua concha com a outra mão. Há uma discussão que rapidamente passa para uma pegação, e logo a praia inteira vibra com o possível desdobramento daquelas mãos que percorrem os corpos de ambos. Dá pra sacar que é uma situação fetichista sendo realizada quando a deusa gargalha alto e sai correndo de perto do cara. Este, por sua vez, teve a sunga arreada por baixo das bolas pela loira, e acaba de ficar com seu pênis ereto a vista de todos. Ele corre, também, ocasionando uma situação insólita.

O pega-pega erótico por entre os banhistas só é finalizado quando, minutos depois, já dentro do mar, nadando um pouco pra longe da costa, os dois se encontram novamente. Alguns surfistas rodeiam o casal, e um deles até empresta a prancha para que a deusa e seu escolhido se realizem. Entre as ondas fortes que se chocam neles, arrastando-os pra praia, os banhistas filmam a deusa, que está deitada de costas sobre a prancha, seios pulsantes, com o rapaz sentando, esforçando-se para chegar ao gozo. Com os movimentos cada vez mais intensos, a loira grita e geme mais alto, fazendo crer que está chegando ao orgasmo.

Assim que a prancha emborca na areia, a galera que acompanha tudo de perto grita em êxtase. É que a deusa fez o cara levantar e se ajoelhou sobre a prancha, lambendo o final do gozo direto da fonte. Então, rodeados pelos admiradores, a deusa loira e seu escolhido voltam pela areia totalmente nus, sem se preocupar em proteger suas partes íntimas, e vão até suas coisas. O rapaz veste apenas um shorts, enquanto a loira coloca uma canga semitransparente que não deixa dúvidas de se orgulhar da sua própria beleza. Entram num automóvel, estacionado na avenida da praia, e partem, deixando o turbilhão de sentimentos que provocaram pra trás.

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